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Obra da fábrica já emprega 150 pessoas

Notícia publicada em: 10.11.2010

À medida que avança, a construção da futura fábrica de hemoderivados da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Goiana, distante 63 quilômetros do Recife, desde já ajuda a promover o desenvolvimento local e impulsiona a economia da região. Atualmente, estão sendo erguidos dois dos seis blocos que irão compor a unidade fabril. Para isso, existem hoje 150 pessoas trabalhando no canteiro de obras, entre pedreiros, serventes de pedreiro, armadores, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho. Até o fim de novembro, serão 200 profissionais. E todos residentes de Goiana-PE. A construção começou em junho deste ano, com dez trabalhadores.

[FOTO2+] O pedreiro Jardel de Souza Ferreira, 38, é um exemplo. Ao mesmo tempo em que se orgulha de dizer que foi nascido e criado em Goiana, mostra satisfação em poder finalmente trabalhar em sua cidade, perto de sua família. “Trabalhei anos fora, principalmente no Ceará e em Alagoas, porque não tinha emprego para mim no meu Estado. Mas agora, com a Hemobrás, estou há três meses empregado, perto de casa, exercendo minha profissão, com uma renda boa e certa, sem deixar faltar nada na mesa”, afirma.

[FOTO3+] O armador Juvenal da Silva, 37, divide a mesma opinião. “Antes, eu tinha de procurar emprego em outros estados para ganhar meu pão. Mas a Hemobrás veio para nos segurar em Goiana, está tudo melhor. E quero que meus filhos de 15 e 16 anos estudem para no futuro virem trabalhar aqui também”.

Os prédios que estão em construção são o bloco 01 (B-01), um dos prédios mais importantes da fábrica, por abrigar uma câmara fria a 35º C negativos destinada à recepção, triagem e estocagem do plasma que será usado na produção dos medicamentos; e o Bloco 17 (B-17), que conterá quatro geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia para a planta. Ambos já tiveram a parte de fundação concluída e a câmara fria está em processo de concretagem da laje do piso. Quando finalizada esta fase, será feita a concretagem dos pilares da câmara fria, prevista para ser concluída em novembro deste ano.

O edital para a construção dos demais prédios deverá ser publicado ainda este ano. Orçada em R$ 540 milhões, a fábrica da Hemobrás será a maior da América Latina em seu segmento e figurará como uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da Região Nordeste. A empresa produzirá seis tipos de medicamentos e suprirá, gradativamente, mais da metade da demanda do SUS por hemoderivados, pois fabricará os quatro remédios derivados do sangue de maior consumo no mundo: imunoglobulina, albumina e fatores de coagulação VIII e IX.

A fábrica garantirá 100% de autossuficiência para o SUS em albumina e fator IX. Promoverá também a autosssuficiência total em dois outros produtos: o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. Já para a imunoglobulina, a expectativa é atender, em média, 50% das necessidades do País. Para o fator VIII, a previsão é suprir de 20% a 40% da demanda do SUS. Estes patamares serão atingidos com um processamento de 500 mil litros de plasma por ano. Esses medicamentos são vitais para mais de 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.

 




Hemobrás cria grupo de discussão sobre processamento de hemocomponentes

Notícia publicada em: 10.11.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) agora dispõe de mais uma ferramenta de interação com os serviços de hemoterapia brasileiros. Trata-se de um grupo de discussão online criado a partir de uma demanda surgida com a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, realizada pela empresa em setembro. O objetivo é propiciar a todos os participantes a atualização de conhecimentos, com troca de artigos científicos, divulgação de experiências bem sucedidas e esclarecimento de dúvidas. “É uma extensão do que vivenciamos na oficina”, afirmou a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi.

Na oficina, que aconteceu de 28 a 30 de setembro, em Brasília, representantes dos principais 65 serviços públicos de hemoterapia do Brasil puderam discutir a fundo a realidade e as dificuldades de cada um, para juntos encontrar soluções em busca de um plasma de melhor qualidade e maior quantidade para a produção industrial de medicamentos derivados do sangue. Após o evento, os participantes sugeriram a criação de um grupo de discussão que possibilitasse a continuidade da troca de informações de forma permanente, o que foi atendido pela Hemobrás.

