A fábrica da Hemobrás, em Goiana-PE, que em breve será a primeira a produzir medicamentos hemoderivados em solo nacional, tornando o Brasil independente do exterior neste ramo, recebeu no último dia 08.03, o procurador da República, Marinus Marsico e o chefe de gabinete, Humberto Bandeira Maia, ambos do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP/TCU), os auditores federais Marcos Neiva e Vivian Silva, da Secretaria de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (Secex/TCU), o chefe de Serviço, Paulo Cavendish, juntamente com os auditores Paulo Mendes e Moisés Silva, do Núcleo de Ações de Controle 3 da Controladoria Regional da União em Pernambuco (NAC3/CGU-PE).
Os visitantes foram recebidos pela Diretoria Executiva da Hemobrás e puderam conferir os avanços nas instalações fabris, as máquinas industriais para os medicamentos e outros equipamentos. A comitiva percorreu os blocos envolvidos na produção dos hemoderivados, sendo B02 (Fracionamento de Plasma/Utilidades Farmacêuticas), B03/B04 (Envase, Liofilização e Embalagem Final) e B06 (Laboratório de Controle de Qualidade). Eles puderam ver, também, o progresso no bloco B07, que está sendo construído em parceria com a Farmacêutica Takeda e será responsável pelo medicamento recombinante Hemo-8r, distribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS) e essencial para o tratamento da hemofilia tipo A.
Sobre as impressões que teve em mais uma visita ao polo fabril da Hemobrás, o procurador Marinus Marsico pontuou o fortalecimento do projeto. “É com muita satisfação que vejo agora a proximidade do final da implementação do projeto da Hemobrás. Nós estamos realmente na reta final. A Hemobrás foi uma sementinha plantada há mais de 10 anos, depois virou uma muda, prosperou, cresceu, e nesse ponto se tornou uma árvore com raízes muitos fortes. E hoje o projeto se torna praticamente intocável” disse.
Ele destacou, ainda, a participação de toda a equipe no processo de funcionamento da fábrica. “Não é só a conclusão de um projeto e o início de uma empresa, que vai não só economizar bilhões em recursos para o país, mas também angariar bilhões por meio da exportação de fatores recombinantes. Não é só isso que eu vejo; vejo que é um projeto forte, um projeto que está sendo conduzido por uma equipe calejada e muito experiente, e que tem tudo pra dar certo”. E deixou seus votos para os próximos passos acerca da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. “Que num futuro muito próximo não só a empresa, mas a própria sociedade e sobretudo os pacientes hemofílicos nunca mais passem por situações extremamente afrontosas aos direitos humanos como eles passaram anos atrás.”