Oficina de Processamento discute qualificação de equipamentos e validação do processo de centrifugação de hemocomponentes
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Notícia publicada em: 30.09.2010
O último dia da I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, que está sendo promovida pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília, foi voltado para temas mais direcionados para a área técnica. Na manhã de hoje (30/09), foram abordados qualificação de equipamentos e validação do processo de centrifugação de hemocomponentes, assuntos que geraram grande interesse por parte dos participantes e foram pauta dos grupos de trabalho que aconteceram logo após as palestras. O evento reúne representantes dos 53 principais serviços de hemoterapia do Brasil.
O responsável pelo Serviço de Gestão de Equipamentos da Coordenação Geral de Sangue e Hemocomponentes, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, Fabiano Romanholo, informou que, em média, no Brasil, os custos de aquisição de tecnologia hospitalar podem atingir 75% do valor total do capital necessário para a implantação de um hospital. “Então tudo tem de ser bem qualificado e validado, pois uma vez adquirido não tem como voltar atrás”, afirmou, salientando que as ferramentas para uma completa gestão de equipamentos são engenharia, padronização, informações sobre o equipamento (inclusive com base em instituições que já o adquiriram), atendimento, auditoria de fornecedores e metrologia.
Por sua vez, a coordenadora técnica de hemoterapia do Hospital Albert Eisntein, em São Paulo, Telma Xavier Campos, mostrou como é feito o protocolo de validação do processo de centrifugação de hemocomponentes da instituição, única do setor privado a participar do evento. “A validação é a avaliação do desempenho dos equipamentos utilizados no processo para produção de hemocomponentes; é muito importante para obtenção de hemocomponentes com resultado dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos por padrões específicos” explicou Telma, que fez questão de agradecer o convite para participar da oficina. “Fiquei impressionada com a grandeza deste projeto”.
Controle de Qualidade é tema de debate
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Notícia publicada em: 30.09.2010
Encerrando a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, evento realizado pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília, está sendo abordado, na tarde de hoje (30/9), o tema “Controle de qualidade e processamento: trabalhando juntos para a obtenção de um hemocomponente de qualidade”. O gerente do Laboratório de Processamento do Hemocentro de Ribeirão Preto, Edson Moretto, abriu a seção de palestras, apresentando o plano de ações do indicador de desempenho de sua instituição. Participam do evento, que teve início na última terça-feira (28/09), representantes de 53 serviços de hemoterapia do Brasil.
Segundo Moretto, é fato que a questão da manutenção de um sistema de qualidade atuante e efetivo em um serviço de hemoterapia é trabalhosa e despende muitos recursos financeiros. “Mas hoje vemos que todo trabalho que tivemos foi recompensado – temos certeza que nosso produto é de qualidade. E podemos garantir isso para os nossos pacientes”, salientou. A responsável pelo Controle de Qualidade também do Hemocentro de Ribeirão Preto, Maria Ângela Ottoboni, exemplificou a importância desta preocupação mostrando que, atualmente, ninguém mais compra apenas pelo preço.
De acordo com Maria Ângela, a qualidade é, atualmente, uma das principais estratégias competitivas nas diversas empresas e setores. “A qualidade está ligada à melhoria de resultados e aumento de lucros, através da redução de perdas e do desperdício”. Já o controle de qualidade, explicou, é o conjunto de atividades empregadas para monitorar e avaliar os processos produtivos. “E não adianta realizar todos os testes para depois engavetá-los. Eles não existem apenas para serem mostrados à Vigilância Sanitária ou à Auditoria, mas principalmente para serem estudados, trabalhados, analisados em conjunto com os setores de qualidade e de processamento”, finalizou.
Agora, o tema será debatido nos grupos de trabalho, um total de oito, que em seguida irão apresentar suas discussões e conclusões. Após esta etapa, será realizado o encerramento da I Oficina de Processamento de Hemoderivados da Hemobrás, com uma confraternização entre os participantes.
