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Novo método para produção de imunoglobulina líquida é desenvolvido em Pernambuco

Notícia publicada em: 13.05.2011

A imunoglobulina, hemoderivado de maior consumo no mundo que o Brasil importa para tratar pacientes com aids e infecções, pode ser fabricada no País lançando mão de um novo método. O medicamento, que tem apresentações em pó e líquida, foi produzido em uma versão líquida a partir de uma metodologia que utiliza menos álcool e substâncias químicas diferentes do que a vendida no mercado e, melhor, com mais qualidade que as atuais. O produto inovador é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada em Pernambuco pelo farmacêutico Antonio Edson Lucena, gerente de Fracionamento da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A nova versão precisa de testes em larga escala e, caso tenha viabilidade técnica e econômica, poderá ser fabricada na planta industrial da Hemobrás, em Goiana-PE. A fábrica ficará pronta em 2014.

“O desenvolvimento de um método próprio pode trazer, no futuro, a soberania brasileira na produção do medicamento”, destacou Lucena. Ele conta que a nova técnica utilizou polietilenoglicol e ácido caprílico para separar a imunoglobulina de outras substâncias contidas no plasma sanguíneo, de onde ela é extraída. O uso desses componentes conferiu à imunoglobulina pureza e integridade superiores em relação ao medicamento produzido pela metodologia convencional. Mas, por ser um método experimental, além dos ensaios para avaliar a produção em larga escala também haverá a necessidade de realizar, posteriormente, ensaios clínicos com pacientes para garantir a produção de um medicamento seguro, sem reações adversas e buscar a provação dos órgãos de controle. “Todo esse processo leva de dez a 15 anos para ser realizado”, comentou Lucena.

Durante a pesquisa, três lotes piloto de 200 litros de plasma foram utilizados para chegar ao rendimento médio de 3,5 gramas de imunoglobulina para cada litro de plasma. Este resultado aproxima-se ao obtido pela indústria farmacêutica, que é de 4g de imunoglobulina por litro de plasma. Estes e outros dados detalhados sobre novo método para produção do medicamento, desenvolvido como trabalho conclusão do Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Pernambuco, foram publicados na edição de outubro/dezembro do Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, divulgada em fevereiro deste ano. A pesquisa foi selecionada para compor o livro “Avaliação de Tecnologias em Saúde – Seleção de Estudos Apoiados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit)”, que está sendo editado pelo Ministério da Saúde e deve ser lançado em julho. 

A imunoglobulina é uma proteína encontrada no plasma que funciona como um anticorpo, sendo responsável pela resposta do sistema imunológico à presença de organismos estranhos, como vírus e bactérias. Além de empregada no tratamento da aids e infecções, este medicamento é usado para doenças autoimunes e diversas deficiências imunológicas congênitas. Atualmente, apenas a Baxter (Alemanha), a Talecris (EUA), a CSL Behring (Austrália), a Green Cross (Coréia do Sul), a Grifols (Espanha) e o Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), parceiro tecnológico da Hemobrás, produzem a imunoglobulina líquida. O LFB está transferindo para a estatal brasileira a tecnologia para produção da imunoglobulina líquida e de outros cinco hemoderivados: albumina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand.

O consumo de imunoglobulina no mundo chega a 90 toneladas por ano, podendo chegar a 100 toneladas, em 2012, segundo a MBR (The Market Research Bureau Inc.). No entanto, a produção atual da indústria farmacêutica não atende à demanda crescente pelo produto no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde importou 4 toneladas de imunoglobulina para o Sistema Único de Saúde (SUS) em 2009. A Hemobrás, quando estiver com sua fábrica em operação em 2014, deverá atender a 50% das necessidades do SUS por este hemoderivado. O restante continuará sendo importado pelo MS.

