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IHHS é o primeiro centro de hemoterapia privado a fornecer plasma para a Hemobrás

Um importante marco para o fortalecimento da relação entre a Hemobrás e a Hemorrede foi celebrado nesta segunda-feira (29/04), com um encontro que oficializou o início do fornecimento de plasma excedente por parte de um centro de hematologia privado. O Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS), em Aracaju, é o 56º centro qualificado a fornecer o plasma para a produção de hemoderivados voltados aos pacientes de doenças do sangue usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e, para registrar o início da coleta, recebeu a presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, e o chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Frederico Monteiro, para uma visita às dependências do centro.

O encontro foi marcado pela emoção dos funcionários do IHHS, que receberam, por parte da Hemobrás e do Ministério da Saúde, o reconhecimento pelo serviço prestado, com a entrega do certificado de qualificação do serviço de hemoterapia privado. ”A gente veio para agradecer e selar essa parceria. É muito importante que nós façamos esse reconhecimento ao serviço prestado pelo IHHS, fundamental para que a Hemobrás cumpra o seu papel social de atendimento aos usuários do SUS. Uma atitude cidadã, que demonstra compromisso com a população brasileira, e que reforça o preceito constitucional de que o sangue brasileiro e seus derivados são um patrimônio do nosso país e não podem ser tratados como mercadoria. Importante também para demonstrar que a Hemobrás está pronta para coletar o plasma excedente de qualquer hemocentro ou centro de hemoterapia que deseje colaborar com a produção de medicamentos que caminha para se tornar 100% nacional”, comentou a presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes.

O processo de fornecimento por parte do IHHS teve início a partir de um pedido do próprio instituto. Ao ler uma matéria no site da Hemobrás, sobre o início da coleta do Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albenaz, de Goiás, o Hemogo, a equipe do IHHS comentou na postagem, perguntando o que era necessário para que o centro privado pudesse enviar seu plasma excedente. A resposta da equipe de auditores foi rápida, uma data para o início da auditoria foi marcada e em cerca de três meses o IHHS atendeu a todos os requisitos para iniciar a coleta. “Desde o início, toda a equipe de profissionais esteve envolvida e engajada para cumprir com as necessidades para a implantação das melhorias”, destacou o chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Frederico Monteiro.

A primeira coleta da Hemobrás no IHHS ocorreu no dia 22 e resultou em mais 672 bolsas de plasma para o estoque da indústria de medicamentos. “A gente está muito emocionado porque dava uma dor no coração saber que o plasma excedente era descartado, quando podia ajudar a salvar vidas”, explicou a responsável técnica do setor de Enfermagem do instituto, Ruth Torres. Agora, após seu fracionamento, o plasma enviado pelo IHHS se transformará em Albumina, Imunoglobulina e nos fatores plasmático VIII e IX consumidos pelos pacientes do SUS. A capacidade de fornecimento do centro privado sergipano é de 900 bolsas de plasma/mês.

“A equipe está muito emocionada porque desde o início houve muito engajamento. Depois que começou o processo de qualificação, a equipe só respirou isso”, comemorou a CEO Mirah Guimarães. “Esse é resultado de uma equipe formada em casa, que não me esforços em abraçar a causa, em estar em capacitação constante e que dá essa resposta com muito engajamento. A presença da Hemobrás aqui é uma conquista para o IHHS”, complementou o diretor técnico do instituto, Carlos Guimarães.

REUNIÃO NO HEMOSE – A presença dos representantes da Hemobrás em Aracaju incluiu uma reunião técnica no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), que está em fase de qualificação. A equipe da indústria estatal foi recebida pelo diretor geral, Charles Leal, o diretor operacional, Conrado Marques, a superintendente Cíntia Santana, a assessora técnica da Gestão de Máquinas e Equipamentos, Rita Farrapeira, e o assessor do Núcleo da Qualidade, Weber Teles.