Médica francesa fala sobre pontos críticos e gerenciamento dos processos de coleta e produção do plasma
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Notícia publicada em: 30.09.2010
“Qualidade e segurança do plasma: identificação dos pontos críticos e meios de gerenciar os processos de coleta e produção do plasma”. Esta foi uma das apresentações mais aguardadas da I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, evento que está sendo realizado pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília. A palestra aconteceu na manhã de hoje, que ficou a cargo da médica francesa Catherine Fretz, referência internacional que atua há 20 anos na área de processamento de sangue e há cinco anos se dedica ao Controle de Qualidade do Estabelecimento Francês do Sangue. A oficina, que teve início ontem e segue até amanhã, reúne representantes dos 53 principais serviços de hemoterapia do Brasil – juntos, são responsáveis pela coleta de 1,2 milhão de bolsas de plasma ao ano.
De acordo com Catherine, tão importante quanto uma adequada coleta e produção do plasma é o controle de qualidade – que é o que vai dizer se o produto está dentro das conformidades ou não. A especialista francesa salientou que se devem definir quais são os equipamentos críticos do serviço para que sejam qualificados regularmente, garantindo, desta forma, seu funcionamento adequado. “Além disso, a qualificação de pessoal também é imprescindível. Diploma não é suficiente. Os funcionários tem ser formados, qualificados e requalificados de maneira contínua. Trabalha em um serviço há 20 anos não significa ser eficiente, se a pessoa tiver dificuldade em se adaptar às novas técnicas”, explicou.
Catherine salientou que o circuito logístico na Franca é considerado muito importante, precisando funcionar corretamente para evitar picos de atividades. “Não podemos fazer toda a produção de plasma no mesmo período do dia. Os fluxos de chegada do material devem ser bem estudados”. Por outro lado, a recepção do plasma é uma fase que não pode ser negligenciada, pois é neste momento que se faz a triagem de produtos fora das conformidades exigidas. A apresentação foi bastante aplaudida pelos participantes. “Esta palestra foi muito enriquecedora. São informações de um país que já passou pelas etapas que estamos passando hoje, e é bem sucedido. Isso nos ajudou a perceber que temos muito a aprender, mas estamos no caminho certo”, afirmou a gerente de Controle de Qualidade do Hemocentro de Minas Gerais (Hemominas), Flávia Naves.
A realização da oficina vem em um momento em que a Hemobrás precisa de plasma em quantidade e qualidade industrial para sua futura fábrica de hemoderivados, em construção em Goiana-PE, com previsão de entrar em operação em 2014. Atualmente, os serviços de hemoterapia coletam 150 mil litros de plasma por ano para transformar em remédio no exterior. No entanto, a planta industrial terá capacidade para beneficiar, anualmente, 500 mil litros de plasma nos seguintes medicamentos: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, além do complexo protrombínico e fator de von Willebrand.
Além disso, a Hemobrás vem realizando visitas técnicas nos serviços de hemoterapia públicos brasileiros – atualmente são 79 – e, caso seja detectada a necessidade, a empresa cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a -30º C para armazenamento de plasma e, em 2010, 38 blast freezers, que começaram a ser instalados em junho deste ano e, até novembro, estarão presentes em 35 hemocentros.
Hemocentros incluem produção de hemoderivados no foco da coleta de sangue
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Hemocentros incluem produção de hemoderivados no foco da coleta de sangue
Notícia publicada em: 30.09.2010
Representantes de serviços públicos de hemoterapia de referência no País destacaram, hoje (28/9), em Brasília, que os hemocentros focados na coleta do sangue para transfusão nos pacientes precisam se adaptar a uma nova realidade: aproveitar a doação não só para salvar vidas com a medicina transfusional, mas também para a produção de hemoderivados, uma vez que o País se prepara para elaborar estes medicamentos na fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) a partir de 2014. As declarações foram feitas durante a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes da Hemobrás, iniciada hoje e que terminará nesta quinta-feira (30/9). Participam do evento 85 profissionais de 53 hemocentros de todo o País.
