Notícia publicada em: 15.10.2010
As obras da futura fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) estão a todo vapor. Dois dos seis blocos que irão compor a unidade – o bloco 01 (B-01), um dos prédios mais importantes, por abrigar uma câmara fria a 35º C negativos destinada à recepção, triagem e estocagem do plasma que será usado na produção dos medicamentos; e o Bloco 17 (B-17), que conterá quatro geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia para a planta – já estão sendo erguidos e tiveram a parte de fundação concluída. Em 25 de setembro, foi iniciada a concretagem da laje do piso da câmara fria.
Quando finalizada esta fase, será feita a concretagem dos pilares da câmara fria, prevista para ser concluída em novembro deste ano. Ao mesmo tempo, serão realizadas as partes de alvenaria e as demais instalações, como de ar-condicionado, elétrica, hidráulica, de automação e proteção e combate a incêndio (PCI). O B-01 deverá entrar em operação no segundo semestre de 2011 e, toda a planta industrial, em 2014. Atualmente, há 90 pessoas atuando na obra. No pico de construção, serão gerados cerca de 1 mil postos de trabalho diretos.
Além disso, também está sendo executada a obra do reservatório enterrado da fábrica, que fará parte do Bloco 14 (B-14) e terá 444 metros cúbicos, ou seja, capacidade de armazenar 44 mil litros de água. Orçada em R$ 540 milhões, a fábrica da Hemobrás será a maior da América Latina em seu segmento e figurará como uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da Região Nordeste. A empresa produzirá seis tipos de medicamentos e suprirá, gradativamente, mais da metade da demanda do SUS por hemoderivados, pois fabricará os quatro remédios derivados do sangue de maior consumo no mundo: imunoglobulina, albumina e fatores de coagulação VIII e IX.
A fábrica garantirá 100% de autossuficiência para o SUS em albumina e fator IX. Promoverá também a autosssuficiência total em dois outros produtos: o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. Já para a imunoglobulina, a expectativa é atender, em média, 50% das necessidades do País. Para o fator VIII, a previsão é suprir de 20% a 40% da demanda do SUS. Estes patamares serão atingidos com um processamento de 500 mil litros de plasma por ano. Esses medicamentos são vitais para mais de 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.