Notícia publicada em: 03.06.2010
A Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia)em um trabalho conjunto com o Governo do Estado do Paraná, CGSH (Coordenação Geral do Sangue e Hemoderivados) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desenvolve o projeto-piloto de um sistema integrado de informações nos serviços de hemoterapia e hematologia na região. O objetivo é dar mais agilidade e segurança com a fiscalização adequada ao sistema. O assunto foi tema de um seminário realizado nos dias 3 e 4 em Curitiba, no Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná).
“O Paraná sempre teve uma forte ligação com a Anvisa e as Visas e é modelo pelo seu funcionamento”, disse o presidente da Hemobrás, João Paulo Baccara. “O Paraná se sente honrado em merecer a parceria e o nosso esforço será para que possa se estender para todo o Estado”, acrescentou o superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, José Lúcio Santos.
Por dois dias, gestores, administradores e técnicos da Hemobrás, do Hemocentro Coordenador do Paraná, da CNSH, Anvisa e Vigilâncias Sanitária Municipal de Curitiba e Estadual do Paraná debateram o assunto. Durante as discussões foram debatidos os vários aspectos que cercam o sistema “Gestão do Plasma”, desenvolvido pela Hemobrás, a visão da vigilância sanitária nacional, o eixo estratégico de gestão da coordenação geral de sangue e hemoderivados, além a metodologia de implantação do sistema nos hemocentros do Paraná, em Curitiba.
O diretor técnico da Hemobrás, Luiz Amorim, mencionou as pré-condições para a instalação da fábrica de hemoderivados em Goiana (Zona da Mata Norte de Pernambuco) e um estudo realizado por sua equipe sobre as medidas preventivas e corretivas para o armazenamento de sangue. Segundo ele, as medidas vão desde o congelamento do sangue deve feito em uma temperatura que varia de menos 20ºC a 30ºC negativos até cuidados com o envasamento adequado, identificação detalhada e minuciosa.
Já o diretor de Assuntos Estratégicos da Hemobrás, Augusto César,apresentou um panorama geral sobre as pesquisas em curso que contam com o apoio da empresa. De acordo com ele, o esforço é para ampliar o número de parceiros. Atualmente a Hemobrás tem parcerias com a SCTIES (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde) e da CGSH (Coordenação Geral do Sangue e Hemoderivados), IBMP, Hemope (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Pernbambuco), Cetene (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste) -UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Bio-Manguinhos-UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), BNDES e o laboratório privado Cristália, além da TECPAR (Instituto de Tecnologia do Paraná) e Hemepar.
A chefe de gabinete da Anvisa, Aludima Mendes, lembrou que as dificuldades na integração de informações não podem ser encaradas como um obstáculo, mas um desafio. “Vale a pena lutar. Estamos trabalhando pela certificação, qualidade, integração e fiscalização”, disse ela.
A chefe de Produção do Plasma do Hemepar, Anália Machada, reiterou ainda que a rede do Paraná reúne 24 unidades, das quais 15 trabalham com o fracionamento (técnica que separa o plasma sanguíneo em produtos hemoderivados). De acordo com ela, as unidades de Ponta Grossa e Foz do Iguaçu aguardam a certificação.