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Hemobrás conquista Selo de Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal

Notícia publicada em: 28.03.2013

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) conquistou o Selo de Pró-Equidade de Gênero e Raça da Presidência da República, concedido pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres a organizações públicas e privadas que estimulam a igualdade no ambiente de trabalho e valorizam o compromisso com a justiça social. A estatal aderiu à iniciativa em junho de 2011, quando desenvolveu e apresentou o seu próprio programa. Agora, passa a integrar o rol de instituições socialmente responsáveis como Petrobras, Banco do Brasil, Infraero e Chesf, que também já receberam este selo do Governo Federal.

O programa da Hemobrás foi capitaneado pela Assessoria de Responsabilidade Socioambiental da estatal, com a colaboração de todos os empregados. O resultado foram novas concepções de gestão de pessoas e cultura organizacional, implementadas ao longo de 2012, com o objetivo de eliminar qualquer forma de discriminação, além de difundir comportamentos, atitudes e práticas exemplares no ambiente de trabalho. Em maio do mesmo ano, a estatal assinou, em Brasília, o termo de compromisso junto ao Governo Federal, oficializando o acordo firmado anteriormente. O selo é um reconhecimento público ao esforço da empresa em cumprir, ao final de um ano, mais de 70% das metas propostas em seu plano de ação.

 




SUS oferta novo medicamento a hemofílicos

Notícia publicada em: 28.03.2013

O Sistema Único de Saúde (SUS) beneficiará cerca de 10 mil brasileiros com a oferta gratuita de um medicamento de alta tecnologia no controle de sangramentos para pacientes com hemofilia A. O Ministério da Saúde aprovou nesta quinta-feira (7) o uso do fator VIII recombinante, que estará disponível em até seis meses nos hemocentros do país, para esse tipo de tratamento.

O Brasil também passa a produzir nacionalmente o medicamento, por meio de transferência de tecnologia. É o resultado da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada em outubro de 2012 com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A expectativa é de que o ministério passe a adquirir o medicamento a preço quatro vezes menor do que o valor médio atual pago para atender a demandas judiciais.

A parceria amplia o acesso da população a medicamentos mais modernos e eficazes e qualifica a atenção prestada aos pacientes hemofílicos. “Esse tratamento é o que existe de mais avançado no mundo. Com a produção nacional, o país conseguirá atender a cerca de 90% dos portadores da doença, com exceção dos pacientes intolerantes ao tratamento”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Com a mesma eficácia e segurança que o do fator plasmático, já ofertado no SUS, o novo medicamento tem a vantagem de não depender de doações de sangue, o que limita a produção. Estudos apontam que a taxa de sucesso no tratamento com o fator VIII recombinante é igual ou superior a 90%. Atualmente, 97% dos tratamentos para hemofilia realizados no SUS ocorrem com uso de plasma humano (plasmático).

Os 3% restantes são pacientes que já recebem o tratamento com o fator VIII recombinante por meio de ações judiciais. Para cumpri-las, o ministério gastava entre U$ 1,5 a U$ 1,75 por unidade do medicamento. Com essa nova PDP, estima-se que até 2014 o uso do fator VIII recombinante deve corresponder a 20% do total de tratamentos.

PARCERIA – Ainda em 2013, a Hemobrás fornecerá 350 milhões de unidades internacionais do fator VIII recombinante, ao custo de US$ 120 milhões. Esse valor inclui a transferência de tecnologia.

Atualmente, apenas três empresas no mundo produzem a droga. Por meio da PDP entre a Hemobrás e o laboratório privado americano Baxter, o Brasil irá incorporar a tecnologia e no decorrer dos próximos 10 anos passará a produzir o medicamento.

“Esse é um grande avanço que alia desenvolvimento tecnológico, inovação e economia para os cofres públicos. Trata-se de uma política tecnológica a serviço da demanda social”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Carlos Gadelha.

DOENÇA – A hemofilia é uma doença hemorrágica, de herança genética, que leva à perda de mobilidade do paciente. Traumas – até os mais leves que ocorrem na vida de qualquer criança – podem causar hemorragias graves e que ameaçam a vida ou causam sequelas. Atualmente, 16 mil hemofílicos são assistidos pelo SUS, 10,5 mil deles com hemofilia A e B. Desse total, 3,4 mil são portadores da forma grave da doença, caracterizada por sangramentos em uma mesma articulação, que pode levar ao dano articular e em alguns casos à invalidez.

