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Hemobrás trabalha para tornar o Brasil autossuficiente na produção de medicamentos derivados do sangue

A Hemobrás caminha a passos largos para tornar o Brasil autossuficiente na produção dos chamados hemoderivados, medicamentos produzidos a partir do plasma humano. Estes medicamentos biológicos são estratégicos especialmente em períodos de pandemias como o cenário atual que enfrentamos.

Diante deste cenário a empresa recebeu na manhã desta terça-feira (18/01) as comitivas dos Ministérios da Saúde e da Defesa, com a presença do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os representantes ministeriais puderam visitar a planta da Hemobrás. Na visita guiada foram apresentados diversos setores da empresa e realizada uma demonstração do treinamento virtual, de forma interativa, com o uso de óculos 3D, que possibilita percorrer o interior da planta industrial de recombinante.

“Esse é um projeto que é realizado por etapas, estamos indo bem, no último ano houve um progresso muito grande nas transferências de tecnologia de tal maneira que eu saio daqui com a certeza que a Hemobrás cumprirá o grande papel que está reservado para ela dentro do Sistema Único de Saúde do Brasil”, disse o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga em entrevista logo após a visita da Hemobrás.

A Hemobrás está em expansão por meio de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) que visa ampliar o acesso a medicamentos e produtos para saúde considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A nova planta, prevista para entrar em operação nos próximos anos, conta com investimentos na ordem de US$250 milhões e transferência de biotecnologia por meio da parceria com a farmacêutica japonesa Takeda.

“Hemoderivados são de suma importância para o Brasil. Vemos hoje a Imunoglobulina, por exemplo, em falta no mundo, um produto estratégico e que temos plenas condições de produção em função da larga demanda de plasma brasileiro. Isso traz um cenário de consolidação para produção de hemoderivados e recombinantes em solo brasileiro”, disse o presidente e diretor de desenvolvimento industrial da Hemobrás, Dr. Oswaldo Castilho.

Cenário atual

O Brasil depende hoje de outras nações para a produção de medicamentos constituídos a partir do plasma para o tratamento de doenças do sistema imune, infecções bacterianas e virais, doenças raras, além de queimaduras graves, sangramentos, infecções generalizadas e Síndrome de Guilain-Barré que pode ser desencadeada a contaminados com o novo coronavírus conforme aponta estudos preliminares.

A produção nacional deve gerar economia de centenas de milhões de dólares com a importação de hemoderivados que no último semestre custou aos cofres públicos $56 milhões de dólares (CT n° 236/2021 – Aquisição de Imunoglobulina: USD 56,4 milhões, abastecimento estimado de 6 meses).

Hemoderivados: medicamentos vitais para o Brasil

A produção de hemoderivados da Hemobrás terá capacidade máxima de fracionamento de 500 mil litros de plasma por ano. Número capaz de garantir a produção de 10 toneladas/ano de Albumina – usada no tratamento de queimaduras graves, sangramentos, infecções generalizadas e outras; o que atende a 100% da demanda do SUS.

Já a Imunoglobulina – usada no tratamento de imunodeficiências, infecções bacterianas e virais, doenças raras e outras; serão 02 toneladas/ano também capaz de atender a toda demanda do SUS. Ainda serão produzidos Fatores de Coagulação Plasmático – usados no tratamento de hemofilias A e B e deficiência de de Von Willebrand, sendo Fator VIII Plasmático (60 Mi de UI), Fator IX Plasmático (90 Mi de UI), Fator de Von Willebrand (70 Mi de UI) e Complexo Protrombínico.

O Brasil vem somando avanços capazes de tirar o país do hall de nações com capacidade produtiva, e de geração de plasma, inexpressiva em relação a sua demanda, onde se encontram América Latina, África, países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Nações que apresentam um quadro de falta recorrente desses medicamentos e baixos níveis de utilização devido à ausência de capacidade produtiva local e ao baixo poder de compra para realização de importações em volumes suficientes.

Empresa Estratégica de Defesa – EED

Em função da importância da autossuficiência na produção de medicamentos derivados do sangue a Hemobrás pode se tornar uma Empresa Estratégica de Defesa – EED. Para tanto a empresa já encaminhou documentação pleiteando o selo de EED e nesta terça-feira (18/01) recebeu representantes do Ministério da Defesa.

O Brigadeiro Laerte Lobato de Moraes, Diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social do Ministério da Defesa, destacou de forma enfática a importância da empresa para o Brasil. “Temos uma nova Hemobrás pelo que podemos entender no momento. Perdemos batalhas nessa pandemia, estamos nos preparando para momentos melhores, e o apoio a Hemobrás deve ser contínuo a partir de agora porque afinal ela é estratégica para o Brasil”, disse o brigadeiro.