“Todos nós que trabalhamos com hemoterapia hoje estamos voltados para a medicina transfusional, mas o panorama do País agora muda por causa da formação da indústria nacional que é a Hemobrás. Por isso, esta é uma grande chance que temos, nessa oficina, de integrar a hemoterapia como um todo”, disse Geny Barna, representante da Fundação Pró-Sangue de São Paulo. “Era muito normal os hemocentros olharem o plasma como um hemocomponente que ia ser transfundido para o paciente e o que sobrava era um estorvo para estas unidades. Só que hoje estamos com outra realidade, precisamos ver o plasma como uma matéria prima nobre”, afirmou Sheyla Cavalcanti de Azevedo Lucena, representante do Hemope.
Para garantir que o plasma se transforme em hemoderivados, Sheyla informou que o Hemope, por exemplo, está trabalhando na melhoria dos processos. “Nós já tínhamos a visão de que o plasma é um material nobre, porque chegamos a produzir albumina a partir dele, mas as exigências eram menores. Agora, com o fracionamento internacional do plasma – a transformação deste produto em medicamento na França – as exigências aumentaram”, detalhou.
Sheyla explicou que conseguiu reduzir a perda de plasma no hemocentro seguindo uma série de etapas. Primeiro identificou as causas deste problema, auxiliada pelo relatório do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), hoje responsável pela produção dos hemoderivados oriundos do plasma brasileiro – sob a supervisão da Hemobrás -, e, posteriormente, agiu em várias frentes. Trabalhou no aumento da equipe e na capacitação de todos os funcionários, em treinamentos que pudessem pegar todos os turnos. Também houve a inserção de dados em um sistema de informação que permite uma análise rápida dos problemas no processamento do plasma, para fazer as devidas correções.
Outro fator importante para diminuir o descarte do plasma no Hemope foi a troca do tipo de bolsa para guardar o hemocomponente e o armazenamento do produto em blast freezer, equipamento que congela o plasma em 90 minutos enquanto os demais freezers fazem o mesmo processo em até dez horas. “Este equipamento fornecido pela Hemobrás (com recursos do Ministério da Saúde) foi muito importante para nós. Embora ele esteja há apenas dois meses no hemocentro, é possível notar a melhora no armazenamento”, destacou Sheyla.
A representante do Hemocentro de São José do Rio Preto (SP), Lígia Márcia da Silveira Vianna Baracioli, destacou que, nessa unidade, também há um investimento constante em capacitação dos trabalhadores e a aquisição de novos equipamentos.
A Hemobrás produzirá seis hemoderivados em sua fábrica em construção em Pernambuco: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand. Os produtos serão fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS). O plasma é matéria prima para a elaboração destes medicamentos essenciais para pessoas com hemofilia, pacientes com câncer, aids e imunodeficiências primárias, por exemplo.
Hemobrás realiza oficina sobre componentes do sangue para 53 hemocentros do País
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Hemobrás realiza oficina sobre componentes do sangue para 53 hemocentros do País
Notícia publicada em: 30.09.2010
O sangue doado nos hemocentros brasileiros pode salvar milhares de vidas não só com a transfusão, mas também com a transformação de um de seus componentes, o plasma, em medicamentos. Os hemoderivados são essenciais para pessoas com hemofilia, pacientes com câncer, aids, cirrose e outras doenças infecciosas assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir o melhor aproveitamento desta matéria prima fundamental na produção de remédios, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) reúne representantes de 53 serviços de hemoterapia de todo o País, na I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, que ocorre de 28 a 30 de setembro, em Brasília.
