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Hemobrás participa de evento de pessoas com hemofilia no Hemope

A Associação Pernambucana de Pessoas com Hemofilia (Aphemo) realizou na manhã desta quinta-feira (11), no auditório do Hospital de Hematologia do Hemope, o encontro anual para lembrar o Dia Mundial da Hemofilia, que foi dia 17 de Abril. Participaram do evento, além da diretoria da Aphemo, pessoas que fazem o acompanhamento para o tratamento da hemofilia e familiares, médicos e enfermeiros do Hemope e representantes da Hemobrás.

Na ocasião, houve exposições feitas pelos médicos e enfermeiros do Hemope sobre a evolução do tratamento da hemofilia ao longo do tempo e também sobre a educação para esse tratamento. Em paralelo, as crianças realizaram atividades de leitura, desenho e conscientização sobre a hemofilia.

Mãe de um paciente com hemofilia, Disoneide falou no evento sobre a importância do tratamento na qualidade de vida do seu filho. “Os sangramentos reduzem demais, minha criança estuda, faz esporte, e tem uma vida completamente normal, igual às outras crianças. Você reduz a hemofilia para ser só um título”, disse a mãe.

O evento também teve como finalidade promover o contato entre profissionais de saúde, pessoas com hemofilia e familiares, visando a troca de experiências e uma conscientização sobre a importância de buscar o tratamento, como declarou a médica hematologista Ana Vanderlei. “O Hemope tem uma equipe multidisciplinar, e aqui o paciente é orientado desde como lavar as mãos até a como fazer a infusão, o paciente leva para casa [o fator de coagulação] como profilaxia para fazer a reposição antes de ter o sangramento, mas ele tem que ter essa obediência de fazer a reposição mesmo sem o sangramento.”

O presidente da associação, Jamerson Nascimento, falou sobre a importância do evento para as famílias de pessoas com hemofilia para ele como pai de um paciente. “Fui um pai que chegou aqui apenas com o diagnóstico do filho e foi num evento parecido com esse, encontrei informações sobre a doença, uma oportunidade de conversar informalmente com os profissionais que iriam tratar do meu filho durante a vida inteira. Eu encontrei também outros familiares, outros pacientes de diferentes momentos da hemofilia e não existe aprendizado maior do que essa interação. E isso me transformou, tanto psicologicamente, para aceitar a situação, mas como também tecnicamente, para poder dar o melhor em termos de tratamento”, declarou o presidente.

A Hemobrás participou do evento em parceria com a Aphemo e o Hemope, e reiterou seu compromisso de continuar abastecendo o Sistema Único de Saúde (SUS) com os medicamentos necessários ao tratamento da hemofilia. A empresa fornece ao Ministério da Saúde os fatores VIII e IX de coagulação plasmáticos e o fator VIII recombinante que são utilizados por pessoas com hemofilia dos tipos A e B.




Pessoas com hemofilia se reúnem em associações para compartilhar experiências

Quem convive com a hemofilia precisa manter o tratamento de reposição dos fatores de coagulação sempre em dia. No caso de quem possui hemofilia A, é necessário repor o fator VIII de coagulação, já para quem possui hemofilia do tipo B, o fator a ser reposto é o IX. No Brasil, esses medicamentos são disponibilizados no Sistema Único de Saúde de forma gratuita e fornecidos ao Ministério da Saúde pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), uma indústria considerada estratégica para o país.

A hemofilia é uma doença genética, rara e que não tem cura. A partir do diagnóstico, toda a estrutura da família de uma pessoa com hemofilia sofre alterações.  Para viver com qualidade de vida, além de acompanhamento médico e medicamentos adequados, uma rede de apoio é importante, como as associações de pacientes que estão espalhadas por todo Brasil. Em entrevista para o podcast da Hemobrás, Hemocast, o presidente da Associação de Hemofílicos do Mato Grosso do Sul, Neder Santos, destacou algumas atividades dessas organizações. “Buscar alternativas junto ao Estado por um tratamento adequado, a busca de políticas públicas nos âmbitos estadual e municipal, sem falar da informação que a gente leva, a qualificação de profissionais realizando palestras e simpósios, coisas que sempre trazem ganhos aos pacientes”, disse.  No Mato Grosso do Sul, mais de 160 pessoas participam da associação presidida por Neder, que alcança essas pessoas atuando em parceria com o próprio hemocentro local.

Em Pernambuco, a Associação Pernambucana de Hemofílicos (AHPE) também atua na chave de fornecer informações aos pacientes com hemofilia, com a finalidade de garantir o direito de acesso ao tratamento de forma facilitada. O presidente Jamerson Nascimento, que se engajou na entidade após o diagnóstico de hemofilia do filho ainda nos primeiros meses de vida, falou de forma prática sobre as atividades da associação. “Você {o hemofílico} tem direito ao acesso à medicação, ao treinamento para o uso dessa medicação, a todo o aparato multidisciplinar, seja do médico hematologista, seja do ortopedista, seja de um assistente social”, destacou o presidente.