 




Secretário de Trabalho e Qualificação de Pernambuco visita a Hemobrás

Secretário de Trabalho e Qualificação de Pernambuco visita a Hemobrás

Notícia publicada em: 06.05.2011

O secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco, Antônio Carlos Maranhão, visitou, na tarde da última quarta-feira (27/4), o escritório operacional da Hemobrás no Recife e foi recebido pelo presidente da empresa, Romulo Maciel Filho. Durante o encontro, que também contou com a presença da secretária-executiva da pasta, Ângela Mochel, eles discutiram as possibilidades de colaboração da Hemobrás na estruturação de um programa de educação profissional para trabalhadores do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, em Goiana, do qual a Hemobrás é a empresa âncora. Ação semelhante está sendo desenvolvida em Suape, para os postos de trabalho relacionados às áreas naval e de petróleo e gás natural. Também participaram da reunião o gerente de Planejamento da Hemobrás, José Gaspar Novelli, o gerente de Administração, Antônio Mendes, e o chefe do Serviço de Pesquisa, Luiz Cláudio Arraes.




Obras da fábrica da Hemobrás recebem visita do superintendente geral da Colsan

Obras da fábrica da Hemobrás recebem visita do superintendente geral da Colsan

Notícia publicada em: 06.05.2011

O superintendente geral da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), entidade civil paulista sem fins lucrativos, José Augusto Barreto, visitou as obras da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em construção em Goiana-PE, na última segunda-feira (25/4). Acompanhado do presidente da empresa, Romulo Maciel Filho, Barreto conferiu de perto a dimensão da unidade fabril, que será a primeira do Brasil e a maior da América Latina em seu segmento, com capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano, e os equipamentos de ponta que serão usados em sua produção.

A Colsan atua na área de hemoterapia, promovendo captação de doadores, coleta, análise e processamento do sangue; além da distribuição dos hemocomponentes, bem como os procedimentos pré-transfusionais. É, ainda, uma das principais fornecedoras de plasma sanguíneo (em 2010, realizou 146.630 coletas de sangue), matéria prima para os hemoderivados que serão produzidos pela Hemobrás, contando com 12 postos de coleta apenas em São Paulo. Durante a visita ao canteiro de obras, o superintendente geral da instituição mostrou-se impressionado com o porte da fábrica. “Não tinha ideia de que era dessa magnitude”.

“Esta fábrica é uma vitória, algo de concreto para a independência da importação dos hemoderivados. Vendo as obras neste ritmo, temos a certeza de que em poucos anos uma empresa pública irá produzir estes medicamentos e o sonho se tornará realidade. Assumo o compromisso de que a Colsan irá somar esforços para fornecer o máximo de plasma para a Hemobrás”, afirmou Barreto. De acordo com Romulo Maciel Filho, a primeira etapa das obras, que inclui a câmara fria e os geradores de energia, deverá ficar pronta no início do segundo semestre. “A segunda etapa, que contempla mais 12 blocos, deverá ser iniciada até o mês de junho. A previsão é que em 2014 a fábrica esteja em plena operação”.




Dirigentes da Hemobrás, Coordenação do Sangue do MS e hemocentros reúnem-se pela primeira vez em Pernambuco

Dirigentes da Hemobrás, Coordenação do Sangue do MS e hemocentros reúnem-se pela primeira vez em Pernambuco

Notícia publicada em: 03.05.2011

Representantes de 33 hemocentros regionais reuniram-se, no dia 11 de abril, em Pernambuco, para discutir o aumento da captação do plasma sanguíneo, bem como sua qualidade, destinado à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A planta industrial está em construção em Goiana-PE e deve entrar em operação em 2014. Entre abril de 2010 e março de 2011, 72 serviços de hemoterapia de todo o País forneceram 110 mil de plasma para transformação em hemoderivados no exterior com retorno para o Brasil. Dentro de três anos, a estatal brasileira espera ter uma média ideal de 300 mil litros de plasma para iniciar sua produção em território nacional. A capacidade máxima de processamento da fábrica será de 500 mil litros por ano. O encontro, intitulado 1ª Reunião da Hemorrede de 2011, foi promovido pela Hemobrás com o apoio da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.

