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Hemobrás, Coordenação do Sangue do MS e hemocentros reúnem-se pela primeira vez em Pernambuco

Notícia publicada em: 11.04.2011

O Brasil passará, em breve, a fazer parte do seleto grupo de 15 países no mundo que possuem fábricas de alta complexidade para produção de diversos hemoderivados. A Empresa de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) começará a produzir estes medicamentos em 2014 em Pernambuco, com o objetivo de atender a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com câncer, aids, hemofilia, entre outras doenças. Até lá, o País tem o desafio de aumentar a quantidade e a qualidade da matéria prima destes remédios: o plasma, que é doado pelos brasileiros nos serviços de hemoterapia do País. No intuito de sensibilizar a sociedade e de trabalhar soluções estratégicas para esta questão, dirigentes da Hemobrás, do Ministério da Saúde e de 33 hemocentros de todo o território nacional encontram-se, de 11 a 12 de abril, na primeira reunião da hemorrede com a Hemobrás, que, pela primeira vez, ocorrerá em Pernambuco, estado que abrigará a primeira fábrica de hemoderivados 100% nacional e a maior deste segmento na América Latina.

Dados mais recentes do Ministério da Saúde (MS) apontam que, em 2009, houve 3,6 milhões de doações de sangue nos hemocentros públicos e privados do País. Com esse volume, a taxa de doação no Brasil chega a 1,9% de sua população. O percentual fica abaixo da faixa de 3% a 5% da população recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha. Cada bolsa doada possui 500 ml de sangue, que é dividido em hemácias, plaquetas e plasma para transfusão. Quase 70% do plasma coletado não são transfundidos e podem ser cedidos à Hemobrás para que esta produza os hemoderivados em uma parceria com a estatal francesa Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), que está realizando a transferência de tecnologia para a fábrica da Hemobrás. Dessa forma, são processados na indústria cerca de 110 mil litros de plasma por ano. Quando em sua operação plena, a fábrica da Hemobrás terá capacidade para processar 500 mil litros de plasma anualmente.

“Precisamos conscientizar a população sobre a importância de doar sangue e sobre o papel estratégico desta fábrica, que irá trazer a autonomia brasileira na produção dos hemoderivados para tratar milhares de pessoas atendidas pelo SUS, reduzirá as despesas com importação destes medicamentos, proporcionará desenvolvimento científico e tecnológico, além de impulsionar o desenvolvimento regional”, pontua Romulo Maciel Filho, presidente da Hemobrás, que fará um panorama da situação atual da empresa aos dirigentes dos hemocentros no encontro da hemorrede. Atualmente, o Brasil despende, por ano, R$ 800 milhões na importação de hemoderivados. A fábrica da Hemobrás está orçada em R$ 540 milhões e se pagará em três anos, a partir do início de sua produção.

Afora o aumento do número de doadores de sangue, faz-se necessário um trabalho conjunto entre os governos federal e estadual na melhoria das condições dos hemocentros para a estocagem do plasma e, consequentemente, de forma a possibilitar o aumento no rendimento desta matéria prima na produção dos hemoderivados. O Ministério da Saúde e a Hemobrás vêm trabalhando em conjunto na qualificação dos serviços de hemoterapia de todo País. Neste ano, a Hemobrás ampliará em 15% o número de hemocentros auditados, chegando a 110 estabelecimentos. “Baseada nestas auditorias, que tiveram início em 2006, a Hemobrás detectou a necessidade de fortalecer a infraestrutura dos hemocentros. Para isso, firmou convênios com o MS para aquisição de equipamentos específicos para congelar, armazenar e monitorar a temperatura do plasma e outros componentes do sangue. Estes aparelhos vêm sendo cedidos para uso dos principais serviços de hemoterapia de Norte a Sul do País”, afirma Luiz Amorim, diretor técnico da empresa.

Promovido pela Hemobrás e apoiado pela Coordenação do Sangue e Hemoderivados do MS, o evento, intitulado 1ª Reunião da Hemorrede de 2011, será realizado no Hotel Dorisol, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. No primeiro dia do evento, os diretores dos hemocentros, a Hemobrás e o MS debaterão iniciativas visando ao melhor aproveitamento do plasma brasileiro para a produção de hemoderivados. Além da Diretoria-Executiva da Hemobrás e do coordenador-geral da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do MS, Guilherme Genovez, a reunião contará com a participação da diretora-geral do Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), Clarisse Lobo; e do diretor técnico-científico da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, Alfredo Mendrone Junior, entre outros expoentes da Hemoterapia e da Hematologia nacional.

No segundo dia do encontro, todo o grupo irá para o município de Goiana-PE, conhecer o canteiro de obras da fábrica da Hemobrás, que terá 48 mil metros quadrados de área construída, num terreno de 25 hectares. As obras atualmente empregam 140 trabalhadores, entre armadores, pedreiros, serventes de pedreiro, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho, todos moradores de Goiana-PE. No pico da sua construção, empregará 1 mil trabalhadores. Os primeiros blocos da fábrica serão inaugurados no segundo semestre deste ano já para a estocagem do plasma. Quando estiver em operação, a fábrica produzirá albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e complexo de von Willebrand. Em atividade plena, a fábrica empregará 360 trabalhadores, além de gerar 2.720 empregos indiretos. Sem contar com o estímulo ao empreendedorismo.

AGENDA – A primeira reunião da hemorrede com a Hemobrás é um importante movimento de política nacional que vem sendo construído ao longo dos últimos meses. Em março, a Hemobrás foi, pela primeira vez, um dos pontos da pauta da assembleia do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), realizada em Brasília. Na oportunidade, o presidente da estatal, Romulo Maciel Filho, bem como o diretor-técnico da empresa, Luiz Amorim, e o coordenador-geral da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do MS, Guilherme Genovez, despertaram a importância da discussão estratégica do assunto, envolvendo governo federal e secretários de saúde que coordenam os hemocentros públicos de todo o País.

 




Hemobrás instala equipamentos em hemocentros para melhorar a cadeia de frio

Notícia publicada em: 11.04.2011

Para melhorar a qualidade e a quantidade do plasma excedente oriundo das doações de sangue, ou seja, não utilizados na transfusão, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) vem investindo na infraestrutura dos principais serviços de hemoterapia brasileiros. Isso porque este plasma é a matéria prima dos hemoderivados, medicamentos essenciais para a vida de milhares de pessoas com hemofilia, câncer, aids, cirrose e outras doenças infecciosas graves assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até junho deste ano, a Hemobrás terá instalado 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio (equipamentos que controlam automática e constantemente as temperaturas dos componentes sanguíneos – glóbulos brancos e vermelhos, plaquetas e plasma – para garantir sua conservação) em hemocentros de Norte a Sul do País.

Cada sistema é composto por software específico, sensores de temperatura, aquisitor de dados, computador e impressora, que monitoram as temperaturas do congelamento do plasma em freezers a -80ºC e da estocagem em câmaras frias a -20ºC, além de outros equipamentos, e também a do ambiente, que deve estar a 22º C. Isso é fundamental para conservar todas as propriedades do plasma, conferindo-lhe qualidade. “Se as temperaturas saírem da margem aceitável, o sistema avisa de imediato à pessoa responsável, por alarme sonoro, email e mensagem de celular, 24 horas por dia, inclusive fins de semana e em casos de queda de energia”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, a médica Adriana Parodi. Sem este sistema, a checagem seria feita manualmente. “Agora, não será necessário deslocar de suas funções um profissional do hemocentro para realizar este procedimento, que por ser automatizado, ainda reduz a possibilidade de erros de leitura”, salienta.

Nesta segunda-feira (4/4), será contemplado o Hemonúcleo Regional de Francisco Beltrão, no Paraná. Até junho, também serão beneficiados a Fundação Hemocentro de Brasília; os centros de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso; a Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia; o Hemocentro do Rio Grande do Norte; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará; a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará; a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; o Núcleo de Hemoterapia do Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina.

