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Empresa realiza pesquisa inédita no Brasil para produção de hemoderivado por engenharia genética

Empresa realiza pesquisa inédita no Brasil para produção de hemoderivado por engenharia genética

Notícia publicada em: 28.09.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) iniciou este ano uma pesquisa para a produção de um medicamento de suma importância para as pessoas com hemofilia atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que, por algum motivo, não mais respondem ao tratamento convencional para ajudar a coagulação sanguínea. Trata-se do fator VII ativado recombinante (rFVIIa), atualmente fabricado por apenas um laboratório em todo o mundo e importado pelo Ministério da Saúde (MS), que, só em 2008, despendeu R$ 29 milhões na aquisição deste remédio. O fator VII é uma proteína naturalmente encontrada no sangue humano, mas em quantidade insuficiente para ser transformado em medicamento, por isso precisa ser reproduzido a partir de técnicas de engenharia genética.

Para realizar o estudo, a Hemobrás fechou parceria com a Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos, laboratório situado na cidade de Itapira, em São Paulo. O projeto de desenvolvimento do rFVIIa está orçado em R$ 30 milhões, sendo R$ 12,6 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 16 milhões investidos pelo laboratório Cristália e R$ 1,4 milhão pela Hemobrás. O projeto de pesquisa está previsto para terminar em 2013, com início dos testes clínicos em 2014. Se obtiver sucesso nesta fase, o produto será registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e começará a ser fabricado no laboratório da Cristália, que fornecerá o medicamento ao SUS, com valor até 20% abaixo do que é praticado hoje no mercado – a quilo-unidade (unidade de medida internacional utilizada para alguns medicamentos) custa cerca de R$ 27 -, até que a Hemobrás tenha condições próprias de fabricação.

Com essa produção, o Brasil deve se tornar autossuficiente em rFVIIa. “A Hemobrás está cumprindo uma de suas funções sociais, que é ampliar o acesso dos usuários do SUS a esses tipos de medicamentos, buscando soluções alternativas e complementares ao uso de fatores de coagulação derivados de plasma”, afirma o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Hemobrás, o farmacêutico Francisco Mendonça Júnior.

A hemofilia, que pode ser tipo A ou B, é uma doença grave que compromete a coagulação sanguínea. Atualmente, cerca de 11 mil pessoas com hemofilia são atendidas exclusivamente pelo SUS. O tratamento convencional se dá com uso dos fatores de coagulação VIII e IX, obtidos através do fracionamento do plasma humano. Porém, destas pessoas, cerca de 700 desenvolvem inibidores no organismo que neutralizam a eficácia desses medicamentos, demandando alternativas para levar uma vida saudável. Em alguns casos específicos, a recomendada pelo Ministério da Saúde é o uso do rFVIIa.

PESQUISA – A Hemobrás coordena, orienta e executa projetos de pesquisa e desenvolvimento visando à criação de novos produtos e processos. O objetivo estratégico é viabilizar a articulação política e científica, além da integração, da divulgação e do desenvolvimento das linhas de pesquisas da empresa em parceria com as instituições públicas e privadas de fomento, de ensino e pesquisa e de serviços. Atualmente, estão em fase pesquisa os seguintes projetos: Testes NAT (testes que utilizam técnicas de biologia molecular para detectar os vírus HIV e da Hepatite C (HCV) em doadores de sangue, permitindo um diagnóstico muito mais precoce destas infecções do que com métodos clássicos), Microarranjos líquidos (testes para possibilitar a detecção de um conjunto de patógenos em uma só amostra), e Fatores VIII, IX e G-CSF recombinantes (os fatores VIII e IX são utilizados para o tratamento da hemofilia tipo A e tipo B, respectivamente. O G-CSF é utilizado em pacientes tratados com quimioterapia). A produção desses biofármacos pelo Brasil diminuirá os gastos do governo federal, pois atualmente são obtidos exclusivamente por importação.

