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No Dia Mundial da Hemofilia, Hemobrás participa de evento promovido por associação de pacientes e Hemope

Para dar visibilidade e trazer mais informações para a população e para os pacientes sobre a hemofilia, a Associação Pernambucana de Pessoas com Hemofilia (Aphemo), em parceria com a Fundação de Hemoterapia e Hematologia de Pernambuco (Hemope), organizou uma série de atividades nessa quarta-feira (17). Por mais um ano, a Hemobrás participou do encontro.

A iniciativa “Acesso Equitativo para Todos” teve a participação de representantes de entidades nacionais que atuam em prol da causa, profissionais da saúde e pessoas com hemofilia e familiares com o objetivo de apresentar e debater questões a respeito do tema, além de promover o compartilhamento de experiências.

O presidente da Aphemo, Jamerson do Nascimento, que conduziu a ação, ressaltou a importância do encontro, com destaque para o aporte de recursos nacionais e os avanços no tratamento da doença: “Dizemos ‘celebrar’, porque temos muito a celebrar, quando olhamos para trás e remontamos a história. Hoje, temos um tratamento para as pessoas com hemofilia com uma perspectiva totalmente diferente. A expectativa e a qualidade de vida é outra. Falamos em produção nacional de fatores recombinantes, em terapia gênica. Falamos em construção de esperança, em uma vida melhor”, afirma o representante, pai de uma criança com Hemofilia A.

Na ocasião, foram apresentadas palestras dos mais diversos temas que versam a causa. Em “Produção do Fator VIII-R”, o Gerente de Projetos da fábrica do Hemo-8R da Hemobrás, Christiano Madruga, apresentou detalhes da produção do Fator VIII recombinante desenvolvido a partir de engenharia genética para tratamento da Hemofilia A, cuja primeira unidade fabril 100% nacional foi inaugurada neste mês. Na palestra “Uma nova realidade de acesso às novas terapias”, a médica hematologista e hemoterapeuta do Hemope, Doutora Ana Maria Vanderlei, abordou os benefícios da utilização da terapia gênica pelos pacientes. A apresentação “Equidade para todos” abriu margem ao debate acerca dos desafios sociais encarados pelo público com hemofilia, com depoimentos dos pacientes Adenilson Silva e José Bruno, que compartilharam experiências de suas jornadas com a hemofilia para obter qualidade de vida. Além disso, o encontro promoveu tempo de recreação para crianças presentes.

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO

O Hemope atende 566 pacientes com Hemofilia tipo A e B. Pernambuco tem a sexta maior população do país com a doença; Brasil está em 4º lugar no ranking mundial, com um público de 13.618, conforme dados da Federação. Até março de 2024, a Hemobrás já distribuiu mais de 6 bilhões de unidades internacionais (UI’s) do Hemo-8R para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).




Dia Mundial da Hemofilia: avanços da Hemobrás representam esperança para pacientes

Hoje, 17 de abril, é o Dia Mundial da Hemofilia, uma condição genética rara que prejudica a coagulação do sangue e afeta cerca de 12 mil pessoas no Brasil. A data, instituída em 1989 em homenagem ao empresário canadense Frank Schnabel que sofria de forma severa com a condição, marca a luta por melhores condições de vida para aqueles que lidam com a doença. A celebração tem servido como ferramenta de mobilização social para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e promover a conscientização da sociedade sobre o tema. O Dia Mundial da Hemofilia reforça a necessidade de garantir acesso a tratamentos permanentes e eficazes e a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) acaba de dar um reforço importante para essa luta permanente, com a recente inauguração da fábrica de medicamentos recombinantes, que logo estará produzindo o medicamento Hemo-8R totalmente em solo nacional e em maior escala.