O cronograma de instalações dos sistemas de monitoramento da cadeia do frio teve início em novembro de 2010, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e, até o momento, 14 serviços já foram beneficiados. A iniciativa faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou em 2006, com visitas técnicas aos 79 principais hemocentros brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a empresa cede, para uso, equipamentos específicos para otimizar os procedimentos. Entre os já entregues, estão 15 freezers verticais a -30º C para o armazenamento e 38 blast freezers (freezer de congelamento rápido) a -80°. Os 25 sistemas de monitoramento, orçados em R$ 560 mil, foram adquiridos pela Hemobrás em convênio com o Ministério da Saúde e atendem à Resolução da Diretoria Colegiada n°153/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que determina a realização do monitoramento a cada quatro horas e recomenda que seja de forma contínua.

Este monitoramento possibilita à Hemobrás aumentar a qualidade e a quantidade do plasma que vem coletando nos hemocentros para enviar à França – onde ocorre hoje o beneficiamento do plasma brasileiro nos medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX). Em 2014, com o início do funcionamento da fábrica da Hemobrás em Goiana-PE, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando serão produzidos, além destes quatro tipos de medicamentos, os hemoderivados fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.

Serviços que serão contemplados até junho de 2011:
– Fundação Hemocentro de Brasília
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso
– Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia
– Hemocentro do Rio Grande do Norte
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
– Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina

Serviços que já foram contemplados:
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), em Pernambuco
– Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade de Campinas, em São Paulo
– Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em São Paulo
– Hemocentro de São José do Rio Preto, em São Paulo
– Hemocentro de Marília, em São Paulo
– Hemocentro Regional de Botucatu, em São Paulo
– Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais
– Núcleo Regional de Manhuaçu, em Minas Gerais
– Hemocentro Regional de Juiz de Fora, em Minas Gerais
– Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio de Janeiro
– Hemocentro Público do Espírito Santo
– Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Curitiba, no Paraná
– Instituto de Hematologia de Londrina, no Paraná

 




Acontece hoje (4/4) última etapa de apresentação dos concursados convocados em fevereiro

Acontece hoje (4/4) última etapa de apresentação dos concursados convocados em fevereiro

Notícia publicada em: 04.04.2011

Acontece hoje (4/4) a última etapa da apresentação dos profissionais aprovados no concurso público realizado pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em 2008. Convocados em fevereiro deste ano, deverão comparecer ao escritório operacional da empresa, no JCPM Trade Center, no Recife, 23 profissionais de níveis médio e superior, sendo nove especialistas em produção de hemoderivados e biotecnologia – fracionamento industrial do plasma; dez técnicos em produção de hemoderivados e biotecnologia – hemoterapia, farmácia ou laboratório de análises clínicas/patologia clínica; e quatro auxiliares administrativos.

Ao todo, já foram chamados 226 candidatos aprovados, dos quais atualmente há 52 atuando na empresa. Somente nos dois últimos editais, de números 28 e 29, publicados no Diário Oficial da União (DOU) em fevereiro deste ano, foram 56 profissionais. O certame previa o preenchimento de 85 vagas. A Hemobrás reforça que prazos, horários e datas publicados para apresentação e entrega da documentação necessária devem ser rigorosamente cumpridos. O não comparecimento do candidato em local, dia e horário marcados poderá ser considerado desistência voluntária para a sua contratação. Mais informações nos editais, que também podem ser conferidos em www.hemobras.gov.br (Gestão de Pessoas).




Ampliado em 15% o total de serviços de hemoterapia que serão auditados este ano

Ampliado em 15% o total de serviços de hemoterapia que serão auditados este ano

Notícia publicada em: 04.04.2011

Com o objetivo de melhorar cada vez mais a qualidade do plasma sanguíneo destinado à produção de medicamentos para pessoas vítimas de hemofilia, cirrose, aids, câncer, deficiências imunológicas e outras doenças autoimunes e infecciosas graves, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) ampliará em 15% o número de auditorias que realizará em serviços de hemoterapia do Brasil. Serão 110 estabelecimentos – 15 a mais que em 2010 – em 18 estados de Norte a Sul do País. Pela primeira vez, a equipe da Hemobrás estará à frente de todas as revisitas técnicas, e não só acompanhando os técnicos do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), até então responsáveis pelos procedimentos.

