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Portadores de Hemofilia recebem tratamento de última geração

Portadores de Hemofilia recebem tratamento de última geração

Notícia publicada em: 27.06.2014

Em 17 de abril, comemora-se o Dia Internacional da Hemofilia, data que marca a busca, em todo o mundo, pela melhoria da qualidade de vida dos portadores desta grave doença hereditária e genética que dificulta a coagulação do sangue, levando a sangramentos e hemorragias constantes. No Brasil, em 2014 a data tem um significado ainda mais especial: o primeiro ano da oferta de um tratamento inédito e considerado o que há de mais moderno para o tipo A desta enfermidade, que atinge cerca de dez mil pessoas. Trata-se do fator VIII recombinante, medicamento obtido por meio de engenharia genética e distribuído pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) gratuitamente aos usuários do SUS.

A hemofilia não tem cura e é causada pela falta de proteínas específicas no sangue, que são responsáveis pelo processo de coagulação – o fator VIII, no caso do tipo A. Os sintomas são sangramentos internos, externos e de mucosas, após impactos de qualquer gravidade, inclusive os mais leves, e até mesmo sem razão aparente. Os cortes na pele também levam um tempo maior para estancar. O tratamento é para toda a vida e se dá com a reposição deste fator deficitário. Antes da chegada do fator VIII recombinante, o tratamento era basicamente feito com a infusão do fator VIII plasmático. Ambos têm a mesma eficácia, com uma diferença: o plasmático sofre uma limitação natural de produção, pois é oriundo do fracionamento de uma proteína encontrada em baixíssima quantidade no sangue, o que impossibilita sua fabricação em larga escala. Isto levava até mesmo à falta do produto no mercado internacional, e consequentemente à insegurança para os pacientes brasileiros, uma vez que este medicamento é 100% importado.

Por dispensar o uso do plasma sanguíneo como matéria-prima, o fator VIII recombinante não possui limites de fabricação. E com a sua introdução no portfólio da Hemobrás, em junho de 2013, foi possível não só ampliar o acesso da população a uma saúde pública de qualidade, como também oferecer tratamento profilático para a hemofilia, antes praticamente restrito ao atendimento emergencial. “A profilaxia aplicada regularmente, principalmente durante o período de crescimento, evita sangramentos, previne deformidades, diminui o sofrimento e melhora a qualidade de vida. Esta é uma grande conquista”, explica o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, salientando que com este medicamento, será possível atingir 90% dos portadores de hemofilia A. “A exceção serão os que por algum motivo forem intolerantes ao produto. Estes continuarão utilizando o fator VIII plasmático”, afirma.

A Hemobrás passou a distribuir o medicamento graças a uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada com o Ministério da Saúde, que possibilitou a assinatura de um contrato de transferência de tecnologia com o laboratório Baxter Internacional, em outubro de 2012. Por meio desse acordo, que tem duração de dez anos, o processo de aquisição da expertise para se produzir o fator VIII recombinante na fábrica da estatal andará em paralelo com o fornecimento do produto para os usuários do SUS. Até então, o fator VIII recombinante não era ofertado no Brasil.

O pequeno Igor Saraiva, de 5 anos, é um dos pacientes do Hemope que recebe o tratamento com o medicamento. Ele foi diagnosticado com a doença aos 10 meses, quando começaram a surgir hematomas no tórax e abdome. “Ficamos assustados e procuramos um médico, que, após uma série de exames, conseguiu fazer o diagnóstico correto. O tratamento iniciou logo em seguida, com o medicamento distribuído pelo Ministério da Saúde”, explicou o biólogo Jamerson Nascimento, pai da criança. Hoje, Jamerson faz a aplicação do fator VIII recombinante no filho três vezes por semana. “O tratamento profilático proporciona uma vida normal ao Igor. Ele vai ao Hemope apenas para acompanhamento. Ele tem um irmão gêmeo, que não tem a doença por não ser idêntico, e eles fazem tudo juntos. Estamos muito satisfeitos e felizes de vê-lo bem e saudável”, comemorou.

HEMOFILIA – O Brasil possui a terceira maior população mundial de pacientes, com 11 mil brasileiros portadores hemofilia, sendo cerca de dez mil do tipo A e dois mil do tipo B. Nos hemofílicos do tipo A, há a deficiência pelo fator VIII, enquanto no tipo B, a falta é do fator IX. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 70 novos casos de hemofilia grave por ano são registrados no Brasil.

DIA DA HEMOFILIA – O dia 17 de abril foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Hemofilia por celebrar o nascimento do fundador da Federação Mundial de Hemofilia, Frank Schnabel. Nascido em 1926, portador de hemofilia A grave, Frank Schnabel lutou incansavelmente em prol da melhoria da qualidade de vida dos hemofílicos. Seu legado de dedicação, além do incentivo e estímulo ao desenvolvimento científico, transcendeu as fronteiras do Canadá e atingiu o mundo. Até hoje, a legitimidade desta data está em reforçar a importância de trazer a público as questões relacionadas à hemofilia.




