Com o objetivou de estreitar o relacionamento entre a indústria farmacêutica e a academia em busca de parcerias de cooperação técnica para o desenvolvimento de projetos tecnológicos inovadores, a Hemobrás recebeu, na última terça-feira (14), a visita de pesquisadores e docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) das áreas farmacêuticas e de TI. A visita foi programada pela Diretoria de Administração e Finanças (DAF) e organizada pela Gerência de Tecnologia de Informação e Comunicação (GTIC). No encontro foram avaliadas aplicações práticas para suprir necessidades da fábrica em Goiana, incluindo também temas relacionados à saúde, segurança e meio ambiente.
A proposta inicial da visita foi avaliar os processos de trabalho que podem ser automatizados, aumentando a eficiência operacional, a produtividade e a escalabilidade, além de reduzir erros, economizar tempo e recursos. Os processos de inspeção dos frascos de produtos liofilizados, a inspeção e triagem das bolsas de plasma e o uso de EPIs foram apresentados e avaliados pela equipe e já são indicados como projetos piloto para a formalização de um possível acordo de cooperação técnica entre a Hemobrás e a Universidade.
Para Mauricio Ottoni, gerente de Tecnologia da Informação e Comunicação da Hemobrás, os projetos trarão enormes ganhos para a empresa: “Os projetos que serão desenvolvidos a partir dessa parceria não apenas otimizarão a eficiência operacional, mas também melhorarão a qualidade do trabalho, reduzirão custos e impulsionarão a inovação, proporcionando vantagens competitivas significativas para a Hemobrás. Além disso, o uso de tecnologias avançadas, como a visão computacional, inteligência artificial ou mesmo realidade virtual e aumentada, sem dúvida farão da Hemobrás uma referência no Complexo Econômico Industrial da Saúde.”
Durante a visita, Leonardo Dantas, Chefe do Serviço de Gestão Interna do Plasma, comentou a importância da automação dos processos produtivos, em particular no processo de triagem do plasma por meio do uso de novas tecnologias. “Será possível ganhar em produtividade e permitir melhor aproveitamento da força de trabalho. A tecnologia auxiliará na execução de etapas hoje manuais, cansativas e passíveis de falhas humanas”, avaliou.
Segundo a diretora da Administração e Finanças, Luciana Silveira, esse é o início da transformação na trajetória da Hemobrás para indústria 4.0. “Muita coisa boa ainda está por vir. A empresa já possui uma expectativa de recursos financeiros previstos no PAC que serão disponibilizados pelo Governo Federal para investimento em equipamentos e tecnologias inovadoras. Ainda há muito espaço para melhoria e automação de processos”, comemora.
Fizeram parte da comitiva da UFPE a professora Mônica Felts Soares, coordenadora do INCT TEC CIS 4.0, o professor Wellington Santos, do Departamento de Engenharia Biomédica e representante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Positiva do Complexo Industrial da Saúde 4.0 (INCT TEC CIS 4.0), as pesquisadoras em computação biomédica, Maíra Araújo de Santana e Juliana Carneiro Gomes, além do CTO da Voxar Labs do Centro de Informática da UFPE, João Teixeira, e do analista de negócios da Voxar, João Moizes.