Das 110 auditorias, 81 serão revisitas a serviços de hemoterapia, postos de coleta e laboratórios de análises sorológicas, imunohematológicas e de controle de qualidade auditados anteriormente, para verificar a manutenção das conformidades. De janeiro a março deste ano, já foram realizadas 17, todas sob o comando da Hemobrás, seguindo os critérios determinados pela legislação vigente – acompanhar todas as etapas relacionadas ao ciclo do sangue, focando os pontos críticos dos setores comprometidos com o processo de obtenção e manuseio do plasma, para em seguida emitir relatórios indicado as conformidades e as não conformidades.

Em abril, serão contemplados o Hemocentro do Amazonas (Hemoam); o Hemocentro de Belo Horizonte e os núcleos regionais de Divinópolis e de Sete Lagoas, em Minas Gerais; os hemocentros do Piauí (Hemopi), Pernambuco (Hemope) e Sergipe (Hemose); os hemocentros de Campinas e São José do Rio Preto, em São Paulo, e os hemocentros regionais de Uberlândia, Uberaba e Governador Valadares, em Minas Gerais. O calendário de auditorias começou em 2007, sob responsabilidade do LFB. Em 2010, a equipe da Hemobrás acompanhou 20 das 95 que foram realizadas. Com isso, cumpriu a primeira das quatro etapas do processo de transferência de tecnologia junto ao LFB e duas profissionais foram habilitadas a auditar, a partir de então, os hemocentros. Apenas os novos serviços, que serão auditados pela primeira vez, continuarão sendo realizadas pelo LFB.

De acordo com a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, a médica Adriana Parodi, iniciativas como estas são importantes porque a fábrica de hemoderivados da empresa, em construção em Goiana-PE, entrará em operação em 2014. Até lá, faz-se necessária uma melhoria da qualidade e da quantidade do plasma nacional para a produção de medicamentos, tendo em vista que a planta industrial terá capacidade para beneficiar, por ano, 500 mil litros de plasma. Atualmente, o plasma brasileiro é enviado para ser processado em hemoderivados na França, cujo contrato prevê o envio de 150 mil litros de plasma ao ano.

Na primeira fase de auditorias, a Hemobrás detectou a necessidade de investir na infraestrutura de alguns serviços de hemoterapia. Para isso, firmou convênio com o Ministério da Saúde para a aquisição de equipamentos para congelamento, monitoramento e armazenamento do plasma. Entre os já entregues, estão 15 freezers verticais a -30º C para armazenamento de plasma e 38 blast freezers (freezer para rápido congelamento do plasma), e 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio, que estão em processo de instalação.

Cronograma de auditorias previstas para o mês de abril:

5 e 6/4 – Hemocentro do Amazonas (Hemoam)
5/4 – Hemocentro de Belo Horizonte, em Minas Gerais
7/4 – Núcleo Regional de Divinópolis, em Minas Gerais
8/4 – Núcleo Regional de Sete Lagoas, em Minas Gerais
14/4 – Hemocentro do Piauí (Hemopi)
14/4 – Hemocentro de Pernambuco (Hemope)
18/4 – Hemocentro de Sergipe (Hemose)
26 e 27/4 – Hemocentro de Campinas, em São Paulo
26/4 – Hemocentro Regional de Uberlândia, em Minas Gerais
27/4 – Hemocentro Regional de Uberaba, em Minas Gerais
28/4 – Hemocentro Regional de Governador Valadares, em Minas Gerais
28 e 29/4 – Hemocentro de São José do Rio Preto




Comitiva do LFB visita canteiro de obras da fábrica da Hemobrás

Comitiva do LFB visita canteiro de obras da fábrica da Hemobrás

Notícia publicada em: 04.04.2011

O presidente do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), Christian Bechon, visitou nesta quinta-feira (31/3) o canteiro de obras da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), no município de Goiana, em Pernambuco. O LFB é o laboratório que está transferindo para a Hemobrás a tecnologia destinada à produção de hemoderivados no Brasil. O presidente da estatal brasileira, Romulo Maciel Filho, e o diretor-técnico da empresa, Luiz Amorim, acompanharam o executivo francês e sua comitiva. O grupo visitou os blocos 1 (B-01), onde funcionará a câmara fria a 35° negativos da fábrica, o bloco 17 (B-17), que abrigará os geradores de energia, e parte do bloco 14 (B-14), o reservatório enterrado para 446 mil litros de água.