Se você é ou conhece uma pessoa com hemofilia, busque a associação do seu estado para compartilhar experiências e aumentar a rede de apoio.

E se ainda não ouviu, clique abaixo e confira a série de 3 episódios do Hemocast em alusão ao dia mundial da pessoa com hemofilia, lembrada em 17 de Abril.




Hemobrás e Secretaria de Atenção Especializada à Saúde alinham estratégias para gestão do plasma

Uma reunião institucional, nesta quinta-feira (02/05), no escritório operacional da Hemobrás, no Recife, fortaleceu as estratégias traçadas pelo Ministério da Saúde e pela indústria estatal de medicamentos para a gestão do plasma no Brasil. A diretora-presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, e equipe receberam o novo secretário da SAES, Adriano Massuda, e o assessor do MS, Aristides Oliveira, que foram atualizados sobre algumas ações recentes da empresa que caminha para garantir a produção 100% nacional de medicamentos hemoderivados e recombinantes fornecidos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

No encontro, as equipes alinharam algumas questões referentes à gestão do plasma, que, no Brasil, é uma responsabilidade da Hemobrás, além de tratar de temas fundamentais para o desenvolvimento da Hemorrede, como as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltadas aos hemocentros. “A reunião foi super produtiva. Ratificou a posição de parceria entre a SAES e a Hemobrás para garantir a captação e gestão do plasma e a produção efetiva dos hemoderivados. Foi apenas a primeira vinda do secretário Massuda a Pernambuco e já o convidamos para conhecer de perto nosso parque fabril, em Goiana, para que ele possa ter a real dimensão do momento que a Hemobrás atravessa”, comentou a diretora-presidente da estatal.

Através de uma apresentação realizada pela gerente de Produtos e Suprimentos Farmacêuticos da Hemobrás, Melissa Papaléo, o secretário e o assessor da SAEs conheceram detalhes sobre os processos de auditorias e qualificações dos hemocentros e demais serviços de hemoterapia, o crescimento ano a ano da coleta de plasma e os gargalos para que o fornecimento cresça ainda mais nos próximos anos. “A Hemobrás é extremamente importante para a política nacional do sangue e para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O Brasil tem um privilégio de ter uma empresa como essa, tão importante para os usuários do SUS que precisam dos hemoderivados. A visita de hoje é para aproximar mais a SAES, que é responsável pela política nacional do sangue, com essa empresa que compõe a estrutura do Ministério da Saúde e do Governo Federal”, afirmou Adriano Massuda.




IHHS é o primeiro centro de hemoterapia privado a fornecer plasma para a Hemobrás

Um importante marco para o fortalecimento da relação entre a Hemobrás e a Hemorrede foi celebrado nesta segunda-feira (29/04), com um encontro que oficializou o início do fornecimento de plasma excedente por parte de um centro de hematologia privado. O Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS), em Aracaju, é o 56º centro qualificado a fornecer o plasma para a produção de hemoderivados voltados aos pacientes de doenças do sangue usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e, para registrar o início da coleta, recebeu a presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, e o chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Frederico Monteiro, para uma visita às dependências do centro.

O encontro foi marcado pela emoção dos funcionários do IHHS, que receberam, por parte da Hemobrás e do Ministério da Saúde, o reconhecimento pelo serviço prestado, com a entrega do certificado de qualificação do serviço de hemoterapia privado. ”A gente veio para agradecer e selar essa parceria. É muito importante que nós façamos esse reconhecimento ao serviço prestado pelo IHHS, fundamental para que a Hemobrás cumpra o seu papel social de atendimento aos usuários do SUS. Uma atitude cidadã, que demonstra compromisso com a população brasileira, e que reforça o preceito constitucional de que o sangue brasileiro e seus derivados são um patrimônio do nosso país e não podem ser tratados como mercadoria. Importante também para demonstrar que a Hemobrás está pronta para coletar o plasma excedente de qualquer hemocentro ou centro de hemoterapia que deseje colaborar com a produção de medicamentos que caminha para se tornar 100% nacional”, comentou a presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes.

O processo de fornecimento por parte do IHHS teve início a partir de um pedido do próprio instituto. Ao ler uma matéria no site da Hemobrás, sobre o início da coleta do Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albenaz, de Goiás, o Hemogo, a equipe do IHHS comentou na postagem, perguntando o que era necessário para que o centro privado pudesse enviar seu plasma excedente. A resposta da equipe de auditores foi rápida, uma data para o início da auditoria foi marcada e em cerca de três meses o IHHS atendeu a todos os requisitos para iniciar a coleta. “Desde o início, toda a equipe de profissionais esteve envolvida e engajada para cumprir com as necessidades para a implantação das melhorias”, destacou o chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Frederico Monteiro.

A primeira coleta da Hemobrás no IHHS ocorreu no dia 22 e resultou em mais 672 bolsas de plasma para o estoque da indústria de medicamentos. “A gente está muito emocionado porque dava uma dor no coração saber que o plasma excedente era descartado, quando podia ajudar a salvar vidas”, explicou a responsável técnica do setor de Enfermagem do instituto, Ruth Torres. Agora, após seu fracionamento, o plasma enviado pelo IHHS se transformará em Albumina, Imunoglobulina e nos fatores plasmático VIII e IX consumidos pelos pacientes do SUS. A capacidade de fornecimento do centro privado sergipano é de 900 bolsas de plasma/mês.

“A equipe está muito emocionada porque desde o início houve muito engajamento. Depois que começou o processo de qualificação, a equipe só respirou isso”, comemorou a CEO Mirah Guimarães. “Esse é resultado de uma equipe formada em casa, que não me esforços em abraçar a causa, em estar em capacitação constante e que dá essa resposta com muito engajamento. A presença da Hemobrás aqui é uma conquista para o IHHS”, complementou o diretor técnico do instituto, Carlos Guimarães.

REUNIÃO NO HEMOSE – A presença dos representantes da Hemobrás em Aracaju incluiu uma reunião técnica no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), que está em fase de qualificação. A equipe da indústria estatal foi recebida pelo diretor geral, Charles Leal, o diretor operacional, Conrado Marques, a superintendente Cíntia Santana, a assessora técnica da Gestão de Máquinas e Equipamentos, Rita Farrapeira, e o assessor do Núcleo da Qualidade, Weber Teles.

Durante o encontro, os representantes do hemocentro estatal sergipano passaram informes sobre a evolução do processo de qualificação, iniciado em junho do ano passado e anunciaram para maio o fechamento dos trabalhos que resultará no início da coleta de plasma pela Hemobrás. “Nós queremos que o Hemose envie o plasma a todo o vapor para a Hemobrás e que todos saibam que o estado de Sergipe cumpre o seu papel junto ao SUS”, afirmou o diretor geral Charles Leal. “A gente fez questão de passar no Hemose para nos colocar à disposição e para fortalecer essa troca de experiências que cria vínculos. A gente quer muito que, na próxima vez que a gente venha a Aracaju, seja para comemorar o início da coleta”, observou Ana Paula Menezes.




Hemobrás participa de oficina realizada pela Alfob

Integrantes da Gerência de Garantia da Qualidade (GGQ) da Hemobrás estiveram presentes na 1ª Oficina do Grupo Técnico da Política da Qualidade da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), que ocorreu nos dias 25 e 26 de abril, no Rio de Janeiro. A Associação tem a missão de fortalecer o papel dos seus associados perante o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Além de Narayanna Dantas, que é presidente do Grupo Técnico de Políticas da Qualidade da Alfob, esteve presente no evento Bráulio Souza, também representando a GGQ. O objetivo da oficina foi fechar as decisões sobre temas estratégicos que haviam sido debatidos de maneira virtual ao longo de 2023 e 2024, além de discutir as principais necessidades e maiores desafios das empresas do ramo na manutenção e aprimoramento da cultura da qualidade.

Desde agosto de 2023, a Alfob possui, além do Grupo Técnico de Políticas da Qualidade, o Grupo Técnico de Aquisições. Desde então, a representante da Hemobrás foi eleita para ocupar sua presidência, atividade que tem desenvolvido com o auxílio da vice-presidente Wanessa Costa, da Bahiafarma, por meio de condução de reuniões e elaboração de documentos.

Com as informações coletadas durante a oficina, foram instituídos três subgrupos de trabalho – um para estudo de solução para a substituição do Teste de pirógeno em coelhos pelo Teste de Ativação de Monócitos (MAT) – e dois subgrupos de trabalho para a elaboração de guias de temas estratégicos a serem fomentados pela associação.

A programação contou com a palestra “Dinâmica para revisão da política da qualidade – Experiência de Bio-Manguinhos”, além da discussão em plenária sobre os desafios em elaborar e implementar a Política da Qualidade nos Laboratórios e proposta de soluções para oferecer suporte às equipes da gestão da qualidade messe sentido. Os participantes também realizaram três etapas para a construção de Guia para Reuniões Gerenciais: apresentação da minuta do Guia com apreciação do texto pelos representantes e consolidação das sugestões de adequação, revisão da lista sugerida de processos a serem monitorados nas reuniões de revisão gerencial, organização das pessoas e dos temas em grupos para avaliação e proposta de indicadores a serem acompanhados nas reuniões e apresentação dos indicadores levantados por dois dos quatro grupos de trabalho para apreciação dos demais.

Segundo Narayanna Dantas, este foi um momento rico de compartilhamento entre os representantes dos Laboratórios Públicos de seus desafios e soluções para a implementação das melhores práticas para a Gestão da Qualidade Farmacêutica. “No geral, a consolidação e manutenção da cultura da qualidade foi apontada como alvo mais importante e desafiador a ser perseguidos no cenário específico dos Laboratórios públicos que têm como característica específica a mudança periódica de gestão”, avaliou.

