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Tem início a pesquisa “Análise participativa da realidade socioambiental de Goiana”

Notícia publicada em: 25.11.2011

A Hemobrás e a Fiocruz-PE realizaram, hoje (3/11), a primeira reunião de elaboração do diagnóstico socioambiental de Goiana, município que abrigará o Polo Farmacoquímico de Pernambuco, onde a fábrica da estatal será âncora. O objetivo do encontro foi discutir o processo de análise participativa da realidade e debater a concepção de participação; formar equipes de coordenação e comissões temáticas, discutindo papeis e atribuições; e elaborar e pactuar uma agenda de trabalho com prazo e limites por produtos. A iniciativa faz parte do projeto pioneiro “Análise participativa da realidade socioambiental de Goiana e municípios do entorno”.

O estudo será desenvolvido ao longo de um ano, englobando ainda Itamaracá, Itapissuma, Igarassu, Itambé, Itaquitinga e Condado, em Pernambuco; e Caaporã e Pedras de Fogo, na Paraíba, e irá identificar, junto a organizações sociais e poderes públicos, potenciais de cada local, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. O projeto, lançado em 18/10 deste ano, pretende, ao final, também apontar os possíveis danos a serem evitados com a nova realidade econômica, provocada pela instalação de diversas indústrias na região, a exemplo do aumento do consumo de drogas, exploração sexual infantil, estagnação viária e favelização.

Participaram desta primeira oficina, realizada no auditório do GoianaPrevi, no centro da cidade, a coordenadora de Responsabilidade Socioambiental (RSA) da Hemobrás, Danusa Benjamim; os pesquisadores da Fiocruz-PE envolvidos no projeto; o prefeito de Goiana, Henrique Fenelon; além dos secretários e representantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ação Social, Planejamento, Saúde e Agricultura, Pesca e Meio Ambiente e Educação. As próximas reuniões serão nos dias 10 e 11/11.

 




Sangue, um bem precioso

Notícia publicada em: 25.11.2011

O sangue que circula em nossas veias e artérias é fundamental para a manutenção da vida. Ele é responsável por alimentar as células, levando o oxigênio até elas, e concentra praticamente todo o sistema de defesa do organismo contra doenças e ataques de germes patogênicos. Temperatura do corpo, processo de absorção celular e equilíbrio da distribuição de água também estão diretamente ligados ao sangue. Apesar de toda a sua importância, este bem precioso não dispõe de um substituto natural, e nem artificial, mesmo com todos os avanços da medicina e dos investimentos em pesquisas avançadas. No Brasil, a única forma de ajudar quem precisa de uma transfusão para sobreviver é por meio da doação de sangue – sua comercialização é proibida pela Constituição Federal. Por isso, este ato de solidariedade e altruísmo merece ser estimulado.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente os hemocentros brasileiros recebem cerca de três milhões de doações de sangue por ano. Isto representa em média 1,9% da população, ou seja, abaixo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que, para manter os estoques a níveis aceitáveis, de 3% a 5% da população precisariam ser doadores regulares. Ainda há um agravante: no Brasil, apenas 49% vêm de doações espontâneas, ou seja, aquelas realizadas sem vínculo a um paciente. São justamente estas que ajudam a acumular bolsas de sangue, portanto, contribuindo na manutenção deste estoque.

Já o restante é oriundo do que se chama de doação de reposição, isto é, para repor uma transfusão que ocorreu em um parente ou amigo. Pelo fato de contar com receptor certo, não pode ser aproveitado pelos hemocentros em casos de emergências. O que acontece, principalmente, entre os meses de dezembro e fevereiro. Nestes períodos, historicamente os serviços de hemoterapia brasileiros tendem a sofrer baixa em seus estoques de sangue. Um dos motivos é o aumento de número de acidentes, devido ao crescimento do tráfego nas estradas nas férias, além do afastamento dos doadores devido às festividades de fim de ano.

Por outro lado, doar sangue é fácil, rápido, não dói, não debilita e nem prejudica a saúde do voluntário. E ao contrário do que muitos pensam, o sangue não fará falta ao doador – dos cerca de cinco litros que circulam pelo corpo, são coletados no máximo 450 ml a cada doação, e a recuperação é imediata –, mas com certeza fará toda a diferença para quem está precisando em um leito de hospital. Porque doar sangue é doar vida.

Saiba mais sobre a doação

– O que acontece após a doação?

Além de ajudar a salvar vidas, por meio da transfusão do sangue doado, o voluntário recebe instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos no material coletado. Estes testes detectarão doenças como aids, sífilis, doença de chagas, hepatites B e C, além de informar o tipo sanguíneo. Se necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar nova amostra e, dependendo do resultado, será encaminhado a um serviço de saúde.

– O que é feito com o sangue após a doação?

A bolsa de sangue é centrifugada e separada em três componentes: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. Os dois primeiros são 100% aproveitados nas transfusões. Já o plasma só é utilizado em 30%, pois são poucos os casos em que há demanda para esta finalidade. O restante, porém, pode ser direcionado à indústria e processado em medicamentos fundamentais para milhares de pessoas com hemofilia, aids, câncer, cirrose, imunodeficiência primária, grandes queimaduras e outras doenças graves atendidas pelo SUS.

Atualmente, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável pela coleta do plasma excedente nos hemocentros e seu envio para o exterior, onde é transformado em hemoderivados para depois retornarem ao Brasil e serem distribuídos no SUS. Quando a fábrica da estatal, que está em construção em Goiana-PE, ficar pronta, em 2014, esta etapa será encerrada e os medicamentos albumina, imunoglobulina, fator de coagulação VIII e IX, fator de von Willebrand e complexo protrombínico passarão a ser produzidos em solo nacional.

Fonte: Ministério da Saúde

 




Alunos da Escola Técnica de Goiana visitam canteiro de obras da Hemobrás

Alunos da Escola Técnica de Goiana visitam canteiro de obras da Hemobrás

Notícia publicada em: 25.11.2011

A construção da fábrica de hemoderivados da Hemobrás em Goiana (PE) está servindo de inspiração para os jovens que estão começando a decidir a área que vão atuar profissionalmente. Um grupo de 14 alunos dos cursos de redes de computadores e de hospedagem a Escola Técnica Aderico Alves de Vasconcelos (ETA), situada naquele município, visitou, ontem (27), o canteiro de obras da empresa. Eles puderam conferir de perto como está o andamento da implantação da planta industrial que vai gerar, quando estiver em operação, 360 empregos diretos. Os estudantes fizeram parte do Projeto Miniempresa da ONG Junior Archievement, que contou com a colaboração de trabalhadores Hemobrás como voluntários.

O grupo, que também era formado por dois professores e pela coordenadora de estágio da ETA, recebeu instruções sobre como agir durante a visita e ouviu uma breve palestra sobre os aspectos mais importantes da segurança e da saúde do trabalhador na área da construção civil. Guiados pelos engenheiros da Hemobrás Valdemir Nery e Wander Ribeiro, os estudantes conheceram o bloco 1 (B-01), um dos mais importantes da planta industrial, por abrigar uma câmara fria a 35° C negativos destinada à recepção, triagem e estocagem do plasma que será usado na produção dos medicamentos. Também circularam pelo canteiro, verificando como está a construção de 12 dos 19 blocos que comporão a unidade fabril, que estão na fase de construção das fundações e dos primeiros pilares.

A estudante Viviane Fontes achou ótimo visitar a obra. “Foi a oportunidade de começar a conhecer a área de engenharia civil, que é a que pretendo me graduar”, contou. “Pude conhecer novas profissões que ainda não tinha ouvido falar, como a de engenheiro de segurança, que posso seguir quando concluir o ensino médio e técnico”, comentou o jovem Wagner Félix. “Aprendemos muito com a visita. Mostrou que temos que nos preparar muito se quisermos futuramente trabalhar na fábrica”, ressaltou a aluna Marcelle Sabino.

Para a coordenadora de estágio da ETA, Márcia Lustosa, a visita ao canteiro de obras da Hemobrás foi uma forma de estimular os alunos em relação às oportunidades que estão surgindo na região. “Eles foram colocados em contato com a área de empreendedorismo quando participaram, esse ano, do projeto da ONG Junior Archievement. Quis trazê-los à obra para mostrar-lhes de fato as possibilidades de carreiras que podem seguir”, explicou. O coordenador do curso de redes de computadores da escola técnica, Alesanco Andrade, complementou. “A visita também serviu para despertar neles a necessidade de traçar objetivos para o futuro, já que estão sendo criadas oportunidades perto de onde moram”, afirmou.