Os portadores dependem de transfusões de sangue repetidas e da administração dos fatores de coagulação que eles não conseguem produzir. Nos hemofílicos do tipo A, o fator da coagulação que está faltando no corpo da pessoa é o fator VIII, e é esse que deve ser reposto.

Se não forem tratadas, as repetidas hemorragias nas articulações causam deformidades e perda de mobilidade. A profilaxia com fator VIII aplicado regularmente durante o período de crescimento das crianças evita sangramentos e previne deformidades.

Por Rhaiana Rondon da Agência Saúde – Ascom/MS

 




Conheça os blocos da fábrica e seus funcionamentos em um passeio virtual

Notícia publicada em: 28.03.2013

Conheça a nossa fábrica, em construção em Goiana, Pernambuco, em um passeio virtual.

Clique aqui.




Hemobrás investe R$ 4 milhões em equipamentos de energia

Hemobrás investe R$ 4 milhões em equipamentos de energia

Notícia publicada em: 27.03.2013

A Hemobrás está investindo R$ 4 milhões na compra dos equipamentos necessários para absorver a nova linha de transmissão que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) irá instalar, ainda neste semestre, no Polo Farmacoquímico, em Goiana-PE. Atualmente, a única existente possui 13,8 kVA de potência e não vinha mais sendo suficiente para atender à demanda da fábrica, cuja câmara fria já está em operação, além da implantação da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP) no local. A nova será cinco vezes mais forte – terá 69 kVA de potência, o suficiente para superar as constantes quedas de energia da unidade fabril da estatal, cujos danos vinham sendo controlados devido à atuação dos geradores.

A implantação desta nova linha de transmissão é fruto de uma negociação entre a Hemobrás e a Celpe, feita no final de 2012, e já em andamento. A Hemobrás adquiriu dois transformadores de 69kV (sendo um de uso contínuo e o outro reserva, que será acionado automaticamente em caso de pane), que serão responsáveis por receber a energia e distribui-la para 12 transformadores de 13,8kV. Estes últimos irão abastecer todos os prédios da fábrica, por meio de subestações específicas em cada bloco. Segundo o gerente de Engenharia e Automação da Hemobrás, Marcelo Carrilho, outra linha de transmissão de 69 KVA deverá ser instalada pela Celpe no Polo Farmacoquímico em 2014, quando as obras da fábrica estão previstas para serem concluídas.




Hemobrás e Federação Brasileira de Hemofilia distribuem material educativo

Notícia publicada em: 23.05.2013

Portadores de coagulopatias hereditárias estão recebendo material educativo reproduzido e distribuído no País pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em parceria com a Federação Brasileira de Hemofilia (FBH). Os kits, formados por 36 mil folhetos, estão sendo entregues em 124 pontos de Norte a Sul do Brasil, como hemocentros, ONGs e instituições ligadas à causa, trazendo informações adequadas sobre as patologias, além de tratamentos corretos, cuidados e exercícios. O objetivo é contribuir para uma melhor qualidade de vida para os cerca de 16 mil brasileiros com hemofilias tipo A e B e doença von Willebrand atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essas enfermidades, chamadas hemorrágicas, são resultantes de uma deficiência na coagulação do sangue, e se não tratadas de forma adequada, podem ocasionar dores, lesões e até sequelas. Por isso, o material também está sendo distribuído aos familiares e cuidadores de pacientes, além de profissionais de saúde”, afirma o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho. “Sabemos que informação gera reflexão, reflexão gera opinião e opinião gera cidadania. Esta parceira nos traz a esperança de que se todos fizerem sua parte e agirem em conjunto e rápido, é possível em pouco tempo termos uma nova realidade, um País onde as pessoas com hemofilia exercerão sua cidadania plenamente”, afirma a presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), Tania Pietrobelli.

Os temas abordados nas publicações são A hemofilia em imagens (500 exemplares); Exercícios para pessoas com hemofilia (1.215); O que é doença de von Willebrand(5.150); O que é hemofilia? (7.150); Hemofilia: o que você deve saber (21.500) e Cuidados psicossociais para as pessoas com hemofilia (715). “Só a educação será capaz de mudar paradigmas, principalmente na hemofilia, que durante muitos anos no Brasil teve um tratamento de sobrevivência pela falta de quantitativo suficiente de fatores de coagulação. Hoje estamos um pouco acima desta média. E para tratamento profilático, o Ministério da Saúde tem disponibilizado, através do SUS, um tratamento preventivo para proporcionar integridade articular comparado ao de Países desenvolvidos”, salienta Tania.