HEMODERIVADOS – A fábrica de Hemoderivados da Hemobrás está sendo construída em Goiana, a 63 km do Recife. Quando inaugurada, em 2014, irá produzir para o SUS os seguintes medicamentos derivados do sangue: albumina (tratamento de queimados, pessoas com cirrose, pacientes de terapia intensiva, entre outros), complexo protrombínico (indicado para pacientes com hemofilias A e B, tratamento de hemorragias em pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes e também para cirrose hepática), fator IX (de pessoas com hemofilia B), fator VIII (pessoas com hemofilia A), fator de von Willebrand (tratamento da doença de Von Willebrand, tipo de enfermidade que, como na hemofilia, o paciente tem dificuldade para coagular o sangue.




Técnicos de 53 hemocentros do País conhecem Sistema Gestão do Plasma da Hemobrás

Técnicos de 53 hemocentros do País conhecem Sistema Gestão do Plasma da Hemobrás

Notícia publicada em: 28.09.2010

O gerente de Tecnologia da Informação da Hemobrás, Emanuel Porangaba, apresentou, hoje (28/9), em Brasília, o Sistema Gestão do Plasma a técnicos de 53 serviços de hemoterapia do País. Trata-se de uma ferramenta essencial para a empresa, que fabricará hemoderivados em Pernambuco. A explanação faz parte da I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, iniciada hoje e com término na próxima quinta-feira (30/9), na capital federal. O evento é organizado pela Gerência de Controle de Qualidade da estatal vinculada ao Ministério da Saúde.

Porangaba detalhou passo a passo para o preenchimento do sistema, desde a coleta do plasma, armazenamento e transporte, trabalho que deve ser executado justamente pelos técnicos dos mais de cem hemocentros públicos brasileiros colaboradores da Hemobrás, através do site da estatal (www.hemobras.gov.br). “A Hemobrás não funciona por si só. Precisamos do apoio de todos vocês para poder ter matéria prima de qualidade para a fábrica”, esclareceu o gerente da GTI, frisando a importância de preencher o sistema, que precisar ser consistente de informações.

Ele explicou que, com este sistema, a Hemobrás poderá fazer a coleta do plasma com mais segurança, qualidade e agilidade nos hemocentros que têm plasma com qualidade industrial para a produção de hemoderivados. A matéria prima dos medicamentos derivados do sangue hoje é enviada para o Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB) e retorna para o Brasil como albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX. Atualmente, a Hemobrás coordena este envio do plasma para o exterior e, em breve, fará a distribuição destes medicamentos no País. Estas atividades são estratégicas para a empresa e fazem parte do processo de transferência de tecnologia da estatal junto ao LFB, pois, quando a fábrica entrar em operação plena em 2014, a Hemobrás já terá total domínio sobre o processo de qualificação do plasma industrial e sobre a logística para recolhimento de plasma e distribuição de medicamentos.

A fábrica da Hemobrás, que será a maior da América Latina com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano, produzirá seis hemoderivados: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, fator de von Willebrand e complexo protrombínico. Estes medicamentos serão distribuídos para o Sistema Único de Saúde (SUS), ajudando o tratamento de pessoas hemofilia, pacientes com câncer, aids, imunodeficiências primárias, cirrose, pessoas com queimaduras, entre outros. A planta industrial da estatal garantirá, inclusive, redução de gastos com importação do governo federal destes medicamentos, haja vista que quatro deles são os de maior consumo no mundo, inclusive no Brasil.




Equipe da Hemobrás instala blast freezers na Fundação Pró-Sangue

Equipe da Hemobrás instala blast freezers na Fundação Pró-Sangue

Notícia publicada em: 28.09.2010

A Gerência de Controle da Qualidade da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) deu início ao processo de instalação e validação de dois freezers de congelamento rápido, os chamados blast freezers, na Fundação Pró-Sangue, em São Paulo. Uma equipe está presente no local para acompanhar todo o processo, que será concluído no próximo dia 14. Esta iniciativa faz parte de um trabalho que a Hemobrás começou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Caso necessário, a Hemobrás cede, para uso, equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Até novembro, 38 blast freezers serão instalados em 35 serviços de hemoterapia de Norte ao Sul do Brasil.

Já foram contemplados a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e o Hemocentro de Minas Gerais (Hemominas). Na próxima semana, será a vez da Sociedade Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan) de Indianápolis, em São Paulo. Paralelamente a essas, a Hemobrás irá acompanhar, a distância, as instalações de mais dois blast freezers nos hemocentros de Governador Valadares e Uberlândia, ambos em Minas Gerais. “Este equipamento permite o congelamento do plasma em apenas 90 minutos, enquanto o freezer tradicional faz o mesmo procedimento em até 10 horas”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi.

