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Hemobrás realiza doação de equipamentos eletrônicos para ONG

No último dia 30 de maio, a Hemobrás realizou uma doação de equipamentos que estavam localizados na sede da empresa em Brasília/DF. A entrega de itens foi destinada a AMPARE – DF, uma organização não governamental (ONG), fundada em 1972, por um grupo de mães e pais, com o objetivo de defender os direitos da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.

Ao todo, mais de 20 itens foram doados à instituição, incluindo monitores, computadores e outros eletrônicos que não estavam sendo utilizados após a aquisição de novos itens.

A princípio, a doação ocorreu apenas para a instituição de Brasília, mas em breve, após a conclusão do processo da empresa recebedora, a Hemobrás também realizará uma doação em Recife.




Hemocentros de todo o país se reúnem com Hemobrás

Representantes de 55 hemocentros do país se reuniram na última semana para discutir formas de aumentar o recolhimento de plasma no Brasil e de fortalecer a hemorrede. Participaram dos encontros os hemocentros que estão qualificados a fornecer plasma à Hemobrás e, dessa forma, contribuem com a produção dos medicamentos hemoderivados que são fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS). O “Diálogo em Boas Práticas” foi organizado em parceria pela Hemobrás e Octapharma e aconteceu em Brasília nos dias 25 e 26 e em São Paulo nos dias 29 e 30 de maio.

Veja imagens do evento em Brasília

Veja imagens do evento em São Paulo

Representantes do Hemocentro Regional de Juiz de Fora (MG) participaram do evento. O serviço foi qualificado em junho de 2022 e, já no mês seguinte, foram enviadas à Hemobrás mais de 13 mil bolsas de plasma. Júlio Cesar Pereira é responsável pelo fracionamento e pela prova cruzada e distribuição na unidade. Ele comemora a destinação correta e o aproveitamento do plasma para fracionamento industrial. “Tudo é uma engrenagem, é de super importância você [hemocentro] estar qualificado para enviar o plasma para a Hemobrás, porque você entra no aspecto de estar garantindo também um atendimento para toda a população. Muito do que a gente está decidindo aqui afeta a população, que é quem mais precisa.”

Já o Hemocentro de Goiás (Hemogo) é recém-qualificado e deve enviar a primeira remessa de plasma à Hemobrás já neste mês de junho. De acordo com a diretora técnica da unidade, Ana Cristina Novaes, falta de estrutura física e de condições técnicas impediram a destinação do plasma excedente anteriormente. “A qualificação foi extremamente importante, não somente para não haver descarte do plasma e reduzir custo com o tratamento, mas também dar uma destinação correta a essa matéria-prima tão valiosa”, comemora a diretora.

Com os encontros, os participantes puderam entender aonde a Hemobrás quer chegar e o papel de destaque que a hemorrede brasileira tem nessa missão. Para serem considerados aptos a fornecer plasma para fracionamento, os serviços de hemoterapia de todo o país passam por auditoria para verificar os requisitos de qualidade para a produção dos hemoderivados. Além de garantir a segurança para os pacientes que utilizam os medicamentos, a avaliação pode trazer melhorias nos processos internos dos hemocentros. “O fato de você ter uma auditoria que custa caro e que, nesse caso, é financiada pela Hemobrás sem nenhum ônus para a gente, é muito bom. Nos hemocentros é tudo muito padronizado, apesar disso, às vezes a gente acha que está fazendo tudo certo, mas não tem a visão externa. Essa visão externa da auditoria trouxe pontos de melhorias do dia a dia que a gente não sabia, mas que precisavam de ajustes”, explica a hematologista Melka Barros, diretora técnica do hemocentro da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Na programação houve apresentações sobre a produção dos medicamentos, sobre os processos de auditorias, além do compartilhamento de casos de sucesso de serviços de hemoterapia do país. Essa troca de experiências entre especialistas da hematologia deve servir para a implantação de rotinas que podem aumentar o aproveitamento do plasma. O biomédico Fábio de França Martins é um dos diretores da Fundação Hemocentro de Brasília e foi um dos palestrantes do encontro. “Nesse evento nós temos a oportunidade de trocar experiências, de mostrar o que o nosso processo tem, o que é que os outros oferecem, para que a gente possa otimizar os nossos processos de trabalho, mesmo com as dificuldades que a gente sabe que existem. (…) A produção do plasma é algo rotineiro, o acondicionamento desse plasma e o processo devem ser feitos de uma forma muito qualificada, então a gente precisa de equipamentos, de capacitação dos servidores, de insumos de boa qualidade, tudo tem que ser feito de uma forma bem padronizada para que a gente consiga manter a qualidade das propriedades do plasma”, define Martins.

