Hemobrás reúne produtores públicos de hemoderivados das Américas

Notícia publicada em: 04.09.2013

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realiza, até a próxima sexta-feira (30/08), um evento internacional, pioneiro no País, com o objetivo de impulsionar o fortalecimento de fábricas estatais voltadas à produção de hemoderivados na América Latina. Durante o Encontro dos Produtores Públicos de Hemoderivados das Américas, que acontecerá no Recife, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), representantes dos ministérios da Saúde e das indústrias deste segmento no Brasil, Argentina, Cuba e Venezuela, além da OPAS/OMS, se reunirão para discutir processos de fabricação e políticas de governo de incentivo à qualificação do plasma, matéria-prima destes medicamentos, fundamentais para o tratamento de enfermidades graves como hemofilia, Aids, câncer, imunodeficiências primárias, cirrose e vítimas de grandes queimaduras ou pessoas internados em UTI.

[FOTO2+]De acordo com o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, a iniciativa pretende identificar experiências regionais que possam gerar cooperações técnicas entre os países, proporcionando maior acesso a uma saúde pública de qualidade. Atualmente, existem apenas sete fábricas estatais de hemoderivados no mundo, todas com o ideal de alcançar a autossuficiência e a autonomia tecnológica de seu país. “Somos poucos, atuando de forma isolada. A ideia é unir forças, pensar global, conhecer outras realidades, seus desafios e conquistas, e a partir daí, traçar estratégias para agir local, de forma mais eficiente, diminuindo a dependência externa e garantindo o fornecimento contínuo dos medicamentos”, afirmou, salientando que os produtos da Hemobrás serão distribuídos gratuitamente aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento começou a ser delineado após uma comitiva da Hemobrás visitar o Laboratório de Hemoderivados da Universidade Nacional de Córdoba, da Argentina, pioneira latino-americana neste segmento, em março deste ano. “Lá pudemos ver o funcionamento da planta industrial com a maior capacidade de produção e de comercialização destes produtos na América Latina hoje em dia, e que possui porte equivalente à da nossa fábrica, cujas obras em Goiana-PE serão concluídas em 2014. Foi uma vivência proveitosa e decidimos que era o momento de estreitarmos os laços com outros países”, ressaltou Maciel Filho.

[FOTO3+]O encontro reunirá 55 pessoas e terá início na manhã do dia 28/8, quando os convidados estrangeiros – entre eles representantes da Colômbia, que embora não possua fábrica de hemoderivados, demostrou interesse no tema – conhecerão a unidade fabril da Hemobrás, que tem a primeira etapa, dedicada ao recebimento, triagem e armazenamento do plasma recolhido nos hemocentros brasileiros, já em plena operação. A abertura oficial acontecerá às 19h, no Hotel Atlante Plaza, no Recife, onde também será concentrada toda a programação restante.

“Para a OPAS/OMS é uma grande oportunidade reunir no mesmo evento os formuladores de políticas públicas para os sistemas de sangue e os produtores públicos de hemoderivados da região das Américas”, reforçou o Coordenador da Unidade Técnica de Medicamentos, Tecnologia e Pesquisa da OPAS/OMS no Brasil, Christophe Rerat. Segundo ele, a busca pela autossuficiência em sangue e hemoderivados seguros baseada na Doação Voluntária Não Remunerada de Sangue é meta prioritária da OPAS/OMS. “Desta forma, contribui-se para a garantia do acesso universal à saúde e os exemplos desses países, incluído o Brasil, servem de modelos para os demais países da região, demonstrando a eficácia de políticas e estratégias que devem ser apoiadas e implementadas em prol da saúde da população”, finalizou.

[FOTO4+]Na quinta-feira, os participantes debaterão suas visões sobre a produção industrial estatal de hemoderivados e a formulação política para a qualificação do plasma. Neste dia haverá, ainda, a conferência “Estratégias para o fortalecimento do Complexo Industrial em Saúde no Brasil”, realizada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. O último dia será reservado à formação de grupos de trabalho, com o objetivo de identificar as oportunidades para a execução de cooperação técnica entre as indústrias. O encerramento ficará por conta de um panorama sobre as áreas de sangue e inovação tecnológica, feito pela OPAS/OMS.

 

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Imunoglobulina

São proteínas produzidas pelos linfócitos B, tipo específico de leucócito (célula sanguínea) cuja função é reconhecer, neutralizar e marcar os antígenos para que estes sejam eliminados ou fagocitados pelos macrófagos. Ou seja, age como mecanismo de defesa do organismo contra infecções e agressões externas. 