Segundo a presidente da FBH, isto demonstra que é necessário agir em conjunto na educação de todos os envolvidos na hemofilia, para que realmente o tratamento disponibilizado pelo MS chegue a todas as pessoas portadoras desta doença no Brasil. “Caso contrário, continuaremos com pessoas desenvolvendo sequelas articulares e incapacitantes. Por isso é de suma importância esta parceria e a responsabilidade social da Hemobrás quanto ao seu engajamento”, comenta Tania.

PARCERIA – Além de promover a equidade das informações entre o público-alvo, esta ação conjunta da Hemobrás e da FBH objetiva consolidar as parcerias estratégicas nacionais na área de hemoderivados e tecnologia, de acordo com termo de compromisso firmado entre a Hemobrás e a Organização Pan Americana de Saúde (Opas).

SOBRE A FBH – A Federação Brasileira de Hemofilia é formada por 24 associações filiadas por todo o Brasil. Vinculada à Federação Mundial de Hemofilia (WFH, do inglês World Federation of Hemophilia), tem como objetivo auxiliar na busca pelo tratamento e pela qualidade de vida de todas as pessoas com coagulopatias hereditárias.

 




Hemobrás recebe Selo de Pró-Equidade de Gênero

Notícia publicada em: 25.04.2013

A Hemobrás recebe, nesta quinta-feira (25/04), o Selo de Pró-Equidade de Gênero e Raça, concedido pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República a organizações públicas e privadas que estimulam a equidade no ambiente de trabalho e valorizam o compromisso com a justiça social. O presidente da estatal, Romulo Maciel Filho, participará da solenidade de entrega, que será realizada às 17h, no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília.

Ao aderir ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, a Hemobrás comprometeu-se em contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. Para isso, desenvolveu um plano de ação com o objetivo de fomentar na estatal uma cultura organizacional igualitária entre gêneros e raças. “O selo é um reconhecimento ao trabalho capitaneado pela Assessoria de Responsabilidade Socioambiental, e com a colaboração de todos os empregados, desde junho de 2011, quando aderimos à iniciativa. E ainda um reconhecimento ao nosso compromisso com esta causa, pois juntos pensamos e criamos o nosso próprio Programa de Pró-Equidade de Gênero e Raça”, disse Romulo Maciel Filho.

 




Hemobrás realizará 145 auditorias em hemocentros em 2013

Hemobrás realizará 145 auditorias em hemocentros em 2013

Notícia publicada em: 11.03.2013

A Gerência de Plasma e Hemoderivados (GPH) inicia 2013 com uma grande meta a cumprir: a realização de 145 auditorias em serviços de hemoterapia de Norte a Sul do Brasil, visando a aumentar a quantidade de plasma com qualidade industrial. Isto significa 18 visitas técnicas a mais este ano, em comparação a 2012, além do incremento de 13 novos hemocentros no rol de fornecedores da estatal, totalizando 117 unidades atualmente aptas a enviar matéria-prima para a produção de hemoderivados.

Segundo a gerente da GPH, Adriana Parodi, estima-se que estes novos serviços deverão ser responsáveis por quatro mil bolsas de plasma a mais, por mês, ou o equivalente a 9,6 mil litros deste insumo por ano – hoje em dia, a Hemobrás coleta uma média de 130 mil litros de plasma por ano. “São hemocentros de pequeno porte, mas que têm matéria-prima de qualidade, e é este volume que importa. Por isso estabelecemos uma logística diferenciada para otimizar os custos e contemplá-los”, explica Adriana Parodi.

Das 18 novas auditorias, dez serão em hemocentros a serem visitados pela primeira vez. “São serviços já pré-qualificados nos quesitos estrutura, equipamentos e processos. Durante as visitas, iremos verificar cada um destes itens in loco e, se tudo estiver dentro das conformidades, poderão passar a ser fornecedores já em 2014”, afirma a gerente de Plasma e Hemoderivados da Hemobrás. Todo o plasma recolhido pela estatal é armazenado na câmara fria da fábrica, em Goiana-PE, até ser transformado em medicamento.