Próximas atividades

Nos dias 14 a 16 de agosto acontecerá, em Natal – RN, o I Encontro Anual dos Laboratórios Oficiais do Brasil, com participação dos dirigentes e equipes profissionais dos laboratórios oficiais, de Comissões Técnicas da Alfob. Nessa ocasião, haverá a entrega de produtos da Comissão Técnica de Política da Qualidade para utilização dessas empresas.




Ação de Participação Social promove visita de pessoas com hemofilia à fábrica da Hemobrás

Um dia inesquecível para pessoas que há vários anos são medicadas com os produtos da Hemobrás e que puderam conhecer de perto como são as instalações, os processos e algumas das pessoas que as ajudam a ter uma vida melhor. Assim foi a Ação de Participação Social promovida pela empresa 100% brasileira, que organizou uma visita ao seu parque fabril, nesta segunda-feira (22/04), em Goiana-PE.

Fizeram parte do evento pessoas com hemofilia e representantes das entidades que lutam pelos direitos dos pacientes de estados como Pernambuco, Paraíba, Ceará, Pará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Os convidados foram recebidos pelo diretor de Desenvolvimento Industrial, Antônio Edson de Lucena, que ressaltou a importância da ação como uma forma de criar uma maior integração entre a Hemobrás e o público que consome os medicamentos fabricados e garantir a excelência dos processos e produtos. “Ninguém melhor do que vocês para dar o feedback que nós necessitamos. É muito bom que exista essa proximidade. Da nossa parte, sintam-se em casa e saibam que é muito importante ouvir o que vocês têm a nos dizer”, afirmou.

Em seguida, o grupo assistiu a uma apresentação de Christiano Madruga, coordenador da nova fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia, que explanou não apenas sobre a nova planta de recombinantes, mas também sobre temas como a produção de hemoderivados, o crescimento da coleta de plasma nos hemocentros e o papel da Hemobrás como empresa estratégica da defesa nacional. A conversa foi permeada pela interação dos participantes, que puderam tirar dúvidas e fazer questionamentos sobre o papel da empresa no atendimento das demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Por fim, os convidados puderam conhecer as instalações do bloco B01, onde é feito a triagem e armazenamento do plasma, e o bloco B07, que abriga a nova fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia.

“A gente ver de perto como os remédios que nós tomamos são produzidos nos dá não apenas esperança, como também o sentimento de gratidão pelas pessoas que trabalham para fabricar os remédios que melhoram a nossa qualidade de vida”, explicou Washington Lopes, de São Paulo. “Quando a gente tem a chance de conhecer a Hemobrás e poder ver tudo o que está sendo feito aqui, fica muito mais fácil de confiar, de acreditar na força que a empresa tem para ajudar as pessoas que têm hemofilia”, observou o representante da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) e pessoa com hemofilia do Ceará, Francisco Marcelino.

A Ação de Participação Social nasceu a partir de um pedido de Amarílio Ramos, pessoa com hemofilia do Mato Grosso do Sul, que enviou um e-mail para a Hemobrás, solicitando uma visita para conhecer as dependências da empresa. O desejo de Amarílio foi estendido a outras pessoas, numa ação que teve a sua primeira edição e que se propõe a ser permanente. “Eu tenho 33 anos e há cerca de 30 eu tomo o medicamento para hemofilia. Desde que passei a tomar a medicação da Hemobrás que eu tinha esse desejo, de saber como era a empresa responsável pelo Hemo-8r. Foi um dia muito importante pra mim e fiquei muito feliz em ver que aquilo que eu queria acabou sendo ampliado para outras pessoas com hemofilia”, comentou.

A visita terminou apenas no Recife, quando os participantes foram recebidos pela presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes. “A gente está muito feliz por vocês terem conhecido as dependências da Hemobrás porque a fábrica é de vocês. Nós somos uma empresa 100% brasileira, estatal, do povo brasileiro. É através de vocês, do que vocês puderam ver aqui, que nós queremos que outras pessoas saibam o que nós estamos fazendo para fortalecer o SUS e levar até as pessoas os medicamentos que elas tanto precisam”, esclareceu.




No Dia Mundial da Hemofilia, Hemobrás participa de evento promovido por associação de pacientes e Hemope

Para dar visibilidade e trazer mais informações para a população e para os pacientes sobre a hemofilia, a Associação Pernambucana de Pessoas com Hemofilia (Aphemo), em parceria com a Fundação de Hemoterapia e Hematologia de Pernambuco (Hemope), organizou uma série de atividades nessa quarta-feira (17). Por mais um ano, a Hemobrás participou do encontro.

A iniciativa “Acesso Equitativo para Todos” teve a participação de representantes de entidades nacionais que atuam em prol da causa, profissionais da saúde e pessoas com hemofilia e familiares com o objetivo de apresentar e debater questões a respeito do tema, além de promover o compartilhamento de experiências.