DIÁLOGO – A ideia do evento foi a de compartilhar experiências através do diálogo entre os hemocentros parceiros, a Hemobrás e a Octapharma. “Daqui para a frente só temos que fazer mais e melhor na comunicação que temos com a hemorrede. A hemorrede tem estado muito isolada e, quando uma estrutura está toda ela muito isolada em pequenos polos, perde muita força”, avalia Samuel Maurício, vice-presidente e gerente-geral da Octapharma no Brasil. Nos quatro dias de encontro foi possível discutir pontos de boas práticas, como a padronização de procedimentos de coleta, a capacitação de profissionais envolvidos na coleta de plasma, a melhoria da logística e do transporte do material, bem como a implementação de sistemas de qualidade e rastreabilidade. Essas medidas visam garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos produzidos a partir do plasma coletado e caminham no sentido de contribuir com a produção nacional dos hemoderivados. “A Hemobrás e o Ministério da Saúde reconhecem a relevância dessa parceria estratégica com os hemocentros brasileiros qualificados, pois a ampliação da coleta de plasma no país resultará em uma maior autonomia na produção de medicamentos hemoderivados, reduzindo a dependência de importações e garantindo o acesso dos pacientes a tratamentos essenciais”, finaliza o presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena.

SERVIÇOS DE HEMOTERAPIA QUALIFICADOS – Durante os encontros foi realizada a entrega oficial de certificados aos serviços de hemoterapia qualificados para fornecimento do plasma excedente para uso industrial à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. A Hemobrás tem a competência na gestão do plasma brasileiro, de acordo com portaria do Ministério da Saúde. Outros hemocentros estão em processo de auditoria e poderão receber o mesmo certificado, ampliando o número de hemocentros qualificados.




Governo federal e estadual reforçam caráter estratégico da produção de hemoderivados e biotecnológicos em Pernambuco

Em visita à fábrica da Hemobrás nessa segunda-feira (15), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reafirmou o compromisso do Governo Federal com a produção nacional de medicamentos hemoderivados. “A Hemobrás é o maior investimento em biotecnologia na região Nordeste e, desde quando foi concebida, já era com essa visão de descentralizar o desenvolvimento cientifico e tecnológico na perspectiva do Sistema Único de Saúde (…).  É muito importante que ela se complete plenamente e que possa atender as necessidades da nossa população”, afirmou a ministra. Também estiveram na fábrica a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, deputados federais, estaduais, vereadores, o prefeito de Goiana, secretários e equipe do Ministério da Saúde.

Seguindo a mesma linha do reconhecimento da importância estratégica da indústria de hemoderivados, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação falou sobre o aporte de recursos especificamente para pesquisas na área. “Vamos abrir editais específicos para essa área de hemoderivados para reforçar esse esforço. Esse desafio de sermos autônomos é uma questão de soberania nacional”, apontou Luciana Santos. A ministra destacou que o Brasil tem um déficit de R$ 1,5 bilhão por ano na área e que é uma necessidade do país diminuir a dependência de produtos agregados em todo o Complexo Industrial da Saúde, o que inclui medicamentos, insumos e equipamentos.

O presidente da Hemobrás, Antonio Edson Lucena, comemorou o reconhecimento da importância da empresa, além do seu fortalecimento. “É fundamental a participação do Governo no empreendimento em que ele é o maior acionista. Nossa matéria-prima é o plasma humano e, com isso, a gente tem que interagir com todos os hemocentros do país, seja ele público ou privado, para que a gente tenha esse bem que não é comercializável”, explicou o presidente. A partir do fracionamento do plasma humano, a Hemobrás entrega ao SUS os medicamentos albumina, imunoglobulina, fator VIII e fator IX de coagulação.

