Conselho de Administração se reúne com gestores para comemorar avanços da Hemobrás
A reunião anual do Conselho de Administração (CADM) da Hemobrás foi marcada pela inovação e pela ampliação do debate sobre as estratégias a serem adotadas para potencializar o momento exitoso e de boas perspectivas vividas pela Empresa. Presidido pela primeira vez por Carlos Gadelha, e com a participação de mais seis conselheiros e da diretoria executiva da Hemobrás, o encontro do CADM focou na abertura do diálogo com gestores, ao convidar dezenas de colaboradores do corpo funcional para não só ouvirem, mas expressarem dúvidas e opiniões. “Foi uma grande transformação na relação da Hemobrás com os gestores. Nós interagimos, ouvimos sugestões e conhecemos mais sobre a riqueza dos trabalhadores daqui”, disse Gadelha, ao final do evento, ocorrido nessa segunda-feira (27), no Recife. Estiveram presentes também o presidente da Hemobrás, Antonio Edson Lucena, e a Diretora de Administração e Finanças, Luciana Silveira.
A ideia de Carlos Gadelha foi promover uma abertura inovadora, como parte de um pensamento de construção coletiva em torno de uma empresa com grande potencial e em franco crescimento. Não só pela fase final das obras civis do complexo fabril, como também pelo volume de investimentos anunciados pelo Governo Federal para fortalecer a Hemobrás e a sua inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O desenvolvimento só é possível junto com as pessoas. Não é de cima para baixo; é com uma interação e, ao mesmo tempo, olhando para as necessidades do país, do Nordeste”, afirmou Gadelha, que também responde pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde.
No evento, após apresentação institucional focando na relação da Hemobrás com o projeto do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis), os microfones foram abertos, dando a palavra a funcionários que quiseram deixar suas impressões e sugestões. Diversos atores do CADM parabenizaram o empenho das equipes para se obter as conquistas recentes, falaram da responsabilidade que a perspectiva de investimentos milionários representa e motivou o corpo funcional para as fases que se aproximam, nas quais a Hemobrás deve passar a produzir medicamentos hemoderivados e recombinantes 100% em território nacional. Gadelha destacou ainda o papel de liderança da Hemobrás na entrada do Nordeste na quarta revolução industrial, para atender a população ofertando medicamentos hemoderivados e produtos de biotecnologia.
A Hemobrás assumirá a missão de promover a interação sistêmica entre o setor público, o setor privado e as instituições de ciência e tecnologia, direcionando todo o esforço tecnológico da indústria nacional para atender às necessidades da população. E, segundo Gadelha, será fundamental para a execução do CEIS e para o crescimento da região Nordeste. No encontro, tratou-se ainda da tarefa do Estado como indutor do desenvolvimento econômico e da estreita relação entre economia, saúde e demandas sociais para o bem-estar dos brasileiros. É um tripé que estabelece uma relação direta com as atribuições da Hemobrás.
Na abertura do evento, o presidente Antônio Edson de Lucena fez um agradecimento público ao corpo funcional da empresa: “Todas as conquistas da Hemobrás este ano são mérito de todos vocês. A Hemobrás é um patrimônio do povo brasileiro e não falamos só de futuro. Hoje, a Hemobrás já faz parte da vida de milhares de pessoas, fornecendo hemoderivados e recombinantes, e logo vamos ganhar escala ainda maior com a produção 100% nacional das duas fábricas. É uma alegria imensa ver a concretização de um sonho e saber que teremos condições de oferecer mais qualidade de vida para outras milhares de pessoas”, afirmou ele.
Ex-presidente da Caixa Econômica Federal, e hoje conselheira do CADM, Maria Fernanda Coelho frisou o papel estratégico da Hemobrás na defesa da soberania nacional e fez questão de enfatizar a capacidade e potencialidade da empresa. O representante do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) no CADM, Leonardo Vilela, enfatizou o momento desafiador vivido pela Hemobrás, com a perspectiva de entrega da Fábrica de medicamentos recombinantes, como o Hemo-8R, e a finalização da Fábrica de Hemoderivados, assim como a previsão do início da operação totalmente nacional quase de forma concomitante nas duas unidades.
“Esse é um momento crucial. Nós precisamos demonstrar ao Brasil que nós temos capacidade de fazer essa produção, que nós não devemos nada a outros países desenvolvidos”, disse Vilela, comparando o potencial da Hemobrás ao de outras duas instituições referências na área de tecnologia nacional, a Fiocruz e o Instituto Butantan, que trabalham com a tecnologia nacional “aplicada em benefício de suas e benefícios do povo brasileiro”.
Do Conselho, além de Carlos Gadelha, estiveram presentes Ana Paula Teles Ferreira Barreto e Diego Pessoa Gomes (ambos representante do Ministério da Saúde), Maria Fernanda Ramos Coelho (do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), Leonardo Moura Vilela (do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, CONASS), Pedro Canísio Binsfeld (do Ministério da Saúde/SINASAN) e Hélio Ricardo Ferreira Couto (do Corpo Funcional da Hemobrás).