Os últimos anos foram de muitos avanços para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. Com a retomada da gestão do plasma em 2020, a Hemobrás forneceu ao SUS um número recorde de medicamentos hemoderivados em 2022.
Em fevereiro, houve a reversão de todo o prejuízo acumulado ao longo da existência da Hemobrás. Até o terceiro trimestre, o lucro líquido registrado era de mais de R$ 198 milhões de reais.
Com os avanços nas obras civis na fábrica de recombinante, mais uma etapa importante para a garantia do fornecimento de medicamentos aos pacientes com hemofilia A está prestes a ser concluída. A previsão é de que, no segundo semestre de 2023, a fábrica do Hemo-8R, medicamento recombinante, seja inaugurada.
Em 2022, também devemos destacar o fortalecimento da hemorrede brasileira. Foram 46 serviços de hemoterapia auditados. Vinte e dois deles foram qualificados e 24 estão em processo de qualificação. É através dessa parceria com os hemocentros do país que a Hemobrás recebe a matéria-prima que se transforma em medicamentos.
PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS – A partir do plasma são produzidos os medicamentos hemoderivados (Imunoglobulina, Albumina, Fator VIII e Fator IX de coagulação) essenciais à vida de milhares de pessoas com hemofilia, além de pacientes com erros inatos do sistema imune, queimaduras graves, Aids, câncer, entre outras doenças.
Utilizando biotecnologia, a Hemobrás também é responsável pela produção do fator VIII recombinante, que é utilizado para tratamento da hemofilia A. O Hemo-8r, como é conhecido o medicamento, já é fornecido para o SUS com capacidade de produção suficiente para abastecer 100% da demanda do Brasil.
CAPACIDADE – Ao operar em pleno funcionamento, a Hemobrás se tornará a maior fábrica de medicamentos hemoderivados da América Latina e terá a capacidade de processar até 500 mil litros de plasma ao ano. Atualmente, parte do processo acontece em parceria com empresas estrangeiras responsáveis pelo processo de transferência de tecnologia à Hemobrás. Com esse número, será possível produzir 10 toneladas/ano de Albumina – usada no tratamento de queimaduras graves, sangramentos, infecções generalizadas e outras, capaz de atender a 100% da demanda do SUS. Já a Imunoglobulina – usada no tratamento de erros inatos da imunidade, infecções bacterianas e virais, doenças raras e outras, serão duas toneladas/ano, também capaz de atender a demanda do SUS. Ainda serão produzidos Fatores de Coagulação Plasmático – usados no tratamento de hemofilias A e B, sendo Fator VIII Plasmático 60 milhões de UI’s e Fator IX Plasmático 90 milhões de UI’s.
Já a unidade de recombinantes terá capacidade para produzir até 1.6 bilhão de unidades internacionais do medicamento Hemo-8R.
Comentários (1)
Ismar
08/05/2023Sensacional
Parabéns
Maravilha Brasileira.