Fábrica do medicamento recombinante foi inaugurada em abril

A Hemobrás desempenha um papel decisivo para o tratamento de pacientes do SUS, fornecendo fatores de coagulação para terapia de reposição, conduzindo conscientização e educação sobre a doença. Com essa diretriz, a Empresa vem renovando as esperanças da população que depende dessas terapias contínuas: “A Hemobrás, junto ao Ministério da Saúde, está empenhada em ampliar a sua contribuição para o tratamento das pessoas com hemofilia. A nossa nova Fábrica de Recombinantes cumprirá um grande papel com a produção nacional, trazendo a segurança de abastecimento que os pacientes tanto precisam”, afirma a médica e presidente da Empresa, Ana Paula Menezes.”Na prática, daremos mais qualidade de vida com o nosso medicamento profilático que tem sido tão elogiado pelos pacientes. É um avanço grande para o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS”.

A nova fábrica de Recombinantes foi inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 4 de abril. Inicialmente, ela produzirá exclusivamente o Hemo-8R (Fator VIII Recombinante), destinado ao tratamento de pessoas com Hemofilia A.

A entrega do Bloco 07, correspondente à Fábrica de Recombinante, tem sido comemorada por pacientes e instituições representativas dessas famílias: “A Hemobrás representa a entrada do Brasil em um grupo muito seleto de países que produzem essa medicação. Ela é uma empresa que tem grande importância estratégica para o Brasil, porque ela retira nossa dependência do mercado externo e traz autonomia para o país, na produção dos fatores de coagulação”, diz Mariana Battazza, presidente da Abraphem. Pacientes também têm dado testemunhos sobre a expectativa quanto à linha produtiva da Hemobrás. No evento de inauguração, alguns deles estiveram presentes para prestigiar a nova fábrica. O paraibano João Pedro Dias, por exemplo, agradeceu em nome de outros pacientes o trabalho da Hemobrás.

Hemo-8R é um dos medicamentos Hemobrás utilizados para tratamento da hemofilia

SOBRE A HEMOFILIA – A hemofilia tem como sintomas sangramentos internos, frequentes e prolongados e hematomas incomuns. A hemofilia A destaca-se como a forma mais comum da doença, com 80% dos casos. Essa condição, de origem genético-hereditária, resulta em deficiência na coagulação do sangue, provocando hemorragias que podem ser leves, moderadas ou graves. Geralmente diagnosticada na infância, a hemofilia afeta principalmente homens.

Estudos mostram que em 70% dos casos a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. O diagnóstico precoce é feito por meio de testes de coagulação do sangue. Embora não haja cura, o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, envolvendo a reposição do fator de coagulação deficiente por infusões intravenosas, prevenção de lesões e promoção de um estilo de vida saudável.




Hemobrás e Sest discutem agenda do futuro

A Hemobrás deu um passo importante, nesta sexta-feira (12.04), no aperfeiçoamento de sua estrutura funcional, visando cumprir os desafios gerados a partir da inauguração da nova planta de medicamentos recombinantes, ocorrida neste mês de abril, e da abertura da nova unidade fabril de hemoderivados, prevista para ocorrer até o primeiro semestre do próximo ano. Em uma reunião na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), em Brasília, foram discutidas medidas para fortalecer a força de trabalho e o processo produtivo da indústria de medicamentos estatal.

“Nossa encontro foi muito positivo. A secretária Elisa Leonel foi muito sensível ao momento de virada de chave que a Hemobrás atravessa e se colocou à disposição para construirmos uma agenda de futuro. Discutimos questões importantes para a Hemobrás, como a revisão do organograma e a realização de um novo concurso público. Firmamos um parceria potente com a Sest e isso marca um momento importante para a Hemobrás”, comentou a presidente da empresa, Ana Paula Menezes.

Participaram do encontro, representando a Sest, a secretária Elisa Leonel, a secretária-adjunta Ana Paula Cavalcante, a diretora de Políticas de Pessoal e Previdência Complementar de Estatais, Jussara Valadares, e as técnicas Raissa Gomes e Débora Cruz. Pela Hemobrás, além da presidente, estiveram presentes a conselheira do Conselho de Administração, Maria Fernanda Coelho, e a chefe de Gabinete, Adelaide Caldas.