A Hemobrás está promovendo a oficina porque precisa de plasma em quantidade e qualidade industrial para sua futura fábrica de hemoderivados, em plena construção em Goiana, município a 63 quilômetros do Recife, e prevista para entrar em operação em 2014. Atualmente, os serviços de hemoterapia coletam 150 mil litros de plasma por ano para transformar em remédio no exterior. No entanto, a planta industrial, que será a primeira do Brasil e a maior da América Latina, terá capacidade para beneficiar, anualmente, 500 mil litros de plasma em medicamentos. A fábrica da Hemobrás produzirá os quatro hemoderivados de maior consumo no mundo: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, além do complexo protrombínico e fator de von Willebrand.
“Já estamos nos preparando desde já para atender a esta demanda, por isso atuamos em conjunto com o Ministério da Saúde (MS) na qualificação da cadeia produtiva do plasma dos serviços de hemoterapia brasileiros”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás e responsável pela oficina, a médica Adriana Parodi, referindo-se às 79 visitas técnicas realizadas pela empresa. “Também firmamos convênio com o MS para aquisição de equipamentos, como 38 blast freezers (freezers de congelamento rápido do plasma), 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma e 15 freezers verticais a 30°C negativos para armazenamento de plasma, que vêm sendo cedidos para o uso pelos serviços de hemoterapia”.
Na oficina em Brasília, especialistas dos 53 serviços de hemoterapia vão debater temas como a qualidade do plasma que hoje é enviado para ser fracionado em medicamentos no exterior, a qualificação dos equipamentos para armazenar este hemocomponente e a importância do trabalho conjunto das equipes de Controle de Qualidade e de Processamento para a obtenção de um hemocomponente de qualidade. O momento também será reservado para apresentar experiências de êxito no setor, como o processamento do plasma realizado na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), um dos pioneiros no Brasil; as rotinas de produção do plasma no Hemocentro de São José do Rio Preto (SP), que se destaca nesta área; e a experiência do Hemocentro de Minas Gerais (Hemominas) na redução de perda do plasma direcionado à produção industrial.
Ainda no evento, os representantes das unidades terão espaço para discutir suas rotinas e as dificuldades encontradas na produção do plasma fresco dentro dos padrões estabelecidos pela legislação vigente e possíveis soluções para a questão. Para aprofundar os debates em pontos de interesses específicos de cada serviço, possibilitando uma melhor troca de experiências, os profissionais se organizarão em grupos de trabalho. Nessas ocasiões, participarão técnicos da Hemobrás, da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), empresa vencedora da licitação internacional para transferir a tecnologia de produção de hemoderivados para a Hemobrás.
A Hemobrás aproveitará a ocasião, ainda, para apresentar seu Programa de Gestão do Plasma, sistema de tecnologia da informação destinado aos serviços de hemoterapia pertencentes à hemorrede brasileira. O programa é fruto da necessidade da Hemobrás de possuir um sistema eficiente e eficaz para a gestão do plasma, garantindo, assim, padrões de qualidade exigidos internacionalmente.
Hemobrás instala mais quatro blast freezers em hemocentros brasileiros neste mês
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Hemobrás instala mais quatro blast freezers em hemocentros brasileiros neste mês
Notícia publicada em: 29.09.2010
Hemobrás firma parceria para desenvolver tecnologia de identificação por radiofrequência
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Hemobrás firma parceria para desenvolver tecnologia de identificação por radiofrequência
Notícia publicada em: 29.09.2010
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) irá modernizar o processo de armazenamento do plasma com a implantação de um sistema pioneiro no mundo – o uso de chips de identificação por radiofrequência (RFID). Com isso, será possível otimizar toda a logística, desde o recebimento das bolsas de plasma na fábrica até a inspeção visual e estocagem dos produtos na câmara fria, dispensando a necessidade de manuseio e reduzindo, desta forma, a possibilidade de erros. Para desenvolver a tecnologia específica para este uso, a Hemobrás firmou, na manhã de hoje (31/8), convênio com o Centro Nacional de Tecnologia Avançada S.A. (Ceitec), empresa pública federal do Rio Grande do Sul. Participaram da cerimônia o diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim, e o diretor administrativo e financeiro da Ceitec, Roberto Andrade. A fábrica de hemoderivados está em construção no município de Goiana, distante 63 quilômetros do Recife, e a primeira parte a ser inaugurada será a câmara fria, no segundo semestre de 2011, já com este novo mecanismo.
