Notícia publicada em: 10.11.2010
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) agora dispõe de mais uma ferramenta de interação com os serviços de hemoterapia brasileiros. Trata-se de um grupo de discussão online criado a partir de uma demanda surgida com a I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, realizada pela empresa em setembro. O objetivo é propiciar a todos os participantes a atualização de conhecimentos, com troca de artigos científicos, divulgação de experiências bem sucedidas e esclarecimento de dúvidas. “É uma extensão do que vivenciamos na oficina”, afirmou a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi.
Na oficina, que aconteceu de 28 a 30 de setembro, em Brasília, representantes dos principais 65 serviços públicos de hemoterapia do Brasil puderam discutir a fundo a realidade e as dificuldades de cada um, para juntos encontrar soluções em busca de um plasma de melhor qualidade e maior quantidade para a produção industrial de medicamentos derivados do sangue. Após o evento, os participantes sugeriram a criação de um grupo de discussão que possibilitasse a continuidade da troca de informações de forma permanente, o que foi atendido pela Hemobrás.
Surgia assim o endereço eletrônico processamento@hemobras.gov.br, em que foram cadastrados todos os representantes dos serviços de hemoterapia presentes da oficina. Os trabalhadores ligados ao processamento de hemocomponentes, coleta ou controle de qualidade de outros serviços interessados em fazer parte do grupo de discussão podem solicitar sua inclusão pelo endereço eletrônico. “Estamos abertos a sugestões para melhorar a troca de informações. Já recebemos a proposta de ampliar as discussões com a criação de um fórum e estamos analisando esta possibilidade”, detalhou Adriana.
Para a supervisora de laboratório do Núcleo de Hemoterapia de Franca (SP), Ester Serrano Ferreira, a ideia da criação do grupo de discussão foi fantástica e pioneira nesta área. “Como vivemos uma quebra de paradigmas em relação ao processamento, especialmente no que diz respeito ao plasma, antes meio esquecido e até negligenciado, devemos comemorar uma iniciativa como esta. Trata-se de um avanço do Brasil rumo a uma possível autossuficiência no que tange à produção industrial de fatores de coagulação. Isto significará muito para o País, financeiramente, e para nós brasileiros”, declarou Ester.
“Parabenizo a Hemobrás pela iniciativa, será muito boa esta troca de experiências e informações”, disse Vívian Simoni, coordenadora Banco de Sangue de Caxias do Sul, do Rio Grande do Sul. “Quero parabenizar a Hemobrás pela iniciativa da criação do Grupo de Processamento, pois dessa forma conseguiremos melhorar a produção de hemocomponentes bem como a disseminação de conhecimentos”, complementou Juliano Ribeiro, gerente dos Laboratórios da Colsan, de São Paulo.