Hemobrás inaugura primeira unidade de produção nacional de medicamento recombinante utilizado para hemofilia A

Foi inaugurada, nessa quinta-feira (04.04), a fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia da Hemobrás. A planta, que será a primeira unidade fabril de produção nacional do medicamento Fator VIII recombinante (Hemo-8R), fica localizada na planta da Hemobrás em Goiana, Pernambuco. O Hemo-8R é utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia A, condição genética rara que afeta a coagulação do sangue. A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e de outros ministros e autoridades, além de representantes de associações de pacientes e do corpo diretivo e funcional da Hemobrás.

A presidenta da Hemobrás, Ana Paula Menezes, relembrou a fundação da empresa pública e celebrou a concretização do projeto. “Estamos prontos para colocar o recombinante na rua e, em breve, estaremos com o presidente Lula e a ministra Nísia para inaugurar a fábrica de hemoderivados. Estamos prontos para qualquer desafio que possa vir no futuro”, declarou.

Equipe conheceu parte do processo produtivo que acontecerá no bloco B07 Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

A nova fábrica já está em fase de qualificação de equipamentos e processos e estará em pleno funcionamento, produzindo o Hemo-8R 100% nacional, até o final do ano que vem. A capacidade produtiva da planta será de 1,2 bilhão de UI (unidades internacionais) por ano, o que é suficiente para abastecer 100% da demanda do SUS pelo remédio. A Hemobrás trabalha ainda para concluir a implantação da fábrica de hemoderivados e iniciar a sua operação até 2026.

O investimento, que totalizou R$ 1,2 bilhão, representa o maior aporte em biotecnologia na área da saúde no Nordeste brasileiro até o momento. A iniciativa faz parte da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O presidente Lula se recordou da convivência que teve com o cartunista Henfil e seu irmão, o sociólogo e ativista dos direitos humanos Betinho, que eram pessoas com hemofilia, para destacar a luta dos que sofrem com a doença hereditária. “Eram uns dos gênios da história do Brasil e morreram por serem hemofílicos. Em meio à luta por um Brasil melhor, Betinho e Henfil também travaram uma dura batalha contra as consequências e complicações da hemofilia”, afirmou Lula.

“Era um tempo em que as pessoas com hemofilia sofriam com a falta de tratamento profilático, constantes internações e transfusões de sangue. Uma época em que não tínhamos ainda o rigor de hoje na coleta e destinação das doações de sangue. Perdemos vidas precocemente por não termos tratamento adequado aos portadores de hemofilia. Perdemos Betinho, Henfil e perdemos muitos brasileiros e brasileiras”, disse.

Lula citou a história de Deivid Torres, estagiário da Hemobrás, que foi diagnosticado aos quatro meses de idade, como exemplo de como investimentos em ciência, tecnologia e saúde podem salvar vidas e mudar histórias. “A família dele nunca tinha ouvido falar nessa doença, mas ele pode contar com a implementação da profilaxia e com o medicamento Hemo-8r, este que a Hemobrás está preparada para produzir neste fábrica que inauguramos hoje, essa fábrica que tem em seu quadro de funcionários justamente o companheiro Deivid, que tem o privilégio de poder receber um tratamento adequado, ter uma vida saudável, ativa e promissora, como tem também a oportunidade de trabalhar na empresa que proporciona a ele este benefício”, prosseguiu o presidente.

AMPLIAÇÃO NO ATENDIMENTO – Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a Hemobrás é um símbolo da ciência e tecnologia em saúde no Brasil e a inauguração representa um dia muito especial por promover uma ampliação no atendimento aos pacientes que sofrem com o distúrbio na coagulação do sangue. “É um medicamento biológico que requer muita tecnologia e muito conhecimento. Nós visitamos a fábrica com o presidente Lula, visitamos a planta, e a Hemobrás ainda inaugurará a planta de hemoderivados que vai produzir a imunoglobulina, que vai produzir albumina – tecnologias e bases de conhecimento que servirão para vários outros produtos”, ressaltou.