Esta redução de tempo no processo garante a melhor conservação dos componentes do plasma coletado até o momento de seguir para a indústria e ser transformado em medicamentos para tratamento de doenças graves como hemofilia, câncer, AIDS e pacientes queimados. Os 38 blast freezers estão orçados em R$ 2,7 milhões e foram adquiridos por meio de um convênio firmado entre a Hemobrás e o Ministério da Saúde. Segundo Adriana Parodi, o objetivo é manter a qualidade do plasma produzido a partir das doações de sangue e, assim, poder utilizá-lo na produção de medicamentos. “Atualmente, esses 35 hemocentros coletam cerca de 1,2 milhão de bolsas de plasma por ano”, salienta.

Mas a ação não para por aí. Desde 2008, já foram entregues aos serviços de hemoterapia, 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers, que agora estão sendo instalados. Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria-prima que vem coletando nos hemocentros, desde abril deste ano, para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos quatro medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico.

A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano. O Brasil despende atualmente cerca de R$ 800 milhões por ano na importação de hemoderivados, que são fornecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nacionalização, o País minimizará sua dependência dos laboratórios estrangeiros e, em 2014, o governo reduzirá em 25% os custos gerados com a importação destes medicamentos.




Hemobrás reforça infraestrutura de mais 34 hemocentros a partir de agosto

Hemobrás reforça infraestrutura de mais 34 hemocentros a partir de agosto

Notícia publicada em: 20.09.2010

Em agosto, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) retoma o cronograma de reforço na infraestrutura de mais 34 serviços de hemoterapia espalhados pelo Brasil. A ação teve início em julho, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), com a instalação do primeiro freezer de congelamento rápido, o chamado blast freezer, equipamento que permite o congelamento do plasma em apenas 90 minutos, enquanto o freezer tradicional faz isso em até 10 horas. Esta redução de tempo no processo garante a melhor conservação dos componentes do plasma coletado até o momento de seguir para a indústria e ser transformado em medicamentos para tratamento de doenças graves como hemofilia, câncer, AIDS e pacientes queimados.

De 30 de agosto a 2 de setembro, será a vez do Hemocentro de Minas Gerais (Hemominas), que recebe dois equipamentos. Até novembro, um total de 38 blast freezers, orçados em R$ 2,7 milhões e adquiridos por meio de um convênio firmado entre a Hemobrás e o Ministério da Saúde, serão cedidos para uso dos principais serviços de hemoterapia de Norte a Sul do Brasil. Uma equipe da Gerência de Controle da Hemobrás irá orientar e acompanhar a instalação, validação e calibração dos blast freezers, e em oito deles estará presente pessoalmente, seja por questão estratégica ou de logística. Como foi o caso do Hemope, de 12 a 14 de julho, e também será o da Fundação Pró-Sangue, em São Paulo, de 9 a 14 de setembro.

De acordo com a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi, o objetivo é manter a qualidade do plasma excedente das doações de sangue e, assim, poder utilizá-lo na produção de medicamentos. “Atualmente, esses 35 hemocentros coletam cerca de 1,2 milhão de bolsas de plasma por ano”, salienta. A instalação dos blast freezers faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a Hemobrás cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers, que agora estão sendo instalados.

Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria-prima que vem coletando nos hemocentros, desde abril deste ano, para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos quatro medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico.

A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano. O Brasil despende atualmente cerca de R$ 800 milhões por ano na importação de hemoderivados, que são fornecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nacionalização, o País minimizará sua dependência dos laboratórios estrangeiros e, em 2014, o governo reduzirá em 25% os custos gerados com a importação destes medicamentos.




Hemoderivados: Comitê irá agilizar produção nacional

Notícia publicada em: 14.09.2010

Comitê Técnico Regulatório, criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta-feira (8), irá acompanhar o trabalho da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) no desenvolvimento de produtos derivados de sangue. O objetivo é que os dois órgãos trabalhem em conjunto para tornar o Brasil auto-suficiente na produção de hemoderivados.