REGIONALIZAÇÃO – A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, lembrou que Pernambuco é um Estado de vanguarda na política de sangue do Brasil desde a década de 70 e falou sobre a importância de ter a fábrica na região. “É fundamental a existência, a permanência e o significado da Hemobrás aqui em Pernambuco. (…) A empresa movimenta toda uma cadeia produtiva, que vai desde os insumos até a qualificação de pessoas”, apontou a vice-governadora.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, que acompanhou as discussões iniciais para trazer a Hemobrás ao estado, falou do orgulho em ver a indústria farmacêutica consolidada: “É uma alegria especial retornar aqui, usar esse colete com a logomarca da Hemobrás, andar aqui nesse chão que um dia eu andei quando era cana de açúcar e saber que todo sacrifício daquela época, todo debate que a gente participou, todo desgaste que tivemos à época ele está se pagando. Entrar aqui é olhar pra trás e dizer que valeu a pena”, finalizou.

RECOMBINANTE –
Além dos hemoderivados, a Hemobrás também distribui ao SUS o medicamento recombinante Hemo-8R, essencial para tratamento da hemofilia A. O bloco produtivo do recombinante tem previsão de entrega no segundo semestre de 2023.




Ministério da Saúde destaca importância estratégica e tecnológica da Hemobrás para o país

Nessa terça-feira (9), a Hemobrás recebeu a visita do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. O secretário discutiu com a direção da empresa assuntos estratégicos relacionados à produção e ao fornecimento dos medicamentos hemoderivados, acompanhou a triagem do plasma e também esteve na obra do bloco produtivo do medicamento recombinante, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2023.

“O que eu acabei de ver é uma perspectiva que a gente vem defendendo na atual Política Nacional de Saúde, que a saúde é desenvolvimento, que a saúde é investimento. O que eu vi foi uma planta, uma unidade tecnológica mais do que uma fábrica, aqui no Nordeste, em Pernambuco, que aponta para uma direção de que o Brasil pode entrar em uma 4ª Revolução Tecnológica Industrial voltada para o direito à vida”, destacou o secretário. Gadelha apontou que os produtos Hemobrás, tanto os hemoderivados como o Fator VIII Recombinante, são todos para a vida da população brasileira, usam altíssima tecnologia e mostram que o Nordeste é uma oportunidade de desenvolvimento para o Brasil.

PEC 10/22 – O secretário aproveitou a oportunidade para expressar o posicionamento contrário do Ministério da Saúde a respeito do Projeto de Emenda à Constituição nº10/2022, que prevê a doação remunerada do plasma.

“A proposta de emenda aprofunda tudo que a gente não quer no momento atual: um modelo baseado na extração de recursos naturais. Com a aprovação, correríamos o risco de ser um modelo que extrai o próprio sangue da população brasileira para ser comercializado fora do Brasil. Isso é inaceitável porque o que eu vi aqui em Pernambuco, na Hemobrás, é que nós temos capacidade tecnológica para gerar conhecimento e tecnologia no Brasil baseado numa ação solidária de doação de sangue”, reforça o secretário Carlos Gadelha.

Atualmente, a PEC 10/22 está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A Hemobrás também já manifestou posicionamento contrário à proposta.

CAPACIDADE – Ao operar em pleno funcionamento, a Hemobrás se tornará a maior fábrica de medicamentos hemoderivados da América Latina. Com a retomada da gestão do plasma em 2020, a empresa já forneceu ao SUS um número recorde de medicamentos hemoderivados em 2022.

E no segundo semestre deste ano será inaugurado o bloco produtivo do Fator VIII Recombinante, medicamento produzido por engenharia genética e utilizado pelos pacientes com hemofilia A. Em 2022, a Hemobrás distribuiu 760 milhões de unidades internacionais (UI’s) do medicamento ao SUS.




Membros do Ministério Público realizam visita técnica à Hemobrás

Na última sexta-feira (28.04), representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Contas junto ao TCU (MPTCU) estiveram na fábrica da Hemobrás, em Goiana, Pernambuco, para acompanhar a evolução da obra da fábrica de recombinante e discutir possíveis impactos da PEC 10/22.

“Nós realizamos mais uma visita técnica aqui na Hemobrás e estamos observando o progresso na implantação da empresa, já com a fábrica de recombinantes em processo final de conclusão”, afirmou o Procurador do MPTCU, Marinus Marsico. O bloco produtivo do Fator VIII Recombinante será inaugurado no segundo semestre deste ano.