Nísia complementou dizendo que a intenção é também exportar o medicamento para países que não possuem a tecnologia em seus territórios. “A Hemobrás é considerada uma empresa estratégica de defesa, que garante soberania nacional, pois só cinco países detêm a tecnologia que o Brasil agora deterá. É uma etapa muito importante em defesa da vida, em defesa da ciência e tecnologia; na ideia de que o sangue não é mercadoria e que está na origem de todo esse processo, lá na Constituição Federal de 1988”, concluiu a ministra.

Ao nacionalizar a produção de insumos farmacêuticos, o país deve gerar uma economia anual de até US$ 200 milhões, contribuindo para a sustentabilidade do SUS e para a redução da dependência externa de produtos médicos. Esse avanço visa reduzir a vulnerabilidade do SUS frente a emergências de saúde pública e fortalecer a cadeia produtiva nacional de alta complexidade.

EMPREGOS — A inauguração tem forte impacto na geração de empregos da região, com previsão de 2 mil novos postos de trabalho, sendo 1,4 mil diretos e 600 indiretos. O processo de nacionalização do Hemo-8r ocorreu a partir de uma parceria com a empresa japonesa Takeda para transferência de tecnologia. Ainda neste ano, começa localmente o processamento do produto, rotulagem e embalagem. O cronograma culmina na produção brasileira dos insumos, chamados de IFA, em dezembro de 2025. Todas as etapas serão submetidas à análise prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, celebrou o impacto na geração de empregos com a inauguração da fábrica em um município da Zona da Mata canavieira pernambucana. “Aqui, antes, só se via cana-de-açúcar e agora podemos enxergar o Brasil falando com autonomia sobre produção importante do nosso complexo científico, farmacêutico, industrial. A gente poder falar também sobre a geração de emprego e renda para essa população que não tinha perspectiva antes da decisão política de garantir diversificação da nossa matriz econômica e permitir que, onde a gente tem filhos de lavradores de cana, a gente pode agora ter meninos e meninas, homens e mulheres, trabalhando na indústria farmacêutica”, pontuou, acrescentando que a iniciativa traz oportunidades também para a população paraibana próxima.

VIDA SAUDÁVEL — A hemofilia é uma condição genética que resulta na falta de proteínas necessárias para a coagulação do sangue. No caso da hemofilia A, o fator sanguíneo deficiente é o Fator VIII. Atualmente, o Brasil é o quarto país com mais hemofílicos do mundo, com cerca de 12 mil portadores da doença. O medicamento Hemo-8r, que será produzido pela Hemobrás, é crucial para o tratamento desses pacientes.

João Pedro Pessoa é hemofílico, faz uso do medicamento para tratar a hemofilia do tipo A e agradeceu os esforços dos trabalhadores da empresa brasileira e do Governo Federal na entrega da nova fábrica. “Eu fico muito feliz e grato em fazer parte da Hemobrás, porque, se não fosse por todos vocês trabalhando, eu não teria essa vida saudável que eu levo hoje. Então eu falo em nome de todos os hemofílicos do Brasil: nós carregamos um pedacinho da Hemobrás em nossos corações”, afirmou.

No caso da hemofilia A, o Hemo-8r é uma alternativa ao medicamento hemoderivado, oriundo do beneficiamento do plasma, extraído das doações de sangue excedentes doadas pelos hemocentros à Hemobrás. A Hemobrás já entrega ao SUS o medicamento.