Indicação – no âmbito terapêutico, é usada principalmente em pessoas com doenças neurológicas, deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas, aids, púrpura, entre outras e no transplante de medula óssea. 

Fator de von Willebrand

É um fator pró-coagulante que circula no plasma sanguíneo. Ele aumenta a adesão de plaquetas ao endotélio lesado e, ao se ligar ao fator VIII, mantém adequados seus níveis plasmáticos. A deficiência quanti ou qualitativa desse fator caracteriza a doença que traz o nome do médico finlandês Erik Adolf von Willebrand, que a descreveu pela primeira vez em 1925. 

Indicação – portadores da coagulopatia de von Willebrand, vinculada a mutação no cromossomo 12, que se manifesta basicamente pela disfunção plaquetária associada à diminuição dos níveis séricos do fator VIII coagulante, existindo também casos raros de forma adquirida da doença. Essa é a doença hemorrágica mais comum e atinge cerca de 2% da população mundial. Ambos os sexos são afetados e os sintomas incluem sangramentos nas gengivas, menstruais prolongados, sangramentos excessivos após pequenos cortes, extração dentária e outras cirurgias.  

Fator IX

O Fator IX é uma das principais proteínas do sistema de coagulação e encontra-se deficiente em pessoas com hemofilia B. 

Indicação – pacientes com hemofilia B, doença genética cujos sintomas são semelhantes aos da hemofilia A.

Fator VIII

O Fator VIII plasmático é uma das proteínas essenciais do sistema de coagulação sanguínea e sua falta causa a hemofilia A, chamada de hemofilia clássica, doença genética ligada ao sexo.  

Indicação – usado no tratamento das pessoas com hemofilia A, doença caracterizada por hemorragias nas articulações, músculos, trato digestivo e cérebro. Como a doença é ligada ao cromossomo X, um homem (XY) com um gene anormal no seu cromossomo X terá hemofilia. No caso da mulher (XX), ela só apresenta a doença, se os dois cromossomos X estiverem afetados, o que é muito raro. Quando um só é atingido, ela poderá passar o gene ao seu filho. A incidência estimada da doença é de 1 para 5mil homens e 1 para cada 25 milhões de mulheres. O Fator VIII plasmático tem a mesma função do Hemo-8r (nosso fator VIII recombinante): combater sangramentos e realizar o tratamento profilático de pacientes com hemofilia A. A reposição do fator VIII restaura a hemostasia nesses pacientes. 

Entregas

Entregas em 2022: 82.981 frascos. 

Atualizado em 24/08/2022.

Albumina

Albumina humana é a principal proteína encontrada no plasma sangue. Sua síntese ocorre no fígado, pelos hepatócitos. Exerce papel fundamental na manutenção da pressão osmótica, distribuindo os líquidos corporais nos espaços intra e extravascular. 

Indicação – é usada no tratamento de grandes queimados ou de pessoas com hemorragias graves, cirrose, insuficiência renal, septicemias, e ainda em transplantes de fígado e cirurgias cardíacas. 

Hemo-8r
(Fator VIII recombinante)

O Hemo-8r é o nosso Fator VIII recombinante. Ele é o nosso primeiro produto registrado e distribuído com a nossa marca. O Hemo-8r é fundamental para a nova fase do tratamento da Hemofilia A no Brasil com a ampliação da profilaxia, que é a maneira mais eficaz para prevenir os sangramentos espontâneos e sequelas nas pessoas portadoras da coagulopatia.

Possui a mesma eficácia do Fator VIII plasmático, mas não depende das doações de sangue para ser produzido, o que vai permitir que a maioria das pessoas portadoras de Hemofilia A possam fazer o tratamento profilático no futuro.

Recombinantes

Medicamentos recombinantes são produzidos por engenharia genética através do uso da “tecnologia de DNA recombinante”. Nessa técnica, um gene responsável pela síntese de uma proteína específica, é inserido numa célula que será responsável pela expressão da mesma. Essa célula modificada se reproduz num meio com nutrientes e expressa uma grande quantidade da proteína. O produto final é obtido após a purificação da proteína e utilização na fabricação do medicamento.

Atualmente, temos um processo de transferência de tecnologia de medicamento recombinante com o laboratório Takeda, para a produção do Hemo-8r, o Fator VIII recombinante.

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