O presidente da Aphemo, Jamerson do Nascimento, que conduziu a ação, ressaltou a importância do encontro, com destaque para o aporte de recursos nacionais e os avanços no tratamento da doença: “Dizemos ‘celebrar’, porque temos muito a celebrar, quando olhamos para trás e remontamos a história. Hoje, temos um tratamento para as pessoas com hemofilia com uma perspectiva totalmente diferente. A expectativa e a qualidade de vida é outra. Falamos em produção nacional de fatores recombinantes, em terapia gênica. Falamos em construção de esperança, em uma vida melhor”, afirma o representante, pai de uma criança com Hemofilia A.

Na ocasião, foram apresentadas palestras dos mais diversos temas que versam a causa. Em “Produção do Fator VIII-R”, o Gerente de Projetos da fábrica do Hemo-8R da Hemobrás, Christiano Madruga, apresentou detalhes da produção do Fator VIII recombinante desenvolvido a partir de engenharia genética para tratamento da Hemofilia A, cuja primeira unidade fabril 100% nacional foi inaugurada neste mês. Na palestra “Uma nova realidade de acesso às novas terapias”, a médica hematologista e hemoterapeuta do Hemope, Doutora Ana Maria Vanderlei, abordou os benefícios da utilização da terapia gênica pelos pacientes. A apresentação “Equidade para todos” abriu margem ao debate acerca dos desafios sociais encarados pelo público com hemofilia, com depoimentos dos pacientes Adenilson Silva e José Bruno, que compartilharam experiências de suas jornadas com a hemofilia para obter qualidade de vida. Além disso, o encontro promoveu tempo de recreação para crianças presentes.

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO

O Hemope atende 566 pacientes com Hemofilia tipo A e B. Pernambuco tem a sexta maior população do país com a doença; Brasil está em 4º lugar no ranking mundial, com um público de 13.618, conforme dados da Federação. Até março de 2024, a Hemobrás já distribuiu mais de 6 bilhões de unidades internacionais (UI’s) do Hemo-8R para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).




Dia Mundial da Hemofilia: avanços da Hemobrás representam esperança para pacientes

Hoje, 17 de abril, é o Dia Mundial da Hemofilia, uma condição genética rara que prejudica a coagulação do sangue e afeta cerca de 12 mil pessoas no Brasil. A data, instituída em 1989 em homenagem ao empresário canadense Frank Schnabel que sofria de forma severa com a condição, marca a luta por melhores condições de vida para aqueles que lidam com a doença. A celebração tem servido como ferramenta de mobilização social para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e promover a conscientização da sociedade sobre o tema. O Dia Mundial da Hemofilia reforça a necessidade de garantir acesso a tratamentos permanentes e eficazes e a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) acaba de dar um reforço importante para essa luta permanente, com a recente inauguração da fábrica de medicamentos recombinantes, que logo estará produzindo o medicamento Hemo-8R totalmente em solo nacional e em maior escala.

Fábrica do medicamento recombinante foi inaugurada em abril

A Hemobrás desempenha um papel decisivo para o tratamento de pacientes do SUS, fornecendo fatores de coagulação para terapia de reposição, conduzindo conscientização e educação sobre a doença. Com essa diretriz, a Empresa vem renovando as esperanças da população que depende dessas terapias contínuas: “A Hemobrás, junto ao Ministério da Saúde, está empenhada em ampliar a sua contribuição para o tratamento das pessoas com hemofilia. A nossa nova Fábrica de Recombinantes cumprirá um grande papel com a produção nacional, trazendo a segurança de abastecimento que os pacientes tanto precisam”, afirma a médica e presidente da Empresa, Ana Paula Menezes.”Na prática, daremos mais qualidade de vida com o nosso medicamento profilático que tem sido tão elogiado pelos pacientes. É um avanço grande para o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS”.

A nova fábrica de Recombinantes foi inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 4 de abril. Inicialmente, ela produzirá exclusivamente o Hemo-8R (Fator VIII Recombinante), destinado ao tratamento de pessoas com Hemofilia A.

A entrega do Bloco 07, correspondente à Fábrica de Recombinante, tem sido comemorada por pacientes e instituições representativas dessas famílias: “A Hemobrás representa a entrada do Brasil em um grupo muito seleto de países que produzem essa medicação. Ela é uma empresa que tem grande importância estratégica para o Brasil, porque ela retira nossa dependência do mercado externo e traz autonomia para o país, na produção dos fatores de coagulação”, diz Mariana Battazza, presidente da Abraphem. Pacientes também têm dado testemunhos sobre a expectativa quanto à linha produtiva da Hemobrás. No evento de inauguração, alguns deles estiveram presentes para prestigiar a nova fábrica. O paraibano João Pedro Dias, por exemplo, agradeceu em nome de outros pacientes o trabalho da Hemobrás.