Durante as reuniões do Comitê, serão apresentadas as exigências sanitárias que a Hemobrás deverá seguir na fabricação de produtos derivados de sangue. “Dessa forma, estamos possibilitando que as linhas de produção dos hemoderivados nacionais estejam adaptadas aos critérios de segurança, qualidade e eficácia no menor tempo possível”, explica o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.

De acordo com Barbano, o Comitê também irá esclarecer questões relacionadas ao registro, testes clínicos e transferências de tecnologia desses produtos. “Estamos nos antecipando para que entraves burocráticos não atrapalhem a produção de medicamentos fundamentais à vida de pessoas com doenças como: câncer, hemofilia, cirrose e outras”, afirma o diretor da Anvisa.

Para o diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim, o Comitê irá facilitar o trâmite para registro de hemoderivados produzidos para abastecer o Sistema Único de Saúde. “Essa portaria é muito importante para a Hemobrás para que possamos caminhar de maneira mais ágil nos assuntos regulatórios relativos aos registros de produtos e na tramitação de processos junto à Anvisa”, diz Amorim.

O Comitê será formado por representantes da Anvisa e da Hemobrás. Confira aqui a Portaria 1.170/2010 que criou o grupo técnico.

Acesse também a página da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia

Fonte: Anvisa (www.anvisa.gov.br)




Hemocentros têm infraestrutura reforçada

Notícia publicada em: 31.08.2010

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) começou reforçar a infraestrutura de 34 hemocentros públicos no Brasil, com a instalação de 38 freezers de congelamento rápido, os chamados blast freezers, que permitem o congelamento do plasma em apenas 90 minutos, enquanto o freezer tradicional (com temperatura de -80 °C) faz isso em até 10 horas. Esta redução de tempo no processo irá garantir a conservação de todos os componentes do plasma coletado até o momento de seguirem para a indústria e serem transformados em medicamentos para tratamento de doenças graves como hemofilia, câncer, AIDS e pacientes queimados. O primeiro equipamento está sendo instalado hoje, dia 12 de julho, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope).

Os blast freezers, orçados em R$ 2,7 milhões, foram adquiridos por meio de um convênio firmado entre a Hemobrás e o Ministério da Saúde e cedidos para uso dos serviços de hemoterapia, com o objetivo de manter a qualidade do plasma excedente das doações de sangue e, assim, poder ser utilizado na produção de medicamentos. Até outubro, todos os 38 equipamentos estarão instalados. Segundo a gerente de Controle de Qualidade da Diretoria Técnica da Hemobrás, Adriana Parodi, atualmente esses 35 hemocentros coletam cerca de 1,2 milhão de bolsas de plasma por ano. “Com os blast freezers, teremos condições de garantir 100% todas as características da matéria-prima”, afirma.

A instalação dos blast freezers faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a Hemobrás cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma. Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers.

“Uma de nossas principais preocupações é a preservação do Fator VIII, proteína presente no plasma, utilizada no tratamento de pessoas com hemofilia tipo A, que pode se degradar caso o plasma seja congelado e armazenado em temperaturas inadequadas”, salienta Adriana Parodi. Para garantir esta qualidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determina que o tempo entre a coleta do sangue total e o congelamento do plasma seja de até oito horas. “As visitas técnicas mostraram que 80% dos hemocentros faziam o congelamento em freezers a -80 °C, o que não é o ideal”.

Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria-prima que vem coletando nos hemocentros, desde abril deste ano, para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos quatro medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico.

A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano. O Brasil despende atualmente cerca de R$ 800 milhões por ano na importação de hemoderivados, que são fornecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nacionalização, o País minimizará sua dependência dos laboratórios estrangeiros e, em 2014, o governo reduzirá em 25% os custos gerados com a importação destes medicamentos.

 




Técnicos recebem capacitação para produzir hemoderivados

Notícia publicada em: 23.08.2010

Técnicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) começam, nesta segunda-feira (14/6), um treinamento na França para ampliar o seu conhecimento sobre o processo de transformação do plasma brasileiro em hemoderivados, trabalho que é realizado naquele país. Atualmente, os franceses produzem, a partir do plasma brasileiro, quatro hemoderivados: albumina, imunoglobulina e fatores da coagulação VIII e IX. Esses produtos, fornecidos gratuitamente pelo Governo Federal, são essenciais para a vida de pessoas com hemofilia, pacientes com câncer, aids e imunodeficiência primária, por exemplo. A capacitação dos técnicos é essencial para que a futura planta industrial brasileira, que será erguida em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, tenha condições de transformar o plasma em remédio a partir de 2014, ano de início da operação da fábrica.

