Notícia publicada em: 03.05.2012
A Hemobrás foi uma das convidadas ao ciclo de palestras em comemoração ao Dia Mundial da Hemofilia, realizado nesta quinta-feira (19/04), na Fundação Hemope, no Recife. A gerente de Plasma e Hemoderivados, Adriana Parodi, representou a empresa no evento, organizado pelo grupo farmacêutico francês LFB em parceria com a Sociedade Pernambucana de Hemofílicos, a Federação Brasileira de Hemofilia e o Hemope. As palestras colocaram em discussão as melhorias e dificuldades no atendimento aos portadores de doenças do sangue, explanaram os benefícios e os impactos do tratamento na vida dos pacientes.
Ficou a cargo de Adriana Parodi inteirar os hemofílicos, parentes e profissionais do Hemope presentes no evento do importante papel que a Hemobrás exercerá no tratamento da hemofilia e outras enfermidades sanguíneas. A gerente explicou a produção e processamento do plasma, o impacto socioeconômico da Hemobrás – com a implantação da fábrica em Goiana-PE – e a transferência de tecnologia em conjunto com o laboratório francês LFB e a centralização e apropriação dessa inteligência. Para Parodi, “a Hemobrás trouxe empresas capacitadas, como o LFB, para aprender como fazer o fracionamento do plasma, além de capacitar os profissionais para que eles aprendam a fazer tão bem feito quanto é feito no exterior”. “Queremos fazer e produzir sozinhos o plasma para tratar dos hemofílicos e outros doentes do sangue. Queremos ter essa independência”, declarou.
Adriana Parodi enfatizou também a importância da doação de sangue, matéria-prima da produção dos hemoderivados. “Apesar de existirem outros projetos de obtenção do Fator VIII, são ainda projetos. A fábrica depende da oferta do plasma. Nosso objetivo é melhorar o plasma que já existe e aumentar a captação”, afirmou a gerente. Também foram citadas outras linhas de atuação da estatal, como as pesquisas para o desenvolvimento de fatores recombinantes.
Além de Parodi, vários outros especialistas renomados se reuniram para debater os avanços no tratamento da hemofilia no Brasil, como Guilherme Genovez, do Ministério da Saúde, Thelma Bueno, diretora do Hemope e Emilio Antonio da Rocha Neto, da Federação Brasileira de Hemofilia. Eles resgataram o compromisso de luta a que o Dia Mundial da Hemofilia remete, além de destacar a importância não só do tratamento, mas do profissional hematologista e da integração dos municípios, estados e Governo Federal. No geral, as palestras passaram uma mensagem otimista, fundamentadas nas certezas de que as condições de tratamento vão melhorar cada vez mais, trazendo maior qualidade de vida, independência e autoestima aos pacientes portadores de hemofilia.