Hemo-8R é um dos medicamentos Hemobrás utilizados para tratamento da hemofilia

SOBRE A HEMOFILIA – A hemofilia tem como sintomas sangramentos internos, frequentes e prolongados e hematomas incomuns. A hemofilia A destaca-se como a forma mais comum da doença, com 80% dos casos. Essa condição, de origem genético-hereditária, resulta em deficiência na coagulação do sangue, provocando hemorragias que podem ser leves, moderadas ou graves. Geralmente diagnosticada na infância, a hemofilia afeta principalmente homens.

Estudos mostram que em 70% dos casos a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. O diagnóstico precoce é feito por meio de testes de coagulação do sangue. Embora não haja cura, o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, envolvendo a reposição do fator de coagulação deficiente por infusões intravenosas, prevenção de lesões e promoção de um estilo de vida saudável.




Hemobrás e Sest discutem agenda do futuro

 

A Hemobrás deu um passo importante, nesta sexta-feira (12.04), no aperfeiçoamento de sua estrutura funcional, visando cumprir os desafios gerados a partir da inauguração da nova planta de medicamentos recombinantes, ocorrida neste mês de abril, e da abertura da nova unidade fabril de hemoderivados, prevista para ocorrer até o primeiro semestre do próximo ano. Em uma reunião na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), em Brasília, foram discutidas medidas para fortalecer a força de trabalho e o processo produtivo da indústria de medicamentos estatal.

“Nossa encontro foi muito positivo. A secretária Elisa Leonel foi muito sensível ao momento de virada de chave que a Hemobrás atravessa e se colocou à disposição para construirmos uma agenda de futuro. Discutimos questões importantes para a Hemobrás, como a revisão do organograma e a realização de um novo concurso público. Firmamos um parceria potente com a Sest e isso marca um momento importante para a Hemobrás”, comentou a presidente da empresa, Ana Paula Menezes.

Participaram do encontro, representando a Sest, a secretária Elisa Leonel, a secretária-adjunta Ana Paula Cavalcante, a diretora de Políticas de Pessoal e Previdência Complementar de Estatais, Jussara Valadares, e as técnicas Raissa Gomes e Débora Cruz. Pela Hemobrás, além da presidente, estiveram presentes a conselheira do Conselho de Administração, Maria Fernanda Coelho, e a chefe de Gabinete, Adelaide Caldas.




Hemobrás inaugura primeira unidade de produção nacional de medicamento recombinante utilizado para hemofilia A

Foi inaugurada, nessa quinta-feira (04.04), a fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia da Hemobrás. A planta, que será a primeira unidade fabril de produção nacional do medicamento Fator VIII recombinante (Hemo-8R), fica localizada na planta da Hemobrás em Goiana, Pernambuco. O Hemo-8R é utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia A, condição genética rara que afeta a coagulação do sangue. A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e de outros ministros e autoridades, além de representantes de associações de pacientes e do corpo diretivo e funcional da Hemobrás.

A presidenta da Hemobrás, Ana Paula Menezes, relembrou a fundação da empresa pública e celebrou a concretização do projeto. “Estamos prontos para colocar o recombinante na rua e, em breve, estaremos com o presidente Lula e a ministra Nísia para inaugurar a fábrica de hemoderivados. Estamos prontos para qualquer desafio que possa vir no futuro”, declarou.

Equipe conheceu parte do processo produtivo que acontecerá no bloco B07 Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

A nova fábrica já está em fase de qualificação de equipamentos e processos e estará em pleno funcionamento, produzindo o Hemo-8R 100% nacional, até o final do ano que vem. A capacidade produtiva da planta será de 1,2 bilhão de UI (unidades internacionais) por ano, o que é suficiente para abastecer 100% da demanda do SUS pelo remédio. A Hemobrás trabalha ainda para concluir a implantação da fábrica de hemoderivados e iniciar a sua operação até 2026.

O investimento, que totalizou R$ 1,2 bilhão, representa o maior aporte em biotecnologia na área da saúde no Nordeste brasileiro até o momento. A iniciativa faz parte da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O presidente Lula se recordou da convivência que teve com o cartunista Henfil e seu irmão, o sociólogo e ativista dos direitos humanos Betinho, que eram pessoas com hemofilia, para destacar a luta dos que sofrem com a doença hereditária. “Eram uns dos gênios da história do Brasil e morreram por serem hemofílicos. Em meio à luta por um Brasil melhor, Betinho e Henfil também travaram uma dura batalha contra as consequências e complicações da hemofilia”, afirmou Lula.

“Era um tempo em que as pessoas com hemofilia sofriam com a falta de tratamento profilático, constantes internações e transfusões de sangue. Uma época em que não tínhamos ainda o rigor de hoje na coleta e destinação das doações de sangue. Perdemos vidas precocemente por não termos tratamento adequado aos portadores de hemofilia. Perdemos Betinho, Henfil e perdemos muitos brasileiros e brasileiras”, disse.