Com duração de aproximadamente um mês, a capacitação será realizada nas fábricas situadas nas cidades de Lille e de Les Ulis do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), estatal francesa que faz esse beneficiamento do plasma para o Brasil e que também é o parceiro tecnológico da Hemobrás para a construção da fábrica em solo brasileiro. O LFB venceu a licitação internacional de transferência tecnológica da Hemobrás em 2007 e, em março de 2010, assinou um termo aditivo ao contrato que permite o treinamento da mão de obra da Hemobrás já este ano, em vez de ter de aguardar o início do funcionamento da fábrica brasileira, em 2014. O contrato de transferência de tecnologia firmado entre a Hemobrás e o LFB contemplam o direito sobre a tecnologia, o registro dos produtos, a realização da capacitação de recursos humanos, a aquisição da experiência em logística e a qualificação de 135 hemocentros brasileiros.

No LFB, os técnicos da Hemobrás acompanharão todas as etapas do processo de fracionamento do plasma, como a recepção do produto pela fábrica, o registro, sua transformação em medicamentos, o envase, o controle de qualidade e o transporte da França para o Brasil. No laboratório, o grupo também aprenderá sobre o funcionamento da câmara fria em que são armazenadas as bolsas de plasma antes de virar medicamento. A câmara é semelhante à que a Hemobrás construirá na fábrica de Goiana. A versão brasileira terá 2,7 mil metros quadrados e será operada por dois robôs, pois sua temperatura será de -35° C. O prédio que abrigará essa espécie de armazém começa a ser construído neste mês e ficará pronto em 2011.

Quando voltarem ao Brasil, os técnicos da Hemobrás serão multiplicadores do conhecimento adquirido junto a outros técnicos da empresa. O treinamento na LFB também os qualifica a contribuir na implantação, junto aos hemocentros, de medidas para melhorar o rendimento do plasma brasileiro, isto é, aumentar a quantidade de medicamentos que pode ser extraída do plasma. Novos treinamentos, com duração de seis meses a um ano e meio, devem ser realizados ao longo do processo de transferência de tecnologia para a Hemobrás, previsto para durar quatro anos.

 




Hemobrás retoma obras da fábrica em Goiana-PE

Notícia publicada em: 29.06.2010

Dentro de 15 dias, serão retomadas as obras da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) no Polo Farmacoquímico de Pernambuco, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte do estado. O presidente da empresa, Romulo Maciel Filho, assinou, nesta quinta-feira (3/6), o contrato e a ordem de serviço para a construção de dois dos seis blocos industriais da planta que será a maior do seu segmento na América Latina, orçada em R$ 540 milhões, incluindo construção e equipamentos. As obras haviam sido iniciadas em abril de 2009 e foram suspensas em agosto do mesmo ano, por questões jurídicas e administrativas.

No último mês de fevereiro, a Hemobrás lançou uma nova licitação para construir os dois primeiros blocos da fábrica. O certame atraiu sete concorrentes e teve como vencedor o consórcio TEP/Squadro/Mendes Júnior, que receberá R$ 27.451.720,81 pela obra. O grupo construirá o bloco 1 (B-01), um dos prédios mais importantes da fábrica, por abrigar uma câmara fria a -35º C destinada à recepção, triagem e estocagem de todo o plasma que será usado na produção dos medicamentos. A operação deste espaço de 2,7 mil metros quadrados será feita por dois robôs já adquiridos pela Hemobrás. O consórcio também erguerá o bloco 17 (B-17), prédio que abrigará quatro geradores com 500 KVA (quilovolts-ampère) de potência, cada, responsáveis pela segurança no fornecimento de energia para a planta. Cerca de 100 trabalhadores serão contratados para construir os dois prédios, que ficarão prontos em junho de 2011.

[FOTO2-] A licitação para a construção dos demais blocos da fábrica deve ser lançada no segundo semestre de 2010. Para erguer todos os prédios, serão gerados aproximadamente 1 mil postos de trabalho. A expectativa é que toda a indústria esteja operando em 2014, com 360 empregados atuando na planta, desde a parte da produção ao serviço administrativo.

