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Hemobrás assina contrato de incentivo com Hemocentro de Ribeirão Preto

Notícia publicada em: 18.10.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal do Ministério da Saúde, assinou, em 4/10, contrato de incentivo com o Centro Regional de Hemoterapia de Ribeirão Preto (Hemocentro RP), em São Paulo, para a melhoria da quantidade do plasma com qualidade industrial. A iniciativa visa ao aperfeiçoamento dos processos de produção, qualificação e armazenagem do plasma sanguíneo por parte do hemocentro. Este hemocomponente é a matéria-prima para os medicamentos que a Hemobrás irá produzir, a partir de 2014, na sua fábrica, em construção em Pernambuco. Desde julho passado, já foram firmadas parcerias com os serviços de hemoterapia de Brasília, Minas Gerais (Hemominas), Pernambuco (Hemope), Bahia (Hemoba), Rio de Janeiro (Hemorio), São Paulo (Pró-Sangue e Colsan) e Santa Catarina (Hemosc). Até o fim do ano, 110 estabelecimentos serão beneficiados.

A assinatura do contrato aconteceu no próprio Hemocentro RP e contou com a presença do presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho; da chefe de Gabinete da estatal, Heloiza Machado; do diretor-presidente do hemocentro, Dimas Covas; e do assessor da Presidência do serviço, Ricardo Haddad. A Hemobrás não pagará pelo plasma, o que é terminantemente proibido pela Constituição Federal (parágrafo 4° do artigo 199). A empresa repassará de R$ 20 a R$ 38 para cada litro do insumo que estiver em condições industriais, recursos que poderão ser empregados na compra de maquinário, manutenção de equipamentos, contratação de mais profissionais, além da melhoria do controle da qualidade do plasma.

Com o aumento da qualidade, haverá uma ampliação do volume do plasma para o processo fabril da Hemobrás. Atualmente, os serviços de hemoterapia coletam 3,6 milhões de doações de sangue por ano no país, resultando em 150 mil litros de plasma com qualidade industrial, que já são repassados à estatal, que temporariamente remete este plasma para produção dos hemoderivados no exterior até que sua fábrica entre em operação em 2014. No primeiro ano de contrato com os 110 serviços de hemoterapia, a Hemobrás espera ampliar em 20% este total de 150 mil litros. Dentro de três anos, a expectativa é atingir 300 mil litros de plasma/ano, volume ideal para que a fábrica em Pernambuco comece a operar, pois sua capacidade máxima chegará a 500 mil litros de plasma/ano.

Enquanto a fábrica não fica pronta, a empresa brasileira envia este hemocomponente para transformação em hemoderivados no Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), na França, seu parceiro de transferência de tecnologia. Uma vez elaborados, os medicamentos albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX são enviados de volta ao Brasil, onde ocorre a distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de milhares de pessoas com hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, Aids, cirrose, entre outras doenças. Quando a planta industrial brasileira entrar em operação, todo esse processo será assumido pela Hemobrás, incluindo a produção de fator de von Willebrand e complexo protrombínico.

 




Doação de sangue: um gesto que não custa nada, mas vale muito

Notícia publicada em: 17.10.2011

Um gesto que não custa nada, mas que vale muito, vale vidas. Assim é a doação voluntária de sangue. Os benefícios deste ato, que é rápido e seguro, estendem-se por duas vertentes. Uma delas é a transfusão, beneficiando vítimas de grandes acidentes, pessoas com alguma deficiência específica ou que precisam se submeter a cirurgias de grande porte. A outra, menos conhecida, mas igualmente importante, são os medicamentos hemoderivados, produzidos a partir de um componente sanguíneo que não chega a ser 100% aproveitado na prática transfusional – o plasma humano. E o ponto de partida para se tornar doador de sangue é simples: basta estar bem de saúde, ter entre 16 (menores de idade precisam da autorização dos responsáveis) e 67 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos) e pesar mais de 50kg.

