Em novembro, Hemobrás conclui instalação de blast freezers em hemocentros
Notícia publicada em: 29.11.2010
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) conclui em novembro a instalação dos freezers de congelamento rápido do plasma, os chamados blast freezers, em serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Ao todo, 38 equipamentos foram adquiridos por meio de um convênio da ordem de R$ 2,7 milhões, firmado com Ministério da Saúde, e começaram a ser entregues em junho deste ano, em todas as regiões do País. O cronograma final tem início hoje (4/11) e segue até o dia 25, contemplando mais 11 hemocentros, que serão beneficiados com 12 aparelhos.
Nesta quinta-feira (4/11), os blast freezers serão instalados, calibrados e validados no Hemocentro do Rio de Janeiro (Hemorio). No dia 8/11, é a vez do Hemocentro do Mato Grosso do Sul, enquanto dia 10/11 será a do Serviço de Hemoterapia do Instituto Nacional de Câncer do Rio de Janeiro (Inca-RJ) e do Hemocentro de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (Hemonorte). Dia 16/11, o calendário segue para os hemocentros do Piauí e do Mato Grosso, e dia 18/11 estende-se para o Hemocentro do Maranhão (Hemomar), chegando, em 22/11, aos hemocentros de Juiz de Fora (MG), e de Ribeirão Preto (SP). O cronograma será finalizado em 25/11, no Hemonúcleo de Campo dos Goytacazes (RJ), e no Hemocentro de São José do Rio Preto (SP).
A instalação dos blast freezers faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a Hemobrás cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers, que agora estão sendo instalados.
Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria prima que vem coletando nos hemocentros para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, distante 63 quilômetros do Recife, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.
“Os blast freezers permitem o congelamento do plasma em apenas 90 minutos, enquanto o freezer tradicional faz isso em até 8 horas. Isso garante a melhor conservação dos componentes do plasma coletado até o momento de seguir para a indústria e ser transformado em medicamentos para tratamento de doenças graves como hemofilia, câncer, AIDS e pacientes queimados”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi. Ainda para garantir a qualidade e quantidade do plasma, a Hemobrás realizou, em setembro, a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes. O evento aconteceu setembro, em Brasília, e reuniu representantes dos 53 principais serviços de hemoterapia do Brasil.