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Nova fábrica da Hemobrás amplia acesso e esperança por mais qualidade de vida

Nesta quinta-feira, 4 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Hemofilia. A data é um marco para os pacientes e tem como objetivo conscientizar a população brasileira sobre o diagnóstico e tratamento da doença. A mobilização deste ano é ainda mais simbólica. A Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) acaba de concluir a construção da fábrica de medicamentos recombinantes (feito por biotecnologia), está prestes a inaugurar a unidade e iniciará os primeiros testes para a validação da produção em solo nacional do Hemo-8r®, medicamento utilizado pelos pacientes com Hemofilia A. “A produção nacional do medicamento é uma grande conquista tecnológica para nosso país. Além disso, a ampliação da produção e fornecimento desses medicamentos devem gerar grande impacto e melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros, nosso propósito maior”, diz o presidente da Empresa, Antonio Edson de Lucena.

Na prática, o pleno funcionamento da fábrica de recombinantes, representa a garantia do fornecimento do Hemo-8r®, com a ampliação do acesso ao tratamento e melhoria da qualidade de vida de pessoas portadoras de hemofilia, além de abrir um caminho para a produção de outros medicamentos. O Brasil ocupa atualmente o 4° lugar no ranking de países com mais pessoas com hemofilia, de acordo com a Federação Mundial de Hemofilia. São mais de 13 mil brasileiros que convivem com a doença.

Hoje, a Hemobrás já garante o fornecimento desses recombinantes para o Sistema Único de Saúde (SUS) – uma operação que é feita graças à Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a Takeda. Em 2023, mais de 837 milhões de UIs, unidade internacional de medida utilizada pela indústria farmacêutica, do Hemo-8r® foram entregues aos usuários do SUS.

Entendendo a hemofilia

A principal característica da hemofilia, que tem origem genético-hereditária, é a deficiência na coagulação do sangue. Essa ausência provoca hemorragias. A doença pode manifestar-se de forma leve, moderada e grave. Geralmente, o diagnóstico é feito ainda na infância e, na grande maioria, acomete homens. A hemofilia leva o paciente a apresentar sangramentos espontâneos, principalmente nas articulações e músculos. Por essa razão, o tratamento profilático para a reposição do fator de coagulação deficiente com medicamentos fornecidos pela Hemobrás (Fator VIII Plasmático, Fator IX Plasmático e Hemo-8R) é fundamental para garantir saúde e qualidade de vida às pessoas com hemofilia do Brasil. “Ser uma pessoa com hemofilia significa enfrentar desafios, mas com o tratamento adequado e cuidados específicos, consigo viver com qualidade e segurança”, diz Neder Santos, representante da Associação de Pessoas com Hemofilia do Mato Grosso do Sul. Neder tem Hemofilia A grave e faz tratamento profilático com Hemo-8R.

A hemofilia é uma doença rara. Em média, em 70% dos casos a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. Nos outros 30%, a doença surge numa família sem histórico de hemofilia, sendo causada por uma mutação genética nova. Os portadores já nascem com a alteração na produção de proteínas responsáveis pela coagulação do sangue. Essa deficiência ocorre de duas formas: com a hemofilia tipo A e a hemofilia tipo B. Na hemofilia tipo A, o portador tem deficiência de produção da proteína Fator VIII. Na hemofilia tipo B não é gerado, ou é produzido em pouca quantidade, o Fator IX.

Ao perceberem os sintomas, as pessoas podem buscar informações nos hemocentros brasileiros, além de poder contar com o apoio das associações estaduais e nacionais.




Voluntários e não remunerados, doadores são peça-chave para o SUS e para a Hemobrás

Uma doação de sangue pode salvar até quatro vidas, informa o Ministério da Saúde. Considerando o aproveitamento industrial do plasma, o número de brasileiros beneficiados é ainda maior. O plasma é um componente importante do sangue coletado nos serviços de hemoterapia e seu excedente serve como matéria-prima para a produção de medicamentos hemoderivados. Para a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), novembro é mês de agradecimento pelo gesto solidário das pessoas responsáveis por cada uma das 3.4 milhões de doações realizadas no país anualmente. Estes doadores são considerados peças-chaves para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a Hemobrás.