Preenchidos estes requisitos, é só se dirigir ao hemocentro mais próximo. Na recepção, o candidato informa seus dados pessoais e apresenta um documento de identidade com foto. Em seguida, é submetido a um teste de anemia para checar se os níveis de hemoglobina estão dentro do normal. O resultado sai na hora, quem tem anemia não pode doar e é orientado a procurar um serviço de saúde. Após isso, são verificados batimento cardíaco, pressão arterial e peso. Na sequência, é feita uma triagem clínica, respondendo a uma entrevista confidencial para avaliar se a doação pode trazer riscos para si ou para o receptor. A veracidade das informações é fundamental. Por fim, é feita a coleta propriamente dita, com a retirada de cerca de 450 ml de sangue. Juntos, todos estes procedimentos duram cerca de 40 minutos.

Na primeira vez que a pessoa vai doar sangue, é comum surgirem dúvidas, mas que em geral são vencidas pelo desejo de poder ajudar alguém, literalmente dando o seu sangue para salvar vidas. A relações públicas da Hemobrás, Gerlane Magalhães, há uma década doou sangue pela primeira vez, derrubando o próprio medo, para servir de exemplo no trabalho, onde a maioria dos colegas era homem. “Era época de São João e o Hemope (Fundação de Hemoterapia e Hematologia de Pernambuco) estava com uma campanha de incentivo. Eu ainda estava receosa e notei que muitos estavam na mesma situação. Foi quando criei coragem e fui em frente”, relata Gerlane, salientando que a iniciativa surtiu efeito. “Não só os soldados também doaram, como até hoje não preciso de motivos para ir ao hemocentro, vou regularmente. E me sinto, sinceramente, mais digna, é uma transformação”, ressalta, mostrando a carteirinha do Hemope.

[FOTO2+] O assistente técnico administrativo da estatal, Cássio Vieira, também é doador regular há mais de 10 anos. “Doei sangue pela primeira vez a pedido de um amigo, cujo parente estava precisando. Nunca tinha parado para pensar nisso. Foi quando me dei conta de que não fazia mal algum e que não custava nada ajudar o próximo. Hoje vou por livre iniciativa. É como fazer aquilo que você gostaria que fizessem por você. É uma questão de cidadania”, afirma.

Após a doação nos hemocentros, o sangue é dividido em concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. Os dois primeiros são totalmente aproveitados nas transfusões. Já o plasma possui menos indicações, 30% no máximo. Mas este 70% excedente não é desperdiçado. Devidamente acondicionado, é levado para a indústria e transformado em hemoderivados, fundamentais para mais de 11,5 mil brasileiros com algum tipo de hemofilia, 1,5 mil pessoas com imunodeficiências primárias e um número variável de cidadãos que podem apresentar enfermidades que exijam administração de albumina ou imunoglobulina em algum momento da vida, número que não é inferior a 50 mil pacientes ao ano.

“Uma bolsa de sangue beneficia três pessoas com a transfusão de cada um de seus componentes. E o plasma excedente, transformado em medicamentos, pode ser utilizado por até 60 mil pessoas”, afirma o diretor técnico da Hemobrás, o médico hematologista Luiz Amorim Filho. Seis tipos de hemoderivados serão produzidos pela estatal quando a sua fábrica, que está em construção em Pernambuco e será a primeira do Brasil neste segmento, entrar em operação, em 2014: albumina, imunoglobulina, complexo protrombínico, fator de von Willebrand e fatores de coagulação VII e IX. Enquanto isso, a Hemobrás coleta o plasma nos hemocentros e envia-os para a França, de onde retorna ao País em forma de medicamentos distribuídos no Sistema Único de Saúde (SUS).


Conheça abaixo um pouco mais sobre a doação de sangue:

– Homens podem doar até quatro vezes por ano, respeitando um intervalo de 60 dias entre as doações.
– Mulheres podem doar até três vezes por ano, respeitando um intervalo de 90 dias entre as doações.
Recomendações para o dia da doação:
• Nunca vá doar sangue em jejum;
• Faça um repouso mínimo de seis horas na noite anterior à doação;
• Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;
• Evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
• Evitar alimentos gordurosos nas três horas antecedentes à doação;

O que acontece depois da doação?

O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectarão doenças como AIDS, sífilis, doença de Chagas, Hepatites B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo. Se for necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra e se necessário, encaminhado a um serviço de saúde.