Dos 110 mil litros coletados em um ano, 54,6% vieram do Amapá, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. “Precisamos melhorar a infraestrutura física, tecnológica e de recursos humanos dos serviços de hemoterapia, fazendo investimentos, para que possamos ter o aumento da captação do plasma”, declarou Romulo Maciel Filho, presidente da Hemobrás, durante o encontro. O diretor-técnico da empresa, Luiz Amorim, explicou que a estatal brasileira já vem atuando na melhoria da infraestrutura dos hemocentros, com a realização de auditorias e a entrega de equipamentos. No ano passado, a Hemobrás conseguiu habilitar 96 serviços de hemoterapia para o fornecimento de plasma. Neste ano, a expectativa é ampliar para 110 estabelecimentos. A empresa também já forneceu, com o financiamento do Ministério da Saúde, 78 equipamentos aos serviços, entre blast-freezers, freezers verticais e sistema de monitoramento da cadeia do frio dos hemocentros.

A primeira reunião da hemorrede com a Hemobrás foi um importante movimento de política nacional que vem sendo construído ao longo dos últimos meses. Em março, a Hemobrás foi, pela primeira vez, um dos pontos da pauta da assembleia do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), realizada em Brasília.

SOBRE A FÁBRICA – A fábrica da Hemobrás terá 48 mil metros quadrados de área construída, num terreno de 25 hectares. As obras atualmente empregam 140 trabalhadores, entre armadores, pedreiros, serventes de pedreiro, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho, todos moradores de Goiana-PE. No pico da sua construção, empregará 1 mil trabalhadores. Os primeiros blocos da fábrica serão inaugurados no segundo semestre deste ano já para a estocagem do plasma. Quando estiver em operação, a fábrica produzirá albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e complexo de von Willebrand. Em atividade plena, a fábrica empregará 360 trabalhadores, além de gerar 2.720 empregos indiretos. Sem contar com o estímulo ao empreendedorismo.




Empresa conta com novos conselheiros

Empresa conta com novos conselheiros

Notícia publicada em: 26.04.2011




Dia Mundial da Hemofilia serve como alerta para variante da doença

Notícia publicada em: 25.04.2011

Em 17 de abril, comemora-se o Dia Internacional da Hemofilia. A data é uma homenagem ao nascimento de um dos maiores nomes na luta pela melhoria da qualidade de vida dos portadores desta doença e grande incentivador ao desenvolvimento científico, o canadense Frank Schnabel. Nascido em 1926, portador de hemofilia tipo A grave, Schnabel culminou o trabalho de uma vida com a fundação da Federação Mundial de Hemofilia, trazendo a público questões sobre a doença e mobilizando autoridades e sociedade civil ao redor do planeta. Hoje, a simples suspeita de hemofilia já é levantada por um exame de sangue e embora não haja cura, é possível levar uma vida normal com o tratamento adequado. Porém, a data ainda serve de motivo de reflexão e alerta para uma variante ainda pouco conhecida desta enfermidade: a doença de von Willebrand.

A doença de von Willebrand é hereditária e causada pela deficiência do fator de von Willebrand (uma das proteínas responsáveis pela coagulação) no organismo, o que causa a propensão às hemorragias, pela dificuldade de o sangue coagular. Das doenças hemorrágicas hereditárias, esta é a mais comum. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja um caso para cada 100 nascimentos. Já para a hemofilia, a proporção é de um para cada 15 mil. Apesar disso, no Brasil há apenas 3 mil pessoas diagnosticadas com a doença de von Willebrand, número bem inferior aos dos 8,5 mil portadores de hemofilia conhecidos. “Como 95% dos casos apresentam sintomas leves, acabam não chamando atenção das famílias, e os pacientes ficam sem diagnóstico”, afirma o diretor técnico da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), o hematologista Luiz Amorim.

