Sangue, um bem precioso

Notícia publicada em: 25.11.2011

O sangue que circula em nossas veias e artérias é fundamental para a manutenção da vida. Ele é responsável por alimentar as células, levando o oxigênio até elas, e concentra praticamente todo o sistema de defesa do organismo contra doenças e ataques de germes patogênicos. Temperatura do corpo, processo de absorção celular e equilíbrio da distribuição de água também estão diretamente ligados ao sangue. Apesar de toda a sua importância, este bem precioso não dispõe de um substituto natural, e nem artificial, mesmo com todos os avanços da medicina e dos investimentos em pesquisas avançadas. No Brasil, a única forma de ajudar quem precisa de uma transfusão para sobreviver é por meio da doação de sangue – sua comercialização é proibida pela Constituição Federal. Por isso, este ato de solidariedade e altruísmo merece ser estimulado.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente os hemocentros brasileiros recebem cerca de três milhões de doações de sangue por ano. Isto representa em média 1,9% da população, ou seja, abaixo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que, para manter os estoques a níveis aceitáveis, de 3% a 5% da população precisariam ser doadores regulares. Ainda há um agravante: no Brasil, apenas 49% vêm de doações espontâneas, ou seja, aquelas realizadas sem vínculo a um paciente. São justamente estas que ajudam a acumular bolsas de sangue, portanto, contribuindo na manutenção deste estoque.

Já o restante é oriundo do que se chama de doação de reposição, isto é, para repor uma transfusão que ocorreu em um parente ou amigo. Pelo fato de contar com receptor certo, não pode ser aproveitado pelos hemocentros em casos de emergências. O que acontece, principalmente, entre os meses de dezembro e fevereiro. Nestes períodos, historicamente os serviços de hemoterapia brasileiros tendem a sofrer baixa em seus estoques de sangue. Um dos motivos é o aumento de número de acidentes, devido ao crescimento do tráfego nas estradas nas férias, além do afastamento dos doadores devido às festividades de fim de ano.

Por outro lado, doar sangue é fácil, rápido, não dói, não debilita e nem prejudica a saúde do voluntário. E ao contrário do que muitos pensam, o sangue não fará falta ao doador – dos cerca de cinco litros que circulam pelo corpo, são coletados no máximo 450 ml a cada doação, e a recuperação é imediata –, mas com certeza fará toda a diferença para quem está precisando em um leito de hospital. Porque doar sangue é doar vida.

Saiba mais sobre a doação

– O que acontece após a doação?

Além de ajudar a salvar vidas, por meio da transfusão do sangue doado, o voluntário recebe instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos no material coletado. Estes testes detectarão doenças como aids, sífilis, doença de chagas, hepatites B e C, além de informar o tipo sanguíneo. Se necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar nova amostra e, dependendo do resultado, será encaminhado a um serviço de saúde.

– O que é feito com o sangue após a doação?

A bolsa de sangue é centrifugada e separada em três componentes: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. Os dois primeiros são 100% aproveitados nas transfusões. Já o plasma só é utilizado em 30%, pois são poucos os casos em que há demanda para esta finalidade. O restante, porém, pode ser direcionado à indústria e processado em medicamentos fundamentais para milhares de pessoas com hemofilia, aids, câncer, cirrose, imunodeficiência primária, grandes queimaduras e outras doenças graves atendidas pelo SUS.

Atualmente, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável pela coleta do plasma excedente nos hemocentros e seu envio para o exterior, onde é transformado em hemoderivados para depois retornarem ao Brasil e serem distribuídos no SUS. Quando a fábrica da estatal, que está em construção em Goiana-PE, ficar pronta, em 2014, esta etapa será encerrada e os medicamentos albumina, imunoglobulina, fator de coagulação VIII e IX, fator de von Willebrand e complexo protrombínico passarão a ser produzidos em solo nacional.

Fonte: Ministério da Saúde

 

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Imunoglobulina

São proteínas produzidas pelos linfócitos B, tipo específico de leucócito (célula sanguínea) cuja função é reconhecer, neutralizar e marcar os antígenos para que estes sejam eliminados ou fagocitados pelos macrófagos. Ou seja, age como mecanismo de defesa do organismo contra infecções e agressões externas. 