Além disso, os membros do Ministério Público discutiram com representantes da Hemobrás os impactos que uma possível aprovação da PEC 10/22 pode trazer a toda a Política Nacional do Sangue. “Nós observamos que, em princípio, seria necessário um estudo mais abalizado para autorizar que houvesse pagamentos a doadores exclusivamente para a extração de materiais importantes para a indústria. Se houver essa autorização, o material destinado aos hospitais pode perder o quantitativo necessário, que já é pouco, escasso, e isso não atende ao interesse público”, afirmou a Procuradora da República, Silvia Pontes.

Nos próximos dias, a questão deve ser discutida no grupo de trabalho criado para acompanhar o desenvolvimento das questões dos hemoderivados no país.




Senadores visitam a Hemobrás e participam de audiência pública para discutir PEC do Plasma

Parlamentares e outras autoridades públicas participaram de agendas nessa segunda-feira (24.04) para discutir os impactos da Proposta de Emenda à Constituição n° 10/2022 que traz consequências a todo o Sistema do Sangue do Brasil. Houve reunião e visita na fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A sociedade civil também pôde participar de uma audiência pública realizada no plenarinho da Câmara Municipal do Recife.

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado, representada pelo senador Humberto Costa e a senadora Zenaide Maia, esteve na fábrica da Hemobrás onde acompanhou as atividades de acondicionamento e de triagem do plasma, além das obras em fase de finalização do bloco produtivo do medicamento recombinante, Hemo-8R, usado para tratamento da Hemofilia A e com previsão de entrega no segundo semestre de 2023.

“Ficamos bastante impressionados com os avanços e com a relevância que esse investimento tem para a política de sangue no Brasil. Nós vimos a capacidade da Hemobrás no fracionamento dos hemoderivados em um curto espaço de tempo para assim garantir a autossuficiência do país na produção de medicamentos hemoderivados”, afirmou o senador Humberto Costa.

A senadora Zenaide Maia lembrou que a comercialização do sangue é proibida pela Constituição Federal de 1988. “Não é possível que a gente vá permitir essa comercialização de parte do corpo humano, nós já temos o diagnóstico e viemos confirmar que a Hemobrás pode sim garantir essa fabricação dos derivados do plasma”, afirmou a senadora.

AUDIÊNCIA PÚBLICA – A reunião na Câmara do Recife foi organizada pela vereadora Liana Cirne e conduzida pelo senador Humberto Costa. Os participantes mostraram preocupação caso a PEC seja aprovada já que coloca em risco a segurança que se alcançou ao longo de mais de 30 anos de doação voluntária, altruísta e não-remunerada. Além disso, a redação da Proposta de Emenda à Constituição não garante que o possível plasma captado por empresas privadas no Brasil seja exclusivamente para a produção de hemoderivados para serem usados no país, nem que será destinado ao SUS, como acontece hoje com os medicamentos distribuídos pela Hemobrás. 

Para o presidente da Hemobrás, Antônio Edson Lucena, as empresas internacionais estão enxergando no Brasil um possível fornecedor internacional de plasma. “As empresas internacionais viram a mina de ouro que nós temos aqui. Elas veem que temos um sistema seguro e estão buscando aqui essa fonte de plasma para poder abastecer o mercado internacional”, detalhou o presidente. Na visão de Elton Chaves, representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a PEC traz um risco de ampliar a desigualdade no acesso a medicamentos no Brasil, visão compartilhada por Leonardo Vilella, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). “A Hemobrás significa independência tecnológica e segurança para os brasileiros que precisam de hemoderivados para se manterem vivos. Nós vimos durante a pandemia da Covid o que é depender de outros países, nós vimos falta de medicamentos, de vacinas, de insumos, de tudo. Na hora do aperto, cada país garante primeiro os seus suprimentos para depois fornecer para os outros”, opinou o representante do Conass.

Também participaram da audiência pública Leandro Safatle, secretário adjunto da SECTICS do Ministério da Saúde, Rosano Carvalho, superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Bárbara Florêncio, secretária-executiva de Gestão Estratégica da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e Gessyane Paulino, diretora-presidente do Hemope. Professores e gestores da área hospitalar e médica também se mostraram contrários à aprovação da PEC do Plasma.

HEMOBRÁS – A empresa, além de ser a responsável pela gestão do plasma brasileiro, trabalha hoje nos processos de transferência de tecnologia para que toda a produção dos medicamentos hemoderivados e biotecnológico aconteça em solo nacional. Atualmente, a Hemobrás qualifica hemocentros de todo o país, recolhe, armazena e tria o plasma brasileiro que é enviado temporariamente ao exterior e retorna ao Brasil como os medicamentos Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII e Fator IX de Coagulação. Em 2022, a empresa enviou 100 mil litros de plasma para fracionamento e distribuiu quantidade recorde de hemoderivados. Os medicamentos são enviados ao Ministério da Saúde para uso dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).