Bloco B06 receberá mobiliário laboratorial e administrativo em 2013

Bloco B06 receberá mobiliário laboratorial e administrativo em 2013

Notícia divulgada em: 11.03.2013

O prédio dos laboratórios do Controle de Qualidade (B06) receberá seu mobiliário laboratorial e administrativo no segundo semestre deste ano. O processo licitatório para aquisição dos móveis está em andamento. A expectativa é que a obra civil do bloco esteja concluída até o final do ano.

Uma vez concluída a instalação do mobiliário, os equipamentos poderão ser instalados no bloco nos locais já definidos em cada laboratório. Este trabalho é feito em conjunto com a Gerência de Engenharia e Automação (GEA).

De acordo com a gerente interina de Controle de Qualidade, Laura Barreto, a instalação dos móveis dos laboratórios seguirá um rigoroso controle técnico. “É preciso um acompanhamento técnico adequado para a garantia de que os pontos de utilidades necessários, como de energia elétrica, gases, água e ar comprido para os equipamentos e análises sejam adequadamente dispostos”, explicou.




Hemobrás abre vagas de estágios em Comunicação Social e Saúde

Notícia publicada em: 11.03.2013

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), vinculada ao Ministério da Saúde, está com duas vagas de estágio para estudantes de nível superior, sendo uma para Comunicação Social e outra para a área de Saúde. A carga horária é de 6 horas por dia e o valor da bolsa é de R$ 1.000,00, mais o auxílio-transporte. Os interessados devem estar cursando a partir do 4º período. Os escolhidos para as vagas irão estagiar no escritório operacional da Hemobrás, no Recife.

Para a vaga de Comunicação Social, que é pela manhã, podem se candidatar alunos de Jornalismo ou Publicidade. Os requisitos são conhecimento nos softwares Corel Draw ou Illustrator, habilidade em fotografia e interesse em monitoramento e conteúdo de/para redes sociais. Já a segunda vaga é destinada aos estudantes de Farmácia, Biomedicina ou Biologia com interesse em estagiar na área de Plasma e Hemoderivados.
Currículos devem ser enviados até a próxima sexta-feira (1/3), para o email para a Gerência de Gestão de Pessoas da estatal (ggp@hemobras.gov.br), especificando o assunto Estágio.

 




Fábrica será expandida para ampliar portfólio de medicamentos

Notícia publicada em: 11.03.2013

De 28 de fevereiro a 8 de março, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realiza com a multinacional Baxter International a primeira rodada de reuniões em Pernambuco para discutir as etapas da transferência de tecnologia do fator VIII recombinante, o mais novo medicamento do portfólio da estatal, que já contempla os seis tipos de hemoderivados de maior consumo no mundo. O remédio com tecnologia de ponta se destina ao tratamento de hemofilia tipo A. Concretizada no fim de 2012, a parceira prevê que o laboratório de origem norte-americana passe sua expertise de elaboração do produto à estatal brasileira. Isso vai requerer uma expansão do terreno da fábrica em Goiana, de 25 para 31 hectares.

A duração do contrato é de dez anos, com início de produção em solo nacional em cinco anos. Entretanto, já em 2013 e durante todo o período da transferência, contemplará a fornecimento prévio do remédio, produzido pela Baxter e distribuído pela Hemobrás, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor do acordo, nestes primeiros 12 meses de vigência, pode chegar a US$ 100 milhões.

Na agenda, que acontece no Recife e em Goiana, está a discussão dos detalhes para a construção do módulo da planta industrial para a produção deste medicamento elaborado por meio de engenharia genética e ainda não disponível no Brasil. Também serão abordadas as questões para o início das fases de recebimento do produto semiacabado no País, com rotulagem na unidade fabril da Hemobrás, liberação farmacêutica junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e posterior distribuição pelo SUS.

Nos dias 5 e 6 de março, a Diretoria-Executiva da Hemobrás levará a comitiva da Baxter, formada por altos executivos da multinacional – entre eles, o vice-presidente mundial de produção e operação, Joerg Ahlgrimm; o diretor mundial de produção, Martin Felgenhauee; e o diretor geral no Brasil, Mario Ciardeli – para conhecer a fábrica em Goiana. No local, os grupos analisarão a inclusão deste novo projeto no terreno da estatal. De acordo com o diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Luiz Amorim, faz-se necessário um novo prédio, específico para a fabricação do fator VIII recombinante, porque seu processo tecnológico difere dos hemoderivados, estes elaborados a partir do plasma humano. “Isto já estava previsto em nosso projeto. Vamos começar a definir as especificações do novo módulo”, afirmou Amorim. Atualmente, o parque fabril da Hemobrás, em construção e com previsão de operar em 2014, contempla 17 prédios, perfazendo uma área construída de 48 mil metros quadrados.