O que acontece com o sangue doado?

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada.

FONTE: Ministério da Saúde

 




Primeira etapa da obra entra em sua fase final

Notícia publicada em: 05.10.2011

A construção da primeira etapa da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em construção em Goiana-PE, entrou em sua fase final. Composta pelos blocos B-01 e B-17, além de parte de B-14, a construção teve início em julho de 2010 e deve ser concluída em dezembro deste ano. Na câmara fria (B-01), que armazenará o plasma a ser utilizado na produção dos hemoderivados, os dois transelevadores já estão instalados. Tratam-se de equipamentos semelhantes a empilhadeiras, só que 100% automatizados, responsáveis pelo manuseio da matéria-prima dos medicamentos no local. As paredes também foram revestidas com placas de poliuretano, para manutenção da temperatura, faltando apenas o forro, o que será feito dentro de um mês, após a instalação dos evaporadores de amônia de refrigeração, gás que circulará nas tubulações para baixar a temperatura da câmara fria.

Tanto B-17, onde ficarão armazenados os geradores de energia, quanto parte do B14, com um reservatório enterrado com capacidade para 450 mil litros de água, estão nos ajustes finais. Atualmente, as construções destes três blocos empregam 170 pessoas, sendo 141 delas diretamente, como pedreiros, auxiliares de pedreiros, armadores, carpinteiros, soldadores e eletricistas. A previsão é que esta fase seja concluída e inaugurada ainda neste segundo semestre.

Iniciada em junho deste ano, a segunda fase da obra, composta por 12 dos 19 blocos que comporão a unidade fabril, também caminham no cronograma. Os blocos B-03 (envase e liofilização dos medicamentos), B-04 (empacotamento), B-05 (estocagem dos produtos acabados e almoxarifado) e B-06 (laboratório de controle de qualidade) estão em fase de fundação. Já o B-10 (caldeiras para a produção de vapor), B-11 (estocagem dos produtos químicos), B-16 (estocagem de etanol), B-18 (subestação elétrica de 69kV) e B-19 (painéis elétricos e transformadores) já tiveram as áreas demarcadas. O bloco B-02, onde ocorrerá o fracionamento do plasma, está em fase de escavação. No momento, há 202 pessoas atuando nesta fase, sendo 173 diretamente nas obras. No pico da construção, no final deste ano, serão 800 homens.

Toda a fábrica deverá entrará em operação em 2014, quando serão produzidos remédios fundamentais para milhares de pessoas portadoras de hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, aids, cirrose e queimaduras graves. Serão eles: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, fator de von Willebrand e complexo protrombínico. Seus produtos serão distribuídos no Sistema Único de Saúde (SUS), colaborando para o tratamento da população e para o fortalecimento do complexo industrial da saúde do Brasil.

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Começa montagem dos transelevadores no interior da câmara fria

Começa montagem dos transelevadores no interior da câmara fria

Notícia publicada em: 03.10.2011

Teve início, na manhã do dia 6/9, a montagem dos transelevadores no interior da câmara fria da fábrica de hemoderivados da Hemobrás, em construção em Goiana-PE. Os equipamentos, semelhantes a empilhadeiras, só que 100% automatizados, serão responsáveis por todo o manuseio do plasma no local, que funcionará a -35°C. É lá onde toda a matéria-prima ficará armazenada antes de ser transformada em medicamentos. Paralelamente a isso, estão sendo instalados os trilhos, por onde os transelevadores se movimentarão, e os evaporadores de amônia de refrigeração, gás que circulará nas tubulações para baixar a temperatura dos ambientes do bloco B-01.

Para a instalação dos transelevadores, foram utilizados três guinchos; um para destelhar parte da cobertura de B-01 e estruturas metálicas da câmara fria, para abrir passagem; outro para montar os transelevadores, e o terceiro, para a colocação dos evaporadores de amônia. Ainda em B-01, estão sendo finalizadas a colocação das placas de poliuretano nas paredes da câmara fria, bem como do piso de mesmo material nas salas classificadas (salas limpas). A previsão é que este bloco, um dos mais importantes desta primeira etapa da obra, seja inaugurado neste segundo semestre, após uma fase de calibrações e validações.