 




Nota de pesar

Foto: Peter Ilicciev

A Hemobrás lamenta o falecimento de uma das mais importantes cientistas brasileiras, a médica e pesquisadora Eridan Coutinho, pioneira em trabalhos na área da patologia das doenças tropicais e referência para autores nacionais e estrangeiros. Ela deixa como legado para os jovens pesquisadores mais de 71 artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais e a criação do primeiro mestrado em Saúde Pública de Pernambuco, estado onde nasceu e desenvolveu sua trajetória profissional. Pesquisadora emérita da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dra. Eridan recebeu um reconhecimento de 15 prêmios e homenagens, entre eles a Medalha Pirajá da Silva (Ministério da Saúde) e a Medalha de Oswaldo Cruz (Fiocruz). Deixamos nossas condolências para familiares, amigos e seus muitos discípulos.




Nova presidente da Hemobrás toma posse

Médica Ana Paula Menezes assume a presidência da empresa com o compromisso da ministra Nísia Trindade de que não faltarão esforços para apoiar a diretoria e para uma Hemobrás “inovadora, íntegra e transparente”

Em decisão histórica, o Conselho de Administração (CADM) da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) deu posse à médica Ana Paula Menezes como a nova presidente da Hemobrás, na noite dessa quinta-feira (14). Esta é a primeira vez que a Hemobrás tem uma mulher eleita à frente da instituição – uma inovação alinhada com a gestão da primeira mulher à frente do Ministério da Saúde, Nísia Trindade. O nome de Ana Paula Menezes, executiva que já ocupou cargos públicos estratégicos na esfera municipal, estadual e federal, foi indicado por Nísia Trindade e submetido ao colegiado. Ela acumulará a Presidência com a Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI).

A reunião do CADM ocorreu no Recife, sendo presidida por Carlos Gadelha e com a votação dos onze titulares do Conselho. “Ana Paula, você é a pessoa certa no momento certo. Pela visão política estratégica, capacidade técnica e profissional para lidar com os desafios”, disse Gadelha, dirigindo-se à nova presidente. O CADM também reconduziu e deu posse ao Diretor-Industrial, Antônio Edson de Lucena. O diretor Administrativo e Financeiro, André Luiz Mota Pinho, havia sido empossado no final de janeiro.

Em seu discurso, Gadelha transmitiu uma mensagem da ministra Nísia Trindade, empenhando total apoio à nova diretoria. “Não faltarão esforços para apoiar esta diretoria, formada pelos três diretores. O que se percebe é um total alinhamento da perspectiva de que saúde é desenvolvimento. E esta é uma das seis prioridades da nova política de desenvolvimento do presidente Lula”. Segundo ele, a ministra garantiu que “não haverá limite nos esforços para que a gente tenha uma Hemobrás inovadora, íntegra e transparente, onde coloca a sua produção e a sua capacidade de inovação para cuidar das pessoas – que é a marca principal do presidente Lula”.

Antônio Edson de Lucena, Ana Paula Menezes e André Pinho (da esquerda para a direita) formam a nova Diretoria Executiva da Hemobrás

Ana Paula Menezes falou sobre o “orgulho” de ocupar o cargo e sobre o “nobre desafio” que tem pela frente. “É um desafio imenso porque a Hemobrás atravessa um momento que a gente chama de momento das dores do crescimento”, disse Ana Paula Menezes, após a posse. “A Hemobrás deixa de ser uma empresa voltada basicamente para prestação de serviços e avança para garantir a incorporação tecnológica e conquistar a autonomia de produção, assumindo o seu papel nessa cadeia produtiva. Esse é um processo que não é fácil e não é linear”, pontuou, falando sobre o seu ânimo nessa caminhada futura.

A nova presidente destacou ainda a importância da Hemobrás junto ao Ministério da Saúde para a execução da política nacional do sangue. Ela fez questão de frisar que o papel da Hemobrás é “muito nobre” e que terá como norte “atender com qualidade a população, tendo a complexidade que essa função exige”, e ainda fortalecendo o Sistema Único de Saúde e garantindo maior soberania e autonomia produtiva de medicamentos para o Brasil.

A inserção da Hemobrás para o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) foi citada com frequência pelos participantes da reunião. Gadelha, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde e Insumos do Ministério da Saúde, coordena o projeto do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Após o anúncio do resultado da eleição, Ana Paula recebeu o apoio de conselheiros e manifestações lhe desejando sucesso.