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SOBRE A FÁBRICA – A construção da primeira etapa da fábrica de hemoderivados brasileira, que inclui os blocos B-01 e B-17, além de parte de B-14, está na sua fase final. A montagem das salas limpas do bloco B-01, onde ocorrerão a preparação e a triagem do plasma para armazenamento, está sendo concluída, assim como as instalações elétricas e mecânicas dos equipamentos que serão responsáveis por refrigerar e climatizar os ambientes do prédio. A pintura externa do bloco também começou a ser executada. O bloco B-17, onde ficarão armazenados os geradores de energia, e parte do B14, um reservatório enterrado com capacidade para 450 mil litros de água, estão aguardando os acabamentos finais. Esses três prédios devem ser inaugurados em dezembro. Atualmente, a construção destes blocos emprega 184 pessoas.

A segunda fase da obra também caminha no cronograma. No bloco B-02, onde ocorrerá o fracionamento do plasma, foi dado início à concretagem das fundações profundas. Nos blocos B-03 (envase e liofilização dos medicamentos) e B-04 (empacotamento) estão sendo concluídas as estacas das fundações. Em alguns pontos, já foi dado início à concretagem da fundação profunda e da superficial, que antecedem a construção dos pilares dos prédios.

No bloco B-05, onde ficarão estocados os produtos acabados e funcionará o almoxarifado da planta industrial, continuam sendo erguidos e concretados os pilares de sustentação. Os blocos B-06 (laboratório de controle de qualidade), B-10 (caldeiras para a produção de vapor), B-11 (estocagem dos produtos químicos), B-12 (prédio de manutenção da planta industrial), B-13 (estocagem de resíduos sólidos), B-16 (estocagem de etanol), B-18 (subestação elétrica de 69kV), B-19 (painéis elétricos e transformadores) e B-20 (tanque intermediário de etanol) estão em fase de perfuração das estacas e concretagem das fundações profundas. No momento, há 283 pessoas atuando nesta fase. No pico da construção, no final deste ano, a previsão é de que sejam 800 trabalhadores.

A planta industrial será âncora do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da Região Nordeste. O medicamentos produzidos pela empresa são vitais para mais de 11 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.

Confira, a seguir, fotos do andamento da obra no dia 27/10:

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Trabalhadores recebem treinamento na produção de hemoderivados

Trabalhadores recebem treinamento na produção de hemoderivados

Notícia publicada em: 10.11.2011

Os empregados que vão trabalhar diretamente na produção e no controle de qualidade da fábrica da Hemobrás, que está em construção em Goiana-PE, estão recebendo treinamento prático sobre como se produzem dois dos seis medicamentos que a empresa vai fabricar a partir de 2014: a albumina e a imunoglobulina. A iniciativa é necessária para que os profissionais conheçam as etapas iniciais do processo de fracionamento antes de participarem da capacitação que será realizada pelo Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), parceiro da Hemobrás na transferência de tecnologia, a partir de 2012, na França.
 As aulas começaram no dia 10/10 e seguem, todas as manhãs, até o dia 2 de dezembro, na antiga planta de produção de albumina da Fundação de Hemoterapia e Hematologia de Pernambuco (Hemope). No local, os trabalhadores estão produzindo experimentalmente os hemoderivados a partir de método semelhante ao que será utilizado na fábrica. Os medicamentos serão produzidos a partir de um lote de 150 litros de plasma, numa escala 20 vezes menor do que a que será empregada na planta industrial da estatal.

Participam da capacitação empregados das gerências de Fracionamento, Controle de Qualidade, Garantia da Qualidade e Engenharia. A parte teórica do treinamento foi realizada nos dias 1°, 5, 6 e 13/9, sendo que neste último dia, a equipe conheceu de perto como funciona um hemocentro. O curso está a cargo do Instituto de Apoio à Fundação Universidade de Pernambuco (IAUPE) e do Hemope.