Também fazem parte desta fase os blocos B-14, com um reservatório enterrado com capacidade para 450 mil litros de água, e o B-17, que armazenará os geradores de energia; ambos com a parte civil concluída. Neste momento, B-14 falta apenas ser parcialmente aterrado, devendo ser inaugurado na mesma época que B-01. Em B-17 ainda serão instalados os grupos geradores de energia (em fase inicial de licitação) e, em seguida, a interligação dos equipamentos com a rede.

SEGUNDA FASE – Na segunda etapa da obra, que integra 12 dos 19 blocos da fábrica, já há movimentação em nove destes prédios. Os blocos B-03 (destinado ao envase e liofilização dos medicamentos), B-04 (onde ocorrerá o empacotamento dos produtos), B-05 (estocagem dos produtos acabados e almoxarifado) e B-06 (laboratório de controle de qualidade) estão em fase de fundação – já foi finalizada a colocação das estacas periféricas e agora estão sendo feitas as centrais. Já o B-10 (caldeiras para a produção de vapor), B-11 (estocagem dos produtos químicos), B-16 (estocagem de etanol), B-18 (subestação elétrica de 69kV) e B-19 (painéis elétricos e transformadores) já tiveram as áreas demarcadas. No bloco B-02, considerado o coração da planta industrial, onde ocorrerá o fracionamento do plasma, transformando-o em medicamento, vai começar a escavação na próxima semana.

Confira abaixo as fotos mais recentes da obra:




Empresa assina contratos com hemocentros para aperfeiçoar qualidade do plasma

Empresa assina contratos com hemocentros para aperfeiçoar qualidade do plasma

Notícia publicada em: 17.08.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal do Ministério da Saúde que produzirá medicamentos derivados do sangue a partir de 2014, começou, neste mês de julho, a incentivar 120 hemocentros de todo o país a garantir plasma em quantidade e qualidade suficientes à sua fábrica, em construção em Pernambuco. Nesta semana, assinam contrato com a empresa o Hemominas (MG), a Fundação Pró-Sangue e a Associação Beneficiente de Coleta de Sangue (Colsan), em São Paulo, o Hemorio e o Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Até o fim do ano, todos devem ter firmado parceria com a estatal.

No intuito de incentivar a melhoria da qualidade do plasma, a Hemobrás repassará às instituições de R$ 20 a R$ 48 para cada litro do insumo que estiver em condições industriais. A contrapartida dos hemocentros será o aperfeiçoamento em seus processos de produção, qualificação e armazenagem do hemocomponente destinado à estatal. Isso será possível com o emprego dos recursos na compra de maquinário, manutenção preventiva de equipamentos, contratação de mais profissionais para trabalhar, além da melhoria do controle da qualidade do plasma.

Com o aumento da qualidade, amplia-se o volume do plasma para o processo fabril. Hoje, os serviços de hemoterapia coletam 3,6 milhões de doações de sangue por ano no país, resultando 150 mil litros de plasma com qualidade industrial por ano. No primeiro ano de contrato com os 120 serviços de hemoterapia, a Hemobrás espera ampliar em 20% este total de 150 mil litros. Dentro de três anos, a expectativa é atingir 300 mil litros de plasma/ano, volume ideal para que a fábrica em Pernambuco comece a operar, pois sua capacidade chegará a 500 mil litros de plasma/ano.

Os 120 hemocentros já repassam à Hemobrás os 150 mil litros de plasma colhido dos doadores que não é usado em transfusão, mas, até então, as unidades não recebiam apoio da estatal nos custos do processo, o que agora será possível devido ao apoio do Ministério da Saúde. Enquanto sua fábrica não fica pronta, a empresa brasileira envia este hemocomponente para transformação em hemoderivados no Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), na França, seu parceiro de transferência de tecnologia. Uma vez elaborados, os medicamentos albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX são enviados ao Brasil, onde ocorre a distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de milhares de pessoas com hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, Aids, cirrose, entre outras doenças. Quando a planta industrial brasileira entrar em operação, será assumido todo esse processo, incluindo a produção de fator de von Willebrand e complexo protrombínico.