Surgia assim o endereço eletrônico processamento@hemobras.gov.br, em que foram cadastrados todos os representantes dos serviços de hemoterapia presentes da oficina. Os trabalhadores ligados ao processamento de hemocomponentes, coleta ou controle de qualidade de outros serviços interessados em fazer parte do grupo de discussão podem solicitar sua inclusão pelo endereço eletrônico. “Estamos abertos a sugestões para melhorar a troca de informações. Já recebemos a proposta de ampliar as discussões com a criação de um fórum e estamos analisando esta possibilidade”, detalhou Adriana.

Para a supervisora de laboratório do Núcleo de Hemoterapia de Franca (SP), Ester Serrano Ferreira, a ideia da criação do grupo de discussão foi fantástica e pioneira nesta área. “Como vivemos uma quebra de paradigmas em relação ao processamento, especialmente no que diz respeito ao plasma, antes meio esquecido e até negligenciado, devemos comemorar uma iniciativa como esta. Trata-se de um avanço do Brasil rumo a uma possível autossuficiência no que tange à produção industrial de fatores de coagulação. Isto significará muito para o País, financeiramente, e para nós brasileiros”, declarou Ester.

“Parabenizo a Hemobrás pela iniciativa, será muito boa esta troca de experiências e informações”, disse Vívian Simoni, coordenadora Banco de Sangue de Caxias do Sul, do Rio Grande do Sul. “Quero parabenizar a Hemobrás pela iniciativa da criação do Grupo de Processamento, pois dessa forma conseguiremos melhorar a produção de hemocomponentes bem como a disseminação de conhecimentos”, complementou Juliano Ribeiro, gerente dos Laboratórios da Colsan, de São Paulo.

 




Empresa realiza auditorias em hemocentros do Sul do País

Notícia publicada em: 05.11.2010

Assunto: Bolsas e tubos de sangue. Amostras prontas para serem encaminhadas para o laboratório de sorologia – HemoRio / Local: Rua Frei Caneca – Rio de Janeiro – RJ / Data: 29/09/2010

A partir da próxima terça-feira (26/10), a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realizará sete visitas técnicas a serviços de hemoterapia públicos na região Sul do Brasil. Em outubro, as auditorias acontecerão no Paraná e, em novembro, em Santa Catarina. Nestas ocasiões, a Hemobrás irá acompanhar, seguindo os critérios determinados pela legislação vigente, todas as etapas relacionadas ao ciclo do sangue, focando os pontos críticos dos setores comprometidos com o processo de obtenção e manuseio do plasma. Para 2011, estão previstas mais 98 visitas técnicas.

No Paraná, as auditorias se concentrarão na cidade de Maringá. Dia 26, acontecerá no Instituto de Hemoterapia; dia 27 será no Hemocentro Regional e, dia 28, no Instituto Dom Bosco. Já em Santa Catarina, serão realizadas no Hemocentro Regional de Joinville (9/11), no Hemocentro Regional de Criciúma (10/11), no Hemocentro Regional de Lajes (11/11) e no Hemocentro de Florianópolis (12/11). Após as visitas, são emitidos relatórios para cada um dos serviços, indicado as conformidades e as não conformidades.

De acordo com a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi, iniciativas como estas são importantes porque a fábrica de hemoderivados da empresa, em construção em Goiana-PE, entrará em operação em 2014. Até lá, faz-se necessária uma melhoria da qualidade e da quantidade do plasma nacional para a produção de medicamentos, tendo em vista que a planta industrial terá capacidade para beneficiar, por ano, 500 mil litros de plasma. Atualmente, o plasma brasileiro é enviado para ser processado em hemoderivados na França, cujo contrato prevê o envio de 150 mil litros de plasma ao ano.

O calendário de visitas técnicas da Hemobrás teve início em 2007 e seguiu até março de 2010, somando 79 auditorias e 11 revisitas. Na primeira fase de auditorias, a Hemobrás detectou a necessidade de investir na infraestrutura de alguns serviços de hemoterapia. Para isso, firmou convênio com o Ministério da Saúde para a aquisição de equipamentos para congelamento, monitoramento e armazenamento do plasma. Entre os já entregues, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a -30º C para armazenamento de plasma e 38 blast freezers, que começaram a ser instalados em junho deste ano, sendo que 22 já foram validados e, até novembro, estarão presentes em 35 hemocentros.