Novembro é mês de luta pela conscientização em favor da doação de sangue, e 25 de novembro é celebrado como o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data serve para exaltar os doadores pelo ato de amor ao próximo e para sensibilizar a adesão de novos colaboradores. Os serviços de hemoterapia públicos e privados realizam a coleta e processamento do sangue para a separação dos hemocomponentes, como o plasma, hemácias, plaquetas e crioprecipitado. Pela normativa vigente, o plasma excedente na hemorrede deve ser fornecido para a Hemobrás. Conforme a Portaria nº 1.710/2020 do Ministério da Saúde, a Hemobrás faz a gestão do plasma excedente do uso hemoterápico no país, transformando-o em medicamentos hemoderivados e fornecendo-os para o SUS. Os hemoderivados são utilizados por pessoas com doenças hematológicas variadas e câncer, e também por pacientes de emergências e que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte. A partir do plasma excedente obtido através das doações de sangue dos brasileiros, a Hemobrás já entregou mais de 1,3 milhão de hemoderivados ao Ministério da Saúde para atendimento dos usuários do SUS.

“A política de sangue do Brasil e o sistema de doações baseado no voluntariado, no altruísmo das pessoas, são motivo de orgulho de todos nós”, destaca o presidente da Hemobrás, Antonio Edson de Lucena, farmacêutico de carreira que acompanha a evolução da política nacional do sangue há décadas. “Aprimoramos essa política durante décadas e hoje a rede hemoterápica conta com doações voluntárias e não remuneradas. Conquistamos um alto nível segurança de coleta, que beneficia tanto pacientes com doenças hematológicas e pessoas hospitalizadas, como também a produção industrial de medicamentos hemoderivados”, completa Lucena.

O Ministério da Saúde, representantes de organizações de pacientes, médicos e o corpo técnico da Hemobrás defendem que o sistema se mantenha dessa forma. O assunto tem sido tema constante de debate no Senado e na imprensa, em virtude da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2022, que prevê a autorização da coleta remunerada do plasma humano e a comercialização do plasma sanguíneo e dos hemoderivados.

A PEC do Plasma tem sido fonte de preocupação das autoridades porque, se aprovada, impactará negativamente nas doações de sangue total no Brasil. “Constitui-se numa ameaça à produção dos outros hemocomponentes e pode comprometer os estoques do país para fins transfusionais”, aponta um manifesto publicado pela Hemobrás e intitulado “Dez motivos que justificam o arquivamento da PEC do Plasma”

A história do sangue no Brasil – No Brasil, a Lei que estabeleceu o 25 de novembro como Dia do Doador de Sangue é de 2004. A escolha por novembro como mês de mobilização tem relação com o histórico de queda do número de doações em períodos de férias, datas comemorativas e carnaval.

A transfusão de sangue é uma técnica que se desenvolve desde o Século XVII. No Brasil, a primeira transfusão relatada se deu em 1910, na Bahia, segundo relatos registrados na Biblioteca do Ministério da Saúde. Na década de 40, a hemoterapia foi reconhecida como especialidade médica e foram abertos os primeiros serviços de banco de sangue no país. Porto Alegre (RS) abrigou o primeiro serviço público, em 1941.

Em todo o mundo, o sistema de doação cresceu baseado no altruísmo e na não remuneração. No Brasil, o sistema passou a funcionar com a remuneração das pessoas pelas doações. “A prática favorecia a proliferação de bancos de sangue privados que recrutavam pessoas doentes, contaminadas por doenças infecciosas, anêmicas, alcoólatras ou que omitiam informações relevantes sobre seu estado de saúde no momento da coleta, provocando a transmissão de enfermidades aos que recebiam o sangue”, diz texto da Biblioteca.

Na década de 1980 a proliferação da Aids provocou uma revolução no sistema da hemoterapia brasileira. A partir de uma pressão popular, a doação remunerada passou a ser proibida. A Lei nº 10.205/2001 regulamentou o § 4º do art. 199 da Constituição Federal e estabeleceu o ordenamento institucional indispensável à execução adequada das atividades de coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados.

 




33 anos do SUS: Hemobrás é parte da história de êxito do sistema

Prevenção, tratamento e reabilitação. Neste 19 de setembro, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 33 anos desde sua oficialização. Oferecendo aos brasileiros atenção em saúde de forma gratuita desde 1990, o SUS é baseado nos pilares da universalidade (acessibilidade para todos sem distinção), integralidade (atuação completa em todos os estágios, da prevenção à reabilitação) e equidade (atendimento de acordo com as necessidades de cada paciente). A Hemobrás é uma parceira do SUS na missão de promover qualidade de vida à população. 

O atual sistema de saúde pública do Brasil nasceu junto com a Constituição Federal, em 1988, e foi implementado dois anos mais tarde pela lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Inspirado no National Health System da Inglaterra, o SUS se tornou modelo para o mundo de política pública exitosa no campo da saúde, isso porque atua para além do serviço médico-hospitalar, trabalhando na prevenção, controle de doenças, educação, promoção e gestão da saúde e assistência farmacêutica. 

A Hemobrás fornece os medicamentos exclusivamente ao SUS.

