Começa montagem de equipamentos da câmara fria da Hemobrás
Notícia postada em: 28.06.2011
Teve início na última quinta-feira (23/6) a montagem dos equipamentos onde ficarão armazenadas as bolsas de plasma dentro da câmara fria da fábrica da Hemobrás, em construção no município de Goiana-PE. Os porta-pallets, como são chamados, formarão a estrutura metálica que também servirá de sustentação para os transelevadores, espécie de empilhadeiras 100% automatizadas que farão com que todo o manuseio do plasma no local dispense a presença humana. Importante, já que a câmara fria irá operar 35°C negativos. Após a instalação dos porta-pallets, dentro de dois meses, será a vez dos transelevadores, que deverá ser concluída no segundo semestre de 2011.
Tanto os porta-pallets quanto os transelevadores fazem parte de um sistema de movimentação de carga orçado em R$ 8 milhões, que inclui ainda os transportadores (equipamentos responsáveis por levar e trazer os pallets entre a câmara fria e a área de processamento) e um sistema de informação específico para armazenamento, considerado um dos mais modernos do mundo. Paralelamente ao final da instalação dos porta-pallets e dos transportadores, terá início a montagem dos transelevadores ainda do lado de fora da câmara fria. Quando estiverem concluídos, serão conduzidos, com a ajuda de um guindaste, para o interior do local, e encaixados nos trilhos. A partir daí, serão realizados os testes e as qualificações dos transelevadores, habilitando-os para o pleno funcionamento.
Devido ao moderno sistema de informação, não haverá a necessidade de operação humana dentro da câmara fria, espaço de 2,7 mil metros quadrados destinado à recepção, triagem e estocagem do plasma. As bolsas com a matéria prima dos hemoderivados serão transportadas em caixas para a fábrica, com o uso de caminhões refrigerados. Ao serem colocadas nos transportadores, o processo já será 100% automatizado. À medida que os códigos de barra forem lidos, o transelevador automaticamente conduz o material para o local exato de armazenamento nos porta-pallets (que tem capacidade para 520 pallets, totalizando 910 mil bolsas de plasma, o máximo da câmara fria), garantindo total segurança no processo de armazenamento e rastreamento de cada caixa e de cada bolsa de plasma durante todo o ciclo do processo.
OBRAS – Atualmente, há cerca de 130 trabalhadores, entre pedreiros, auxiliares de pedreiro, armadores, carpinteiros, eletricistas, técnicos e enfermeiros de segurança do trabalho, atuando na primeira etapa da fábrica da Hemobrás. Esta fase engloba a construção do bloco 1 (B-01), um dos mais importantes da planta industrial, por abrigar a câmara fria; além do B-17, que comportará quatro geradores de energia, e parte do B-14, reservatório com capacidade para 450 mil litros de água. A segunda etapa teve início em maio desde ano e já demanda mão de obra para 30 pessoas, que trabalham na montagem do canteiro de obras. Nesta fase, serão erguidos 12 dos 19 blocos que comporão a unidade fabril. A expectativa é que até o fim deste ano sejam gerados 800 postos de trabalho na construção da unidade, que está orçada em R$ 540 milhões e deverá entrar em operação em 2014, tornando-se a primeira do Brasil e a maior da América Latina em seu segmento, com capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano.