Hemobrás recebe visita de comitiva do Laboratório Farmacêutico da Marinha
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Representantes do Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFB) visitaram a fábrica da Hemobrás, nessa terça-feira (21), para ver as instalações da unidade que fica em Goiana-PE. O grupo foi recebido pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da empresa, Antônio Edson de Lucena, e pelos gestores Lucas Ricci, Carlos Vinicius Viana e Christiano Madruga.
O diretor Antônio Edson de Lucena ressaltou a importância de compartilhar a experiência da Hemobrás com outros laboratórios públicos da indústria farmacêutica, como é o caso do LFM. “É um prazer recebê-los aqui na nossa fábrica, de forma que nossa experiência possa melhor atender o foco de vocês, as necessidades do laboratório da Marinha”, afirmou.
Produtor de medicamentos como analgésicos, antiinflamatórios, broncodilatador, entre outros, o LFB pretende expandir seu parque fabril e veio conhecer de perto a expertise da Hemobrás. O laboratório fornece medicamentos ao Ministério da Saúde por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).
Os visitantes puderam visitar os blocos destinados à embalagem, produção de hemoderivados e produção de recombinantes e acompanhar detalhes dos processos de construção, instalação de equipamentos, aquisição de insumos e qualificação da fábrica.
Para o diretor do Laboratório Farmacêutico da Marinha, capitão de mar e guerra Cláudio Aldêa, a visita foi bastante produtiva e deve guiar a instituição no projeto de expansão do laboratório.
“Tenho certeza que ver o esforço da Hemobrás de inaugurar uma fábrica nova e passar por todas as etapas que pretendemos passar no futuro, para a gente vai servir não só como um estímulo, mas também como uma orientação nesse nosso processo que vem pela frente”, detalhou o diretor do Laboratório.
A oficial farmacêutica, capitã de corveta Carla Giordani demonstrou estar impressionada com o trabalho que já vem sendo feito pela Hemobrás. “Ver essa experiência de perto é muito importante para poder correlacionar um pouco com o projeto do nosso laboratório, para que possamos também fazer um trabalho tão bonito como o que a gente viu aqui”, complementou.
Hemobrás alinha gestão do sistema da qualidade com parceira Takeda
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Com o objetivo de fazer alinhamentos quanto à gestão do Sistema da Qualidade Farmacêutico, a partir da vivência de uma indústria farmacêutica que já opera com todas as etapas produtivas em pleno funcionamento, uma equipe da Hemobrás visitou, esta semana, a fábrica da Takeda Farmacêutica Brasil, em Jaguariúna, no interior de São Paulo.
Formada pelo gerente da Garantia da Qualidade, Antonio Diógenes, pelo chefe do Serviço de Normas e Procedimentos, Ronaldo Nogueira, e pelas analistas Ana Beatriz Martiniano, Milena Lira, Bárbara Rocha e Marília Nascimento, a equipe da Hemobrás foi recepcionada pela representante da Qualidade do Projeto Buriti na Takeda, Jaqueline Oliveira, pelo coordenador do Sistema da Qualidade, Luiz Fracaroli, e pelo diretor da Qualidade da planta, Alex Benachi.
Equipe da Hemobrás visita a fábrica da Takeda, no interior de São Paulo
No encontro, foram abordados temas como o gerenciamento de desvios da qualidade, controle de mudança e CAPA (Corrective and Preventive Action), gerenciamento de risco, treinamento industrial, qualificação de fornecedores, gestão de utilidades acessórias à fabricação (como rouparia e limpeza) e alguns temas de validação e qualificação de equipamentos, sistemas e utilidades.
A equipe da Hemobrás visitou ainda as áreas de armazenamento, pesagem e fracionamento, produção, incluindo envase e embalagem de líquidos orais, e o laboratório de controle de qualidade.
“Embora a fábrica não tenha produtos assemelhados aos da Hemobrás, o funcionamento do Sistema da Qualidade Farmacêutico e a manutenção dos requerimentos de Boas Práticas de Fabricação ocorrem seguindo o mesmo raciocínio. E as metodologias apresentadas agregam valor à Hemobrás para realizar definições que serão necessárias à produção, mantendo os parâmetros de qualidade desejáveis e requeridos pelo mercado e pelos pacientes”, comentou o gerente Antonio Diógenes.
A ida da equipe da Hemobrás à Takeda foi acordada ainda no ano passado. Para o chefe do Serviço de Normas e Procedimentos, Ronaldo Nogueira, o benchmarking é uma ferramenta muito valiosa, principalmente para uma empresa que está em franca expansão, como a Hemobrás. “Ao aprender como outras empresas realizam suas atividades práticas, podemos encurtar significativamente o caminho para o aprimoramento, economizando tempo e recursos”, explicou.
A visita representou um momento oportuno para fortalecer o vínculo entre os colaboradores de ambas as empresas e criar pontes para a troca de informações, considerando a parceria de transferência de tecnologia para a nova Fábrica de Medicamentos Produzidos por Biotecnologia da Hemobrás.
A analista Milena Lira considera que esta foi uma grande oportunidade conhecer a estrutura, a rotina e os fluxos implementados nos laboratórios da Takeda, de modo a estabelecer propostas de melhorias para os nossos laboratórios.
“Prestes a completar um ano e oito meses de Hemobrás, essa visita representou ainda, para mim, a oportunidade de conhecer melhor a empresa parceira nessa fase de transferência de tecnologia”, afirmou.
Para a analista Bárbara Rocha, a experiência foi bastante enriquecedora. “Tivemos a oportunidade de conhecer os fluxos operacionais da fábrica, como a rotina do Controle de Qualidade Físico-Químico e Microbiológico, produção, e Sistema da Garantia da Qualidade. Fomos muito bem recebidos pelo time da Takeda, sendo solícitos e esclarecedores quanto às nossas demandas”, complementou.
Hemobrás e Secretaria de Atenção Especializada à Saúde alinham estratégias para gestão do plasma
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Uma reunião institucional, nesta quinta-feira (02/05), no escritório operacional da Hemobrás, no Recife, fortaleceu as estratégias traçadas pelo Ministério da Saúde e pela indústria estatal de medicamentos para a gestão do plasma no Brasil. A diretora-presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, e equipe receberam o novo secretário da SAES, Adriano Massuda, e o assessor do MS, Aristides Oliveira, que foram atualizados sobre algumas ações recentes da empresa que caminha para garantir a produção 100% nacional de medicamentos hemoderivados e recombinantes fornecidos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No encontro, as equipes alinharam algumas questões referentes à gestão do plasma, que, no Brasil, é uma responsabilidade da Hemobrás, além de tratar de temas fundamentais para o desenvolvimento da Hemorrede, como as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltadas aos hemocentros. “A reunião foi super produtiva. Ratificou a posição de parceria entre a SAES e a Hemobrás para garantir a captação e gestão do plasma e a produção efetiva dos hemoderivados. Foi apenas a primeira vinda do secretário Massuda a Pernambuco e já o convidamos para conhecer de perto nosso parque fabril, em Goiana, para que ele possa ter a real dimensão do momento que a Hemobrás atravessa”, comentou a diretora-presidente da estatal.
Através de uma apresentação realizada pela gerente de Produtos e Suprimentos Farmacêuticos da Hemobrás, Melissa Papaléo, o secretário e o assessor da SAEs conheceram detalhes sobre os processos de auditorias e qualificações dos hemocentros e demais serviços de hemoterapia, o crescimento ano a ano da coleta de plasma e os gargalos para que o fornecimento cresça ainda mais nos próximos anos. “A Hemobrás é extremamente importante para a política nacional do sangue e para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O Brasil tem um privilégio de ter uma empresa como essa, tão importante para os usuários do SUS que precisam dos hemoderivados. A visita de hoje é para aproximar mais a SAES, que é responsável pela política nacional do sangue, com essa empresa que compõe a estrutura do Ministério da Saúde e do Governo Federal”, afirmou Adriano Massuda.
Hemobrás participa de oficina realizada pela Alfob
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Integrantes da Gerência de Garantia da Qualidade (GGQ) da Hemobrás estiveram presentes na 1ª Oficina do Grupo Técnico da Política da Qualidade da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), que ocorreu nos dias 25 e 26 de abril, no Rio de Janeiro. A Associação tem a missão de fortalecer o papel dos seus associados perante o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
Além de Narayanna Dantas, que é presidente do Grupo Técnico de Políticas da Qualidade da Alfob, esteve presente no evento Bráulio Souza, também representando a GGQ. O objetivo da oficina foi fechar as decisões sobre temas estratégicos que haviam sido debatidos de maneira virtual ao longo de 2023 e 2024, além de discutir as principais necessidades e maiores desafios das empresas do ramo na manutenção e aprimoramento da cultura da qualidade.
Desde agosto de 2023, a Alfob possui, além do Grupo Técnico de Políticas da Qualidade, o Grupo Técnico de Aquisições. Desde então, a representante da Hemobrás foi eleita para ocupar sua presidência, atividade que tem desenvolvido com o auxílio da vice-presidente Wanessa Costa, da Bahiafarma, por meio de condução de reuniões e elaboração de documentos.
Com as informações coletadas durante a oficina, foram instituídos três subgrupos de trabalho – um para estudo de solução para a substituição do Teste de pirógeno em coelhos pelo Teste de Ativação de Monócitos (MAT) – e dois subgrupos de trabalho para a elaboração de guias de temas estratégicos a serem fomentados pela associação.
A programação contou com a palestra “Dinâmica para revisão da política da qualidade – Experiência de Bio-Manguinhos”, além da discussão em plenária sobre os desafios em elaborar e implementar a Política da Qualidade nos Laboratórios e proposta de soluções para oferecer suporte às equipes da gestão da qualidade messe sentido. Os participantes também realizaram três etapas para a construção de Guia para Reuniões Gerenciais: apresentação da minuta do Guia com apreciação do texto pelos representantes e consolidação das sugestões de adequação, revisão da lista sugerida de processos a serem monitorados nas reuniões de revisão gerencial, organização das pessoas e dos temas em grupos para avaliação e proposta de indicadores a serem acompanhados nas reuniões e apresentação dos indicadores levantados por dois dos quatro grupos de trabalho para apreciação dos demais.
Segundo Narayanna Dantas, este foi um momento rico de compartilhamento entre os representantes dos Laboratórios Públicos de seus desafios e soluções para a implementação das melhores práticas para a Gestão da Qualidade Farmacêutica. “No geral, a consolidação e manutenção da cultura da qualidade foi apontada como alvo mais importante e desafiador a ser perseguidos no cenário específico dos Laboratórios públicos que têm como característica específica a mudança periódica de gestão”, avaliou.
Próximas atividades
Nos dias 14 a 16 de agosto acontecerá, em Natal – RN, o I Encontro Anual dos Laboratórios Oficiais do Brasil, com participação dos dirigentes e equipes profissionais dos laboratórios oficiais, de Comissões Técnicas da Alfob. Nessa ocasião, haverá a entrega de produtos da Comissão Técnica de Política da Qualidade para utilização dessas empresas.
Dia Mundial da Hemofilia: avanços da Hemobrás representam esperança para pacientes
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Hoje, 17 de abril, é o Dia Mundial da Hemofilia, uma condição genética rara que prejudica a coagulação do sangue e afeta cerca de 12 mil pessoas no Brasil. A data, instituída em 1989 em homenagem ao empresário canadense Frank Schnabel que sofria de forma severa com a condição, marca a luta por melhores condições de vida para aqueles que lidam com a doença. A celebração tem servido como ferramenta de mobilização social para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e promover a conscientização da sociedade sobre o tema. O Dia Mundial da Hemofilia reforça a necessidade de garantir acesso a tratamentos permanentes e eficazes e a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) acaba de dar um reforço importante para essa luta permanente, com a recente inauguração da fábrica de medicamentos recombinantes, que logo estará produzindo o medicamento Hemo-8R totalmente em solo nacional e em maior escala.
A Hemobrás desempenha um papel decisivo para o tratamento de pacientes do SUS, fornecendo fatores de coagulação para terapia de reposição, conduzindo conscientização e educação sobre a doença. Com essa diretriz, a Empresa vem renovando as esperanças da população que depende dessas terapias contínuas: “A Hemobrás, junto ao Ministério da Saúde, está empenhada em ampliar a sua contribuição para o tratamento das pessoas com hemofilia. A nossa nova Fábrica de Recombinantes cumprirá um grande papel com a produção nacional, trazendo a segurança de abastecimento que os pacientes tanto precisam”, afirma a médica e presidente da Empresa, Ana Paula Menezes.”Na prática, daremos mais qualidade de vida com o nosso medicamento profilático que tem sido tão elogiado pelos pacientes. É um avanço grande para o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS”.
A nova fábrica de Recombinantes foi inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 4 de abril. Inicialmente, ela produzirá exclusivamente o Hemo-8R (Fator VIII Recombinante), destinado ao tratamento de pessoas com Hemofilia A.
A entrega do Bloco 07, correspondente à Fábrica de Recombinante, tem sido comemorada por pacientes e instituições representativas dessas famílias: “A Hemobrás representa a entrada do Brasil em um grupo muito seleto de países que produzem essa medicação. Ela é uma empresa que tem grande importância estratégica para o Brasil, porque ela retira nossa dependência do mercado externo e traz autonomia para o país, na produção dos fatores de coagulação”, diz Mariana Battazza, presidente da Abraphem. Pacientes também têm dado testemunhos sobre a expectativa quanto à linha produtiva da Hemobrás. No evento de inauguração, alguns deles estiveram presentes para prestigiar a nova fábrica. O paraibano João Pedro Dias, por exemplo, agradeceu em nome de outros pacientes o trabalho da Hemobrás.
SOBRE A HEMOFILIA – A hemofilia tem como sintomas sangramentos internos, frequentes e prolongados e hematomas incomuns. A hemofilia A destaca-se como a forma mais comum da doença, com 80% dos casos. Essa condição, de origem genético-hereditária, resulta em deficiência na coagulação do sangue, provocando hemorragias que podem ser leves, moderadas ou graves. Geralmente diagnosticada na infância, a hemofilia afeta principalmente homens.
Estudos mostram que em 70% dos casos a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. O diagnóstico precoce é feito por meio de testes de coagulação do sangue. Embora não haja cura, o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, envolvendo a reposição do fator de coagulação deficiente por infusões intravenosas, prevenção de lesões e promoção de um estilo de vida saudável.
Hemobrás e Sest discutem agenda do futuro
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A Hemobrás deu um passo importante, nesta sexta-feira (12.04), no aperfeiçoamento de sua estrutura funcional, visando cumprir os desafios gerados a partir da inauguração da nova planta de medicamentos recombinantes, ocorrida neste mês de abril, e da abertura da nova unidade fabril de hemoderivados, prevista para ocorrer até o primeiro semestre do próximo ano. Em uma reunião na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), em Brasília, foram discutidas medidas para fortalecer a força de trabalho e o processo produtivo da indústria de medicamentos estatal.
“Nossa encontro foi muito positivo. A secretária Elisa Leonel foi muito sensível ao momento de virada de chave que a Hemobrás atravessa e se colocou à disposição para construirmos uma agenda de futuro. Discutimos questões importantes para a Hemobrás, como a revisão do organograma e a realização de um novo concurso público. Firmamos um parceria potente com a Sest e isso marca um momento importante para a Hemobrás”, comentou a presidente da empresa, Ana Paula Menezes.
Participaram do encontro, representando a Sest, a secretária Elisa Leonel, a secretária-adjunta Ana Paula Cavalcante, a diretora de Políticas de Pessoal e Previdência Complementar de Estatais, Jussara Valadares, e as técnicas Raissa Gomes e Débora Cruz. Pela Hemobrás, além da presidente, estiveram presentes a conselheira do Conselho de Administração, Maria Fernanda Coelho, e a chefe de Gabinete, Adelaide Caldas.
Hemobrás inaugura primeira unidade de produção nacional de medicamento recombinante utilizado para hemofilia A
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Foi inaugurada, nessa quinta-feira (04.04), a fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia da Hemobrás. A planta, que será a primeira unidade fabril de produção nacional do medicamento Fator VIII recombinante (Hemo-8R), fica localizada na planta da Hemobrás em Goiana, Pernambuco. O Hemo-8R é utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia A, condição genética rara que afeta a coagulação do sangue. A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e de outros ministros e autoridades, além de representantes de associações de pacientes e do corpo diretivo e funcional da Hemobrás.
A presidenta da Hemobrás, Ana Paula Menezes, relembrou a fundação da empresa pública e celebrou a concretização do projeto. “Estamos prontos para colocar o recombinante na rua e, em breve, estaremos com o presidente Lula e a ministra Nísia para inaugurar a fábrica de hemoderivados. Estamos prontos para qualquer desafio que possa vir no futuro”, declarou.
A nova fábrica já está em fase de qualificação de equipamentos e processos e estará em pleno funcionamento, produzindo o Hemo-8R 100% nacional, até o final do ano que vem. A capacidade produtiva da planta será de 1,2 bilhão de UI (unidades internacionais) por ano, o que é suficiente para abastecer 100% da demanda do SUS pelo remédio. A Hemobrás trabalha ainda para concluir a implantação da fábrica de hemoderivados e iniciar a sua operação até 2026.
O investimento, que totalizou R$ 1,2 bilhão, representa o maior aporte em biotecnologia na área da saúde no Nordeste brasileiro até o momento. A iniciativa faz parte da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
O presidente Lula se recordou da convivência que teve com o cartunista Henfil e seu irmão, o sociólogo e ativista dos direitos humanos Betinho, que eram pessoas com hemofilia, para destacar a luta dos que sofrem com a doença hereditária. “Eram uns dos gênios da história do Brasil e morreram por serem hemofílicos. Em meio à luta por um Brasil melhor, Betinho e Henfil também travaram uma dura batalha contra as consequências e complicações da hemofilia”, afirmou Lula.
“Era um tempo em que as pessoas com hemofilia sofriam com a falta de tratamento profilático, constantes internações e transfusões de sangue. Uma época em que não tínhamos ainda o rigor de hoje na coleta e destinação das doações de sangue. Perdemos vidas precocemente por não termos tratamento adequado aos portadores de hemofilia. Perdemos Betinho, Henfil e perdemos muitos brasileiros e brasileiras”, disse.
Lula citou a história de Deivid Torres, estagiário da Hemobrás, que foi diagnosticado aos quatro meses de idade, como exemplo de como investimentos em ciência, tecnologia e saúde podem salvar vidas e mudar histórias. “A família dele nunca tinha ouvido falar nessa doença, mas ele pode contar com a implementação da profilaxia e com o medicamento Hemo-8r, este que a Hemobrás está preparada para produzir neste fábrica que inauguramos hoje, essa fábrica que tem em seu quadro de funcionários justamente o companheiro Deivid, que tem o privilégio de poder receber um tratamento adequado, ter uma vida saudável, ativa e promissora, como tem também a oportunidade de trabalhar na empresa que proporciona a ele este benefício”, prosseguiu o presidente.
AMPLIAÇÃO NO ATENDIMENTO – Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a Hemobrás é um símbolo da ciência e tecnologia em saúde no Brasil e a inauguração representa um dia muito especial por promover uma ampliação no atendimento aos pacientes que sofrem com o distúrbio na coagulação do sangue. “É um medicamento biológico que requer muita tecnologia e muito conhecimento. Nós visitamos a fábrica com o presidente Lula, visitamos a planta, e a Hemobrás ainda inaugurará a planta de hemoderivados que vai produzir a imunoglobulina, que vai produzir albumina – tecnologias e bases de conhecimento que servirão para vários outros produtos”, ressaltou.
Nísia complementou dizendo que a intenção é também exportar o medicamento para países que não possuem a tecnologia em seus territórios. “A Hemobrás é considerada uma empresa estratégica de defesa, que garante soberania nacional, pois só cinco países detêm a tecnologia que o Brasil agora deterá. É uma etapa muito importante em defesa da vida, em defesa da ciência e tecnologia; na ideia de que o sangue não é mercadoria e que está na origem de todo esse processo, lá na Constituição Federal de 1988”, concluiu a ministra.
Ao nacionalizar a produção de insumos farmacêuticos, o país deve gerar uma economia anual de até US$ 200 milhões, contribuindo para a sustentabilidade do SUS e para a redução da dependência externa de produtos médicos. Esse avanço visa reduzir a vulnerabilidade do SUS frente a emergências de saúde pública e fortalecer a cadeia produtiva nacional de alta complexidade.
EMPREGOS — A inauguração tem forte impacto na geração de empregos da região, com previsão de 2 mil novos postos de trabalho, sendo 1,4 mil diretos e 600 indiretos. O processo de nacionalização do Hemo-8r ocorreu a partir de uma parceria com a empresa japonesa Takeda para transferência de tecnologia. Ainda neste ano, começa localmente o processamento do produto, rotulagem e embalagem. O cronograma culmina na produção brasileira dos insumos, chamados de IFA, em dezembro de 2025. Todas as etapas serão submetidas à análise prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, celebrou o impacto na geração de empregos com a inauguração da fábrica em um município da Zona da Mata canavieira pernambucana. “Aqui, antes, só se via cana-de-açúcar e agora podemos enxergar o Brasil falando com autonomia sobre produção importante do nosso complexo científico, farmacêutico, industrial. A gente poder falar também sobre a geração de emprego e renda para essa população que não tinha perspectiva antes da decisão política de garantir diversificação da nossa matriz econômica e permitir que, onde a gente tem filhos de lavradores de cana, a gente pode agora ter meninos e meninas, homens e mulheres, trabalhando na indústria farmacêutica”, pontuou, acrescentando que a iniciativa traz oportunidades também para a população paraibana próxima.
VIDA SAUDÁVEL — A hemofilia é uma condição genética que resulta na falta de proteínas necessárias para a coagulação do sangue. No caso da hemofilia A, o fator sanguíneo deficiente é o Fator VIII. Atualmente, o Brasil é o quarto país com mais hemofílicos do mundo, com cerca de 12 mil portadores da doença. O medicamento Hemo-8r, que será produzido pela Hemobrás, é crucial para o tratamento desses pacientes.
João Pedro Pessoa é hemofílico, faz uso do medicamento para tratar a hemofilia do tipo A e agradeceu os esforços dos trabalhadores da empresa brasileira e do Governo Federal na entrega da nova fábrica. “Eu fico muito feliz e grato em fazer parte da Hemobrás, porque, se não fosse por todos vocês trabalhando, eu não teria essa vida saudável que eu levo hoje. Então eu falo em nome de todos os hemofílicos do Brasil: nós carregamos um pedacinho da Hemobrás em nossos corações”, afirmou.
No caso da hemofilia A, o Hemo-8r é uma alternativa ao medicamento hemoderivado, oriundo do beneficiamento do plasma, extraído das doações de sangue excedentes doadas pelos hemocentros à Hemobrás. A Hemobrás já entrega ao SUS o medicamento.
Nota de pesar
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A Hemobrás lamenta o falecimento de uma das mais importantes cientistas brasileiras, a médica e pesquisadora Eridan Coutinho, pioneira em trabalhos na área da patologia das doenças tropicais e referência para autores nacionais e estrangeiros. Ela deixa como legado para os jovens pesquisadores mais de 71 artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais e a criação do primeiro mestrado em Saúde Pública de Pernambuco, estado onde nasceu e desenvolveu sua trajetória profissional. Pesquisadora emérita da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dra. Eridan recebeu um reconhecimento de 15 prêmios e homenagens, entre eles a Medalha Pirajá da Silva (Ministério da Saúde) e a Medalha de Oswaldo Cruz (Fiocruz). Deixamos nossas condolências para familiares, amigos e seus muitos discípulos.