Ana Paula Menezes é graduada em Medicina pela UFPE, e dedicou a sua formação à saúde pública e coletiva. Entre outros cargos, atuou como secretária executiva da Saúde do Ministério da Saúde, como coordenadora geral de saúde de Pernambuco e como docente e pesquisadora do Instituto Integral Professor Fernando Figueira (Imip/PE).

Agradecimento – Durante a reunião do CADM, Carlos Gadelha e demais conselheiros fizeram menções ao trabalho desempenhado pelo ex-presidente Antônio Edson de Lucena. A manutenção dele no cargo de Diretor-Industrial que acumulava com a Presidência foi citada como um “reconhecimento à trajetória e compromisso dele” para com a história da Hemobrás, presente mesmo nos momentos mais turbulentos da Empresa, como citou Gadelha. A posse de Antônio serviu como agradecimento pelos serviços prestados por ele “com louvor” e pelo respeito que ele impõe à Hemobrás com a sua presença.




Presidente da Anvisa conhece a fábrica da Hemobrás

Visitantes acompanham o andamento das obras no Complexo Fabril

O Complexo Fabril da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) recebeu, nessa quarta-feira (13), uma visita simbólica e expressiva. Uma comitiva formada por representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) acompanhou o andamento da obra das fábricas de hemoderivados e de recombinantes biotecnológicos. Esta foi a primeira vez que o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, conheceu as instalações da fábrica.

Os visitantes foram recebidos pelo presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, pela Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI), Ana Paula Menezes, e por técnicos multissetoriais da Hemobrás, que fizeram explanações sobre o funcionamento dos respectivos blocos e departamentos do Complexo.

O encontro foi aberto com uma reunião situacional e com a troca de compromissos informais de manutenção e ampliação da parceria mútua que vem sendo desenvolvida, com vistas à conclusão da Hemobrás e o início de sua produção 100% nacional. Esta é uma conquista que deve se constatar de forma integral dentro de um ou dois anos e que irá fortalecer a soberania e autonomia brasileira frente ao mercado internacional de medicamentos hemoderivados e de recombinantes. Além disso, prestará grande contribuição ao projeto nacional do Complexo Econômico-Industrial de Saúde, prioridade do Ministério da Saúde nesta gestão.

“A Hemobrás entra agora em fase pré-operacional, então é muito importante, para nós, reafirmar a necessidade de estarmos bem próximos. Queremos abrir as portas, em um exercício de empatia e em favor da produtividade, sobretudo agora que viveremos um processo por parte da Anvisa para a validação dos equipamentos antes de entrarmos em funcionamento”, disse o presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena. “É uma forma de facilitar e avançar nesse relacionamento com a Anvisa”, completou.

Farmacêutico e técnico de carreira da Hemobrás, Antônio Edson assumiu em muitas ocasiões a apresentação das salas e equipamentos alocados em cada sala e, com didatismo, explicou a ligação e a sinergia entre os diversos blocos já construídos, num sistema operacional que funcionará até que os medicamentos sejam encaixotados e distribuídos para atender aos pacientes do SUS.

O presidente da Anvisa, Antonio Torres, percorreu o Complexo Fabril, incluindo a Fábrica de Medicamentos Produzidos por Biotecnologia, que deve ser inaugurada em breve, e manteve a curiosidade em cada passagem. Esteve ao lado de dois diretores da Anvisa – Romison Mota e Marcus Aurélio Miranda, da diretora da Apevisa, Karla Baeta, e da secretária executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária da SES-PE, Veronica Cisneiros.

Torres destacou o adiantamento da obra do Complexo Fabril, lembrando que a Anvisa promoveu visita semelhante no período inicial de construção da Hemobrás e que este será um segundo momento.  Frisou, contudo, que foi uma visita de acompanhamento e não de inspeções ou certificações, o que deve se dar ao longo do cronograma. “O Complexo da Hemobrás vai contribuir muito para a soberania nacional na questão dos hemoderivados e é sempre muito importante para qualquer sistema de saúde poder contar com aporte de produção em seu próprio país”, enfatizou ele.