O plasma deve ser mantido em uma temperatura entre -30° e -35° para preservar suas características e qualidade, antes de ser transformado em medicamento. Porém, ao chegar à fábrica, precisa ser submetido a um procedimento de pesagem, inspeção visual e estocagem que, atualmente em todo o mundo, é feito manualmente, e por isso, neste setor de triagem, a temperatura do ambiente fica em torno de 4°, mais tolerável aos humanos, porém ainda inadequada ao plasma. Desta forma, toda a logística deve ser feita em até 30 minutos, para não comprometer o plasma. A fábrica da Hemobrás contará com uma câmara fria com capacidade de armazenar um milhão de bolsas de plasma – será uma das cinco maiores do mundo – e receberá cerca de 120 mil novas unidades por semana.
“Decidimos então aperfeiçoar o processo, em busca de uma solução para a nossa realidade. Acreditamos que o uso de chips de identificação por radiofrequência nas bolsas de plasma seja a mais eficiente e eficaz”, ressalta o diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim. Com esta tecnologia, a matéria prima já sairá dos serviços de hemoterapia com uma etiqueta RFID. “O chip vai propiciar a redução de erros e o aumento de velocidade no processo, ou seja, todos os ganhos inerentes da automação”, mencionou o engenheiro de produto da Ceitec, Luiz Fernandez, que fez uma demonstração de como o chip deverá funcionar ao ser fixado nas bolsas de plasma.
Ao entrar na câmara fria da fábrica, uma empilhadeira irá retirar as caixas com o plasma de dentro do caminhão frigorífico e transportá-las através de um portal, que lerá as informações do chip automaticamente. Em seguida, serão colocadas em uma esteira, onde serão pesadas e fotografadas, para verificação das conformidades por parte de um sistema de informação específico. Se estiverem conformes, serão recolocadas nas caixas e armazenadas. Se não, serão descartadas. Tudo em até três minutos.
A câmara fria será a primeira parte da fábrica a ficar pronta, no segundo semestre de 2011, e já será inaugurada com este novo sistema. Até lá, a tecnologia de microeletrônica RFID, ainda inédita para esta finalidade, será desenvolvida em conjunto pela Hemobrás e o Ceitec, com um apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) da ordem de R$ 6 milhões. Portais de leitura, esteira, balança, máquina fotográfica e sistema de informação custarão cerca de R$ 1 milhão e serão arcados pela Hemobrás, pois já estavam previstos no projeto de sua unidade fabril.
A primeira parte do projeto de desenvolvimento desta tecnologia irá avaliar a solução técnica que viabilize o processo produtivo de captação, armazenamento e transporte de plasma utilizando-se produtos RFID na frequência 13.56MHz (ISO 15693) – o que significa que o alcance por ser de até 1,5m e que não sofre atenuação do sinal causado pela proximidade de água – existentes no mercado, como etiquetas, gravadores, impressoras e leitores, verificando, ao mesmo tempo, se o sistema proposto atende às necessidades desta aplicação, definindo qual o melhor encapsulamento, etiquetas e leitores. Numa segunda etapa, será desenvolvido um novo chip de RFID HF (alta frequência) de 13.56MHz, e em seguida, a etiqueta RFID que será utilizada pela Hemobrás.