Durante o encontro, os representantes do hemocentro estatal sergipano passaram informes sobre a evolução do processo de qualificação, iniciado em junho do ano passado e anunciaram para maio o fechamento dos trabalhos que resultará no início da coleta de plasma pela Hemobrás. “Nós queremos que o Hemose envie o plasma a todo o vapor para a Hemobrás e que todos saibam que o estado de Sergipe cumpre o seu papel junto ao SUS”, afirmou o diretor geral Charles Leal. “A gente fez questão de passar no Hemose para nos colocar à disposição e para fortalecer essa troca de experiências que cria vínculos. A gente quer muito que, na próxima vez que a gente venha a Aracaju, seja para comemorar o início da coleta”, observou Ana Paula Menezes.




Medicamentos Hemobrás auxiliam no tratamento de doenças raras

Nesta quinta-feira (29.02), é celebrado o Dia Mundial de Doenças Raras. A data é um marco para a luta por novos estudos destinados a avanços no tratamento de portadores dessas condições genéticas, que podem ser crônicas e incapacitantes. Para a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), este também é um dia para comemorar as conquistas adquiridas ao longo dos últimos anos.

Data rara no calendário, que só acontece em anos bissextos, ela foi escolhida em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras para sensibilizar governantes, profissionais de saúde e a população sobre a existência e os cuidados com as doenças raras. No Brasil, o 29 de fevereiro foi instituído em 2018. “Oferecer melhor qualidade de vida é nossa missão e ficamos muito orgulhosos em saber que estamos contribuindo para melhorar a rotina de tantos brasileiros que dependem do medicamento distribuído pelo Sistema Único de Saúde e pela Hemobrás”, diz o presidente da empresa, Antônio Edson de Lucena.

As doenças raras são crônicas e incuráveis, a maioria de fundo genético ou hereditárias, podendo ser progressivas ou incapacitantes, degenerativas e levar à morte. Uma doença é considerada rara quando afeta até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Muitas delas não têm cura e o tratamento é destinado ao alívio dos sintomas ou a retardar seus aparecimentos. Um dos tratamentos utilizados é com o medicamento Imunoglobulina, usado como terapia de substituição em pacientes que não possuem quantidades suficientes de anticorpos próprios.

No Brasil já existe a imunoglobulina fabricada com plasma brasileiro e registrada com a marca da Hemobrás. A Hemobrás faz todo o processo de captação de plasma junto à hemorrede e conduz o fornecimento do medicamento para atender à demanda do SUS. Hoje, parte desse medicamento é fracionado no exterior – prática que será encerrada com a inauguração da fábrica de hemoderivados, anunciada para 2025. A imunoglobulina é um dos hemoderivados mais consumidos no mundo, tendo sido distribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela Coordenação de Armazenamento e Distribuição (COADI) do Ministério da Saúde. A Hemobrás também fornece os fatores de coagulação para tratamento da Hemofilia A e B, que também são doenças raras.

De acordo com o Instituto Vidas Raras – que atua na orientação, capacitação e conscientização da sociedade e de profissionais da saúde sobre as doenças raras e a importância do olhar atento para o diagnóstico precoce, estima-se que no Brasil haja pelo menos 240 doenças raras. A CEO e cofundadora da instituição criada em 2001, Regina Próspero, explica que a missão do Vidas Raras é “dar acesso a diagnóstico e tratamento, divulgar as patologias raras, criar condições de tratamento e ambientes para acolher pacientes e seus familiares e a Hemobrás é essencial para garantir essa acessibilidade aos medicamentos que garantem qualidade de vida para os portadores de doenças raras”.

Uma das principais campanhas do Instituto, especialmente para o Dia Mundial de Doenças Raras, é o Pezinho no Futuro, que promove a conscientização sobre o teste do pezinho para diagnóstico precoce de doenças raras e sobre a necessidade da ampliação do exame no SUS para todos os bebês do país.




Hemobrás e Hemope debatem sobre fortalecimento da hemorrede

Nessa sexta-feira (24), integrantes do Hemocentro de Pernambuco (Hemope) participaram de reunião no escritório da Hemobrás no Recife. Em pauta, a importância do fortalecimento da hemorrede para o trabalho da Hemobrás e, consequentemente, para o acesso a medicamentos hemoderivados como Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII e Fator IX de Coagulação que são distribuídos pela Hemobrás aos pacientes do SUS.