Segundo Torres, a produção da Hemobrás, se não torna o país independente no primeiro momento, uma vez que a demanda brasileira é muito grande, auxilia e dará mais conforto no atendimento à população que eventualmente venha precisar de hemoderivados.

Já a representante da Apevisa, Karla Baeta, reforçou a função da visita com vistas ao acompanhamento da obra. Disse que as verificações ainda não se iniciaram, mas comemorou o progresso da obra do complexo. “Minhas primeiras impressões dessa visita referem-se ao grande avanço visto, tanto na parte estrutural quanto na parte dos equipamentos e das validações necessárias para o efetivo funcionamento”.

Presidente da Anvisa, diretora da Apevisa e representantes da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde são recebidos pelo diretor da Hemobrás




Hemobrás realiza mutirão contra a dengue

Assim como escolas, órgãos públicos e profissionais da saúde de todo o país, a Hemobrás se engajou na campanha de prevenção à dengue, em sintonia com o Ministério da Saúde que realizou o “Dia D Nacional de Combate à Dengue” no último sábado (02.03). A campanha teve o objetivo de envolver toda a sociedade na luta contra o mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya.

Empregados e colaboradores da Hemobrás participaram do mutirão de combate à dengue com vistoria dos espaços internos e externos aos blocos da fábrica em Goiana (PE) e eliminação dos locais com água parada, que são os possíveis ambientes de reprodução de mosquito e, consequentemente, foco do Aedes aegypti. Os voluntários identificaram locais onde eliminaram possíveis pontos de focos e registraram outros que necessitam de outras intervenções. Nesses casos, setores específicos da empresa, como manutenção e segurança do trabalho, vão agir nos próximos dias para garantir a segurança de todos. O mutirão aconteceu na última sexta-feira (01.03).

A empresa vem fazendo sua parte, mas é importante a conscientização e o apoio de todos na luta contra a dengue. O mutirão mostrou que fatores externos e triviais podem contribuir para a existência do foco, como um copo plástico jogado fora do lixo que pode acumular água da chuva e servir como um possível local de reprodução do mosquito. Para a assessora de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, Anne Primo, a ação foi muito gratificante e teve um resultado efetivo: “Foi bem legal ouvir o depoimento de algumas pessoas dizendo que achavam que não iam encontrar nada e se surpreenderam com pontos para corrigir “, conta. “Esse é um alerta que serve para todos: às vezes achamos que já estamos protegidos, mas é importante que cada um verifique sua residência e também o ambiente de trabalho”, explica. “Não é preciso muito tempo, se cada um fizer sua parte, são 10 minutos que já fazem a diferença”, finaliza Anne.

ORIENTAÇÃO – Antes do mutirão, os voluntários receberam informações sobre os sintomas da dengue como febre alta, dores nas articulações, atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. Caso haja suspeita da doença, é importante o atendimento no serviço de saúde. A automedicação é perigosa, já que alguns remédios podem agravar os sintomas da doença. Se confirmada a dengue, é necessário o repouso total e a ingestão de muita água para recompor o corpo e combater o vírus.

FAÇA SUA PARTE – Com apenas 10 minutos por semana, é possível deixar a dengue longe:

  • Mantenha a caixa d’água bem fechada;
  • Receba bem os agentes de saúde e os de endemias;
  • Amarre bem os sacos de lixo;
  • Coloque areia nos vasos de planta;
  • Guarde pneus em locais cobertos;
  • Limpe bem as calhas de casa;
  • Não acumule sucata e entulho;
  • Esvazie garrafas PET, potes e vasos.