Indicação – no âmbito terapêutico, é usada principalmente em pessoas com doenças neurológicas, deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas, aids, púrpura, entre outras e no transplante de medula óssea. 

Fator de von Willebrand

É um fator pró-coagulante que circula no plasma sanguíneo. Ele aumenta a adesão de plaquetas ao endotélio lesado e, ao se ligar ao fator VIII, mantém adequados seus níveis plasmáticos. A deficiência quanti ou qualitativa desse fator caracteriza a doença que traz o nome do médico finlandês Erik Adolf von Willebrand, que a descreveu pela primeira vez em 1925. 

Indicação – portadores da coagulopatia de von Willebrand, vinculada a mutação no cromossomo 12, que se manifesta basicamente pela disfunção plaquetária associada à diminuição dos níveis séricos do fator VIII coagulante, existindo também casos raros de forma adquirida da doença. Essa é a doença hemorrágica mais comum e atinge cerca de 2% da população mundial. Ambos os sexos são afetados e os sintomas incluem sangramentos nas gengivas, menstruais prolongados, sangramentos excessivos após pequenos cortes, extração dentária e outras cirurgias.  

Fator IX

O Fator IX é uma das principais proteínas do sistema de coagulação e encontra-se deficiente em pessoas com hemofilia B. 

Indicação – pacientes com hemofilia B, doença genética cujos sintomas são semelhantes aos da hemofilia A.

Fator VIII

O Fator VIII plasmático é uma das proteínas essenciais do sistema de coagulação sanguínea e sua falta causa a hemofilia A, chamada de hemofilia clássica, doença genética ligada ao sexo.  

Indicação – usado no tratamento das pessoas com hemofilia A, doença caracterizada por hemorragias nas articulações, músculos, trato digestivo e cérebro. Como a doença é ligada ao cromossomo X, um homem (XY) com um gene anormal no seu cromossomo X terá hemofilia. No caso da mulher (XX), ela só apresenta a doença, se os dois cromossomos X estiverem afetados, o que é muito raro. Quando um só é atingido, ela poderá passar o gene ao seu filho. A incidência estimada da doença é de 1 para 5mil homens e 1 para cada 25 milhões de mulheres. O Fator VIII plasmático tem a mesma função do Hemo-8r (nosso fator VIII recombinante): combater sangramentos e realizar o tratamento profilático de pacientes com hemofilia A. A reposição do fator VIII restaura a hemostasia nesses pacientes. 

Entregas

Entregas em 2022: 82.981 frascos. 

Atualizado em 24/08/2022.

Albumina

Albumina humana é a principal proteína encontrada no plasma sangue. Sua síntese ocorre no fígado, pelos hepatócitos. Exerce papel fundamental na manutenção da pressão osmótica, distribuindo os líquidos corporais nos espaços intra e extravascular. 

Indicação – é usada no tratamento de grandes queimados ou de pessoas com hemorragias graves, cirrose, insuficiência renal, septicemias, e ainda em transplantes de fígado e cirurgias cardíacas. 

Hemo-8r
(Fator VIII recombinante)

O Hemo-8r é o nosso Fator VIII recombinante. Ele é o nosso primeiro produto registrado e distribuído com a nossa marca. O Hemo-8r é fundamental para a nova fase do tratamento da Hemofilia A no Brasil com a ampliação da profilaxia, que é a maneira mais eficaz para prevenir os sangramentos espontâneos e sequelas nas pessoas portadoras da coagulopatia.

Possui a mesma eficácia do Fator VIII plasmático, mas não depende das doações de sangue para ser produzido, o que vai permitir que a maioria das pessoas portadoras de Hemofilia A possam fazer o tratamento profilático no futuro.

Recombinantes

Medicamentos recombinantes são produzidos por engenharia genética através do uso da “tecnologia de DNA recombinante”. Nessa técnica, um gene responsável pela síntese de uma proteína específica, é inserido numa célula que será responsável pela expressão da mesma. Essa célula modificada se reproduz num meio com nutrientes e expressa uma grande quantidade da proteína. O produto final é obtido após a purificação da proteína e utilização na fabricação do medicamento.

Atualmente, temos um processo de transferência de tecnologia de medicamento recombinante com o laboratório Takeda, para a produção do Hemo-8r, o Fator VIII recombinante.

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