Notícia publicada em: 03.06.2010
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) abriu no dia 26 de abril seu escritório operacional no Recife. A sede da empresa permanecerá em Brasília, com um gabinete da Presidência. Conforme o estatuto da Hemobrás (Decreto 5.402/2005), a empresa tem sede e foro na capital federal, mas pode instalar, manter e suprimir, no País e no exterior, unidades escritórios ou representações.
A mudança das operações de Brasília para o Recife tem o objetivo de aumentar a eficiência e a eficácia do funcionamento da Hemobrás, ampliando a interação com órgãos do governo de Pernambuco, como a Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (ADDiper), a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Além disso, a estatal vinculada ao Ministério da Saúde vai melhorar as negociações com empresas privadas que terão interface com a fábrica de hemoderivados que será construída no município de Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco.Um dos exemplos é a empresa de energia elétrica.
A fábrica da Hemobrás será a maior do segmento de hemoderivados da América Latina e uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco. Com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano, a planta industrial produzirá albumina, utilizada em pacientes queimados ou com cirrose e em cirurgias de grande porte; imunoglobulinas, que funcionam como anticorpo para pessoas com organismo sem defesa imunológica; fatores de coagulação VIII e IX, coagulantes para portadores de hemofilias A e B.
O Brasil despende, hoje, cerca de R$ 800 milhões na importação dos hemoderivados. Esses medicamentos são fornecidos a 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de portadores de imunodeficiência genética ou adquirida, cirrose, câncer, aids, queimados.