As Forças Armadas reconhecem a importância do desenvolvimento biológico como estratégico na defesa do país. Assim a empresa deve passar por algumas etapas de avaliação e pode conquistar o selo de EED. O decreto 6.703/2008 traz a Estratégia Nacional de Defesa como diretriz para a modernização e fortalecimento das Forças Armadas e junto a lei 12.598/2012 estabelece normas especiais para o desenvolvimento de produtos e de sistemas de defesa, além de incentivar a área estratégica de defesa.




Hemobrás lança novo site para público externo

A Empresa brasileira de hemoderivados e biotecnologia começa 2022 com uma novidade para todo o público que utiliza as plataformas on-line para encontrar informações acerca da gestão e beneficiamento do plasma, principal responsabilidade da Hemobrás. Agora, o portal www.hemobras.gov.br está com uma identidade nova, moderna e acessível.

Lançado nesta segunda-feira (17.01), o novo site conta com uma interface padronizada e com as cores que mais representam a Hemobrás, refletindo, também, tudo que a empresa, enquanto indústria farmacêutica, busca. Inovação, acessibilidade, agilidade, conforto, dinamismo e comprometimento com o cliente – atendidos através do Sistema Único de Saúde (SUS), foram itens essenciais para a construção da plataforma, que conta com versões traduzidas para o inglês e a língua espanhola.

Reafirmando a diversidade e o caráter inclusivo, também foram reforçados os sistemas de acessibilidade, tudo isso para alcançar os diferentes públicos que buscam pela Hemobrás. Agora, a linguagem de sinais-  Libras, é uma realidade e está presente no site.

Outra novidade está na página de notícias, que nesta versão podem ser localizadas por tags e palavras-chave. Os conteúdos também estão separados de uma maneira que a navegação passa a ser mais fluída e intuitiva, por meio de ícones dispostos nas páginas de seus respectivos setores.

A nova identidade da principal plataforma e fonte de informações da Hemobrás vem para pontuar ainda uma das coisas que a empresa carrega em sua estrutura, a modernidade.




Dia nacional da pessoa com hemofilia

Neste dia 04 de janeiro comemora-se no Brasil o dia da pessoa com hemofilia.

A data tem como objetivo conscientizar a população brasileira sobre essa doença da coagulação sanguínea. Atualmente, existem cerca de mais de 13 mil pacientes com hemofilia A e B cadastrados no Brasil. As hemofilias são distúrbios genéticos e hereditários que acometem quase que exclusivamente os homens. Elas comprometem a capacidade do corpo de coagular o sangue, tão necessária para interromper as hemorragias. Isso acontece quando há deficiências de certas proteínas, substâncias que, dentre inúmeras funções, ajudam na coagulação.

Quando uma pessoa lesiona alguma parte do corpo e começa a sangrar, são estas proteínas que entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de hemofilia apresentam deficiências dessas proteínas e sangram mais.

Aqui no Brasil, o tratamento das hemofilias é realizado praticamente de forma exclusiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Hemobrás cumpre o seu papel institucional no atendimento ao programa de coagulopatias do Ministério da Saúde (MS), ao realizar a incorporação e distribuição do medicamento recombinante Hemo-8r (que corresponde ao Fator VIII da coagulação produzido por técnicas de biologia molecular) para tratamento e profilaxia da hemofilia A, em Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH) de todos os estados do Brasil, atendendo a pauta definida pelo Ministério da Saúde. Em 2021, foram distribuídos 1.251.690 frascos de Hemo-8r que totalizaram 760.000.000 de UI -Unidade Internacional.

Os medicamentos compõem a linha de cuidado para tratar a doença e prevenir suas complicações. É importante que a pessoa tenha alguns cuidados durante o tratamento, como:

– Observar o surgimento de novos sintomas, principalmente nas crianças, e se diminuem com o tratamento;

– Ter a medicação sempre próxima, principalmente em caso de viagem;

– Ter uma identificação, como uma pulseira, indicando a doença, para casos de emergência;

– Informar a condição sempre que fizer algum procedimento, como aplicação de vacina, cirurgia dentária ou procedimentos médicos;

– Praticar atividades físicas, assim os músculos e articulações são fortalecidos, reduzindo as chances de sangramento. No entanto, é importante evitar esportes de impacto ou contato físico violento;

– Evitar medicamentos que facilitam o sangramento, como aspirina, anti-inflamatórios e anticoagulantes, por exemplo.