Notícia publicada em: 12.04.2011
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) deu início à instalação de mais um sistema de monitoramento da cadeia do frio, desta vez no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul (Hemosul). Os equipamentos começaram a ser colocados no local no dia 11/4 e permitirão o controle automático e constante das temperaturas dos componentes sanguíneos, garantindo melhor conservação. O objetivo é melhorar a qualidade e a quantidade do plasma oriundo das doações de sangue que não chegam a ser utilizados na transfusão. Este plasma é a matéria prima dos hemoderivados, medicamentos essenciais para a vida de milhares de pessoas com hemofilia, câncer, aids, cirrose e outras doenças infecciosas graves assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até junho deste ano, a Hemobrás terá instalado 25 destes sistemas contemplando hemocentros de Norte a Sul do Brasil.
Cada sistema é composto por software específico, sensores de temperatura, aquisitor de dados, computador e impressora, que monitoram as temperaturas do congelamento do plasma em freezers a -80ºC e da estocagem em câmaras frias a -20ºC, além de outros equipamentos, e também a do ambiente, que deve estar a 22º C. “Se as temperaturas saírem da margem aceitável, o sistema avisa de imediato à pessoa responsável, por alarme sonoro, email e mensagem de celular, 24 horas por dia, inclusive fins de semana e em casos de queda de energia”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, a médica Adriana Parodi. Sem este sistema, a checagem seria feita manualmente. “Agora, não será necessário deslocar de suas funções um profissional do hemocentro para realizar este procedimento, que por ser automatizado, ainda reduz a possibilidade de erros de leitura”, salienta.
Até junho, também serão beneficiados a Fundação Hemocentro de Brasília; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso; a Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia; o Hemocentro do Rio Grande do Norte; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará; a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará; a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; o Núcleo de Hemoterapia do Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina. A iniciativa atende à Resolução da Diretoria Colegiada n°153/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determina a realização deste monitoramento a cada quatro horas e recomenda que seja de forma contínua.
As instalações dos sistemas de monitoramento da cadeia do frio começaram em novembro de 2010, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). Até o momento, 15 serviços já foram beneficiados. A iniciativa faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou em 2006, com visitas técnicas aos principais hemocentros brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a empresa cede, para uso, equipamentos específicos para otimizar procedimentos. Entre os já entregues, estão 15 freezers verticais a -30º C para o armazenamento e 38 blast freezers (freezer de congelamento rápido) a -80°. Os 25 sistemas, orçados em R$ 560 mil, foram adquiridos pela Hemobrás em convênio com o Ministério da Saúde.
Este monitoramento possibilita à Hemobrás aumentar a qualidade e a quantidade do plasma que vem coletando nos hemocentros para enviar à França – onde ocorre hoje o beneficiamento do plasma brasileiro nos medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX). Em 2014, com o início do funcionamento da fábrica da Hemobrás em Goiana-PE, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando serão produzidos, além destes quatro tipos de medicamentos, os hemoderivados fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.
Serviços que serão contemplados até junho de 2011:
– Fundação Hemocentro de Brasília
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso
– Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia
– Hemocentro do Rio Grande do Norte
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
– Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina
Serviços que já foram contemplados:
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), em Pernambuco
– Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade de Campinas, em São Paulo
– Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em São Paulo
– Hemocentro de São José do Rio Preto, em São Paulo
– Hemocentro de Marília, em São Paulo
– Hemocentro Regional de Botucatu, em São Paulo
– Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais
– Núcleo Regional de Manhuaçu, em Minas Gerais
– Hemocentro Regional de Juiz de Fora, em Minas Gerais
– Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio de Janeiro
– Hemocentro Público do Espírito Santo
– Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Curitiba, no Paraná
– Instituto de Hematologia de Londrina, no Paraná