“Fiquei muito impressionado com andamento da obra e com o tamanho da câmara fria. Ela é um pouco maior do que a que temos no LFB, na França, com a vantagem que vai ser toda automatizada. No nosso laboratório ainda temos pessoas operando todo o gerenciamento do plasma em condições não convenientes”, comentou o presidente da estatal francesa, ressaltando a importância do diferencial tecnológico do bloco 1 da fábrica brasileira. Ele será totalmente operado por transelevadores, equipamento semelhante a elevadores de carga que realizam trabalho parecido com o de uma empilhadeira, com a diferença de serem 100% automatizados. Isso fará com que todo o manuseio do plasma na câmara fria, onde ficará armazenado antes de ser transformado em medicamentos, dispense a presença humana, eliminando o desconforto causado pelo frio intenso – tendo em vista que o local irá trabalhar a 35°C negativos – e reduzindo a possibilidade de erros. Com isso, a Hemobrás possuirá a primeira câmara fria para plasma totalmente automatizada das Américas.

Para Maciel Filho, a visita do presidente Bechon foi fundamental na fase em que se encontra a obra. “Oportunizamos aos nossos parceiros franceses terem uma ideia da dimensão e do estágio em que a obra se encontra. Isso é indispensável para a fase de instalação de equipamentos. Ela pressupõe uma harmonia entre a conclusão da parte civil e toda a parte tecnológica do bloco, que antecede a validação e a certificação, que serão realizadas junto com os franceses”, explicou Maciel Filho. Segundo ele, a previsão é que as obras de B-01, B-17 e do reservatório enterrado sejam concluídas no segundo semestre deste ano.

A câmara fria da fábrica, cuja área chegará a 2,7 mil metros quadrados, armazenará o plasma que a Hemobrás já coleta dos hemocentros de todo o País e exporta para a produção de hemoderivados no LFB, na França. Quando a planta industrial brasileira estiver pronta, em 2014, não mais será necessário enviar o plasma para o laboratório francês. O material coletado precisa ficar a uma temperatura de 35º C negativos e, para garantir isso, já estão sendo montados e instalados, em B-01, 40 equipamentos, entre condensadores evaporativos, compressores e aero condensadores, que irão climatizar o prédio.

Ainda no primeiro semestre deste ano, deverá ter início a segunda etapa das obras da fábrica de hemoderivados da Hemobrás. A construção engloba 12 blocos industriais, que juntos somam 45 mil dos 48 mil metros quadrados de área construída. Entre os prédios que serão erguidos, estão dois dos principais blocos: o B02, considerado o coração da planta industrial, que será instalado numa área de 13 mil metros quadrados onde ocorrerá o fracionamento do plasma sanguíneo e sua transformação em medicamentos; e o B03, espaço de 10,7 mil metros quadrados destinado ao envase dos produtos.

A fábrica da Hemobrás será âncora no Polo Farmacoquímico de Pernambuco, a primeira do Brasil e a maior da América Latina em seu segmento, com capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano. A planta industrial produzirá seis tipos de medicamentos: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand.




Secretários estaduais de Saúde discutem política de sangue e hemoderivados no País

Notícia publicada em: 04.04.2011

A auto-suficiência na produção brasileira de hemoderivados foi um dos assuntos que constaram da pauta da segunda assembleia do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) de 2011, realizada no último dia 23 de março, no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, declarou, durante o encontro, que a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) é o braço operador do MS para atingir a autonomia na produção destes medicamentos e que, por isso, precisa do apoio do ministério e dos secretários estaduais e municipais de Saúde. Atualmente, 16 mil portadores de coagulopatias (doenças do sangue) no País são tratados com hemoderivados fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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“A Hemobrás está completamente afinada com a política nacional do sangue e é muito importante que suas atividades tenham uma parceria especial com os estados”, ressaltou o secretário, que também é integrante do Conselho de Administração da empresa, informando que os secretários estaduais de Saúde podem colaborar com a estatal melhorando a quantidade e a qualidade do plasma coletado nos hemocentros públicos. O plasma, que é um dos componentes do sangue, é a matéria prima para a produção dos hemoderivados e a Hemobrás precisa dele para fabricar esses medicamentos em sua planta industrial, que está em construção em Goiana, município de Pernambuco. A fábrica tem previsão para ser inaugurada em 2014, com foco na produção dos seis principais tipos de hemoderivados consumidos no mundo: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand.

O presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, fez um resumo sobre os últimos resultados da estatal e destacou a importância da presença do Conass no Conselho de Administração da Hemobrás como forma de contribuir diretamente na gestão deste projeto, fundamental para que o País tenha o êxito desejado na produção dos hemoderivados. “É essencial um enfrentamento coletivo para a questão do plasma destinado à fábrica da Hemobrás. Hoje, a captação do plasma industrial chega a 80 mil litros por ano. Para a produção de hemoderivados, serão necessários pelo menos 300 mil litros por ano. Precisamos continuar avançando nessa ideia, através desse diálogo, buscando construir, de forma articulada, uma política que nos fará vencer este desafio”, pontuou Maciel Filho. O diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim, detalhou para os secretários o cenário dos hemoderivados no mundo, seu valor comercial e a importância estratégica de produzi-los no Brasil.

[FOTO3-]O coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, Guilherme Genovez, aproveitou o encontro com os gestores estaduais de Saúde para apresentar um panorama da rede de hemoterapia brasileira. Atualmente, existem 29 hemocentros coordenadores em todo o País que oferecem plasma para a produção de hemoderivados – hoje realizada na França e a partir de 2014 na Hemobrás em Pernambuco. Ele asseverou aos gestores que é preciso melhorar a qualidade do armazenamento do plasma coletado para que este insumo não seja descartado devido à falta de condições de ser transformado em medicamento. Atualmente, a Coordenação e a Hemobrás desenvolvem atividades permanentes de qualificação dos hemocentros, com capacitação técnica e gerencial dos profissionais de saúde e com fornecimento de equipamentos para acondicionar o insumo essencial à produção dos hemoderivados.

 




Lei do Sangue: uma década de fortalecimento da saúde pública brasileira

Lei do Sangue: uma década de fortalecimento da saúde pública brasileira

Notícia publicada em: 01.04.2011




Nota de esclarecimento da Hemobrás para a newsletter da ABHH

Notícia publicada em: 01.04.2011

Sobre a notícia publicada na newsletter n° 22 da ABHH, de 17/6/2011, referente à matéria veiculada na Revista IstoÉ (edição 2169), a Hemobrás esclarece que:

– Trabalha de forma permanente com os órgãos de controle do Brasil prestando todos os esclarecimentos necessários aos questionamentos de rotina destas instituições. Após auditoria realizada na empresa neste ano, o Tribunal de Contas da União determinou informar ao Congresso Nacional que não foram encontrados indícios de irregularidades graves no contrato da Hemobrás. Portanto, as obras da fábrica seguem em seu curso normal.

– A fábrica da Hemobrás está orçada em R$ 540 milhões. A primeira etapa foi licitada em R$ 27 milhões. Até o momento, a execução físico-financeira desta fase chegou a 44,28%. A segunda etapa, no valor de R$ 269,7 milhões, está na fase de instalação do canteiro. Resta, agora, a etapa de aquisição de equipamentos, em andamento. Logo, os R$ 130 milhões que “teriam sido sugados”, foram, na realidade, empregados no processo de viabilização da fábrica.

– A Hemobrás começou a funcionar em setembro de 2005 e, nesse período, além de atuar na estruturação administrativa, a estatal trabalhou no edital para a transferência de tecnologia, que culminou com a assinatura do contrato de transferência tecnológica em outubro de 2007, após concorrência pública internacional acompanhada pelos órgãos de controle (TCU, CGU e MPF). Em 2008, a empresa vencedora do certame, que é francesa, iniciou a elaboração das plantas e projetos para a construção da fábrica brasileira. Portanto, as viagens internacionais realizadas entre 2007 e 2008 atenderam a este processo de transferência tecnológica. Vale frisar que, em nenhum momento, os acórdãos do TCU e as auditorias da CGU sobre as prestações de contas da Hemobrás dos referidos anos consideraram que houve “excesso de viagens internacionais” por executivos e servidores da empresa. Qualquer especulação quanto a este ponto pressupõe extrema desinformação e desconhecimento da complexidade e dimensão da construção de um projeto desta natureza.