Apesar das diferenças do projeto de hemoderivados em relação ao do fator VIII recombinante, a Hemobrás pretende compartilhar os demais prédios destinados à produção de hemoderivados, ou seja, o de rotulagem, empacotamento, expedição e laboratórios de controle. “Queremos manter a mesma lógica, se possível, compatibilizando as duas tecnologias”, declarou o gerente de Incorporação Tecnológica e Projetos, Antônio Edson Lucena. Para isso, as equipes das duas empresas formaram, inclusive, um comitê técnico e visitou, recentemente, uma potencial produtora dos equipamentos, na Itália. Depois dessa primeira rodada de reuniões, será estabelecido um cronograma de trabalho, com encontros periódicos entre as equipes das duas empresas.

De 28 de fevereiro a 8 de março, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realiza com a multinacional Baxter International a primeira rodada de reuniões em Pernambuco para discutir as etapas da transferência de tecnologia do fator VIII recombinante, o mais novo medicamento do portfólio da estatal, que já contempla os seis tipos de hemoderivados de maior consumo no mundo. O remédio com tecnologia de ponta se destina ao tratamento de hemofilia tipo A. Concretizada no fim de 2012, a parceira prevê que o laboratório de origem norte-americana passe sua expertise de elaboração do produto à estatal brasileira. Isso vai requerer uma expansão do terreno da fábrica em Goiana, de 25 para 31 hectares.

A duração do contrato é de dez anos, com início de produção em solo nacional em cinco anos. Entretanto, já em 2013 e durante todo o período da transferência, contemplará a fornecimento prévio do remédio, produzido pela Baxter e distribuído pela Hemobrás, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor do acordo, nestes primeiros 12 meses de vigência, pode chegar a US$ 100 milhões.

Na agenda, que acontece no Recife e em Goiana, está a discussão dos detalhes para a construção do módulo da planta industrial para a produção deste medicamento elaborado por meio de engenharia genética e ainda não disponível no Brasil. Também serão abordadas as questões para o início das fases de recebimento do produto semiacabado no País, com rotulagem na unidade fabril da Hemobrás, liberação farmacêutica junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e posterior distribuição pelo SUS.

Nos dias 5 e 6 de março, a Diretoria-Executiva da Hemobrás levará a comitiva da Baxter, formada por altos executivos da multinacional – entre eles, o vice-presidente mundial de produção e operação, Joerg Ahlgrimm; o diretor mundial de produção, Martin Felgenhauee; e o diretor geral no Brasil, Mario Ciardeli – para conhecer a fábrica em Goiana. No local, os grupos analisarão a inclusão deste novo projeto no terreno da estatal. De acordo com o diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Luiz Amorim, faz-se necessário um novo prédio, específico para a fabricação do fator VIII recombinante, porque seu processo tecnológico difere dos hemoderivados, estes elaborados a partir do plasma humano. “Isto já estava previsto em nosso projeto. Vamos começar a definir as especificações do novo módulo”, afirmou Amorim. Atualmente, o parque fabril da Hemobrás, em construção e com previsão de operar em 2014, contempla 17 prédios, perfazendo uma área construída de 48 mil metros quadrados.

Apesar das diferenças do projeto de hemoderivados em relação ao do fator VIII recombinante, a Hemobrás pretende compartilhar os demais prédios destinados à produção de hemoderivados, ou seja, o de rotulagem, empacotamento, expedição e laboratórios de controle. “Queremos manter a mesma lógica, se possível, compatibilizando as duas tecnologias”, declarou o gerente de Incorporação Tecnológica e Projetos, Antônio Edson Lucena. Para isso, as equipes das duas empresas formaram, inclusive, um comitê técnico e visitou, recentemente, uma potencial produtora dos equipamentos, na Itália. Depois dessa primeira rodada de reuniões, será estabelecido um cronograma de trabalho, com encontros periódicos entre as equipes das duas empresas.