Nova presidente da Hemobrás toma posse
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Em decisão histórica, o Conselho de Administração (CADM) da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) deu posse à médica Ana Paula Menezes como a nova presidente da Hemobrás, na noite dessa quinta-feira (14). Esta é a primeira vez que a Hemobrás tem uma mulher eleita à frente da instituição – uma inovação alinhada com a gestão da primeira mulher à frente do Ministério da Saúde, Nísia Trindade. O nome de Ana Paula Menezes, executiva que já ocupou cargos públicos estratégicos na esfera municipal, estadual e federal, foi indicado por Nísia Trindade e submetido ao colegiado. Ela acumulará a Presidência com a Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI).
A reunião do CADM ocorreu no Recife, sendo presidida por Carlos Gadelha e com a votação dos onze titulares do Conselho. “Ana Paula, você é a pessoa certa no momento certo. Pela visão política estratégica, capacidade técnica e profissional para lidar com os desafios”, disse Gadelha, dirigindo-se à nova presidente. O CADM também reconduziu e deu posse ao Diretor-Industrial, Antônio Edson de Lucena. O diretor Administrativo e Financeiro, André Luiz Mota Pinho, havia sido empossado no final de janeiro.
Em seu discurso, Gadelha transmitiu uma mensagem da ministra Nísia Trindade, empenhando total apoio à nova diretoria. “Não faltarão esforços para apoiar esta diretoria, formada pelos três diretores. O que se percebe é um total alinhamento da perspectiva de que saúde é desenvolvimento. E esta é uma das seis prioridades da nova política de desenvolvimento do presidente Lula”. Segundo ele, a ministra garantiu que “não haverá limite nos esforços para que a gente tenha uma Hemobrás inovadora, íntegra e transparente, onde coloca a sua produção e a sua capacidade de inovação para cuidar das pessoas – que é a marca principal do presidente Lula”.
Ana Paula Menezes falou sobre o “orgulho” de ocupar o cargo e sobre o “nobre desafio” que tem pela frente. “É um desafio imenso porque a Hemobrás atravessa um momento que a gente chama de momento das dores do crescimento”, disse Ana Paula Menezes, após a posse. “A Hemobrás deixa de ser uma empresa voltada basicamente para prestação de serviços e avança para garantir a incorporação tecnológica e conquistar a autonomia de produção, assumindo o seu papel nessa cadeia produtiva. Esse é um processo que não é fácil e não é linear”, pontuou, falando sobre o seu ânimo nessa caminhada futura.
A nova presidente destacou ainda a importância da Hemobrás junto ao Ministério da Saúde para a execução da política nacional do sangue. Ela fez questão de frisar que o papel da Hemobrás é “muito nobre” e que terá como norte “atender com qualidade a população, tendo a complexidade que essa função exige”, e ainda fortalecendo o Sistema Único de Saúde e garantindo maior soberania e autonomia produtiva de medicamentos para o Brasil.
A inserção da Hemobrás para o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) foi citada com frequência pelos participantes da reunião. Gadelha, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde e Insumos do Ministério da Saúde, coordena o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Após o anúncio do resultado da eleição, Ana Paula recebeu o apoio de conselheiros e manifestações lhe desejando sucesso.
Ana Paula Menezes é graduada em Medicina pela UFPE, e dedicou a sua formação à saúde pública e coletiva. Entre outros cargos, atuou como secretária executiva da Saúde do Ministério da Saúde, como coordenadora geral de saúde de Pernambuco e como docente e pesquisadora do Instituto Integral Professor Fernando Figueira (Imip/PE).