PRODUÇÃO – Com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano, a futura fábrica da Hemobrás produzirá os seguintes medicamentos derivados do sangue: albumina, utilizada em pacientes queimados ou com cirrose e em cirurgias de grande porte; imunoglobulinas, que funcionam como anticorpo para pessoas com organismo sem defesa imunológica; fatores de coagulação VIII e IX, coagulantes para portadores de hemofilias A e B; fator de von Willebrand e complexo protrombínico, estes dois últimos também proteínas coagulantes usadas em pessoas com outros problemas na coagulação do sangue.
O Brasil despende, hoje, cerca de R$ 800 milhões por ano na importação dos hemoderivados. Esses medicamentos são fornecidos a pessoas com hemofilia atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de portadores de imunodeficiência genética ou adquirida, cirrose, câncer, aids, queimados.

 




Mais 18 concursados são chamados

Notícia publicada em: 29.06.2010

Nesta sexta-feira (4/6), a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) lançou o 20º edital de convocação de aprovados no concurso público realizado pela instituição em dezembro de 2008. O edital já está acessível no Diário Oficial da União e no site da Hemobrás na internet (www.hemobras.gov.br), na seção de Gestão de Pessoas. Desta vez, foram chamados mais 18 profissionais de níveis médio e superior que irão trabalhar na filial em Pernambuco. Com esse chamamento, sobe para 121 o número de convocados pela empresa. Originalmente, o concurso destinou-se a 85 vagas, das quais 37 estão preenchidas.

Para os trabalhadores com formação de nível superior, foram chamados cinco analistas de gestão corporativa, sendo três administradores e dois analistas de tecnologia da informação. Também foram convocados seis especialistas em produção de hemoderivados, dos quais três para o fracionamento industrial do plasma 2 – farmacêutico, um engenheiro eletrônico, um engenheiro mecânico e um para a área de controle da qualidade. No nível médio, são sete assistentes administrativos (auxiliar administrativo) e um assistente administrativo (técnico em contabilidade).

As pessoas convocadas deverão se apresentar em horários específicos, disponíveis no edital, nos dias 21 e 22 de junho, no escritório da Hemobrás no Recife, que fica no 11º andar do Empresarial JCPM Trade Center, 60, Avenida Antônio de Góes, no bairro do Pina. Na ocasião, devem ser apresentados todos os documentos descritos no edital.

Confira o edital – download

 




Hemobrás centraliza atividades no Recife e lança novo cronograma de obras para a fábrica

Hemobrás centraliza atividades no Recife e lança novo cronograma de obras para a fábrica

Notícia publicada em: 03.06.2010

Em março de 2010, escritório entrará em funcionamento na capital pernambucana bem como haverá o lançamento da licitação para construir a planta industrial de derivados do sangue em Goiana/PE

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) terá suas atividades transferidas de Brasília para o Recife até março de 2010. A maioria dos 95 profissionais da empresa, dos quais 32 funcionários aprovados no concurso de 2008, passará a atuar na capital pernambucana. A mudança foi anunciada no dia 16 de novembro pelo presidente da estatal, Romulo Maciel Filho, no Recife. Treze funcionários públicos e dois ocupantes de função de confiança já atuam no Recife. Apesar da mudança nas operações, a sede permanecerá em Brasília, com uma estrutura mínima de funcionamento. Conforme sua lei de criação (Lei nº 10.972/2004) e seu estatuto (Decreto nº 5.402/2005), a Hemobrás tem sede e foro na capital federal, mas pode instalar, manter e suprimir, no País e no exterior, unidades, escritórios ou representações.

A transferência tem como objetivo acelerar a implantação da maior fábrica de hemoderivados da América Latina, que será construída em Goiana, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco, situado a 63 quilômetros do Recife. “Com a mudança, também conseguiremos reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência administrativa da empresa”, justificou Maciel Filho. A proximidade do escritório da futura fábrica permitirá, por exemplo, mais agilidade nas negociações para a obtenção de licenças ambientais, na interlocução com o governo estadual, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), a Companhia de Saneamento Básico de Pernambuco (Compesa), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). A instalação da planta industrial – de 48 mil metros quadrados e capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano – está estimada em R$ 540 milhões, incluindo a aquisição de equipamentos e a transferência tecnológica.