FÁBRICA – A fábrica de hemoderivados da Hemobrás garantirá 100% de autossuficiência para o SUS em albumina e fator IX. Promoverá também a autosssuficiência total em dois outros produtos: o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. Já para a imunoglobulina, a expectativa é atender, em média, 50% das necessidades do País. Para o fator VIII, a previsão é suprir de 20% a 40% da demanda do SUS. Estes patamares serão atingidos com um processamento de 500 mil litros de plasma por ano.

 




Hemobrás adere ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção

Hemobrás adere ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção

Notícia publicada em: 04.11.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) agora também faz parte do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção. O presidente da empresa, Romulo Maciel Filho, assinou o documento na última terça-feira (19/10). A iniciativa, além de atender à nova política de gestão com foco na responsabilidade socioambiental, que tem como pilares ética, transparência e comunicação, significa que a Hemobrás estará plenamente engajada na promoção da integridade e no combate à corrupção no ambiente brasileiro dos negócios, seguindo os principais compromissos do Pacto.

Entre as diretrizes básicas, estão informação frequente sobre legislação ao público interno; divulgação, orientação e respostas sobre os princípios legais aplicáveis às suas atividades; vedação ao suborno; contribuição transparente e lícita a campanhas políticas; propagação de princípios do Pacto entre seus públicos; investigações abertas e transparentes; atuação junto à cadeia produtiva e utilização do Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas da Controladoria Geral da União. O conteúdo na íntegra pode ser conferido em www.empresalimpa.org.br.

O Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção foi lançado em junho de 2006, por iniciativa do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; UniEthos – Formação e Desenvolvimento da Gestão Socialmente Responsável; Patri Relações Governamentais & Políticas Públicas; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime e Comitê Brasileiro do Pacto Global.

RESPONSABILIDADE – A Hemobrás começou a estruturar sua Coordenação de Responsabilidade Socioambiental, com foco na Zona da Mata de Pernambuco, em especial Goiana, que abrigará a fábrica de hemoderivados da empresa, em agosto deste ano. “Tivemos nossa primeira reunião com as secretarias municipais que atuam nestas áreas para conhecer suas demandas, pensar em como podemos ajudá-los e discutir uma agenda de ações voltadas para a cidade. Notamos que já há uma expectativa da população em se preparar para poder se beneficiar com o desenvolvimento que será certamente trazido com o Polo Farmacoquímico, o que sugere uma necessidade de formação de recursos humanos”, afirma a coordenadora Danusa Benjamim.




Hemobrás realiza audiência pública dia 3/11

Hemobrás realiza audiência pública dia 3/11

Notícia publicada em: 04.11.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realiza, na próxima quarta-feira (03/11), uma audiência pública antecedendo o edital para contratação de empresa que construirá os demais prédios e instalações da sua fábrica de hemoderivados, em Goiana-PE. O evento, cujo aviso foi publicado no Diário Oficial da União no último dia 18, ocorrerá no Cine Polytheama, às 10h (horário de Brasília), no Centro de Goiana. A audiência pública atende ao disposto no Artigo 39 da Lei n° 8.666 de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores, e tem como objetivo proporcionar à sociedade ainda mais transparência nas ações da Hemobrás.

Confira, na seção Licitações, Contratos e Convênios, todas as informações referentes à audiência pública.




Audiência pública da Hemobrás

Audiência pública da Hemobrás

Notícia publicada em: 29.10.2010

Confira, na seção Licitações, Contratos e Convênios, todas as informações referentes à audiência pública que a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) promoverá no dia 3/11/2010.




Hemobrás convoca mais sete concursados

Hemobrás convoca mais sete concursados

Notícia publicada em: 22.10.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) convoca mais sete concursados de níveis médio e superior, aprovados no concurso público realizado em 2008. Os candidatos deverão se apresentar no dia 25 de outubro, na unidade operacional da empresa no Recife, no JCPM Trade Center, bairro do Pina, em horários específicos e munidos de todos os documentos necessários, que podem ser conferidos no edital n°23, publicado hoje (06/10) no Diario Oficial da União (DOU) e disponível na seção de Gestão de Pessoas do site da Hemobrás.