Hemobrás participa de audiência pública que discute PEC do plasma

Nesta terça-feira (18), foi realizada uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal para discutir a Proposta de Emenda à Constituição n° 10, de 2022. A PEC do Plasma, como tem sido chamada, altera o art. 199 da Constituição Federal para dispor sobre as condições e os requisitos para a coleta e o processamento de plasma humano. O presidente da Hemobrás, Antonio Edson de Lucena, foi um dos convidados da audiência pública que discutiu a produção de hemoderivados no Brasil.

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia já se manifestou contrária à proposta. Em nota publicada no site e nas redes sociais, a Hemobrás mostrou preocupação caso as doações passem a ser remuneradas no Brasil. “Os critérios de triagem de doadores, longe da vinculação comercial, foi uma escolha acertada da Constituinte de 1988 que contribuiu para a segurança transfusional do país. A justificativa dos defensores da PEC é o não aproveitamento industrial do plasma no período que vai de 2016 a 2020. Essa situação não existe atualmente, pois o beneficiamento tem ocorrido regularmente e os hemoderivados já estão sendo utilizados pelos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma a nota.

Além do presidente da Hemobrás, também participaram da discussão Antonio Condino Neto, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Jucaira Giusti, representante da Associação “Eu Luto Pela Imuno Brasil” (ELPI), Luiz Ribas, médico e professor da Universidade do Paraná (UFPR), Gesmar Rodrigues Silva Segundo, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e presidente da Sociedade Latino Americana de Imunodeficiências, Paulo Tadeu de Almeida, Hematologista e Presidente da Associação Brasileira de Banco de Sangue (ABBS), Luciana Maria de Barros Carlos, diretora-geral do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), e Helder Melo, assessor da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde (SAES/MS).

A audiência pública para discutir a matéria foi proposta pela senadora Daniella Ribeiro (PSD/PB), senadora Mara Gabrilli (PSD/SP), senadora Augusta Brito (PT/CE), senador Humberto Costa (PT/PE) e senador Carlos Viana (PODEMOS/MG).

LEIA MAIS
Posicionamento Hemobrás sobre a PEC 10/2022 – Portal Hemobrás (hemobras.gov.br)




Hemobrás comemora crescimento da hemorrede fornecedora de plasma

Mais 11 serviços de hemoterapia foram qualificados no primeiro trimestre de 2023 e agora fazem parte da hemorrede fornecedora de plasma à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. A Hemobrás já realizou auditorias, desde a retomada da gestão do plasma em 2021, em 52 serviços de hemoterapia brasileiros e, deste total, 38 já integram a hemorrede qualificada que conta com serviços de todas as regiões do país. O plasma excedente de uso transfusional fornecido pelos hemocentros é utilizado na produção dos hemoderivados Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII e Fator IX de Coagulação.

As equipes da Hemobrás têm um calendário extenso de auditorias nos serviços de hemoterapia para verificar os requisitos estabelecidos pelas normativas legais vigentes no País referente à obtenção de um plasma para fracionamento industrial, com a garantia da qualidade e segurança necessárias à produção destes medicamentos. Em 2022, a Hemobrás fracionou mais de 100 mil litros de plasma e forneceu uma quantidade recorde de medicamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS). A meta em 2023 é fracionar 150 mil litros e, para isso, a parceria com os hemocentros é fundamental. “Com as auditorias, observamos os procedimentos adotados pelos Serviços e também recolhemos evidências para promover a melhoria contínua da hemorrede nacional e consequente aumento da disponibilidade de plasma com qualidade industrial para produção dos medicamentos hemoderivados”, explica Frederico Monteiro, Especialista em Produção de Hemoderivados e Biotecnologia da Hemobrás.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Novos serviços qualificados:
Hemosul
Hemocentro Regional de Lages (rede HEMOSC)
Hemocentro Regional de Chapecó (rede HEMOSC)
Hemocentro Regional de Montes Claros (rede HEMOMINAS)
Hemoto
Hemocentro de Bauru
Hemocentro da Paraíba
COLSAN São Paulo
COLSAN Jundiaí
COLSAN São Bernardo do Campo
COLSAN Sorocaba

PRODUÇÃO DE HEMODERIVADOS – Depois de realizada a doação de sangue, as bolsas coletadas passam por todas as etapas do ciclo produtivo do sangue. Após a separação dos hemocomponentes, o plasma excedente, que é aquele não utilizado em transfusão sanguínea, é recolhido e transportado para a Hemobrás onde passa pelo processo de triagem. Posteriormente ele é fracionado e se transforma em medicamentos utilizados de diversas formas como para tratar AIDS, câncer, queimaduras, cirrose, hemofilia e erros inatos do sistema imune.