Ao contrário da hemofilia, as hemorragias são raras em quem tem doença de von Willebrand. “O que mais acomete essas pessoas são sangramentos de mucosas, que passam despercebidos em algumas ocasiões. Por exemplo, quando o primeiro dente de leite cai e sangra por até uma hora, em vez de cicatrizar em dez minutos; sangramento nasal espontâneo ou provocado por sinusite, ou de gengiva, espontâneo ou ao se escovar os dentes; e longos períodos menstruais, de até 15 dias”, explica Amorim. Aliás, a doença de von Willebrand pode ser transmitida pelo pai ou pela mãe para filhos de ambos os sexos. Os casos mais graves são os que acabam sendo investigados a fundo, diagnosticados e tratados.

“O perigo está em alguém possuir a doença, desconhecer isso e, em algum momento da vida, submeter-se a uma cirurgia, podendo sangrar excessivamente e até chegar ao óbito”, alerta o diretor técnico da Hemobrás. O ideal é que, diante de alguns dos sintomas da doença de von Willebrand, procure-se a rede básica de saúde ou um médico especialista (hematologista), para os direcionamentos necessários, como investigação familiar (acompanhamento genético), exames específicos e encaminhamento para um serviço de hemoterapia de referência, como o Hemope. “Se o pai e a mãe tiverem a doença, as chances de o filho nascer portador da enfermidade são maiores. Com o acompanhamento médico, é possível buscar informações e formas de tratamento o quanto antes”, aconselha Luiz Amorim.

Nos casos leves, o tratamento da doença se faz com tampão ou gelo no local afetado, para estancar os sangramentos, ou com medicamentos antifibrinolíticos, que promovem a formação de coágulos. Em casos leves e moderados, em situações de sangramento ou pré-operatório, faz-se a administração do acetato de desmopressina (o chamado DDAVP), que aumenta a produção do fator de von Willebrand pelo organismo. Nos caso graves, também como forma de tratamento ou prevenção em cirurgias (até mesmo extração dentária), é necessário realizar a terapia de reposição do fator de von Willebrand. Importante frisar que qualquer dessas alternativas deve ser seguida estritamente após prescrição do médico responsável.

Atualmente, o concentrado do fator de von Willebrand é um medicamento 100% importado. Porém, a Hemobrás, paralelamente à construção da fábrica de hemoderivados, em Goiana-PE, está empenhada no processo de transferência de tecnologia junto ao Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), com o objetivo de adquirir a expertise necessária para a produção deste e outros cinco remédios, que passarão a ser feito no Brasil, a partir do plasma dos brasileiros, em 2014.

A fábrica da Hemobrás, que será a primeira do Brasil e a maior da América Latina em seu segmento, produzirá, ainda, albumina, imunoglobulina, complexo protrombínico e os fatores de coagulação VIII e IX, necessários para milhares de pessoas portadoras de hemofilia, cirrose, aids, câncer, deficiências imunológicas primárias ou adquiridas e outras doenças autoimunes e infecciosas graves, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais sobre a Doença de von Willebrand:

• Principais sintomas: hematomas; sangramentos nasais; sangramentos excessivos após pequenos cortes, extrações dentárias e cirurgias; sangramento nas gengivas ou menstruação prolongada. Na forma grave da doença, também podem ocorrer hemorragias do trato digestivo e urinário. Alguns doentes podem apresentar sintomas como os da hemofilia grave, tais como hemorragias nas articulações e músculos, apesar de esta forma grave ser rara.

• Diagnóstico: a suspeita pode ser levantada pelo histórico familiar e pessoal de sangramentos na pele e em mucosas. A confirmação se dá por meio de exame de sangue que dosa o nível do fator de von Willebrand no plasma sanguíneo. Este teste é capaz de apontar a deficiência quantitativa e qualitativa dessa proteína no organismo do indivíduo.