Os concursados chamados irão preencher os seguintes empregos públicos: um analista de gestão corporativa – administrador, que será lotado no Serviço de Logística e Patrimônio; dois analistas de gestão corporativa – contador, que irão para o Serviço de Orçamento e Finanças e para o Serviço de Contabilidade, cada um; três especialistas em produção de hemoderivados e biotecnologia – controle de qualidade, para a Gerência de Controle de Qualidade, e um assistente administrativo – auxiliar administrativo, que irá trabalhar na Presidência.

Com estes sete concursados, que são de Pernambuco, Brasília e São Paulo, sobe para 133 a quantidade dos aprovados convocados pela Hemobrás. Mais uma vez, a empresa reforça que os prazos, horários e datas publicados no edital n°23 devem ser rigorosamente cumpridos. O não comparecimento do candidato em local, dia e horário marcado poderá ser considerado pela empresa como desistência voluntária do candidato para a sua contratação, gerando à empresa, de imediato, o direito de convocar o próximo candidato classificado.

 

 




Em outubro, Hemobrás instala 13 blast freezers em todas as regiões do País

Em outubro, Hemobrás instala 13 blast freezers em todas as regiões do País

Notícia publicada em: 22.10.2010

Durante o mês de outubro, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) irá instalar 13 freezers de congelamento rápido, os chamados blast freezers, em 12 serviços de hemoterapia do País, contemplando, em um único mês, todas as regiões brasileiras. O cronograma inicia-se hoje (04/10), em Brasília, no Distrito Federal, e em Salvador, na Bahia. Durante o processo, que teve início em julho, já foram instalados 13 aparelhos e, até novembro, este número subirá para 38, beneficiando 35 hemocentros.

Orçados em R$ 2,7 milhões e adquiridos por meio de um convênio firmado entre a Hemobrás e o Ministério da Saúde, os blast freezers permitem o congelamento do plasma em apenas 90 minutos, enquanto o freezer tradicional faz isso em até 8 horas. Esta redução de tempo no processo garante a melhor conservação dos componentes do plasma coletado até o momento de seguir para a indústria e ser transformado em medicamentos para tratamento de doenças graves como hemofilia, câncer, AIDS e pacientes queimados.

Nesta segunda-feira (04/10), os blast freezers serão instalados, calibrados e validados nos hemocentro de Brasília e de Salvador (Hemoba). No dia 7, é a vez dos hemocentros de Sergipe (Hemose) e do Pará (Hemopa). Dia 14, a equipe segue para o Núcleo de Hemoterapia de Fernandópolis, em São Paulo. O calendário é retomado dia 18, no hemocentro de Campina Grande, na Paraíba, e de Curitiba (Hemopar), em Santa Catarina. No dia 21, chega à Paraíba (Hemoíba) e Londrina, no Paraná. Também serão beneficiados os hemocentros de Alagoas (Hemoal) e de Joinville, em Santa Catarina, no dia 25/10. O mês termina com os blast freezers sendo instalados nos hemocentros de Santa Catarina (Hemosc) e do Ceará (Hemoce).

A instalação dos blast freezers faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a Hemobrás cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers, que agora estão sendo instalados.

Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria-prima que vem coletando nos hemocentros, desde abril deste ano, para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos quatro medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, distante 63 quilômetros do Recife, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.




Concretagem da laje da câmara fria é iniciada

Notícia publicada em: 15.10.2010

As obras da futura fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) estão a todo vapor. Dois dos seis blocos que irão compor a unidade – o bloco 01 (B-01), um dos prédios mais importantes, por abrigar uma câmara fria a 35º C negativos destinada à recepção, triagem e estocagem do plasma que será usado na produção dos medicamentos; e o Bloco 17 (B-17), que conterá quatro geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia para a planta – já estão sendo erguidos e tiveram a parte de fundação concluída. Em 25 de setembro, foi iniciada a concretagem da laje do piso da câmara fria.