Lula citou a história de Deivid Torres, estagiário da Hemobrás, que foi diagnosticado aos quatro meses de idade, como exemplo de como investimentos em ciência, tecnologia e saúde podem salvar vidas e mudar histórias. “A família dele nunca tinha ouvido falar nessa doença, mas ele pode contar com a implementação da profilaxia e com o medicamento Hemo-8r, este que a Hemobrás está preparada para produzir neste fábrica que inauguramos hoje, essa fábrica que tem em seu quadro de funcionários justamente o companheiro Deivid, que tem o privilégio de poder receber um tratamento adequado, ter uma vida saudável, ativa e promissora, como tem também a oportunidade de trabalhar na empresa que proporciona a ele este benefício”, prosseguiu o presidente.

AMPLIAÇÃO NO ATENDIMENTO – Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a Hemobrás é um símbolo da ciência e tecnologia em saúde no Brasil e a inauguração representa um dia muito especial por promover uma ampliação no atendimento aos pacientes que sofrem com o distúrbio na coagulação do sangue. “É um medicamento biológico que requer muita tecnologia e muito conhecimento. Nós visitamos a fábrica com o presidente Lula, visitamos a planta, e a Hemobrás ainda inaugurará a planta de hemoderivados que vai produzir a imunoglobulina, que vai produzir albumina – tecnologias e bases de conhecimento que servirão para vários outros produtos”, ressaltou.

Nísia complementou dizendo que a intenção é também exportar o medicamento para países que não possuem a tecnologia em seus territórios. “A Hemobrás é considerada uma empresa estratégica de defesa, que garante soberania nacional, pois só cinco países detêm a tecnologia que o Brasil agora deterá. É uma etapa muito importante em defesa da vida, em defesa da ciência e tecnologia; na ideia de que o sangue não é mercadoria e que está na origem de todo esse processo, lá na Constituição Federal de 1988”, concluiu a ministra.

Ao nacionalizar a produção de insumos farmacêuticos, o país deve gerar uma economia anual de até US$ 200 milhões, contribuindo para a sustentabilidade do SUS e para a redução da dependência externa de produtos médicos. Esse avanço visa reduzir a vulnerabilidade do SUS frente a emergências de saúde pública e fortalecer a cadeia produtiva nacional de alta complexidade.

EMPREGOS — A inauguração tem forte impacto na geração de empregos da região, com previsão de 2 mil novos postos de trabalho, sendo 1,4 mil diretos e 600 indiretos. O processo de nacionalização do Hemo-8r ocorreu a partir de uma parceria com a empresa japonesa Takeda para transferência de tecnologia. Ainda neste ano, começa localmente o processamento do produto, rotulagem e embalagem. O cronograma culmina na produção brasileira dos insumos, chamados de IFA, em dezembro de 2025. Todas as etapas serão submetidas à análise prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, celebrou o impacto na geração de empregos com a inauguração da fábrica em um município da Zona da Mata canavieira pernambucana. “Aqui, antes, só se via cana-de-açúcar e agora podemos enxergar o Brasil falando com autonomia sobre produção importante do nosso complexo científico, farmacêutico, industrial. A gente poder falar também sobre a geração de emprego e renda para essa população que não tinha perspectiva antes da decisão política de garantir diversificação da nossa matriz econômica e permitir que, onde a gente tem filhos de lavradores de cana, a gente pode agora ter meninos e meninas, homens e mulheres, trabalhando na indústria farmacêutica”, pontuou, acrescentando que a iniciativa traz oportunidades também para a população paraibana próxima.

VIDA SAUDÁVEL — A hemofilia é uma condição genética que resulta na falta de proteínas necessárias para a coagulação do sangue. No caso da hemofilia A, o fator sanguíneo deficiente é o Fator VIII. Atualmente, o Brasil é o quarto país com mais hemofílicos do mundo, com cerca de 12 mil portadores da doença. O medicamento Hemo-8r, que será produzido pela Hemobrás, é crucial para o tratamento desses pacientes.

João Pedro Pessoa é hemofílico, faz uso do medicamento para tratar a hemofilia do tipo A e agradeceu os esforços dos trabalhadores da empresa brasileira e do Governo Federal na entrega da nova fábrica. “Eu fico muito feliz e grato em fazer parte da Hemobrás, porque, se não fosse por todos vocês trabalhando, eu não teria essa vida saudável que eu levo hoje. Então eu falo em nome de todos os hemofílicos do Brasil: nós carregamos um pedacinho da Hemobrás em nossos corações”, afirmou.

No caso da hemofilia A, o Hemo-8r é uma alternativa ao medicamento hemoderivado, oriundo do beneficiamento do plasma, extraído das doações de sangue excedentes doadas pelos hemocentros à Hemobrás. A Hemobrás já entrega ao SUS o medicamento.