• Tratamento: nos casos leves, os sangramentos cessam com um tampão ou gelo no local afetado ou com medicamentos (os chamados antifibrinolíticos) que promovem a formação de coágulos. Em casos leves e moderados, em situações de sangramento ou pós-operatório, faz-se a administração do acetato de desmopressina (DDAVP), que aumenta a produção do fator de von Willebrand no organismo. Nos caso graves, também como forma de tratamento ou prevenção em cirurgias (até mesmo extração dentária), é necessário realizar a terapia de reposição do fator de von Willebrand. Importante frisar que qualquer dessas alternativas deve ser prescrita pelo médico responsável.

 




Hemosul recebe sistema de monitoramento da cadeia do frio

Notícia publicada em: 12.04.2011

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) deu início à instalação de mais um sistema de monitoramento da cadeia do frio, desta vez no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul (Hemosul). Os equipamentos começaram a ser colocados no local no dia 11/4 e permitirão o controle automático e constante das temperaturas dos componentes sanguíneos, garantindo melhor conservação. O objetivo é melhorar a qualidade e a quantidade do plasma oriundo das doações de sangue que não chegam a ser utilizados na transfusão. Este plasma é a matéria prima dos hemoderivados, medicamentos essenciais para a vida de milhares de pessoas com hemofilia, câncer, aids, cirrose e outras doenças infecciosas graves assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até junho deste ano, a Hemobrás terá instalado 25 destes sistemas contemplando hemocentros de Norte a Sul do Brasil.

Cada sistema é composto por software específico, sensores de temperatura, aquisitor de dados, computador e impressora, que monitoram as temperaturas do congelamento do plasma em freezers a -80ºC e da estocagem em câmaras frias a -20ºC, além de outros equipamentos, e também a do ambiente, que deve estar a 22º C. “Se as temperaturas saírem da margem aceitável, o sistema avisa de imediato à pessoa responsável, por alarme sonoro, email e mensagem de celular, 24 horas por dia, inclusive fins de semana e em casos de queda de energia”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, a médica Adriana Parodi. Sem este sistema, a checagem seria feita manualmente. “Agora, não será necessário deslocar de suas funções um profissional do hemocentro para realizar este procedimento, que por ser automatizado, ainda reduz a possibilidade de erros de leitura”, salienta.

Até junho, também serão beneficiados a Fundação Hemocentro de Brasília; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso; a Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia; o Hemocentro do Rio Grande do Norte; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará; a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará; a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; o Núcleo de Hemoterapia do Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina. A iniciativa atende à Resolução da Diretoria Colegiada n°153/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determina a realização deste monitoramento a cada quatro horas e recomenda que seja de forma contínua.

As instalações dos sistemas de monitoramento da cadeia do frio começaram em novembro de 2010, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). Até o momento, 15 serviços já foram beneficiados. A iniciativa faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou em 2006, com visitas técnicas aos principais hemocentros brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a empresa cede, para uso, equipamentos específicos para otimizar procedimentos. Entre os já entregues, estão 15 freezers verticais a -30º C para o armazenamento e 38 blast freezers (freezer de congelamento rápido) a -80°. Os 25 sistemas, orçados em R$ 560 mil, foram adquiridos pela Hemobrás em convênio com o Ministério da Saúde.

Este monitoramento possibilita à Hemobrás aumentar a qualidade e a quantidade do plasma que vem coletando nos hemocentros para enviar à França – onde ocorre hoje o beneficiamento do plasma brasileiro nos medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX). Em 2014, com o início do funcionamento da fábrica da Hemobrás em Goiana-PE, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando serão produzidos, além destes quatro tipos de medicamentos, os hemoderivados fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.