Hemocentros equipados para garantir qualidade do plasma

Hemocentros equipados para garantir qualidade do plasma

Notícia divulgada em: 04.06.2014

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) iniciou, esta semana, a entrega a 30 hemocentros e serviços de hemoterapia localizados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do País de um equipamento que verifica a velocidade do tempo de congelamento do plasma. Conhecido como logger, o sistema, pequeno e portátil, funciona como um registro eletrônico de temperatura, que, por meio de um sensor interno, armazena as variações térmicas e grava os valores em memória para consulta posterior. O objetivo da ação é proporcionar aos serviços fornecedores de matéria-prima dos hemoderivados uma forma de otimizar o congelamento, que precisa ser controlado para preservar as proteínas do plasma, como no caso dos fatores de coagulação VIII e IX, e, consequentemente, obter seu melhor rendimento. O investimento na compra e distribuição deste material foi de R$ 315 mil.

“Existe uma portaria do Ministério da Saúde (MS) indicando que o tempo de congelamento do plasma em -25°C deve ocorrer em até duas horas, justamente para garantir sua qualidade. Com esse sistema, será possível observar se a determinação está sendo cumprida. O logger é um instrumento preciso, com amostragens rápidas e monitoração de temperatura por longos períodos, ideal também para monitorar o transporte dos hemocomponentes”, explicou a chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Marisa Peixoto.

O cronograma terá início em São Paulo, que também que receberá mais sistemas, devido ao total de serviços que dispõe: serão 11 conjuntos, cada um com 20 sensores, que seguirão para unidades de São Bernardo do Campo, Santos, Jundiaí, Taubaté, Sorocaba, Franca, Araçatuba, Araraquara e Bauru, além da capital paulista, que ficará dois. Além destas, vão ser contempladas cinco entidades do Paraná, duas de Santa Catarina, três do Rio Grande do Sul, quatro de Minas Gerais e uma do Tocantins, Rondônia, Acre, Boa Vista e Pernambuco – mais especificamente no Hemonúcleo de Caruaru, no Agreste pernambucano.

A entrega desses conjuntos faz parte do convênio 4502/2007 assinado entre a Hemobrás e o MS, orçado em R$ 3,6 milhões e destinado à compra de equipamentos e realização de consultorias para capacitar os trabalhadores de dez serviços de hemoterapia no País, entre eles, o Hemope. O último lote, adquirido em 2013, foi composto de cinco centrífugas refrigeradas, que são utilizadas para separar os componentes do sangue e, consequentemente, obter o plasma para a produção industrial, e 30 sistemas de monitoramento da cadeia do frio, conjunto de equipamentos que acompanham de forma automática e contínua as temperaturas da cadeia.

As centrífugas já estão em funcionamento nos hemocentros de Pernambuco (Hemope), do Rio de Janeiro (Hemorio), Minas Gerais (Hemominas), Presidente Prudente e Fundação Pró-Sangue, estes últimos em São Paulo. Os sistemas de monitoramente estão sendo entregues, faltando apenas a instalação de 13 deles, o que deve ocorrer até o mês de maio deste ano.

Histórico – O fornecimento de equipamentos para os hemocentros é uma atividade da Hemobrás que vem sendo realizada desde 2007, sempre em convênio com o Ministério da Saúde. Desde esse ano, já adquiriu e instalou 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio (equipamentos que monitoram automática e constantemente as temperaturas dos componentes do plasma para garantir sua conservação); 15 freezers verticais a -30º C para armazenamento de plasma, 38 blast freezers para congelamento rápido do plasma, além do maquinário adquirido em 2013. A seleção dos hemocentros para receber os itens é feita pela Hemobrás em conjunto com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) da Secretaria de Atenção à Saúde do MS, no intuito de qualificar a hemorrede (rede de serviços de hemoterapia em todo o País).




Hemobrás convoca mais três aprovados em concurso público

Hemobrás convoca mais três aprovados em concurso público

Notícia publicada em: 03.06.2014

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (10/4) edital de convocação para contratação de outras três pessoas aprovadas no concurso público realizado pela estatal em outubro de 2013. Os profissionais assumirão os cargos de analista de Gestão Corporativa – Orçamento e Finanças; especialista em Plasma, Hemoderivados e Biotecnologia (PHB) – Engenharia Elétrica; e técnico em PHB – Triagem do Plasma; todos com lotação em Pernambuco. Os convocados deverão se apresentar na próxima semana, no escritório operacional da Hemobrás, no Empresarial JCPM, no Pina, em horário especificado na correspondência enviada para a residência de cada aprovado.