SOBRE A HEMOBRÁS – A fábrica de Hemoderivados da Hemobrás, em construção em Goiana, a 63 km do Recife, está orçada em R$ 540 milhões e será inaugurada em 2014. Lá serão produzidos para o SUS os seguintes medicamentos derivados do sangue: albumina (tratamento de queimados, pessoas com cirrose, pacientes de terapia intensiva, entre outros), complexo protrombínico (indicado para pacientes com hemofilias A e B, tratamento de hemorragias em pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes e também para cirrose hepática), fator IX (de pessoas com hemofilia B), fator VIII (pessoas com hemofilia A), fator de von Willebrand (tratamento da doença de Von Willebrand, tipo de enfermidade que, como na hemofilia, o paciente tem dificuldade para coagular o sangue). Como sua construção foi dividida em duas fases, a primeira a ficar pronta será o bloco 01, já no segundo semestre de 2011. Este é considerado um dos prédios mais importantes da fábrica, por abrigar uma câmara fria a -35º C destinada à recepção, triagem e estocagem de todo o plasma que será usado na produção dos medicamentos, em uma área de 2,7 mil m2.
Sistemas de monitoramento do congelamento do plasma gera resultados positivos
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Sistemas de monitoramento do congelamento do plasma gera resultados positivos
Notícia publicada em: 29.09.2010
A gerente de Controle de Qualidade da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Adriana Parodi, apresentou, na manhã de hoje (29/9), resultados considerados positivos obtidos com o monitoramento do congelamento do plasma brasileiro por meio do sistema kooltrak. Ao todo, 25 equipamentos foram adquiridos, por meio de um convênio entre Hemobrás e Ministério da Saúde (MS), orçado em R$ 228 mil, e cedidos, desde 2008, para uso dos hemocentros. O objetivo é manter a qualidade do plasma excedente das doações de sangue para, assim, poder utilizá-lo na produção de medicamentos. Os dados foram divulgados durante a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, que teve início ontem e segue até amanhã, em Brasília.
Segundo Adriana, o sistema kooltrak é formado por equipamentos conhecidos como loggers. Do tamanho de uma moeda de R$ 0,50, eles são fixados nas bolsas de plasma, monitorando a sua temperatura desde a coleta, ainda nos hemocentros, até o processamento, atingindo 23 graus negativos. Vale salientar que manter o plasma dentro de temperaturas adequadas é fundamental para garantir a sua qualidade. “Ficamos muito felizes porque constatamos que conseguimos atingir o mesmo padrão previsto nas principais literaturas internacionais. Ou seja, o processo está funcionando”, comemorou Adriana, anunciando que já está preparando uma nova licitação para a aquisição de mais 30 sistemas kooltrak, já para 2011.
A gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás aproveitou a ocasião para falar sobre os blast freezers – freezers especiais que congelam o plasma em 90 minutos, enquanto os tradicionais realizam o mesmo procedimento em até 10 horas. Um total de 38 equipamentos foram adquiridos por meio do convênio com o MS, no valor de R$ 2,7 milhões, e começaram a ser instalados e validados em junho deste ano, com previsão de término em novembro, beneficiando 35 serviços de hemoterapia que, atualmente, coletam cerca de 1,2 milhão de bolsas de plasma por ano. Ainda foram adquiridos por meio deste convênio, e já entregues, 15 freezers verticais a 30 graus negativos para armazenamento do plasma congelado.
A Hemobrás está promovendo a oficina porque precisa de plasma em quantidade e qualidade industrial para sua fábrica de hemoderivados, em construção em Goiana-PE, e prevista para entrar em operação em 2014. Atualmente, os serviços de hemoterapia coletam 150 mil litros de plasma por ano para transformar em remédio no exterior. No entanto, a planta industrial, que será a primeira do Brasil e a maior da América Latina, terá capacidade para beneficiar, anualmente, 500 mil litros de plasma em medicamentos. A fábrica da Hemobrás produzirá os quatro hemoderivados de maior consumo no mundo: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, além do complexo protrombínico e fator de von Willebrand. A oficina reúne representantes dos 53 principais serviços de hemoterapia do País.