Paralelamente à mudança do local das atividades operacionais, ocorrerá a nova licitação para as obras da fábrica. A empresa cancelou a construção dos blocos B01 e B06 da planta em agosto último, depois de receber uma sentença da 6ª Vara da Justiça Federal, em 29 de julho passado. Em março do ano que vem, a licitação será diferente: envolverá a construção de todos os blocos, com edificações, instalações e equipamentos. “Avaliamos que esta é a estratégia mais indicada diante da complexidade da planta industrial. Isso facilitará a gestão da qualidade da obra”, frisou o presidente da Hemobrás.

Pelo novo cronograma de implantação da planta industrial, as obras serão retomadas no segundo semestre de 2010. Cerca de 1 mil empregos diretos podem ser gerados no pico da construção da fábrica. Até dezembro do ano que vem, deve ser finalizado o prédio B01, que terá uma área de 2,7 mil metros quadrados, dos quais 570 metros reservados à câmara fria para recepcionar, analisar e estocar o plasma futuramente processado pela Hemobrás. A previsão é que todas as obras civis e instalações fiquem prontas em junho de 2012. Até junho de 2014, haverá a montagem dos equipamentos e o processo para validá-los, com a obtenção das certificações necessárias. No segundo semestre de 2014, a planta industrial iniciará seu funcionamento, empregando cerca de 500 trabalhadores e gerando outros 1,5 mil postos de trabalho de forma indireta.

Além de B01, a fábrica de hemoderivados englobará os seguintes blocos: B02, prédio de fracionamento do plasma; B03, reservado para envase e liofilização (desidratação) dos medicamentos; B04, prédio de empacotamento; B05, destinado à estocagem dos produtos acabados e ao almoxarifado; B06, prédio do laboratório de qualidade; sede administrativa e demais blocos de apoio, a exemplo do B18, reservado à subestação de 15 MVA (megavolts-ampère) – medida equivalente ao consumo médio de uma cidade brasileira com 150 mil habitantes.

PARCERIAS – Nesta semana, a Hemobrás intensificará sua parceria com o Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), responsável pela transferência tecnológica para a fábrica em Goiana. A estatal francesa enviará uma equipe ao Recife, com o objetivo de fazer a avaliação final dos documentos técnicos que guiarão o processo licitatório de todos os blocos da planta industrial. O grupo observará as exigências necessárias para a instalação da fábrica, cuja estrutura é considerada de alta complexidade. O acompanhamento foi acordado no início de novembro, quando o presidente da Hemobrás e o diretor técnico da empresa, Luiz Amorim, reuniram-se com a diretoria do LFB para rever o cronograma de implantação da planta no Brasil.

A transferência tecnológica entre as estatais francesa e brasileira envolve seis derivados do sangue: albumina, complexo protrombínico, fatores VIII e IX, fator de Von Willebrand (produzido apenas pelo LFB em todo o mundo) e imunoglobulina. O custo deste convênio é de R$ 16 milhões, mais 5% de royalties por ano, durante dez anos.

A Hemobrás também fechou acordo com a AD Diper no dia 13 de novembro. Até o início de dezembro, a agência lançará, em convênio com a estatal, a licitação para pavimentar o terreno da fábrica. A atividade está prevista para começar em meados de janeiro de 2010, com prazo de conclusão de cinco meses após o início da obra. Será construída uma pista em asfalto de 8 metros de largura e 1,4 quilômetro de comprimento, com circulação em mão dupla. Os recursos para executar o serviço (aproximadamente R$ 6 milhões) serão da Hemobrás.

PROTAGONISMO – A fábrica da Hemobrás figurará como uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico na Zona da Mata do estado e da Região Nordeste. Sua produção garantirá autossuficiência para o País em albumina, complexo protrombínico, fator IX e fator de Von Willebrand, além de atender 35% da demanda por fator VIII. Os medicamentos nacionais ajudarão na redução de custos com importação. Hoje, os sistemas público e privado de saúde do País despendem R$ 800 milhões por ano na aquisição dos hemoderivados. Esses medicamentos são vitais para 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.