Notícia publicada em: 30.09.2010
O último dia da I Oficina de Processamento de Hemocomponentes, que está sendo promovida pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Brasília, foi voltado para temas mais direcionados para a área técnica. Na manhã de hoje (30/09), foram abordados qualificação de equipamentos e validação do processo de centrifugação de hemocomponentes, assuntos que geraram grande interesse por parte dos participantes e foram pauta dos grupos de trabalho que aconteceram logo após as palestras. O evento reúne representantes dos 53 principais serviços de hemoterapia do Brasil.
O responsável pelo Serviço de Gestão de Equipamentos da Coordenação Geral de Sangue e Hemocomponentes, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, Fabiano Romanholo, informou que, em média, no Brasil, os custos de aquisição de tecnologia hospitalar podem atingir 75% do valor total do capital necessário para a implantação de um hospital. “Então tudo tem de ser bem qualificado e validado, pois uma vez adquirido não tem como voltar atrás”, afirmou, salientando que as ferramentas para uma completa gestão de equipamentos são engenharia, padronização, informações sobre o equipamento (inclusive com base em instituições que já o adquiriram), atendimento, auditoria de fornecedores e metrologia.
Por sua vez, a coordenadora técnica de hemoterapia do Hospital Albert Eisntein, em São Paulo, Telma Xavier Campos, mostrou como é feito o protocolo de validação do processo de centrifugação de hemocomponentes da instituição, única do setor privado a participar do evento. “A validação é a avaliação do desempenho dos equipamentos utilizados no processo para produção de hemocomponentes; é muito importante para obtenção de hemocomponentes com resultado dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos por padrões específicos” explicou Telma, que fez questão de agradecer o convite para participar da oficina. “Fiquei impressionada com a grandeza deste projeto”.