Confira a lista completa dos serviços de hemoterapia qualificados pela Hemobrás




Hemobrás recebe integrantes da CGU para apresentar avanços da Ouvidoria

Nesta segunda-feira (13.03), a Hemobrás recebeu integrantes da Superintendência da Controladoria-Geral da União no estado de Pernambuco (CGU/PE) para apresentação do Relatório Preliminar de Avaliação da Ouvidoria. O trabalho desenvolvido pela CGU teve como objetivo avaliar se o aparato organizacional implantado pela Hemobrás é eficaz para atender às demandas dos usuários e capaz de subsidiar a boa gestão da Ouvidoria.

Na oportunidade foram ressaltadas algumas boas práticas adotadas pela empresa, que vão além das obrigações normativas, tais como o uso de ferramenta própria para avaliar a satisfação dos usuários no tratamento das manifestações, a divulgação interna sobre a prestação dos serviços executados pela Ouvidoria Hemobrás, além dos pontos de melhorias.

O encontro entre as instituições foi marcado pela apresentação da nova superintendente da CGU, Conceição Oliveira, acompanhada por sua equipe composta por Mariana Aciolly (auditora Federal de Finanças e Controle), Ana Clara Mesquita (analista de Planejamento e Orçamento), Paulo Cavendish (auditor Federal de Finanças e Controle) e, Abelardo Lopes (coordenador do NAOP/PE). Integrando a equipe da Hemobrás, estiveram presentes, o presidente Antonio Edson, que fez um breve resumo da trajetória da empresa e os resultados apresentados até o momento, Giovanni Albuquerque (chefe de Gabinete), Luiz Eduardo (Auditor Geral), Gerlane Magalhães (assessora de Comunicação), Plutarco Reis (Ouvidor) e Daniella Farias (assistente técnica da Ouvidoria).




Medicamentos Hemobrás são utilizados no tratamento de doenças raras

Nesta terça-feira (28) é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras. A data, criada em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis), tem o objetivo de sensibilizar governantes, especialistas e toda a sociedade sobre os cuidados necessários em relação àqueles que têm doenças raras.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada grupo de 100.000 indivíduos. No Brasil, existem cerca de 13 milhões de pessoas com doenças raras. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral e gratuito para esse público, desde o diagnóstico até o acompanhamento e a reabilitação.

Medicamentos Hemobrás e doenças raras:

A Hemobrás produz cinco medicamentos são eles: Albumina, Imunoglobulina, Fator VIII e Fator IX de Coagulação, além do Fator VIII Recombinante (Hemo-8R). Nossos produtos são aliados no tratamento de várias doenças raras. O Fator VIII e o Hemo-8R são usados no tratamento da hemofilia A. Já o Fator IX é usado por quem tem Hemofilia B. A Imunoglobulina é utilizada para tratar várias enfermidades raras, dentre elas erros inatos da imunidade, Síndrome de Guillain-Barré, Miastenia gravis, Dermatomiosite e Púrpura Trombocitopênica Idiopática.

Afinal, o que são doenças raras?

Geralmente, as condições raras são crônicas, progressivas e incapacitantes. Podem ser degenerativas e levar à morte. Além disso, em 95% dos casos não há cura, de modo que os tratamentos são feitos com base nos sinais e sintomas de cada caso e consistem em acompanhamento clínico, farmacoterapêutico, fisioterápico, fonoaudiológico e psicoterápico para aliviar os sintomas e retardar o avanço da doença.

Para chegar ao diagnóstico correto é comum que as pessoas passem por diversos médicos e especialistas e façam inúmeros exames, justamente para descartar o diagnóstico de outras doenças correlatas, o que pode levar tempo. A maioria dos casos de doenças raras, cerca de 75% do total, são diagnosticados na infância.

Fonte: Ministério da Saúde e Hemobrás