 




Nota de pesar

Foto: Peter Ilicciev

A Hemobrás lamenta o falecimento de uma das mais importantes cientistas brasileiras, a médica e pesquisadora Eridan Coutinho, pioneira em trabalhos na área da patologia das doenças tropicais e referência para autores nacionais e estrangeiros. Ela deixa como legado para os jovens pesquisadores mais de 71 artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais e a criação do primeiro mestrado em Saúde Pública de Pernambuco, estado onde nasceu e desenvolveu sua trajetória profissional. Pesquisadora emérita da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dra. Eridan recebeu um reconhecimento de 15 prêmios e homenagens, entre eles a Medalha Pirajá da Silva (Ministério da Saúde) e a Medalha de Oswaldo Cruz (Fiocruz). Deixamos nossas condolências para familiares, amigos e seus muitos discípulos.




Nova presidente da Hemobrás toma posse

Médica Ana Paula Menezes assume a presidência da empresa com o compromisso da ministra Nísia Trindade de que não faltarão esforços para apoiar a diretoria e para uma Hemobrás “inovadora, íntegra e transparente”

Em decisão histórica, o Conselho de Administração (CADM) da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) deu posse à médica Ana Paula Menezes como a nova presidente da Hemobrás, na noite dessa quinta-feira (14). Esta é a primeira vez que a Hemobrás tem uma mulher eleita à frente da instituição – uma inovação alinhada com a gestão da primeira mulher à frente do Ministério da Saúde, Nísia Trindade. O nome de Ana Paula Menezes, executiva que já ocupou cargos públicos estratégicos na esfera municipal, estadual e federal, foi indicado por Nísia Trindade e submetido ao colegiado. Ela acumulará a Presidência com a Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI).

A reunião do CADM ocorreu no Recife, sendo presidida por Carlos Gadelha e com a votação dos onze titulares do Conselho. “Ana Paula, você é a pessoa certa no momento certo. Pela visão política estratégica, capacidade técnica e profissional para lidar com os desafios”, disse Gadelha, dirigindo-se à nova presidente. O CADM também reconduziu e deu posse ao Diretor-Industrial, Antônio Edson de Lucena. O diretor Administrativo e Financeiro, André Luiz Mota Pinho, havia sido empossado no final de janeiro.

Em seu discurso, Gadelha transmitiu uma mensagem da ministra Nísia Trindade, empenhando total apoio à nova diretoria. “Não faltarão esforços para apoiar esta diretoria, formada pelos três diretores. O que se percebe é um total alinhamento da perspectiva de que saúde é desenvolvimento. E esta é uma das seis prioridades da nova política de desenvolvimento do presidente Lula”. Segundo ele, a ministra garantiu que “não haverá limite nos esforços para que a gente tenha uma Hemobrás inovadora, íntegra e transparente, onde coloca a sua produção e a sua capacidade de inovação para cuidar das pessoas – que é a marca principal do presidente Lula”.

Antônio Edson de Lucena, Ana Paula Menezes e André Pinho (da esquerda para a direita) formam a nova Diretoria Executiva da Hemobrás

Ana Paula Menezes falou sobre o “orgulho” de ocupar o cargo e sobre o “nobre desafio” que tem pela frente. “É um desafio imenso porque a Hemobrás atravessa um momento que a gente chama de momento das dores do crescimento”, disse Ana Paula Menezes, após a posse. “A Hemobrás deixa de ser uma empresa voltada basicamente para prestação de serviços e avança para garantir a incorporação tecnológica e conquistar a autonomia de produção, assumindo o seu papel nessa cadeia produtiva. Esse é um processo que não é fácil e não é linear”, pontuou, falando sobre o seu ânimo nessa caminhada futura.

A nova presidente destacou ainda a importância da Hemobrás junto ao Ministério da Saúde para a execução da política nacional do sangue. Ela fez questão de frisar que o papel da Hemobrás é “muito nobre” e que terá como norte “atender com qualidade a população, tendo a complexidade que essa função exige”, e ainda fortalecendo o Sistema Único de Saúde e garantindo maior soberania e autonomia produtiva de medicamentos para o Brasil.

A inserção da Hemobrás para o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) foi citada com frequência pelos participantes da reunião. Gadelha, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde e Insumos do Ministério da Saúde, coordena o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Após o anúncio do resultado da eleição, Ana Paula recebeu o apoio de conselheiros e manifestações lhe desejando sucesso.

Ana Paula Menezes é graduada em Medicina pela UFPE, e dedicou a sua formação à saúde pública e coletiva. Entre outros cargos, atuou como secretária executiva da Saúde do Ministério da Saúde, como coordenadora geral de saúde de Pernambuco e como docente e pesquisadora do Instituto Integral Professor Fernando Figueira (Imip/PE).

Agradecimento – Durante a reunião do CADM, Carlos Gadelha e demais conselheiros fizeram menções ao trabalho desempenhado pelo ex-presidente Antônio Edson de Lucena. A manutenção dele no cargo de Diretor-Industrial que acumulava com a Presidência foi citada como um “reconhecimento à trajetória e compromisso dele” para com a história da Hemobrás, presente mesmo nos momentos mais turbulentos da Empresa, como citou Gadelha. A posse de Antônio serviu como agradecimento pelos serviços prestados por ele “com louvor” e pelo respeito que ele impõe à Hemobrás com a sua presença.