SOBRE A HEMOBRÁS – Criada pela Lei 10.972 de 2 de dezembro de 2004, a Hemobrás entrou em funcionamento em Brasília em setembro de 2005 com a missão de fornecer hemoderivados e medicamentos produzidos por biotecnologia para o SUS. Hoje, além da sede, a empresa conta com um escritório operacional no Recife, que trabalha na construção da fábrica, na articulação com os hemocentros e na realização de pesquisas com instituições parceiras.

A função social da Hemobrás é estratégica para ampliar o acesso ao tratamento no sistema público de saúde, assim como as fábricas públicas de vacinas e outros tipos de fármacos (antirretrovirais, por exemplo) existentes no País. Com a operação de sua planta industrial em Pernambuco, o Brasil diminuirá a vulnerabilidade do mercado externo, já que, hoje, o País despende, aproximadamente, R$ 800 milhões por ano para importar hemoderivados. A fábrica de hemoderivados está orçada, entre obras, instalações e equipamentos, em R$ 540 milhões.

A planta industrial brasileira propiciará, ainda, economia de divisas, fortalecerá o complexo industrial da saúde, estimulará formação de mão de obra altamente especializada, que é a da indústria farmacêutica, e impulsionará o desenvolvimento socioeconômico de uma das regiões mais pobres do País, o Nordeste, com a geração de emprego, renda e redução da pobreza.




Interatividade com participantes dinamiza atividades da II Oficina da Hemobrás

Interatividade com participantes dinamiza atividades da II Oficina da Hemobrás

Notícia publicada em: 06.09.2011

Os palestrantes da II Oficina da Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia contaram com um recurso tecnológico como aliado: um dispositivo eletrônico promoveu a interação permanente com os representantes dos serviços de hemoterapia e dinamizou a explanação dos temas como gestão de pessoas, auditorias internas e erros e não conformidades. Com o pequeno teclado, os participantes responderam, ao longo das explanações, perguntas de múltipla escolha sobre os temas das palestras. Os resultados da consulta eram expostos para o público após alguns minutos e serviam de pontos para discussão e aprofundamento dos temas ao longo das palestras.

“Quando resolvemos usar o sistema interativo pretendíamos estabelecer um mecanismo dinâmico que identificasse se as pessoas estavam compreendendo o conteúdo ministrado, pois a maioria não está familiarizada com os procedimentos da área da qualidade”, explicou Adriana Parodi, coordenadora do evento e gerente de Controle da Qualidade da Hemobrás. A inovação foi bem recebida pelos participantes.

Para Amália Maria, que atua na divisão de produção do hemocentro do Paraná (Hemepar), o mecanismo ajudou na absorção do conteúdo. “Nunca havia participado de evento com esse mecanismo de interatividade durante as palestras. Com ele pudemos participar ativamente e ter as respostas de forma imediata, o que nos proporcionou entender melhor o contexto do que estava sendo exposto”, comentou. Magda Batista, do hemocentro de São José do Rio Preto (SP), também gostou de usar o sistema. “É uma forma de saberem a opinião de todos os participantes e usar a informação para nivelar o conhecimento”, observou.

O dispositivo também foi usado para medir o conhecimento geral dos participantes sobre gestão da qualidade na abertura e será usado no encerramento do evento.

GRUPOS – No segundo dia da II Oficina da Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia os 172 participantes foram divididos em oito grupos para trocar experiência e aprofundar as discussões sobre os temas das palestras ministradas durante o evento. Os resultados dos debates foram apresentados para o grande grupo, na plenária que encerrou o segundo dia do evento.




Melhoria da qualidade do plasma trará economia para o SUS

Melhoria da qualidade do plasma trará economia para o SUS

Notícia publicada em: 06.09.2011

Melhorar a qualidade e o volume do plasma brasileiro destinado à indústria trará economia para o Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuirá para o avanço da assistência hemoterápica no País. A afirmação foi feita pelo diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim, durante o encerramento da II Oficina da Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia, promovida pela estatal, de 23 a 25 de agosto, em Brasília. O encontro reuniu 142 representantes de 72 serviços de hemoterapia brasileiros com o objetivo de sensibilizá-los sobre a importância da implantação da gestão da qualidade, importante para o aumento da quantidade do plasma humano destinado à indústria. Este hemocomponente é a matéria-prima dos medicamentos que a estatal, vinculada ao Ministério da Saúde, irá produzir, a partir de 2014, na sua fábrica em construção no município de Goiana, em Pernambuco.