Serviços que serão contemplados até junho de 2011:
– Fundação Hemocentro de Brasília
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso
– Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia
– Hemocentro do Rio Grande do Norte
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
– Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina

Serviços que já foram contemplados:
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), em Pernambuco
– Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade de Campinas, em São Paulo
– Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em São Paulo
– Hemocentro de São José do Rio Preto, em São Paulo
– Hemocentro de Marília, em São Paulo
– Hemocentro Regional de Botucatu, em São Paulo
– Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais
– Núcleo Regional de Manhuaçu, em Minas Gerais
– Hemocentro Regional de Juiz de Fora, em Minas Gerais
– Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio de Janeiro
– Hemocentro Público do Espírito Santo
– Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Curitiba, no Paraná
– Instituto de Hematologia de Londrina, no Paraná

 




Hemobrás, Coordenação do Sangue do MS e hemocentros reúnem-se pela primeira vez em Pernambuco

Notícia publicada em: 11.04.2011

O Brasil passará, em breve, a fazer parte do seleto grupo de 15 países no mundo que possuem fábricas de alta complexidade para produção de diversos hemoderivados. A Empresa de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) começará a produzir estes medicamentos em 2014 em Pernambuco, com o objetivo de atender a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com câncer, aids, hemofilia, entre outras doenças. Até lá, o País tem o desafio de aumentar a quantidade e a qualidade da matéria prima destes remédios: o plasma, que é doado pelos brasileiros nos serviços de hemoterapia do País. No intuito de sensibilizar a sociedade e de trabalhar soluções estratégicas para esta questão, dirigentes da Hemobrás, do Ministério da Saúde e de 33 hemocentros de todo o território nacional encontram-se, de 11 a 12 de abril, na primeira reunião da hemorrede com a Hemobrás, que, pela primeira vez, ocorrerá em Pernambuco, estado que abrigará a primeira fábrica de hemoderivados 100% nacional e a maior deste segmento na América Latina.

Dados mais recentes do Ministério da Saúde (MS) apontam que, em 2009, houve 3,6 milhões de doações de sangue nos hemocentros públicos e privados do País. Com esse volume, a taxa de doação no Brasil chega a 1,9% de sua população. O percentual fica abaixo da faixa de 3% a 5% da população recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha. Cada bolsa doada possui 500 ml de sangue, que é dividido em hemácias, plaquetas e plasma para transfusão. Quase 70% do plasma coletado não são transfundidos e podem ser cedidos à Hemobrás para que esta produza os hemoderivados em uma parceria com a estatal francesa Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), que está realizando a transferência de tecnologia para a fábrica da Hemobrás. Dessa forma, são processados na indústria cerca de 110 mil litros de plasma por ano. Quando em sua operação plena, a fábrica da Hemobrás terá capacidade para processar 500 mil litros de plasma anualmente.

“Precisamos conscientizar a população sobre a importância de doar sangue e sobre o papel estratégico desta fábrica, que irá trazer a autonomia brasileira na produção dos hemoderivados para tratar milhares de pessoas atendidas pelo SUS, reduzirá as despesas com importação destes medicamentos, proporcionará desenvolvimento científico e tecnológico, além de impulsionar o desenvolvimento regional”, pontua Romulo Maciel Filho, presidente da Hemobrás, que fará um panorama da situação atual da empresa aos dirigentes dos hemocentros no encontro da hemorrede. Atualmente, o Brasil despende, por ano, R$ 800 milhões na importação de hemoderivados. A fábrica da Hemobrás está orçada em R$ 540 milhões e se pagará em três anos, a partir do início de sua produção.

Afora o aumento do número de doadores de sangue, faz-se necessário um trabalho conjunto entre os governos federal e estadual na melhoria das condições dos hemocentros para a estocagem do plasma e, consequentemente, de forma a possibilitar o aumento no rendimento desta matéria prima na produção dos hemoderivados. O Ministério da Saúde e a Hemobrás vêm trabalhando em conjunto na qualificação dos serviços de hemoterapia de todo País. Neste ano, a Hemobrás ampliará em 15% o número de hemocentros auditados, chegando a 110 estabelecimentos. “Baseada nestas auditorias, que tiveram início em 2006, a Hemobrás detectou a necessidade de fortalecer a infraestrutura dos hemocentros. Para isso, firmou convênios com o MS para aquisição de equipamentos específicos para congelar, armazenar e monitorar a temperatura do plasma e outros componentes do sangue. Estes aparelhos vêm sendo cedidos para uso dos principais serviços de hemoterapia de Norte a Sul do País”, afirma Luiz Amorim, diretor técnico da empresa.