Quando finalizada esta fase, será feita a concretagem dos pilares da câmara fria, prevista para ser concluída em novembro deste ano. Ao mesmo tempo, serão realizadas as partes de alvenaria e as demais instalações, como de ar-condicionado, elétrica, hidráulica, de automação e proteção e combate a incêndio (PCI). O B-01 deverá entrar em operação no segundo semestre de 2011 e, toda a planta industrial, em 2014. Atualmente, há 90 pessoas atuando na obra. No pico de construção, serão gerados cerca de 1 mil postos de trabalho diretos.

Além disso, também está sendo executada a obra do reservatório enterrado da fábrica, que fará parte do Bloco 14 (B-14) e terá 444 metros cúbicos, ou seja, capacidade de armazenar 44 mil litros de água. Orçada em R$ 540 milhões, a fábrica da Hemobrás será a maior da América Latina em seu segmento e figurará como uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da Região Nordeste. A empresa produzirá seis tipos de medicamentos e suprirá, gradativamente, mais da metade da demanda do SUS por hemoderivados, pois fabricará os quatro remédios derivados do sangue de maior consumo no mundo: imunoglobulina, albumina e fatores de coagulação VIII e IX.

A fábrica garantirá 100% de autossuficiência para o SUS em albumina e fator IX. Promoverá também a autosssuficiência total em dois outros produtos: o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. Já para a imunoglobulina, a expectativa é atender, em média, 50% das necessidades do País. Para o fator VIII, a previsão é suprir de 20% a 40% da demanda do SUS. Estes patamares serão atingidos com um processamento de 500 mil litros de plasma por ano. Esses medicamentos são vitais para mais de 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.

 




Economista da Fiocruz assume presidência da Hemobrás

Notícia publicada em: 03.06.2010

O economista pernambucano Romulo Maciel Filho é o novo presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A nomeação para o cargo foi publicada hoje (9/10) no Diário Oficial da União (DOU). Ele, que era o representante do Ministério da Saúde (MS) no Conselho de Administração da estatal desde novembro de 2008, assume o comando da empresa no lugar do hematologista mineiro João Paulo Baccara, cuja gestão começou em 2005 e terminou em setembro passado. Natural do Recife, Maciel Filho, 51 anos, é servidor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao MS, desde 1986. Possui mestrado em Planejamento e Gestão de Políticas de Saúde pela Leeds Metropolitan University (1997) e doutorado pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), concluído em 2007.

O novo presidente da Hemobrás tem uma trajetória técnica, sem filiação a partido político. Ao longo de sua carreira, exerceu várias atividades de gestão no setor público. Seu mais recente cargo foi de vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho da Fiocruz, no Rio de Janeiro, de fevereiro a 31 de agosto deste ano, quando se desligou da função para assumir a Hemobrás, a convite do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. De maio de 2007 a dezembro de 2008, atuou como assessor especial de Temporão em Brasília. Ainda no MS, foi diretor da Secretaria de Políticas de Saúde, de 1999 a 2000, e gerente administrativo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 1998 a 1999, sendo um dos responsáveis por sua fundação.

Foi diretor do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), a Fiocruz de Pernambuco, de 2001 a 2005. Ao término do primeiro mandato, foi reconduzido ao cargo, em que permaneceu até abril de 2007. Trabalhou como vice-diretor administrativo da Fiocruz de Pernambuco de 1993 a 1997. Figurou, ainda, como um dos fundadores e coordenador do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva (Nesc) dessa unidade da Fundação, de 1989 a 1993.

De 2003 a 2006, Maciel Filho atuou, paralelamente à gestão da Fiocruz de Pernambuco, como vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e, de 2002 a 2007, como membro do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), a unidade produtora de vacinas e kits de diagnóstico da Fiocruz.

Na sede da Fundação, no Rio de Janeiro, foi chefe de gabinete do presidente Paulo Buss, de 2000 a 2001, além de assessor do presidente Sergio Arouca, de 1988 a 1989, período em que participou do projeto de modernização administrativa da instituição, que deu origem ao modelo de gestão participativa vigente até hoje. Também na capital fluminense, atuou como assessor chefe de Orçamento da Secretaria Municipal de Saúde, de 1984 a 1985.