Nesse último aspecto, o SUS faz toda a logística, desde o armazenamento até a distribuição dos medicamentos para os estados. É nessa chave que a Hemobrás atua em parceria com o SUS, em primeiro plano, sendo responsável por fazer a gestão nacional do plasma excedente dos tratamentos hemoterápicos, certificando os hemocentros para o envio do material para fracionamento, e, por fim, fornecendo os medicamentos essenciais ao tratamento de pessoas com doenças raras, coagulopatias, cirrose, câncer, entre outros usos.

ENTREGAS – O Ministério da Saúde recebeu mais de 1,3 milhão de medicamentos hemoderivados Hemobrás. São eles: Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII de coagulação plasmático e Fator IX de coagulação plasmático. A Hemobrás também fornece ao SUS o Hemo-8r (fator VIII recombinante). Já foram destinados ao SUS mais 6 bilhões de unidades internacionais (UI) do biotecnológico utilizado para tratamento da hemofilia A. A existência da Hemobrás, uma indústria farmacêutica da mais alta tecnologia, colabora através do SUS para o fortalecimento da assistência em saúde no Brasil e promove a equalização no acesso ao tratamento das doenças que requerem tratamento com medicamentos hemoderivados e biotecnológicos. Viva o SUS!




Hemobrás reforça a campanha do Dia Mundial do Doador de Sangue

Nesta quarta-feira (14/06) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em todo o mundo, trata-se de um marco para ampliar a mobilização da sociedade em torno do tema. Para a Hemobrás, é o momento de agradecer aos doadores pelo ato voluntário e não remunerado e reforçar a campanha “Junho Vermelho”, realizada no Brasil por toda a rede de hemocentros para sensibilizar a população sobre a relevância das doações.
O tema da campanha do Dia Mundial do Doador de Sangue em 2023 tem como título “Doe sangue, doe plasma, compartilhe a vida, compartilhe com frequência”, conforme divulgou a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). O sangue é matéria-prima única, que atende não só a emergências médicas, intervenções cirúrgicas e transfusões. Ele oferece componentes essenciais à produção de medicamentos desenvolvidos a partir do plasma humano como atividade fim da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) para melhorar a qualidade de vida para milhares de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Tomaz Silva/Agência Brasil

“Me sinto muito feliz de poder doar. Eu vejo como um ato de serviço ao próximo, pois independente de para quem vá, estamos ajudando uma pessoa. Talvez amanhã a gente também precise que outra pessoa doe para a gente, por isso que é importante doar, para que pessoas possam ser ajudadas”, conta Raudney Santos, doador da Fundação HEMOPE, em Recife. Sangue como o de Raudney ajuda no tratamento de talassemia, câncer, hemofilia, entre outras patologias tratadas com hemoderivados, como são chamados os medicamentos produzidos a partir do plasma.

Apenas 1,8% da população brasileira faz doação de sangue de forma rotineira, o que equivale a pouco mais de 3,8 milhões de pessoas em uma população estimada em mais de 213 milhões. Os dados são do Ministério da Saúde e do IBGE. O percentual de 1,8% está muito aquém da meta ideal prevista pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 3% a 5% de doadores de sangue em relação ao número total da população. Uma única doação de sangue pode salvar até 4 vidas, e garantir a qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas.

O Dia Mundial do Doador de Sangue foi instituído em 2014 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a data escolhida presta homenagem ao imunologista, médico e biólogo austríaco Karl Landsteiner, que nasceu no mesmo dia. Ele é considerado o descobridor do fator Rh, das diferenças entre os tipos sanguíneos, tendo a transfusão de sangue como rotina médica. Karl Landsteiner foi ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1930.  

No Brasil, a doação de sangue é voluntária e os hemocentros são os responsáveis por fazer a coleta e fracionamento do sangue para a separação dos hemocomponentes (hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado). O plasma utilizado na produção dos medicamentos é enviado à Hemobrás por hemocentros qualificados. Quando aumenta o estoque de sangue nos hemocentros, toda a população atendida pelo SUS é beneficiada, com os medicamentos fornecidos pela Hemobrás.

A Hemobrás, empresa ligada ao Ministério da Saúde, é a responsável pela gestão do plasma sanguíneo (matéria-prima da indústria farmacêutica de hemoderivados) e pela produção de medicamentos a partir de engenharia genética. Seguindo todos os protocolos sanitários, o sangue é recebido na fábrica da Hemobrás e transformado em medicamentos como a Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII e Fator IX de Coagulação – medicamentos essenciais ao tratamento das hemofilias do tipo A e B, câncer, AIDS, erros inatos do sistema imune e na recuperação de queimados.