Promovido pela Hemobrás e apoiado pela Coordenação do Sangue e Hemoderivados do MS, o evento, intitulado 1ª Reunião da Hemorrede de 2011, será realizado no Hotel Dorisol, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. No primeiro dia do evento, os diretores dos hemocentros, a Hemobrás e o MS debaterão iniciativas visando ao melhor aproveitamento do plasma brasileiro para a produção de hemoderivados. Além da Diretoria-Executiva da Hemobrás e do coordenador-geral da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do MS, Guilherme Genovez, a reunião contará com a participação da diretora-geral do Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), Clarisse Lobo; e do diretor técnico-científico da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, Alfredo Mendrone Junior, entre outros expoentes da Hemoterapia e da Hematologia nacional.

No segundo dia do encontro, todo o grupo irá para o município de Goiana-PE, conhecer o canteiro de obras da fábrica da Hemobrás, que terá 48 mil metros quadrados de área construída, num terreno de 25 hectares. As obras atualmente empregam 140 trabalhadores, entre armadores, pedreiros, serventes de pedreiro, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho, todos moradores de Goiana-PE. No pico da sua construção, empregará 1 mil trabalhadores. Os primeiros blocos da fábrica serão inaugurados no segundo semestre deste ano já para a estocagem do plasma. Quando estiver em operação, a fábrica produzirá albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e complexo de von Willebrand. Em atividade plena, a fábrica empregará 360 trabalhadores, além de gerar 2.720 empregos indiretos. Sem contar com o estímulo ao empreendedorismo.

AGENDA – A primeira reunião da hemorrede com a Hemobrás é um importante movimento de política nacional que vem sendo construído ao longo dos últimos meses. Em março, a Hemobrás foi, pela primeira vez, um dos pontos da pauta da assembleia do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), realizada em Brasília. Na oportunidade, o presidente da estatal, Romulo Maciel Filho, bem como o diretor-técnico da empresa, Luiz Amorim, e o coordenador-geral da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do MS, Guilherme Genovez, despertaram a importância da discussão estratégica do assunto, envolvendo governo federal e secretários de saúde que coordenam os hemocentros públicos de todo o País.

 




Hemobrás instala equipamentos em hemocentros para melhorar a cadeia de frio

Notícia publicada em: 11.04.2011

Para melhorar a qualidade e a quantidade do plasma excedente oriundo das doações de sangue, ou seja, não utilizados na transfusão, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) vem investindo na infraestrutura dos principais serviços de hemoterapia brasileiros. Isso porque este plasma é a matéria prima dos hemoderivados, medicamentos essenciais para a vida de milhares de pessoas com hemofilia, câncer, aids, cirrose e outras doenças infecciosas graves assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até junho deste ano, a Hemobrás terá instalado 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio (equipamentos que controlam automática e constantemente as temperaturas dos componentes sanguíneos – glóbulos brancos e vermelhos, plaquetas e plasma – para garantir sua conservação) em hemocentros de Norte a Sul do País.

Cada sistema é composto por software específico, sensores de temperatura, aquisitor de dados, computador e impressora, que monitoram as temperaturas do congelamento do plasma em freezers a -80ºC e da estocagem em câmaras frias a -20ºC, além de outros equipamentos, e também a do ambiente, que deve estar a 22º C. Isso é fundamental para conservar todas as propriedades do plasma, conferindo-lhe qualidade. “Se as temperaturas saírem da margem aceitável, o sistema avisa de imediato à pessoa responsável, por alarme sonoro, email e mensagem de celular, 24 horas por dia, inclusive fins de semana e em casos de queda de energia”, afirma a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, a médica Adriana Parodi. Sem este sistema, a checagem seria feita manualmente. “Agora, não será necessário deslocar de suas funções um profissional do hemocentro para realizar este procedimento, que por ser automatizado, ainda reduz a possibilidade de erros de leitura”, salienta.