Atualmente, os hemocentros recebem 3,6 milhões doações de sangue por ano, que resultam em 150 mil litros de plasma com qualidade industrial. Para começar a operar, a fábrica da Hemobrás vai precisar de 300 mil litros de plasma por ano. “Tenho certeza de que, com a qualidade das discussões que tivemos, a oficina vai ajudar na melhoria da qualidade e no aumento do volume do plasma brasileiro, reduzindo a dependência de importações e facilitando o acesso da população brasileira aos medicamentos derivados do sangue. O desafio não é fácil, mas será recompensador”, declarou Amorim.

Apesar de ser uma necessidade, a implantação de um sistema de gestão da qualidade nos hemocentros não era normatizada até o fim de 2010, quando passou a ser exigida pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 57/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, mais recentemente, teve o reforço da Portaria no 1.353/2011 do Ministério da Saúde. “Todos os tópicos discutidos na oficina fazem parte do escopo da gestão da qualidade. Eles foram escolhidos com base nas dificuldades que detectamos ao longo das auditorias que realizamos nos serviços de hemoterapia de todo o País”, explicou Adriana Parodi, coordenadora do evento e gerente de Controle da Qualidade da Hemobrás.

A oficina abordou temas como recolhimento de plasma no Brasil; os critérios de aceitação do plasma pelo LFB, atual responsável por transformar o plasma recolhido nos hemocentros brasileiros nos hemoderivados distribuídos pelo SUS; gestão de documentos e de registros; gestão de equipamentos; validação de processos; gestão de recursos humanos no contexto da garantia da qualidade; gestão de erros e de não-conformidades; gestão de insumos, entre outros.

As palestras foram proferidas por profissionais de referência na área, no âmbito nacional, como representantes da Hemobrás; da Anvisa; do Hemocentro de Ribeirão Preto e da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), ambos de São Paulo; da Fundação Hematologia e Hemoterapia do Pará (Hemopa); e internacional, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), parceiro de transferência tecnológica da Hemobrás.

Os sistemas público e privado do Brasil despendem, anualmente, cerca de R$ 800 milhões com importação de hemoderivados. Na unidade fabril da Hemobrás, orçada em R$ 670 milhões, serão produzidos albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand, para serem distribuídos no SUS. Estes medicamentos são fundamentais para 11,5 mil brasileiros com hemofilia, 1,5 mil pacientes com imunodeficiências primárias, portadores de cirrose, câncer, aids, que apresentem queimaduras graves ou que estejam internados em unidade de terapia intensiva.

Confira, a seguir, o depoimento de alguns participantes sobre o evento:

Rodrigo Finizola, Hemoíba (PB)

“Foi ótimo participar do evento. Adquirimos conhecimentos que estamos dispostos a implementar no nosso hemocentro. É a construção de um hemocentro com um outro perfil e é isso que queremos na Paraíba”.

Ligia Baracioli, Hemocentro de São José do Rio Preto (SP)

“A segunda edição da oficina superou a primeira, que já foi um marco. O evento foi muito bom e uma ótima uma oportunidade de troca de informações, principalmente para nós, da área de fracionamento que recebia menos investimento. Isso só mudou a partir da mudança de enfoque do processamento do plasma a ser enviado para a indústria, para a Hemobrás”.

Ronald Cardoso, Hemolabor de Goiana (GO)

“As palestras do evento foram excelentes porque abordaram temas atuais, de nossa rotina, e esclareceram muitas dúvidas, principalmente em relação à RDC 57 da Anvisa. A interação com os outros serviços também foi muito boa porque proporcionou a troca de experiências. A Hemobrás está de parabéns por fazer tudo isso acontecer”.