Para o presidente da Hemobrás, Antônio Edson Lucena, é hora de estreitar os laços com a hemorrede, parceiros essenciais ao trabalho da Hemobrás: “Nós temos uma parceria muito longa e exitosa com o Hemope. Para nós da Hemobrás é muito importante manter esse diálogo com os hemocentros para alinhar expectativas, ouvir demandas e entender no que podemos melhorar e colaborar”, afirmou o presidente.

Ter uma hemorrede fortalecida e com condições de fornecer plasma de qualidade é fundamental para o fornecimento de medicamentos hemoderivados no país. A equipe do Hemope lembrou que isso tudo começa no processo de triagem, já que um doador bem triado aumenta a segurança do processo da doação e também garante um produto (plasma) de qualidade. A diretora presidente do Hemope, Gessyanne Paulino, falou sobre a reunião: “Foi muito importante fazer esse encontro com a Hemobrás no sentido de que a gente possa estreitar os laços para poder fortalecer cada vez mais o Hemope e também a Hemobrás. A gente ficou muito contente e que a gente tenha outros encontros com esta ênfase de manter essa parceria que é extremamente produtiva”, avaliou a presidente.




Hemobrás recebe visita dos representantes do MP/TCU, SECEX e CGU

A fábrica da Hemobrás, em Goiana-PE, que em breve será a primeira a produzir medicamentos hemoderivados em solo nacional, tornando o Brasil independente do exterior neste ramo, recebeu no último dia 08.03, o procurador da República, Marinus Marsico e o chefe de gabinete, Humberto Bandeira Maia, ambos do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP/TCU), os auditores federais Marcos Neiva e Vivian Silva, da Secretaria de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (Secex/TCU), o chefe de Serviço, Paulo Cavendish, juntamente com os auditores Paulo Mendes e Moisés Silva,  do Núcleo de Ações de Controle 3 da Controladoria Regional da União em Pernambuco (NAC3/CGU-PE).

Os visitantes foram recebidos pela Diretoria Executiva da Hemobrás e puderam conferir os avanços nas instalações fabris, as máquinas industriais para os medicamentos e outros equipamentos. A comitiva percorreu os blocos envolvidos na produção dos hemoderivados, sendo B02 (Fracionamento de Plasma/Utilidades Farmacêuticas), B03/B04 (Envase, Liofilização e Embalagem Final) e B06 (Laboratório de Controle de Qualidade). Eles puderam ver, também, o progresso no bloco B07, que está sendo construído em parceria com a Farmacêutica Takeda e será responsável pelo medicamento recombinante Hemo-8r, distribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS) e essencial para o tratamento da hemofilia tipo A.

Sobre as impressões que teve em mais uma visita ao polo fabril da Hemobrás, o procurador Marinus Marsico pontuou o fortalecimento do projeto. “É com muita satisfação que vejo agora a proximidade do final da implementação do projeto da Hemobrás. Nós estamos realmente na reta final. A Hemobrás foi uma sementinha plantada há mais de 10 anos, depois virou uma muda, prosperou, cresceu, e nesse ponto se tornou uma árvore com raízes muitos fortes. E hoje o projeto se torna praticamente intocável” disse.

Ele destacou, ainda, a participação de toda a equipe no processo de funcionamento da fábrica. “Não é só a conclusão de um projeto e o início de uma empresa, que vai não só economizar bilhões em recursos para o país, mas também angariar bilhões por meio da exportação de fatores recombinantes. Não é só isso que eu vejo; vejo que é um projeto forte, um projeto que está sendo conduzido por uma equipe calejada e muito experiente, e que tem tudo pra dar certo”. E deixou seus votos para os próximos passos acerca da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. “Que num futuro muito próximo não só a empresa, mas a própria sociedade e sobretudo os pacientes hemofílicos nunca mais passem por situações extremamente afrontosas aos direitos humanos como eles passaram anos atrás.”