Hemobrás lança projeto de diagnóstico socioambiental de Goiana e região

Hemobrás lança projeto de diagnóstico socioambiental de Goiana e região

Notícia publicada em: 10.11.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) lançou, na manhã desta terça-feira (18/10), um projeto inédito de diagnóstico socioambiental de Goiana, cidade que abrigará o Polo Farmacoquímico de Pernambuco, onde a estatal é âncora, e mais oito municípios do entorno, sendo dois na Paraíba. O objetivo é identificar, junto a organizações sociais e aos poderes públicos, os potenciais de cada local, para que possam ser desenvolvidas ações que os otimizem, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, tendo em vista a nova realidade socioeconômica que se instala na região, com a implantação de diversos empreendimentos industriais. A iniciativa também apontará danos a serem evitados, como aumento do consumo de drogas, exploração sexual infantil, estagnação viária e favelização. O estudo, financiado pela Hemobrás, será desenvolvido pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), ao longo de um ano. O lançamento aconteceu no Cine Polytheama, centro de Goiana.

O projeto “Análise participativa da realidade socioambiental de Goiana e municípios do entorno” terá início dentro de 15 dias, já com os pesquisadores em campo, e envolverá Goiana, Igarassu, Itamaracá, Itapissuma, Itambé, Itaquitinga e Condado, em Pernambuco; e Caaporã e Pedras de Fogo, na Paraíba. A escolha por estes municípios deu-se ao fato de estarem inseridos em um território estratégico para o desenvolvimento da região, em especial na área de influência da fábrica de hemoderivados da Hemobrás – empreendimento orçado em R$ 640 milhões que, ao entrar em operação, em 2014, deverá gerar 360 empregos diretos e cerca de 2.720 indiretos. Mas que desde já provoca mobilização na área de prestação de serviços, como a demanda por terceirização de alimentação para o canteiro de obras, telefonia, transportes, hospedagens e manutenção de equipamentos, e que serão intensificados com a inauguração da unidade fabril.

[FOTO2+] O estudo será dividido em duas etapas, com foco nas áreas ambiental, sociocultural e político institucional. Nos primeiros seis meses, será realizado o diagnóstico socioambiental participativo do município piloto, Goiana, com a articulação junto a representantes do poder público e da sociedade (oficinas/entrevistas); leituras de paisagem (expressar em mapas o conhecimento que a população tem do território, o que pode ser feito como o auxílio de GPS); e o resgate de informações secundárias disponibilizadas por instituições públicas, entidades da sociedade civil e sistemas de informação oficiais. Nas demais cidades, será feito um diagnóstico socioambiental, porém mais simples, baseado em informações secundárias. Na segunda fase, será desenvolvido o diagnóstico socioambiental participativo englobando as nove cidades, por isso comum a todos os municípios. O objetivo será identificar as potencialidades e os problemas que os aglutinem e construir um plano compartilhado de ação. “Durante um processo de crescimento econômico e social, da mesma forma que surgem necessidades como capacitação profissional para ocupar as novas vagas no mercado de trabalho, surgem também possíveis entraves, como encarecimento de imóveis, aumento da prostituição, favelização, consumo de drogas e gravidez na adolescência. A nossa intenção é colaborar com o desenvolvimento de Goiana e seu entorno minimizando os pontos críticos e otimizando os benefícios”, afirma a coordenadora de RSA da Hemobrás, Danusa Benjamim.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Tereza Lyra, baseados neste estudo, Hemobrás, Governo do Estado e prefeituras poderão implementar ações na área. “O resultado também poderá ser aproveitado por outras empresas que venham a se instalar no Polo Farmacoquímico”, salientou.

Participaram da cerimônia de apresentação da pesquisa o diretor de Assuntos Estratégicos da Hemobrás, Marcos Arraes; a coordenadora de Responsabilidade Socioambiental da estatal, Danusa Benjamim; a equipe de pesquisadores da Fiocruz responsável pelo projeto; o diretor de Planejamento e Estratégias da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Luiz Quental; o diretor executivo de Apoio à Gestão Regional e Metropolitana da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe Fidem), Luciano Pinto; o gerente da 2ª Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Mauro Moreira; o assessor especial do Gabinete da Prefeitura de Goiana, Isidoro Neto; além de membros das secretarias municipais de Educação e de Ciência e Tecnologia e da Câmara de Vereadores da cidade.