Marco Antônio Winckler, Serviço de Hemoterapia do Hospital São Lucas (RS)

“Participar do evento foi uma experiência interessante porque o meu serviço tem um perfil diferente da maioria. A partir do que foi exposto, identifiquei soluções para alguns problemas e fiz contatos que me ajudarão a resolver outros”.

Marcelo Addas, palestrante e diretor da divisão de Hemoterapia do Hemocentro de Campinas (SP)

“É importante a Hemobrás trazer os executores das atividades dos serviços de hemoterapia para essa discussão técnica e aperfeiçoamento de conhecimentos. Talvez isso possa gerar, no futuro, uma normalização, uma padronização dos procedimentos. Sabemos que os serviços do Brasil têm diferentes experiências na área da gestão da qualidade e na sistematização de seus processos e é só trocando informações sobre a prática que isso (a padronização) vai ser possível”.

José Eduardo Fernandes, diretor da empresa Vila Gestão Assessoria e Capacitação

“A predisposição da Hemobrás em trazer todas essas pessoas para compartilhar conhecimento, experiência, tecnologia é impagável, tanto para aqueles que já têm algum processo de qualidade implementado, quanto para os que ainda não têm, mostrando que é possível fazer. Ficou claro no evento que, mesmo com poucos recursos, mas com iniciativa e predisposição das pessoas, é possível fazer”.




Gestão de RH é requisito para sucesso de sistema de qualidade

Notícia publicada em: 26.08.2011

Elaboração de documentos e registros, validação de processos, gestão de equipamentos, realização de auditorias internas e gestão de erros e de não conformidades. Esses e outros aspectos que têm relação direta com a implantação de um sistema de gestão da qualidade só serão incorporados na cultura dos serviços de hemoterapia brasileiros se outro elemento, fundamental na operacionalização de todos esses processos, for devidamente reconhecido: os profissionais que vão operacionalizar as ações. A declaração foi dada pelo diretor da empresa Via Gestão Assessoria e Capacitação, José Eduardo Fernandes, durante palestra ministrada ontem (24/8) da II Oficina da Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia.

Para Fernandes, as pessoas só participam do mundo que elas ajudam a construir. “É preciso conhecê-las melhor para ver a melhor forma de extrair o que elas têm de melhor. O reconhecimento do desempenho e a participação na construção das ações é a melhor forma de motivá-las”, afirmou. Esse tipo de atitude só é possível em instituições e serviços que implantam uma gestão de recursos humanos integrada aos processos de garantia da qualidade e que definem bem as atividades dos seus trabalhadores. Segundo o especialista, a base é elaborar um plano de carreiras com cargos e funções bem definidos e realizar avaliações periódicas baseadas no desempenho desses profissionais. “Só assim é possível traçar um plano de treinamentos que crie condições para ascensão e reconhecimento, importantes principalmente para os trabalhadores que não têm muitas possibilidades de progressão na carreira. Isso acontece muito nos serviços de hemoterapia, que têm atividades muito especializadas”, complementou.

A II Oficina Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia, realizada com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tem como objetivo sensibilizar os participantes do evento quanto à necessidade da gestão da qualidade por parte dos hemocentros, fundamental para o aumento da quantidade do plasma humano destinado à indústria. Este hemocomponente é a matéria-prima dos medicamentos que a estatal, vinculada ao Ministério da Saúde, irá produzir, a partir de 2014, na fábrica em construção no município de Goiana, em Pernambuco. O evento reúne, até hoje (25/8), em Brasília, 142 representantes dos 72 principais serviços de hemoterapia públicos e privados de todas as regiões do Brasil.

 




Hemocentros que ainda não fornecem plasma poderão destinar 160 mil litros do hemocomponente por ano

Notícia publicada em: 26.08.2011

Como superar os principais obstáculos para aumentar a quantidade do plasma humano com qualidade industrial coletado nos hemocentros, a fim de serem transformados em medicamentos hemoderivados, foi o foco do primeiro dia de palestras da II Oficina Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia, que teve início na última terça-feira (23/8) e segue até a próxima quinta-feira (25/8), em Brasília. A gerente de Controle de Qualidade da estatal, Adriana Parodi, salientou que as hemorredes que ainda não fornecem plasma para a Hemobrás têm o potencial de destinar até 160 mil litros deste hemocomponente, por ano. “É o necessário para atingirmos o patamar de 300 mil litros por ano para que a nossa fábrica, em construção em Pernambuco, possa iniciar a produção dos remédios que serão distribuídos para o SUS”.