Nesta segunda-feira (4/4), será contemplado o Hemonúcleo Regional de Francisco Beltrão, no Paraná. Até junho, também serão beneficiados a Fundação Hemocentro de Brasília; os centros de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso; a Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia; o Hemocentro do Rio Grande do Norte; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará; a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará; a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; o Núcleo de Hemoterapia do Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina.

O cronograma de instalações dos sistemas de monitoramento da cadeia do frio teve início em novembro de 2010, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e, até o momento, 14 serviços já foram beneficiados. A iniciativa faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou em 2006, com visitas técnicas aos 79 principais hemocentros brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a empresa cede, para uso, equipamentos específicos para otimizar os procedimentos. Entre os já entregues, estão 15 freezers verticais a -30º C para o armazenamento e 38 blast freezers (freezer de congelamento rápido) a -80°. Os 25 sistemas de monitoramento, orçados em R$ 560 mil, foram adquiridos pela Hemobrás em convênio com o Ministério da Saúde e atendem à Resolução da Diretoria Colegiada n°153/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que determina a realização do monitoramento a cada quatro horas e recomenda que seja de forma contínua.

Este monitoramento possibilita à Hemobrás aumentar a qualidade e a quantidade do plasma que vem coletando nos hemocentros para enviar à França – onde ocorre hoje o beneficiamento do plasma brasileiro nos medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX). Em 2014, com o início do funcionamento da fábrica da Hemobrás em Goiana-PE, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando serão produzidos, além destes quatro tipos de medicamentos, os hemoderivados fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.

Serviços que serão contemplados até junho de 2011:
– Fundação Hemocentro de Brasília
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso do Sul
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Mato Grosso
– Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia
– Hemocentro do Rio Grande do Norte
– Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
– Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina

Serviços que já foram contemplados:
– Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), em Pernambuco
– Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade de Campinas, em São Paulo
– Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em São Paulo
– Hemocentro de São José do Rio Preto, em São Paulo
– Hemocentro de Marília, em São Paulo
– Hemocentro Regional de Botucatu, em São Paulo
– Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo
– Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais
– Núcleo Regional de Manhuaçu, em Minas Gerais
– Hemocentro Regional de Juiz de Fora, em Minas Gerais
– Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio de Janeiro
– Hemocentro Público do Espírito Santo
– Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Curitiba, no Paraná
– Instituto de Hematologia de Londrina, no Paraná

 




Acontece hoje (4/4) última etapa de apresentação dos concursados convocados em fevereiro

Acontece hoje (4/4) última etapa de apresentação dos concursados convocados em fevereiro

Notícia publicada em: 04.04.2011

Acontece hoje (4/4) a última etapa da apresentação dos profissionais aprovados no concurso público realizado pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em 2008. Convocados em fevereiro deste ano, deverão comparecer ao escritório operacional da empresa, no JCPM Trade Center, no Recife, 23 profissionais de níveis médio e superior, sendo nove especialistas em produção de hemoderivados e biotecnologia – fracionamento industrial do plasma; dez técnicos em produção de hemoderivados e biotecnologia – hemoterapia, farmácia ou laboratório de análises clínicas/patologia clínica; e quatro auxiliares administrativos.

Ao todo, já foram chamados 226 candidatos aprovados, dos quais atualmente há 52 atuando na empresa. Somente nos dois últimos editais, de números 28 e 29, publicados no Diário Oficial da União (DOU) em fevereiro deste ano, foram 56 profissionais. O certame previa o preenchimento de 85 vagas. A Hemobrás reforça que prazos, horários e datas publicados para apresentação e entrega da documentação necessária devem ser rigorosamente cumpridos. O não comparecimento do candidato em local, dia e horário marcados poderá ser considerado desistência voluntária para a sua contratação. Mais informações nos editais, que também podem ser conferidos em www.hemobras.gov.br (Gestão de Pessoas).