Após uma visita da equipe do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) às instalações da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), nessa quarta-feira (21.02), uma parceria está sendo pensada para a formação das equipes da Hemobrás, aproveitando a expertise da unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável pela produção de vacinas, kits para diagnóstico e biofármacos voltados para atender prioritariamente às demandas da saúde pública nacional.
A ideia agora é pensar num modelo de convênio que contribua para as novas etapas de produção dos medicamentos que estão prestes a ocorrer na Empresa. Além de discutirem o assunto, os visitantes percorreram os blocos da fábrica de hemoderivados e de recombinantes.
Para o presidente da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, a proximidade entre as missões sociais de atendimento ao SUS das duas instituições públicas só reforça a importância desta parceria com a troca mútua de conhecimentos.
“Estamos tentando estreitar essas relações para que sejam mais fluidas e tanto a gente possa usufruir da experiência deles, quanto eles também usufruírem da nossa experiência, das nossas parcerias de transferência de tecnologia por exemplo. Esse cenário é extremamente alvissareiro porque os interesses são comuns. Saímos com uma expectativa muito boa de que vamos evoluir com esta parceria que será bom pra todo mundo”, acredita.
Membro do Comitê Técnico-Científico da Hemobrás, o vice-diretor de Gestão e Mercado de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, vê muitas afinidades nos processos que já ocorrem na Fiocruz com o que se pretende implantar na Hemobrás.
“Embora estejamos falando de produtos diferentes, hemoderivados e vacinas, mas são processos muito parecidos, de liofilização, envase, revisão, rotulagem, embalagem. Essa sinergia é super importante, e se nós trabalharmos juntos, podemos ter uma troca fantástica. O país vai ganhar com isso, é isso que a gente espera, que a gente quer”, afirmou Artur Couto.
A vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber Guimarães, ficou impressionada com o andamento das instalações e colocou a unidade da Fiocruz à disposição para auxiliar neste início de operação da fábrica.
“Acho que a Bio-Manguinhos, com a experiência que tem, pode dar um suporte muito grande para a Hemobrás nesse início de produção, principalmente na parte do Fator VIII Recombinante, nessas questões de boas práticas de fábrica, nesses conhecimentos das etapas produtivas”, concluiu Rosane.