Medicamentos Hemobrás auxiliam no tratamento de doenças raras

Nesta quinta-feira (29.02), é celebrado o Dia Mundial de Doenças Raras. A data é um marco para a luta por novos estudos destinados a avanços no tratamento de portadores dessas condições genéticas, que podem ser crônicas e incapacitantes. Para a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), este também é um dia para comemorar as conquistas adquiridas ao longo dos últimos anos.

Data rara no calendário, que só acontece em anos bissextos, ela foi escolhida em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras para sensibilizar governantes, profissionais de saúde e a população sobre a existência e os cuidados com as doenças raras. No Brasil, o 29 de fevereiro foi instituído em 2018. “Oferecer melhor qualidade de vida é nossa missão e ficamos muito orgulhosos em saber que estamos contribuindo para melhorar a rotina de tantos brasileiros que dependem do medicamento distribuído pelo Sistema Único de Saúde e pela Hemobrás”, diz o presidente da empresa, Antônio Edson de Lucena.

As doenças raras são crônicas e incuráveis, a maioria de fundo genético ou hereditárias, podendo ser progressivas ou incapacitantes, degenerativas e levar à morte. Uma doença é considerada rara quando afeta até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Muitas delas não têm cura e o tratamento é destinado ao alívio dos sintomas ou a retardar seus aparecimentos. Um dos tratamentos utilizados é com o medicamento Imunoglobulina, usado como terapia de substituição em pacientes que não possuem quantidades suficientes de anticorpos próprios.

No Brasil já existe a imunoglobulina fabricada com plasma brasileiro e registrada com a marca da Hemobrás. A Hemobrás faz todo o processo de captação de plasma junto à hemorrede e conduz o fornecimento do medicamento para atender à demanda do SUS. Hoje, parte desse medicamento é fracionado no exterior – prática que será encerrada com a inauguração da fábrica de hemoderivados, anunciada para 2025. A imunoglobulina é um dos hemoderivados mais consumidos no mundo, tendo sido distribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela Coordenação de Armazenamento e Distribuição (COADI) do Ministério da Saúde. A Hemobrás também fornece os fatores de coagulação para tratamento da Hemofilia A e B, que também são doenças raras.

De acordo com o Instituto Vidas Raras – que atua na orientação, capacitação e conscientização da sociedade e de profissionais da saúde sobre as doenças raras e a importância do olhar atento para o diagnóstico precoce, estima-se que no Brasil haja pelo menos 240 doenças raras. A CEO e cofundadora da instituição criada em 2001, Regina Próspero, explica que a missão do Vidas Raras é “dar acesso a diagnóstico e tratamento, divulgar as patologias raras, criar condições de tratamento e ambientes para acolher pacientes e seus familiares e a Hemobrás é essencial para garantir essa acessibilidade aos medicamentos que garantem qualidade de vida para os portadores de doenças raras”.

Uma das principais campanhas do Instituto, especialmente para o Dia Mundial de Doenças Raras, é o Pezinho no Futuro, que promove a conscientização sobre o teste do pezinho para diagnóstico precoce de doenças raras e sobre a necessidade da ampliação do exame no SUS para todos os bebês do país.




Ana Paula do Rego Menezes é a nova diretora de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás

Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (23.02), na sede da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília, tomou posse na Diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação (DPEI) da empresa a médica Ana Paula do Rego Menezes, com experiência em gestão de saúde nos três níveis da federação.

A nova diretora é médica formada pela UFPE (1985) com residência em medicina preventiva e social, especialização em Planejamento e Gestão da Saúde (Fiocruz), mestrado em saúde coletiva (Fiocruz)  e doutorado em Ciências da Saúde (Unifesp).

Ana Paula do Rego Menezes já exerceu a gestão em saúde nos três níveis da federação: municipal (Secretária de Saúde de Olinda, 1993-1996), estadual (Secretária Executiva de Coordenação Geral da SES/PE, 2011-2013) e federal (Secretária Executiva do Ministério da Saúde, 2014-2015). Além disso, de 2017 a 2024, foi assessora parlamentar do Senado Federal.