Empresa firma termo de cooperação com a Fiocruz
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Notícia publicada em: 29.09.2010
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ambas ligadas ao Ministério da Saúde, irão desenvolver ações conjuntas nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e gestão, responsabilidade socioambiental, controle de qualidade de produtos e tecnologia da informação. Os presidentes da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, e da Fiocruz, Paulo Ernani Gadelha, assinaram, nesta sexta-feira (24/9), no Recife, um termo de cooperação técnica, científica, administrativa e financeira. Firmado durante a cerimônia de celebração dos 60 anos de atividades do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), a Fiocruz de Pernambuco, o acordo tem validade de cinco anos.
“Ninguém melhor que a Fiocruz para fazer este acordo, seja pela tradição, competência, história no campo do desenvolvimento tecnológico, da saúde pública, da comunicação em saúde, ou pela experiência em transferência de tecnologia em relação a medicamentos e imunobiológicos”, pontuou o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho. Com 110 anos de existência, Fiocruz é a mais destacada instituição de ciência e tecnologia da América Latina. A Fundação tem unidades consolidadas de pesquisa e ensino no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Brasília, Amazonas e Paraná, além de atuar no exterior com o escritório da Fiocruz na África.
A Fiocruz poderá garantir suporte à Hemobrás sobretudo pela experiência que possui com suas duas fábricas no Rio de Janeiro: o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), um dos maiores produtores de vacinas do País; e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), cujos remédios atendem a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). Fundada há cinco anos, a Hemobrás está construindo em Pernambuco a maior fábrica de hemoderivados da América Latina para produzir estes medicamentos de alta complexidade aos pacientes do SUS a partir de 2014.
“Esta parceria com a Fiocruz dotará a Hemobrás de condições para alcançar seus quatro macro-objetivos: edificação da fábrica, gestão do plasma nacional (matéria prima coletada nos hemocentros públicos do País para a produção dos hemoderivados), modernização da gestão da empresa e exercício pleno da responsabilidade socioambiental na região em que a planta industrial está localizada (a Zona da Mata Norte de Pernambuco)”, complementou Maciel Filho.
Conselho de Administração da Hemobrás conta com novo membro
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Notícia publicada em: 29.09.2010
O Conselho de Administração (CA) da Hemobrás conta agora com um novo integrante: o secretário de Saúde de Pernambuco, Frederico da Costa Amâncio, que representará o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ele tomou posse na manhã de hoje (29/9) na Hemobrás-Recife, com a presença do presidente do CA, José Agenor Álvares da Silva, e do presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho. A designação de Amâncio já foi publicada em decreto no Diario Oficial da União e o prazo de gestão é de três anos.
“Sinto-me honrado em fazer parte do Conselho de Administração da Hemobrás pela importância que ela tem para a Saúde Pública brasileira, especialmente para Política Nacional do Sangue. Sempre levarei ao Conass as questões que se referem aos projetos da empresa”, declarou Amâncio. O secretário ressaltou, ainda, que sua proximidade com a empresa vai facilitar o processo de interlocução com os secretários de Saúde de todos os estados brasileiros.
Para José Agenor Álvares da Silva, o ingresso de Frederico Amâncio traz para o conselho a visão dos estados na demanda por produtos hemoderivados. “Além de representar o Conass, instância importante do Sistema Único de Saúde, ele acumula a função de Secretário de Saúde de Pernambuco, trazendo uma visão um pouco mais engajada do estado numa fábrica que é nacional, tem capital majoritário da União e, por ter um caráter intensivo de tecnologia, será importante para o desenvolvimento de Pernambuco e da região”, comentou.
Fred Amâncio é formado em Administração de Empresas, pela Universidade de Pernambuco, e em Direito, pela Universidade Federal de Pernambuco. Em 1995, foi aprovado em concurso para auditor fiscal do Tesouro Estadual, lotado na Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Em julho de 2008, integrou a equipe responsável pela aplicação de um novo modelo de gestão na saúde pública do Estado. Em dezembro daquele ano, assumiu o cargo de secretário-executivo de Coordenação-Geral da Secretaria Estadual de Saúde. Em 31 de março de 2010, assumiu o comando da Secretaria Estadual de Saúde.