Atualmente, os hemocentros recebem 3,6 milhões doações de sangue por ano, que resultam em 150 mil litros de plasma com qualidade industrial. A expectativa é, em 2014, alcançar a média de 300 mil litros ao ano, volume ideal para que a unidade fabril – que terá capacidade máxima de processar 500 mil litros de plasma por ano – comece a operar. Daí a importância da sensibilização, por parte dos hemocentros, para a questão da gestão da qualidade. “Em 2011, já realizamos auditorias em 82 dos 104 serviços de hemoterapia previstos, focando nosso trabalho em todos os processos que impactam na qualidade do plasma. Pelo que pudemos constatar, o grande desafio é melhorar a triagem, a preparação das bolsas do hemocomponente e a quantidade de bolsas destinadas à indústria”, afirma Adriana Parodi.

O assunto também foi abordado pela chefe de Auditoria e Garantia da Qualidade do plasma do Laboratório Francês de Biotecnologia (LBF – parceiro na transferência da Hemobrás), Anne-Marie Motembalt. Hoje, o plasma brasileiro é enviado para ser processado na França, onde retorna em forma dos hemoderivados albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX. “Estocagem e acondicionamento para transporte fora dos padrões estabelecidos; armazenamento em temperatura abaixo dos 20 graus negativos mínimos necessários e volume da bolsa de plasma abaixo dos 180 ml são situações que também comprometem a qualidade desta matéria-prima”, frisou. A II Oficina Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia reúne 142 representantes de 72 serviços de hemoterapia públicos e privados de todas as regiões do Brasil.

 




Gestão da qualidade nos hemocentros é fundamental para o plasma industrial

Notícia publicada em: 25.08.2011

Desperdício de material; retrabalho; ampliação desnecessária de custos; não conformidade do produto final; complicações com fornecedores de insumos e materiais. Situações como estas são os principais resultados da falta de investimento em gestão da qualidade por parte dos serviços de hemoterapia brasileiros. A afirmação foi do diretor da empresa especializada na área, H2 Assessoria e Consultoria, Ricardo Haddad, em palestra proferida no evento promovido pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília, na última terça-feira (23/8). A II Oficina Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia reúne, até dia 25/8, 142 profissionais de 72 hemocentros de todo o País.

Segundo Haddad, cabe à alta administração do serviço de hemoterapia decidir qual serão a política e a implantação do sistema de gestão da qualidade. “Sempre se esbarra nos custos, tanto para as instituições que já têm os conceitos incorporados na sua gestão, quanto para os que pretendem incorporar. Mas aqueles hemocentros que não tiverem recursos específicos para contratar uma consultoria ou um especialista para gerir a área de qualidade podem procurar os serviços que já têm o sistema implantado para aprender como fazer”, aconselhou. O desenvolvimento de recursos humanos, os processos relacionados ao dia a dia do serviço e o atendimento às expectativas dos usuários também são outros aspectos considerados para o investimento na gestão da qualidade.

A implantação de um sistema de gestão da qualidade já é um requisito exigido pela legislação brasileira, a exemplo da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 57/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a Portaria no 1.353/2011 do Ministério da Saúde, que exigem, em linhas que gerais, que os serviços de hemoterapia devem ter um sistema de gestão da qualidade no que tange às boas práticas do ciclo do sangue, desde a captação, passando pela testagem, produção de hemocomponentes e a destinação para a indústria.

A II Oficina Hemobrás – Gestão da Qualidade no Serviço de Hemoterapia, realizada com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tem como objetivo sensibilizar os participantes do evento quanto à necessidade da gestão da qualidade por parte dos hemocentros, fundamental para o aumento da quantidade do plasma humano destinado à indústria. Este hemocomponente é a matéria-prima dos medicamentos que a estatal, vinculada ao Ministério da Saúde, irá produzir, a partir de 2014, na fábrica em construção no município de Goiana, em Pernambuco.