SOBRE A HEMOBRÁS – A Hemobrás foi criada em 2 de dezembro de 2004 e teve seu estatuto aprovado em 28 de março de 2005. Sediada em Brasília, conta com um escritório regional no Recife, pois sua fábrica funcionará em Pernambuco. A estatal tem três diretores: administrativo financeiro (função acumulada pelo presidente); técnico, Luiz de Melo Amorim (reconduzido ao cargo por mais quatro anos); e de assuntos estratégicos, Augusto César de Carvalho. Seu corpo funcional é formado atualmente por 63 trabalhadores, sendo 23 funcionários públicos, aprovados no concurso realizado em 2008 para 85 vagas. Outros concursados devem ser convocados até o ano que vem. Também são aguardadas outras seleções para compor o quadro da empresa, que terá um total de 362 funcionários públicos.

Estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS), a empresa produzirá seis derivados do sangue – albumina, concentrados dos fatores VIII e IX, imunoglobulina poliespecífica intravenosa, fator de von Willebrand e complexo protrombínico – produtos que geram um custo de R$ 600 milhões em importações por ano aos serviços públicos e privados. Os hemoderivados deverão atender cerca de 7 mil pacientes com hemofilia do Sistema Único de Saúde (SUS), beneficiando, também, portadores de doenças como aids e câncer.

Considerada a mais moderna no seu segmento na América Latina, a fábrica da Hemobrás começou a ser construída neste ano e será uma das âncoras do polo farmoquímico de Goiana, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco, localizado a 63 quilômetros do Recife. O custo da planta, situada em um terreno de 25 hectares, está avaliado em R$ 327 milhões. A fábrica terá capacidade para fracionar 500 mil litros de plasma, provenientes de 4 milhões de doações de sangue por ano no país. Para produzir os hemoderivados, a estatal contará com a tecnologia da empresa francesa Laboratoire Français du Fractionnement et des Biotechnologies (LFB), adquirida em licitação por R$ 16 milhões e pagamento de 5% de royalties por dez anos. A expectativa é que a unidade fabril entre em operação em 2011.

A estatal não se resume à futura linha de produção de Goiana. Ainda neste ano, produzirá a cola de fibrina líquida em parceria com a Fundação Hemope de Pernambuco. O produto é uma cola biológica, para uso local, capaz de reduzir ou deter hemorragias em cirurgias cardíacas, vasculares, ortopédicas, urológicas, plásticas, transplantes, e cirurgias odontológicas em pacientes com hemofilia. O custo médio de um mililitro (ml) de cola de fibrina industrial gira em torno de US$ 250 (R$ 434,50, com cotação do dólar de ontem). Em média, um paciente, quando precisa desta cola, usa de 0,5 a 8 ml do produto.

A empresa também desenvolve pesquisas para geração de novas tecnologias e produtos, atua na formação de recursos humanos e estabelece convênios técnico-científicos. Ao longo destes anos, firmou parcerias com unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro (Biomanguinhos), no Recife (Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães) e em Curitiba (Instituto Carlos Chagas), com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). Entre os projetos, estão: o desenvolvimento de testes de ácido nucléico (NAT) que possibilitam a detecção dos vírus HIV e HCV (hepatite C) no sangue de pacientes recém-infectados; a validação de testes para o diagnóstico de doença de Chagas – importante para evitar a transmissão via transfusão de hemoderivados -; e o desenvolvimento de nanotecnologia com o objetivo de padronizar testes nos serviços de hemoterapia para HBV, HCV, HIV, HLTV, além de sífilis e doença de Chagas.

A Hemobrás tem, ainda, papel estratégico com o desenvolvimento regional. Algumas ações desenvolvidas em Goiana são: a implantação dos quiosques do cidadão em parceria com o Ministério da Integração Nacional, visando à inclusão digital; o diagnóstico situacional da saúde do município, por meio de um trabalho de consultoria; e o projeto de criação de um Banco de Leite Humano, acertado em reunião com o MS e com a Secretaria de Saúde de Goiana.