– Sobre o termo aditivo n° 1/2010 ao contrato n° 22/2007, o próprio TCU, Corte máxima de Contas deste País, validou-o por unanimidade este ano.

– Por fim, a Hemobrás, cujo diretor técnico também é vice-diretor de Relações Internacionais da ABHH, reforça que sempre se mostrou à disposição da Associação para esclarecimentos sobre a empresa, tanto que, em janeiro deste ano, tomou a iniciativa de procurar a ABHH para tratar do andamento do projeto. Também assegura que, pelo exposto acima, não há qualquer motivo para a Associação se preocupar com o andamento das atividades da estatal, executadas de maneira firme e transparente, visando à sua missão fundamental, que é fornecer hemoderivados para os pacientes do SUS. Entende, ainda, que a ABHH é um parceiro estratégico da Hemobrás para, cada vez mais juntos, conseguirmos construir a autossuficiência brasileira neste campo de produção.

 




Equipamentos de resfriamento da câmara fria da fábrica começam a ser instalados

Notícia publicada em: 31.03.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) deu início à instalação dos equipamentos que resfriarão o bloco B01, onde funcionará a câmara fria da sua fábrica de hemoderivados, em construção em Goiana, distante 63 quilômetros do Recife. No dia 23 de março, dois guindastes começaram a colocar dentro do prédio industrial grande parte das máquinas que irão compor três grandes sistemas de refrigeração. Enquanto isso, o bloco B17, que abrigará os geradores de energia, e parte do B14, com o reservatório enterrado para 450 mil litros de água, estão em fase de acabamento. A previsão é que esta etapa das obras seja concluída até o início do segundo semestre deste ano.

A câmara fria possui uma área de 2,7 mil metros quadrados que irá armazenar todo o plasma a ser utilizado na produção dos hemoderivados. Por isso, precisará operar a 35°C negativos. Para garantir esta temperatura, já estão sendo montados e instalados, em B01, 40 equipamentos, entre condensadores evaporativos, compressores e aero condensadores, que também irão climatizar os ambientes restantes do prédio. Os demais equipamentos (24 evaporadores) serão instalados, necessariamente, depois que a cobertura do bloco for concluída, paralelamente à montagem das divisórias das salas.

O B17, com 154 metros quadrados, está com a parte de alvenaria praticamente concluída, faltando apenas os acabamentos. Já no reservatório enterrado foi totalmente finalizada a fase de concretagem e agora tem início a etapa de acabamento, junto com cobertura e instalação das máquinas e equipamentos (bombas de água). A fábrica da Hemobrás possuirá 48 mil metros quadrados de área construída, será âncora no Polo Farmacoquímico de Pernambuco, a primeira do Brasil e a maior da América Latina em seu segmento, com capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano. A previsão de seu pleno funcionamento é 2014.

SEGUNDA ETAPA 
– Ainda neste primeiro semestre, deverá ter início a segunda etapa das obras da fábrica de hemoderivados da Hemobrás. A construção engloba 12 blocos industriais, que juntos somam 45 mil metros quadrados de área construída. Entre os prédios que serão erguidos, estão dois dos principais blocos: o B02, considerado o coração da planta industrial, que será instalado numa área de 13 mil metros quadrados onde ocorrerá o fracionamento do plasma sanguíneo e sua transformação em medicamentos; e o B03, espaço de 10,7 mil metros quadrados destinado ao envase dos produtos.

Confira nas fotos abaixo, do dia 23/03, o andamento das obras:

 




Assista a vídeo sobre a obra da primeira fábrica de hemoderivados brasileira

Notícia publicada em: 29.03.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) está construindo em Pernambuco a primeira fábrica de medicamentos derivados do sangue do País e a maior da América Latina. Veja o andamento da obra no vídeo produzido em janeiro de 2011 pela empresa. As imagens registram a construção dos blocos B-01, que abrigará a câmara fria que trabalhará a 35°C negativos e armazenará todo o plasma que será utilizado na produção de hemoderivados; B-17, que comportará quatro geradores de energia; e parte do B-14, com um reservatório enterrado com capacidade de armazenar 450 mil litros de água. O vídeo tem duração de cinco minutos. Clique no link abaixo e assista!