Agradecimento – Durante a reunião do CADM, Carlos Gadelha e demais conselheiros fizeram menções ao trabalho desempenhado pelo ex-presidente Antônio Edson de Lucena. A manutenção dele no cargo de Diretor-Industrial que acumulava com a Presidência foi citada como um “reconhecimento à trajetória e compromisso dele” para com a história da Hemobrás, presente mesmo nos momentos mais turbulentos da Empresa, como citou Gadelha. A posse de Antônio serviu como agradecimento pelos serviços prestados por ele “com louvor” e pelo respeito que ele impõe à Hemobrás com a sua presença.
Presidente da Anvisa conhece a fábrica da Hemobrás
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O Complexo Fabril da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) recebeu, nessa quarta-feira (13), uma visita simbólica e expressiva. Uma comitiva formada por representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) acompanhou o andamento da obra das fábricas de hemoderivados e de recombinantes biotecnológicos. Esta foi a primeira vez que o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, conheceu as instalações da fábrica.
Os visitantes foram recebidos pelo presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, pela Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI), Ana Paula Menezes, e por técnicos multissetoriais da Hemobrás, que fizeram explanações sobre o funcionamento dos respectivos blocos e departamentos do Complexo.
O encontro foi aberto com uma reunião situacional e com a troca de compromissos informais de manutenção e ampliação da parceria mútua que vem sendo desenvolvida, com vistas à conclusão da Hemobrás e o início de sua produção 100% nacional. Esta é uma conquista que deve se constatar de forma integral dentro de um ou dois anos e que irá fortalecer a soberania e autonomia brasileira frente ao mercado internacional de medicamentos hemoderivados e de recombinantes. Além disso, prestará grande contribuição ao projeto nacional do Complexo Econômico-Industrial de Saúde, prioridade do Ministério da Saúde nesta gestão.
“A Hemobrás entra agora em fase pré-operacional, então é muito importante, para nós, reafirmar a necessidade de estarmos bem próximos. Queremos abrir as portas, em um exercício de empatia e em favor da produtividade, sobretudo agora que viveremos um processo por parte da Anvisa para a validação dos equipamentos antes de entrarmos em funcionamento”, disse o presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena. “É uma forma de facilitar e avançar nesse relacionamento com a Anvisa”, completou.
Farmacêutico e técnico de carreira da Hemobrás, Antônio Edson assumiu em muitas ocasiões a apresentação das salas e equipamentos alocados em cada sala e, com didatismo, explicou a ligação e a sinergia entre os diversos blocos já construídos, num sistema operacional que funcionará até que os medicamentos sejam encaixotados e distribuídos para atender aos pacientes do SUS.
O presidente da Anvisa, Antonio Torres, percorreu o Complexo Fabril, incluindo a Fábrica de Medicamentos Produzidos por Biotecnologia, que deve ser inaugurada em breve, e manteve a curiosidade em cada passagem. Esteve ao lado de dois diretores da Anvisa – Romison Mota e Marcus Aurélio Miranda, da diretora da Apevisa, Karla Baeta, e da secretária executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária da SES-PE, Veronica Cisneiros.
Torres destacou o adiantamento da obra do Complexo Fabril, lembrando que a Anvisa promoveu visita semelhante no período inicial de construção da Hemobrás e que este será um segundo momento. Frisou, contudo, que foi uma visita de acompanhamento e não de inspeções ou certificações, o que deve se dar ao longo do cronograma. “O Complexo da Hemobrás vai contribuir muito para a soberania nacional na questão dos hemoderivados e é sempre muito importante para qualquer sistema de saúde poder contar com aporte de produção em seu próprio país”, enfatizou ele.
Segundo Torres, a produção da Hemobrás, se não torna o país independente no primeiro momento, uma vez que a demanda brasileira é muito grande, auxilia e dará mais conforto no atendimento à população que eventualmente venha precisar de hemoderivados.
Já a representante da Apevisa, Karla Baeta, reforçou a função da visita com vistas ao acompanhamento da obra. Disse que as verificações ainda não se iniciaram, mas comemorou o progresso da obra do complexo. “Minhas primeiras impressões dessa visita referem-se ao grande avanço visto, tanto na parte estrutural quanto na parte dos equipamentos e das validações necessárias para o efetivo funcionamento”.